MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3181 Mensagem por Guerra » Qua Set 05, 2012 6:19 pm

Penguin escreveu:Países como Austrália, Canadá e Nova Zelândia possuem programas de imigração seletivos baseados nas suas necessidades de mão-de-obra qualificada. São sistemas geralmente baseados na qualificação dos candidatos à imigração. Geralmente as carreiras técnicas (engenharias, geologia, TIC, etc) são as que obtém maior pontuação.

Dessa forma, esses países conseguem suprir carências de mão-de-obra qualificada a custo praticamente zero e em prazos curtíssimos. Os países que não conseguem reter essa mão-de-obra qualificada e a perdem para outros, pagam a conta.
Mas vem cá, qual a diferença de fazer uma seleção e ser uma nação aberta como o Brasil é?

Isso funcionaria se uma quantidade enorme de imigrantes tivesse interesse em vir para o Brasil e o pais não tivesse interesse em receber essa gente. O Brasil recebe todo mundo. Até quem não deveria receber. Ou existem tantos engenehiros querendo vir para o Brasil?

Não é mais facil e até mais barato mandar brasileiros para estudar fora? Porque uma formação não leva tanto tempo assim.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3182 Mensagem por Bourne » Qua Set 05, 2012 6:28 pm

O Brasil é muito fechado a imigração. Se fizer como os bolivianos e chineses se mantendo ilegal é fácil. Entretanto, se for trabalhar direito dentro da lei, corre o risco de ser deportado. Ou, como aconteceu com uma equipe do campeonato da FIA que vinha correr no país, os engenheiros não conseguiram visto por que poderiam ser imigrantes ilegais. :roll:

Para formar engenheiros para a iniciativa privada com base teórica e experiência em projetos vai mais de uma década. Se for investir no cara vai formar esses profissionais são duas décadas fácil. O cara vai realmente fiar bom quando for quarentão. Inclusive os governos querem mandar mais gente. O problema é quem vai agora só ficam prontos em 2020-2030. Como os caras que foram nos anos 1990s ficaram maduros agora no começo da década de 2010.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3183 Mensagem por LeandroGCard » Qua Set 05, 2012 8:01 pm

Guerra escreveu:Mas vem cá, qual a diferença de fazer uma seleção e ser uma nação aberta como o Brasil é?

Isso funcionaria se uma quantidade enorme de imigrantes tivesse interesse em vir para o Brasil e o pais não tivesse interesse em receber essa gente. O Brasil recebe todo mundo. Até quem não deveria receber. Ou existem tantos engenheiros querendo vir para o Brasil?

Não é mais facil e até mais barato mandar brasileiros para estudar fora? Porque uma formação não leva tanto tempo assim.
Já expliquei isso várias vezes, mas vou explicar de novo porque é uma questão muito importante e que parece passar totalmente desapercebida no Brasil.

A simples formação de engenheiros e técnicos especialistas em ambientes acadêmicos, seja aqui mesmo, nos EUA, na Europa ou em Atlântida NÂO É SUFICIENTE para formar os profissionais que são necessários hoje para o nosso setor industrial. Os alunos de cursos técnicos e principalmente de graduação e pós-graduação em qualquer lugar do planeta recebem nas salas de aula apenas as informações básicas necessárias para compreender as atividades que serão depois exercidas nas empresas, mas fora um ou outro caso de algum estagiário muito sortudo, consciente e particularmente talentoso estas informações não vão permitir a elaboração de absolutamente nada que seja de fato útil para indústria alguma. Apenas a convivência durante pelo menos alguns anos com o ambiente real de desenvolvimento e manufatura dentro da indústria dará ao técnico/engenheiro os conhecimentos para elaborar projetos e definir processos que possam ser realmente aplicados vantajosamente na prática. Formar uma equipe de projetos com competência padrão mundial em qualquer ramo da engenharia atual demora de vários anos a algumas décadas, um tempo muito mais longo do que a simples formação acadêmica de um engenheiro, tecnólogo ou projetista. Portanto, ou trazemos pessoal pronto de fora ou vamos demorar décadas para ver algum resultado de qualquer esforço que fizermos em educação, e isso se tudo for feito muito direitinho e der mesmo muito certo, coisa que seria inédita na história deste país.

Por isso insistir apenas na formação de mão de obra, seja aqui ou lá fora, sem que existam incentivos ou mesmo condições para que indústrias brasileiras desenvolvam novos projetos, dando a esta mão de obra recém formada a oportunidade de se integrar em equipes de engenharia realmente ativas, não vai adiantar de nada. No máximo teremos preenchedores de planilhas de horas e apontadores de ponto com formação muito acima do que irão de fato utilizar no seu dia a dia. E antes que falem que a China ou outro país qualquer mandou seus estudantes para fora, é bom lembrar que mesmo antes de qualquer estudante sair do país eles cuidaram de montar sua base industrial e criaram as condições para que o país se tornasse uma forte base exportadora de manufaturados, primeiro copiando e hoje já desenvolvendo novos produtos em uma escala só vista antes nos EUA, de forma a que sua mão de obra recém-formada ao retornar tivesse onde empregar os conhecimentos que adquiriu no estrangeiro.


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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3184 Mensagem por JT8D » Qua Set 05, 2012 8:18 pm

É óbvio que importar profissionais altamente qualificados é um bom negócio. É só dar uma olhada nos docentes das grandes universidades americanas e europeias: a quantidade de estrangeiros é enorme.
Só que esses profissionais vão para onde lhes oferecem melhores condições de trabalho e pesquisa. Então primeiro é preciso desenvolver instituições (e empresas) à altura para atrair quem realmente interessa. Senão só vem picareta (o que já temos bastante ...).

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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3185 Mensagem por Sterrius » Qua Set 05, 2012 8:35 pm

Lembrar que as instituições brasileiras não são muito receptivas a estrangeiros tb.

São "feudos". Pra um estrangeiro entrar e trabalhar aqui ele tem que se esforçar 3x mais do que faria na maioria desses países que fornece melhor estrutura.

as vezes não é nem má vontade ou objetivo de preservar o mercado. Mas a pura burocracia que se tem em tudo por aqui.
Apesar que no caso da OAB é evidente a preservação de mercado.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3186 Mensagem por Guerra » Qua Set 05, 2012 10:08 pm

JT8D escreveu:É óbvio que importar profissionais altamente qualificados é um bom negócio. É só dar uma olhada nos docentes das grandes universidades americanas e europeias: a quantidade de estrangeiros é enorme.
Só que esses profissionais vão para onde lhes oferecem melhores condições de trabalho e pesquisa. Então primeiro é preciso desenvolver instituições (e empresas) à altura para atrair quem realmente interessa. Senão só vem picareta (o que já temos bastante ...).

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É isso que eu estou dizendo. Vários dentistas brasileiros foram para Portugal, mas lá os caras recebem em euros. E aqui? O que atrairia esses profissionais?




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3187 Mensagem por JT8D » Qua Set 05, 2012 10:19 pm

Guerra escreveu:
JT8D escreveu:É óbvio que importar profissionais altamente qualificados é um bom negócio. É só dar uma olhada nos docentes das grandes universidades americanas e europeias: a quantidade de estrangeiros é enorme.
Só que esses profissionais vão para onde lhes oferecem melhores condições de trabalho e pesquisa. Então primeiro é preciso desenvolver instituições (e empresas) à altura para atrair quem realmente interessa. Senão só vem picareta (o que já temos bastante ...).

[]´s,

JT
É isso que eu estou dizendo. Vários dentistas brasileiros foram para Portugal, mas lá os caras recebem em euros. E aqui? O que atrairia esses profissionais?
Aqui nem o brasileiro altamente qualificado quer ficar. Muitos pesquisadores brasileiros vão desenvolver suas pesquisas lá fora.
Esta conversa de que faltam profissionais altamente qualificados é uma meia verdade. Falta em primeiro lugar condições de trabalho à altura desses profissionais. Tanto nas universidades como nas empresas.

[]´s,

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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3188 Mensagem por Guerra » Qua Set 05, 2012 10:33 pm

JT8D escreveu: É isso que eu estou dizendo. Vários dentistas brasileiros foram para Portugal, mas lá os caras recebem em euros. E aqui? O que atrairia esses profissionais?
Aqui nem o brasileiro altamente qualificado quer ficar. Muitos pesquisadores brasileiros vão desenvolver suas pesquisas lá fora.
Esta conversa de que faltam profissionais altamente qualificados é uma meia verdade. Falta em primeiro lugar condições de trabalho à altura desses profissionais. Tanto nas universidades como nas empresas.

[]´s,

JT[/quote]

Minha esposa tem um primo que é cientista e faz um trabalho com celulas tronco. O que aconteceu com ele foi justamente o contrário. Se formou aqui e caiu fora. Está na alemanha.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3189 Mensagem por Penguin » Qua Set 05, 2012 10:56 pm

Guerra escreveu:
Penguin escreveu:Países como Austrália, Canadá e Nova Zelândia possuem programas de imigração seletivos baseados nas suas necessidades de mão-de-obra qualificada. São sistemas geralmente baseados na qualificação dos candidatos à imigração. Geralmente as carreiras técnicas (engenharias, geologia, TIC, etc) são as que obtém maior pontuação.

Dessa forma, esses países conseguem suprir carências de mão-de-obra qualificada a custo praticamente zero e em prazos curtíssimos. Os países que não conseguem reter essa mão-de-obra qualificada e a perdem para outros, pagam a conta.
Mas vem cá, qual a diferença de fazer uma seleção e ser uma nação aberta como o Brasil é?

Isso funcionaria se uma quantidade enorme de imigrantes tivesse interesse em vir para o Brasil e o pais não tivesse interesse em receber essa gente. O Brasil recebe todo mundo. Até quem não deveria receber. Ou existem tantos engenehiros querendo vir para o Brasil?

Não é mais facil e até mais barato mandar brasileiros para estudar fora? Porque uma formação não leva tanto tempo assim.
O Brasil hoje, como disse Bourne, não é uma nação aberta a imigrantes.
O Brasil não possui uma política de imigração ativa para atrair talentos e mão-de-obra aqui escassa.
Não possui sequer um site governamental para orientar potenciais imigrantes como esses:

http://www.immi.gov.au/
http://www.cic.gc.ca/english/
http://www.immigration.govt.nz/
http://www.uscis.gov/portal/site/uscis


Mas a situação parece que irá mudar em breve...

SAE NA MÍDIA
http://www.sae.gov.br/site/?p=12799
Brasil estuda incentivar vinda de jovens estrangeiros qualificados para trabalhar no país
(Agência Brasil, em 22.08.2012)
BRASÍLIA, QUI, 23-08-2012
Bruno Bocchini

Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República começou hoje (22) a discutir, em um grupo de trabalho, o incentivo a imigrantes com qualificação profissional para vir trabalhar no Brasil. O grupo, que terá reuniões mensais até novembro, conta com representantes do governo e de instituições como a Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação Getulio Vargas (FGV).

“O Brasil precisa de mão de obra qualificada para avançar. Nós temos o desafio da competitividade, o desafio de aumentar a produtividade do nosso parque industrial. Nós temos que criar um ambiente de inovação e para isso nós precisamos de mão de obra qualificada”, disse o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

“A melhor maneira de você transferir tecnologia é trazendo as pessoas, porque a tecnologia está na cabeça. São atitudes, hábitos, processos que as pessoas aprendem, desenvolvem e, se elas vieram para cá, elas podem fazer com que a gente acelere a solução da nossa necessidade”, acrescentou, antes da primeira reunião do grupo, que ocorreu hoje em São Paulo.

Dados da secretaria mostram que, atualmente, apenas 0,3% da população brasileira é formada por imigrantes. Na Austrália, por exemplo, esse número é 20%. O Canadá tem 16% da força de trabalho composta por imigrantes, já o Brasil, tem 0,4% da sua população economicamente ativa formada por imigrantes.

“A educação é o melhor caminho para isso [formar mão de obra qualificada], só que demora. E nós precisamos resolver isso agora, em um momento em que o país tem efetivamente que dar um salto de qualidade e porque os seus parceiros no mundo vivem grandes dificuldades. Nós temos no mundo hoje jovens altamente qualificados, sobretudo na Europa, que estão desempregados ”, ressaltou o ministro.

Franco lembra da situação que Portugal e Espanha enfrentam em relação ao desemprego, que atinge, em algumas faixas etárias, mais de 40% da população. “Se nós pegarmos Portugal e Espanha, que tem um ambiente cultural muito favorável, não tem porque nós não sermos uma grande fonte para absorver toda essa mão de obra que está formada e procurando emprego”, disse.

O ministro ressaltou que o grupo deverá levantar informações, inicialmente, sobre que tipo de migrante o país quer atrair e a melhor forma para fazer isso. “Não é expectativa que a comissão já apresente uma política, mas eu tenho certeza que, pela excelência dos membros que a compõe, nós tenhamos uma quadro que vá permitir, num momento imediatamente seguinte, mobilizar pessoas para formular uma política que atenda as necessidades do país”, disse.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, o número de autorizações de trabalho concedidas pelo governo a pessoas vindas de fora cresceu quase 26% em 2011, com cerca de 70 mil novos vistos. Mais da metade das autorizações temporárias concedidas em 2011 foram para profissionais com nível superior completo. O número de mestres e doutores estrangeiros quase triplicou, passando de 584 para 1.734.

“Talvez o Brasil precise [conceder] 200 mil vistos por ano. Estamos avançando, mais talvez pela oferta mundial do que por uma política pró ativa”, disse o secretário de Ações Estratégicas da SAE, Ricardo Paes de Barros.

A estimativa do Ministério das Relações Exteriores é que mais de 2 milhões de estrangeiros legais tenham o Brasil como morada, o que supera a população do Uruguai.

Edição: Fábio Massalli




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3190 Mensagem por Guerra » Qua Set 05, 2012 11:06 pm

Nós temos no mundo hoje jovens altamente qualificados, sobretudo na Europa, que estão desempregados
Agora entendi a estratégia. Se essa crise na europa trouxer os brasileiros que foram embora o Brasil já estará no lucro.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3191 Mensagem por Sterrius » Qua Set 05, 2012 11:58 pm

Na verdade precisamos de politicas que atraiam não so os brasileiros, mas qualquer 1 que esteja disposto a fazer a viagem. (Desde que a taxa de desemprego fique em 5-7% ou menos).

Uma pessoa trabalhando no Brasil é menos 1 trabalhando para um país qualquer la fora! Está gastando, pagando impostos e gerando renda aqui, por mais que ele talvez envie dinheiro pra fora e vá embora 1 dia. Ele viveu e consumiu por aqui.

Isso vale até mesmo pros ilegais. Podem escapar do IPTU e outros impostos, mas não escapam dos impostos sobre produtos e varios outros que existem indexados em coisas do dia a dia.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3192 Mensagem por Pedro Gilberto » Sáb Set 08, 2012 6:10 pm

Brasil sobe 5 posições em ranking de competitividade global, diz relatório

05/09/2012 08h05 - Atualizado em 05/09/2012 09h47
Do G1, em São Paulo
Fonte: WEF, Movimento Brasil Competivivo, Fundação Dom Cabral

País ficou na 48ª posição, após ter subido outros 5 postos em 2011.
Suíça lidera ranking há 4 anos; EUA perdem posição pelo 4º ano seguido.

O Brasil repetiu o crescimento do ano passado e voltou a subir cinco posições no ranking de competividade global neste ano, para o 48º lugar, divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). Apesar do crescimento, o país segue atrás de países como a China, no 29º, Chile, no 33º e Panamá, no 40º.

A Suíça lidera a lista pelo quarto ano consecutivo, aponta o Relatório Global de Competitividade, que no Brasil é feito em parceria com o Movimento Brasil Competitivo e a Fundação Dom Cabral.

Cingapura permaneceu em segundo lugar e a Finlândia subiu para a terceira posição, ultrapassando a Suécia, que ficou em quarto. A Holanda subiu da 7ª para a 5ª posição das economias mais competitivas.

Entre o grupo países emergentes, o Brics, a China aparece em primeiro lugar no ranking, na 29ª posição, apesar de ter recuado três postos, seguida do Brasil. A África do Sul aparece na 52ª posição, a Índia, na 59ª, e a Rússia, na 67ª. Entre os Brics, apenas o Brasil subiu de posição neste ano, segundo o estudo.

Na América Latina, o Chile (33º) mantém a liderança. Entre demais países que também registraram melhoria na sua competitividade estão Panamá (40º), o México (53º) e o Peru (61º).

Crise na Europa
Apesar de a Suíça e os países do norte europeu consolidarem seu forte posicionamento competitivo desde a crise financeira de 2008, países do sul da Europa, como Portugal (49ª posição), Espanha (36ª posição), Itália (42ª posição) e principalmente a Grécia (96ª posição), continuam a sofrer "com a fragilidade competitiva em termos de desequilíbrios macroeconômicos, pouco acesso a financiamentos, mercados de trabalho rígidos e um déficit de inovações", aponta o relatório.

Estados Unidos
Os Estados Unidos perderam posição pelo quarto ano, caindo do 5º para o 7º lugar no ranking.

"Além do aumento das vulnerabilidades macroeconômicas, aspectos do ambiente institucional do país continuam aumentando a preocupação entre os líderes empresariais, particularmente a pouca confiança pública nos políticos e uma perceptível falta de eficiência do governo. Por outro lado, o país continua sendo uma potência global em termos de inovação e seus mercados funcionam de forma eficiente", diz a nota do WEF.

Ásia e África
Economias asiáticas apresentam forte desempenho entre as 20 primeiras posições: Cingapura (2ª), Hong Kong (9ª), Japão (10ª), Taiwan (13ª), China (29ª) e Coreia (19ª).

No Oriente Médio e no norte da África, o Qatar (11ª) é líder na região, enquanto a Arábia Saudita continua entre os 20 primeiros colocados (18ª). Na África Subsaariana, a África do Sul (52ª) e as Ilhas Maurício (54ª) aparecem na metade superior da classificação.

Sobre o ranking
O ranking do Relatório Global de Competitividade é baseado no Índice de Competitividade Global (GCI, em inglês), desenvolvido para o Fórum Econômico Mundial e introduzido em 2004, diz o WEF.

O modelo engloba 12 categorias consideradas os pilares da competitividade. Juntas, elas oferecem uma ampla descrição da paisagem competitiva de um país, diz o relatório.

Os pilares são: instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária, educação superior e capacitação, eficiência no mercado de bens, eficiência no mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado, sofisticação de negócios e inovação.

Para o relatório deste ano, mais de 14 mil líderes empresariais de todo o mundo foram entrevistados, em 144 países, um recorde, diz o WEF.

http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... torio.html
[]´s




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3193 Mensagem por Andre Correa » Dom Set 09, 2012 11:34 pm

09/09/2012 07h34 - Atualizado em 09/09/2012 07h34
Crise derruba preço do ferro e Brasil não deve bater meta de exportação
Preço do minério de ferro caiu 20% de janeiro a agosto.
Será a 1ª vez que país não alcança a meta, criada pelo governo em 2003.

Alexandro Martello
Do G1, em Brasília


Destaque nas exportações do ano passado, possibilitando o melhor resultado comercial em quatro anos, o preço de itens básicos importantes da pauta brasileira, como do minério de ferro, recuou fortemente em 2012. Com isso, o governo já admite que a meta oficial de exportações não deverá ser cumprida pela primeira vez desde que foi criada, em 2003.

A meta para 2012 foi fixada pelo governo federal em US$ 264 bilhões, o que representaria, se cumprida, um crescimento de 3,1% sobre 2011 (US$ 254 bilhões). De janeiro a agosto deste ano, foram exportados US$ 160,5 bilhões, faltando R$ 103,4 bilhões entre setembro e dezembro para que a meta seja atingida – o que o Ministério do Desenvolvimento já informou que não deve acontecer.
Imagem
Segundo o MDIC, as metas de exportação existem desde 2003. Em todos os anos, a meta foi cumprida. Em 2009, com o agravamento da crise financeira, porém, o governo optou por não fixar uma meta formal. Em 2010 e 2011, os objetivos de US$ 168 bilhões e de US$ 228 bilhões foram atingidos com folga.

Crise internacional
A frustração da meta de exportações em 2012 é resultado, segundo analistas, da crise internacional, que conteve a demanda por produtos básicos, como os minerais metálicos exportados pelo Brasil, gerando queda em seu preço. O recuo do preço do minério de ferro – de 20% de janeiro a agosto – contribuiu para a queda de 24% nas vendas externas do produto neste ano, mais de US$ 6,1 bilhões em "perdas".
Ao todo, o superávit comercial comercial brasileiro (exportações menos importações) caiu US$ 6,8 bilhões de janeiro até agosto, na comparação com o mesmo período de 2011, para US$ 13,17 bilhões.

A expectativa da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) é de que as vendas externas do minério de ferro recuem US$ 12 bilhões em todo ano de 2012.

"Além do minério de ferro, vai ter outros produtos que tambem vão ajudar a queda. Basicamente commodities [produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, petróleo e alimentos]. O petróleo, café em grão e o açúcar, por exemplo. Todas as commodities metálicas, como ferro, cobre e alumínio [devem registrar queda]. Como o minério de ferro cai, automaticamente vai cair o aço. É a cadeia produtiva", avaliou José Augusto de Castro, presidente da AEB.

Para o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEAUSP) e presidente do Instituto Fractal, Celso Grisi, além da queda dos preços das commodities, a crise financeira e o protecionismo dos países para defender suas economias também impactam o desempenho das exportações brasileiras e o superávit da balança comercial do país.

"A atividade de comércio exterior está muito mais reduzida com a crise internacional. Os países se protegeram para ter uma certa preservação de suas economias internas. Mas o preço das commodities tem uma forte pressão sobre as exportações brasileiras. Também perdemos muito as nossas exportações de manufaturados e semimanufaturados [produtos industrializados] em função da perda de produtividade do país", avaliou Grisi.

Ele lembrou que o dólar operou com desvalorização, abaixo de R$ 1,60, R$ 1,70, durante "boa parte deste ano", resultando em preço baixo para as exportações. Segundo ele, a alta do dólar, registrada nos últimos meses por conta da piora da crise financeira e que favorece o preço das exportações brasileiras, ainda não compensa todos os problemas dee competividade da indústria nacional. "Falta investimento e modernização tecnológica. Nossas metas de exportação são muito dependentes das commodities agrícolas", avaliou o professor.
FONTE




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3194 Mensagem por Sterrius » Seg Set 10, 2012 2:23 am

De certa forma é bom ver as commodities voltando a "preços realistas".

Sem o oba oba das commodities isso força o país a buscar outras formas para crescer, logo industrialização.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3195 Mensagem por marcelo l. » Seg Set 10, 2012 6:28 pm

Colheita de grãos deve bater novo recorde em 2012/13
Valor Econômico - 10/09/2012


Desde que o clima colabore, a produção brasileira de grãos poderá bater um novo recorde e alcançar 180 milhões de toneladas nesta safra 2012/13, estimou na quinta-feira o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. No ciclo 2011/12, apesar da estiagem que no verão prejudicou as lavouras nas regiões Sul e Nordeste do país, foram 165,9 milhões de toneladas, 1,9% mais que em 2010/11, segundo pesquisa divulgada na quinta-feira pela Conab. O aumento foi garantido pelo forte avanço da segunda safra de milho, sobretudo em Mato Grosso.

Não fosse a seca, afirmou Rocha, o volume previsto para 2012/13 já teria sido atingido na temporada passada. Nesse contexto, o otimismo do secretário em relação à safra que começará a ser semeada no fim desta semana pode ser considerado moderado. Ele ainda está cauteloso, por exemplo, em relação à soja, tradicional carro-chefe da produção que, com a seca, perdeu o posto para o milho em 2011/12. Enquanto estimativas privadas sinalizam que a colheita da oleaginosa poderá chegar a 82 milhões de toneladas, ante 66,4 milhões no ciclo passado, Rocha disse que "é razoável imaginar que não vamos chegar a 80 milhões".

Como já informou o Valor, em Mato Grosso, maior produtor de soja do país, o enfraquecimento do El Niño pode levar a um atraso das chuvas e prejudicar a produtividade em algumas áreas. Por enquanto, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), ligado à federação da agricultura e pecuária do Estado (Famato), prevê a colheita local de soja em 24,1 milhões de toneladas, 13% maior que a de 2011/12. Em geral, a tendência é que a área de soja no país cresça e que parte desse avanço aconteça em detrimento do milho - inclusive no Sul - já que as margens da oleaginosa, que tem mais liquidez, estão atraentes.

Para o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Silvio Porto, os produtores de milho têm mesmo motivos para preocupações. "O Brasil vai acabar essa safra [2011/12] com estoques de passagem de mais de 10 milhões de toneladas de milho. O preço de hoje no mercado nacional acompanha a bolsa de Chicago e está totalmente descolado da realidade". As cotações do milho subiram mais de 30% no país desde julho, em razão dos reflexos da quebra da safra americana, também prejudicada por uma severa estiagem, nas cotações internacionais. Apesar do estoque, o governo tem problemas para transportar o cereal de regiões bem abastecidas para outras carentes, em parte por causa dos conhecidos gargalos logísticos brasileiros.

E esse estoque de milho será elevado, apesar das exportações - que, graças à safrinha, também baterá recorde. A Conab estima os embarques da temporada 2011/12 em 16 milhões de toneladas. A Ocepar, que representa as cooperativas agropecuárias do Paraná, já trabalha com 17 milhões, sendo 4 milhões embarcadas a partir do Estado.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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