Cotas raciais nas FA

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Cotas raciais nas FA

#1 Mensagem por Marino » Dom Set 02, 2012 1:52 pm

PQP: começou a campanha.
O imbecil nem pesquisou direito, ou saberia que na MB o Secretario Geral é um Almirante 4 estrelas negro, com toda a possibilidade de substituir o atual Comandante, e que ele chegou ao Alto-Comando da MB por mérito, sem cotas.
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As armas e as cotas
Ensaio
A batalha adiada da igualdade racial nas Forças Armadas LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO
RESUMO Impermeáveis às políticas afirmativas do governo Dilma, as Forças Armadas não promovem a formação de altos comandantes cujo rosto espelhe o da população brasileira. Índia, África do Sul e EUA (que destacaram oficial negro para comandar frota no Atlântico Sul) dão valor estratégico à questão racial nas elites militares.
Nas vésperas do Sete de Setembro, cabe lembrar as perspectivas sobre as Forças Armadas inscritas no "Livro Branco da Defesa Nacional" (LBDN), apresentado em junho à presidente da República e ao Congresso.
Organizado pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, o Livro Branco constitui uma iniciativa original. Tanto na forma quanto no seu conteúdo. Faltou, na imprensa e nos meios políticos e universitários, um debate à altura das análises elaboradas no LBDN. Pela primeira vez, a reflexão sobre as Forças Armadas e a diplomacia estão associadas num documento governamental que analisa as relações de força no mundo atual.
Resta que o LBDN não aborda um problema importante -de repercussão nacional e internacional-, que Amorim ajudou a começar a resolver no Itamaraty. Problema com o qual ele e seus sucessores no atual ministério também terão que lidar: a discriminação racial não escrita que exclui negros e mulatos do alto oficialato das Três Armas.
No Itamaraty, o assunto foi abafado durante muito tempo. Entrou pela primeira vez em pauta quando o presidente Jânio Quadros, em 1961, na época da independência das colônias africanas, nomeou o escritor Raimundo Souza Dantas (1923-2002) embaixador em Gana.
Primeiro e único embaixador negro desde a Independência, Souza Dantas escreveu "África Difícil, Missão Condenada: Diário" (1965), que narra a discriminação de que foi vítima, por parte de intelectuais e diplomatas brasileiros, no seu posto na África. Quando o livro saiu, a ditadura já sufocava o debate sobre esse e outros assuntos.
Agindo como pau-mandado do colonialismo português, o Itamaraty perseguiu o então diplomata e futuro dicionarista Antônio Houaiss (1915-99). Membro da Comissão de Descolonização da ONU, Houaiss dialogava com os movimentos independentistas da África lusófona. Como narra o embaixador Ovídio de Andrade Melo, em seu livro "Recordações de um Removedor de Mofo no Itamaraty" (2009), a pedido de setores salazaristas, Houaiss foi cassado e demitido do Itamaraty, acusado de ser "inimigo de Portugal".
No entanto, cada vez que o governo abria uma embaixada na África, inclusive nos países lusófonos, já escaldados pela colaboração de Gilberto Freyre (1900-87) com o colonialismo salazarista, escancarava-se um paradoxo: como acreditar que o Brasil era uma "democracia racial" se todos os diplomatas, e até os contínuos da embaixada, eram brancos? A branquidade encenada pelos diplomatas brasileiros entravava a política do Brasil na África.
Com a redemocratização, o debate voltou à ordem do dia. Em 2002, iniciou-se o programa Bolsa Prêmio de Vocação para a Diplomacia. Implementado pelo Itamaraty, o programa concede a afrodescendentes bolsas de preparação ao concurso à carreira diplomática.
A necessidade de aproximar o rosto interno do rosto externo do país foi sublinhada pelo então presidente Fernando Henrique, em dezembro de 2001: "Precisamos ter um conjunto de diplomatas -temos poucos- que sejam o reflexo da nossa sociedade, que é muliticolorida e não tem cabimento que ela seja representada pelo mundo afora como se fosse uma sociedade branca, porque não é".
Sob a presidência de Lula, o processo se consolidou. Em julho de 2008, em Brasília, o então chanceler Celso Amorim enfatizou que a democracia é "incompatível" com a discriminação, acrescentando: "Acreditávamos que éramos uma democracia racial. Hoje sabemos que isso não é verdade".
AJUSTE Contudo, o ajuste entre o rosto interno e o rosto externo do país é longo e difícil. No último dia 18 de agosto, reportagem de Flávia Foreque na Folha revelou que, dentre as 40 novas embaixadas abertas na África, 35 têm um corpo de diplomatas inferior ao previsto. Por quê? Porque alguns itamaratecas, que se acham, evitam as embaixadas africanas, acreditando que tais postos rebaixam suas carreiras.
Celso Amorim deixou o Itamaraty e, depois de uma pausa, assumiu o ministério da Defesa. Graças à sua iniciativa, redigiu-se o "Livro Branco". Com 270 páginas, o documento contou com o aporte de vários ministérios e duas centenas de colaboradores.
De saída, o LBDN salienta as bases da geopolítica nacional: "O Brasil dá ênfase a seu entorno geopolítico imediato, constituído pela América do Sul, o Atlântico Sul e a costa ocidental da África". Mais adiante, a importância do espaço oceânico é reiterada, porquanto o Brasil é o "país com maior costa atlântica do mundo".
Citado no texto introdutório da presidente Dilma Rousseff, o pré-sal é objeto de mais quatro referências no LBDN. A posse da Zona Econômica Exclusiva de 200 milhas marítimas (onde está o pré-sal) garantida pela Convenção da ONU de 1994, que foi assinada por 152 países, é destacada.
Mas o documento também observa que nem todos países aderiram à convenção, "inclusive grandes potências", circunstância que "pode se tornar, no futuro, uma fonte de contenciosos". O que o LBDN não diz, mas está nos jornais, é que a única das "grandes potências" não aderente à convenção de 1994 é os Estados Unidos.
4a FROTA O tom diplomático do texto evita ainda referências a uma novidade que reconfigura o Atlântico Sul, a volta da 4a Frota americana. Estabelecida em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), a 4a Frota foi desmembrada em 1950. Em 2008, foi restabelecida para operar no Caribe e nos mares da América Central, América do Sul e África Ocidental.
Seu renascimento foi saudado pelo "Navy Times", jornal da marinha de guerra americana: "Quase 60 anos depois de ter fechado, a 4a Frota, que conduziu a caçada aos submarinos alemães no Atlântico Sul, está de volta. Desta vez, para caçar traficantes de drogas no Caribe".
Na América Central e na América do Sul, pouca gente acreditou nessa fita da caça aos piratas do Caribe. O governo argentino discutiu o assunto com o governo americano. Mas a reação mais incisiva veio do Brasil. Respondendo a jornalistas argentinos, em setembro de 2008, o presidente Lula declarou: "Estou preocupado com a 4a Frota americana, porque ela vai exatamente para o lugar onde nós achamos petróleo".
Tal armada de porta-aviões, cruzadores e submarinos é comandada por um ilustre oficial negro, o contra-almirante Sinclair M. Harris. Feliz coincidência para o prestígio do contra-almirante Harris e para o lustre da U.S. Navy, sua poderosa esquadra singra entre a costa atlântica africana e o país americano que conta com o maior número de afrodescentes.
Neste contexto apenas subentendido no LBDN, a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul ganha todo o seu relevo. Instaurado pela ONU em 1986, esse tratado abrange o Brasil, Argentina, Uruguai e 21 países africanos. Programas de colaboração militar estão em curso nesses países, com destaque para a Namíbia -cuja costa situa-se em latitudes idênticas à faixa do litoral brasileiro contendo o pré-sal-, a qual envia boa parte dos oficiais de sua Marinha de Guerra para se formarem no Brasil.
O LBDN assinala uma cooperação mais direta com a África do Sul, no intercâmbio de oficiais e no desenvolvimento do míssil A-Darte e, mais além, com a Índia, no avião de transporte Embraer 145, dotado de radar indiano.
A colaboração com a África do Sul e a Índia é reforçada pelo Fórum Ibas, reunindo o Brasil aos dois países. Fundado em 2003, sob o impulso do então chanceler Celso Amorim, o Ibas é definido como "um mecanismo de coordenação entre três países emergentes, três democracias multiétnicas e multiculturais, que estão determinados a redefinir seu lugar na comunidade de nações".
Efetivamente, o Brasil, a África do Sul e a Índia constituem um grupo exemplar de democracias multiétnicas e multiculturais. Não há quem duvide disso, quando percorre as ruas das grandes cidades desses países.
Salvo em algumas altas instâncias, como as Academias Militares. Ali, o rosto dos cadetes, dos futuros oficiais superiores brasileiros, predominantemente branca, destoa da igualdade étnica e multicultural do oficialato das Forças Armadas da África do Sul e da Índia. Destoa, sobretudo, da sociedade brasileira.
Graças aos avanços constitucionais do país, as Forças Armadas têm evoluído. Mulheres passaram a ser admitidas nas Três Armas, embora suas funções sejam geralmente restritas aos serviços administrativos e de saúde.
Também é certo que há, desde o século 19, certo número de oficiais afrodescendentes e que as escolas militares não vetam mais certas categorias da população.
Assim, como revelou o historiador Fernando Rodrigues, da UFRJ, na reportagem de Leonencio Nossa, no jornal "O Estado de S. Paulo", em 12 de março de 2011, até o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), as escolas militares barravam formalmente a entrada de negros, judeus, islâmicos, filhos de pais separados e filhos de estrangeiros.
SAITO Muita coisa mudou para melhor. Em 2007, a comunidade nipo-brasileira saudou a nomeação no comando da Aeronáutica do brigadeiro Juniti Saito, nascido em Pompeia (SP) e filho de imigrantes japoneses. No ano seguinte, viajando a Tóquio como convidado especial do governo japonês, o comandante foi recebido pelo Imperador Akihito.
Saito visitou também uma escola de filhos de imigrantes brasileiros. Segundo o site nikkeypedia.org.br, ele declarou na saída: "Eu me identifiquei com aquelas crianças porque passei o mesmo que elas quando cheguei ao Brasil. Até os cinco anos de idade, só falava japonês dentro de casa". A menos que tenha sido o resultado de um erro de transcrição, o lapso do brigadeiro Saito ("quando cheguei ao Brasil") é significativo.
Mostra o estranhamento e a emoção da "chegada" à escolinha paulista, e dá mais força ao seu mérito e à competência da Escola Militar na condução de sua trajetória até a chefia da Aeronáutica.
Da mesma forma que a carreira do contra-almirante Harris impressiona os oficiais africanos e brasileiros, o dinamismo social e democrático que impulsionou a carreira do comandante Saito deve ter impressionado os oficiais do Japão. No Extremo Oriente, o retrato do oficialato brasileiro, apresentado como um corpo militar multiétnico, ganhou foros de verossimilhança. No Extremo Ocidente é outra história.
GUARARAPES Sabe-se que a hierarquia militar sempre afirmou sua consonância com o colorido da sociedade. Como outros documentos oficiais, o LBDN se refere à primeira Batalha de Guararapes (1648), palco da vitória icônica das Forças Armadas: "Foi o evento histórico considerado gênese do Exército, nessa ocasião as forças que lutaram contra os invasores foram formadas genuinamente por brasileiros (brancos, negros e ameríndios)".
Depois disso, os holandeses se renderam, a população indígena declinou, chegaram muito mais africanos, mais portugueses, outros europeus, e também os levantinos e os asiáticos que formaram a atual sociedade brasileira.
As Forças Armadas mudaram, mas a sociedade mudou mais rápido. A referência encantatória às forças brasileiras na Batalha de Guararapes, pintadas como um exército multiétnico, não cola à realidade. Não é preciso fazer um desenho para mostrar que há um desequilíbrio gritante no escalonamento hierárquico das Três Armas.
Como em outros setores governamentais, os brancos sempre dominaram as patentes mais elevadas, em detrimento da presença dos afrodescendentes, que compõem atualmente a maioria dos recrutas e da população do país. Para retomar a análise do então presidente FHC, trata-se de uma situação que "não tem cabimento".
A doutrina constitucional e a dinâmica democrática tem tornado a sociedade brasileira mais justa. Desse modo, a Constituição decreta que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza" (art. 5°), e completa o preceito com as políticas afirmativas, determinando a "proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei" (art. 7° § 20).
Consoantemente, a presidente Dilma Rousseff promove a nomeação de mulheres nos altos cargos, numa política pública para ninguém botar defeito.
De seu lado, o Judiciário e o Legislativo têm procurado corrigir as desigualdades herdadas do passado para reforçar a democracia. No mês de abril, o Supremo Tribunal Federal decidiu, unanimemente, que as cotas raciais nas Universidades estavam em conformidade com a Constituição.
Como é notório, o STF é raras vezes unânime em seus julgamentos. A concordância dos ministros sobre matéria tão controversa, e combatida pela grande maioria dos editorialistas, conferiu mais peso ainda à decisão, que tornou-se jurisprudência.
Após longo estudo, o STF reconheceu que existe no Brasil discriminação étnica estrutural -embora não inscrita nas leis-, que as universidades públicas tem o direito constitucional de combater.
Na sequência, o Congresso aprovou a lei que reserva 50% das vagas das universidades federais para estudantes de escolas públicas. Metade das cotas, ou 25% das vagas, vai para estudantes cujas famílias tenham renda até 1,5 salário mínimo. Os outros 25% das vagas são reservados aos estudantes negros, pardos ou indígenas. Persistem dúvidas sobre a aplicação da lei no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que depende do Ministério da Defesa.
Independentemente das Academias Militares, os oficiais superiores estão cada vez mais envolvidos na política externa. Aliás, o LBDN registra a frequente "participação articulada de militares e diplomatas em fóruns internacionais [...] na tarefa de defender, no exterior, os interesses brasileiros".
Cedo ou tarde a branquidade do oficialato entravará o papel internacional das Forças Armadas. O acomodamento nacional -tão bem resumido na frase "Imagina na Copa!"- pode continuar esperando que as coisas, na hierarquia militar e alhures, evoluam a partir de críticas externas.
A frase citada acima, e seu complemento carioca "Imagina na Olimpíada!", tem duplo sentido. O significado imediato mostra que se está apreensivo com a chegada de tanta gente de outros países.
Menos óbvio, o segundo sentido deixa entender que se espera uma melhoria nos serviços públicos, na telefonia celular, nos aeroportos. Assim, o bordão "Imagina na Copa!" revela também um comportamento acomodado e subalterno: já que os cidadãos (brasileiros) não impõem respeito, vamos tirar proveito do respeito imposto pelos consumidores (estrangeiros).
Como sucedeu no Itamaraty, o apelo à representação multiétnica, à aproximação entre o rosto multicolorido dos recrutas e o rosto dos oficiais superiores, poderá também vir de fora para dentro, das parcerias militares desenvolvidas com países do Caribe e da África, e até com a 4a Frota americana.
Não obstante, no seu discurso de posse, Celso Amorim fez uma afirmação que indicava sua intenção de não aceitar acomodamentos e subalternidades.
De fato, na sua fala, Amorim propôs uma gestão mais democrática no Ministério da Defesa: "Devemos valorizar a discussão de temas como direitos humanos, desenvolvimento sustentável e igualdade de raça, gênero e crença". Tais temas não sofrem contestação nas Forças Armadas.
Salvo a discussão do tema da igualdade de raça. Tão presente na sociedade brasileira, tão ausente no "Livro Branco da Defesa Nacional".
O "Livro Branco da Defesa Nacional" não aborda um problema importante: a discriminação racial não escrita que exclui negros e mulatos do alto oficialato
No Extremo Oriente, o retrato do oficialato brasileiro, apresentado como um corpo militar multiétnico, ganhou verossimilhança. No Extremo Ocidente é outra história
Cedo ou tarde a branquidade do oficialato entravará o papel internacional das Forças Armadas. Como no Itamaraty, o apelo poderá vir de fora para dentro




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Re: Cotas raciais nas FA

#2 Mensagem por felipexion » Dom Set 02, 2012 2:54 pm

Só faltava essa.

Não já basta cotas na universidades federais e em alguns cargos do governo?




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Re: Cotas raciais nas FA

#3 Mensagem por JT8D » Dom Set 02, 2012 3:02 pm

Sou a favor da criação de cotas para políticos honestos no congresso.

[]´s,

JT




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Re: Cotas raciais nas FA

#4 Mensagem por Lirolfuti » Dom Set 02, 2012 3:02 pm

so tenho 2 cositas a dizer sobre esse papel de limpa o fiofo.

1- manda o Im..Be..Il que escreveu isso estudar.

2-depois que ele estudar e se formar, manda ele usa esta josta que ele escreveu para limpar o furico dele.




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Re: Cotas raciais nas FA

#5 Mensagem por bcorreia » Dom Set 02, 2012 3:09 pm

JT8D escreveu:Sou a favor da criação de cotas para políticos honestos no congresso.

[]´s,

JT
Assim iria ter muitos assentos vazios por lá :mrgreen:




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Re: Cotas raciais nas FA

#6 Mensagem por JT8D » Dom Set 02, 2012 3:28 pm

Isso não faz sentido num país tão miscigenado como o nosso. É quase impossível saber quem tem sangue negro por aqui.
Esse tipo de política é uma imitação de países como os Estados Unidos onde o racismo é um problema real e as populações não se misturam. Por aqui isso é um retrocesso, um incentivo ao racismo.
Desse jeito os casamentos inter-raciais vão diminuir só para que as pessoas possam reivindicar suas cotas. Absurdo.

[]´s,

JT




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Re: Cotas raciais nas FA

#7 Mensagem por Clermont » Dom Set 02, 2012 4:13 pm

A única coisa que se espera é que os altos chefes militares sejam enfáticos perante a presidência e perante os membros do Congresso Nacional para bloquearem, no nascedouro, esse ato irresponsável e demagógico que seria a instituição das cotas raciais ou sociais para a formação das lideranças militares no Brasil.

Mas, infelizmente, sou forçado a reconhecer que, se nem nos Estados Unidos, a liderança militar mostrou-se capaz de abrir os olhos da elite política, parece um milagre se for possível abrir os olhos da classe política brasileira.

A demagogia "politicamente correta" já começou, com os planos para a futura admissão de mulheres na AMAN, ocupando funções dentro das armas de combate. E agora seguirá seu rumo com a implantação de cotas raciais.

Pelo menos, eu espero firmeza das chefias militares para desmascararem, tanto perante a presidente, como perante o restante da sociedade, todas as falácias e irresponsabilidades dessas campanhas "politicamente corretas" exigindo cotas raciais, sociais e sexuais. E que deixem claro que isso nada terão de positivo, ao contrário, só contribuirá para prejudicar e diminuir, ainda mais, a eficiência operacional das Forças Armadas brasileiras.

Se não obtiverem êxito, diante da pressão dos lobbies "politicamente corretos" que forçaram a aceitação das cotas raciais nas universidades - inclusive, com a desgraçada aprovação do Supremo Tribunal Federal - pelo menos, poderá ser dito, no futuro, que os chefes militares cumpriram com o seu dever, perante o Brasil e perante os seus comandados.




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Re: Cotas raciais nas FA

#8 Mensagem por Boss » Dom Set 02, 2012 4:14 pm

Logo terá cotas em ônibus, metrô, vagas de estacionamento, fila de banco, deputados, senadores, ministros, governadores, presidentes ...

Já estamos vivendo em um mini Apartheid, que favorece as minorias (negros, índios), mas que a maioria aplaude, porque o "senso ético comum" diz que é o correto... :roll:

Vivemos em um país com racismo oficializado, contra quem não é negro e índio. Tem muito brasileiro aí, nordestino, gaúcho, etc, que sofre com a seca em suas terras, enquanto a FUNAI e os imbecis do Planalto continuam cedendo terras e mais terras na Amazônia ou em outros lugares, do tamanho da Bélgica pra cima, para meia dúzia de ........ viverem parados no século XV.

Mas não questione isso ! Ou você é racista, neo-nazista e outras imbecilidades.

Por isso que eu tendo a apoiar o Bolsonaro. Posso não concordar com muitas sandices que ele diz, mas pelo menos ele é a ÚNICA pessoa pública dessa pocilga que tem coragem de dar a cara a tapa perante essa sociedade medíocre nessas questões.




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Re: Cotas raciais nas FA

#9 Mensagem por Guerra » Dom Set 02, 2012 6:29 pm

Isso ai vai influir direto na hierarquia e a disciplina nos quarteis.
Parabéns para esquerda. Tanto tempo depois de 35 eles estão finalmente conseguindo seus objetivos.




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Re: Cotas raciais nas FA

#10 Mensagem por Boss » Dom Set 02, 2012 6:40 pm

Guerra sempre tende a transformar qualquer coisa nesse fórum nessa briguinha escrota dos anos 60.

Ou então o povo em sua ampla maioria, uns 95%, é dessa "esquerda", já que são raros aqueles que se levantam contra essas sandices de cotas, esse racismo oficializado.

E isso é claro. Vemos isso em nosso dia a dia. A maioria das pessoas estão cegas diante desses "bons costumes" que alguém disse que é o correto, e acham que é assim que o Brasil vai melhorar. Sendo um Estado racista, defendendo e idolatrando minorias por motivos patéticos, e vendendo a imagem de "igualador".

O mesmo com vários temas. No Facebook ou no Twitter mesmo, muita gente sem qualquer análise pessoal dos fatos, já compra como o "correto", ações contra Belo Monte, defesa incondicional dos índios, cotas, etc...




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Re: Cotas raciais nas FA

#11 Mensagem por Guerra » Seg Set 03, 2012 9:03 am

Boss escreveu:Guerra sempre tende a transformar qualquer coisa nesse fórum nessa briguinha escrota dos anos 60.
Qualquer coisa, não! Só as ações para com a FAs. E não sou eu que tem interesse que se mantenha essa briguinha escrota dos anos 60. É a realidade do pais que eu vivo.
Eu moro num pais que o governo criou uma tal de comissão da meia verdade e vc quer que eu acredite que 99% das ações do governo para as FAs não é revanchista? Rapaz, olha quem é o ministro da defesa. O cara é um pacifista que ouve canções de guerra e diz que as FAs precisam se redemocratizar.

Agora, o povo compra essass idéias. Claro que sim. Por uma bolsa no finla do mês as pessoas aceitam de tudo.




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Re: Cotas raciais nas FA

#12 Mensagem por Clermont » Qui Out 18, 2012 9:45 pm

Radicalização da política racialista (Editorial).

O Globo - 18.10.12.

Em prosseguimento na marcha insensata para a relativização do mérito na sociedade brasileira, o governo, depois de acelerar a entrada em vigor da lei de cotas raciais nas universidades públicas, pode estender a regra cartorial racialista para o preenchimento de vagas no funcionalismo público.

A ideia da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), o ministério de políticas racialistas, está em avaliação na Casa Civil, revelou o jornal “Folha de S.Paulo”. Se a proposta for aprovada, 30% das vagas nas áreas de educação, cultura-comunicação e trabalho passarão a ser destinadas ao grupo “negro, pardo, índio”. Pensa-se, ainda, em benefícios fiscais a empresas privadas que adiram à política.

Radicaliza-se a inoculação na sociedade da perigosa ideia de classificação dos brasileiros pela cor da pele. O irônico é que as propostas significam um reconhecimento implícito de que as cotas raciais aplicadas na educação serão incapazes de qualificar os beneficiários para, sem anabolizantes, disputar espaço no mercado de trabalho público e privado.

A implementação de cotas raciais ganhou respaldo legal com a sua aprovação no Supremo, por unanimidade, em abril, no julgamento de um processo referente à Universidade de Brasília, ação relatada pelo ministro Ricardo Lewandowski.

Durante o julgamento, foi dito por ministros que a Suprema Corte americana havia aprovado a adoção de cotas raciais no país.

Enganaram-se. Num julgamento, em 2003, de uma reclamação contra o uso da cor no processo de seleção da Faculdade de Direito da Universidade de Michigan, a juíza da Suprema Corte Sandra O’Coonor deu o quinto voto, o de desempate do julgamento, favorável à consideração da raça dentro de ações afirmativas, mas contrário à cota racial quantitativa, como o Brasil passou a adotar.

A mais alta instância da Justiça americana, em sentido oposto ao que entendem ministros do STF, não aprovou cotas raciais, apenas considerou legal considerar a cor numa avaliação “holística” do candidato.

Aliás, as cotas raciais quantitativas haviam sido declaradas ilegais para uso por universidades públicas americanas num julgamento da Suprema Corte em 1978, em processo movido contra a Universidade da Califórnia.

O Brasil, por pressão dos grupos racialistas bem organizados, adota cotas quando elas já não vigoram há muito tempo no seu país de origem.

Um novo caso será julgado pela Suprema Corte, o da estudante Abigail Fisher contra a Universidade do Texas. Numa audiência realizada quarta-feira da semana passada, alguns juízes também já se inclinaram a favor da estudante discriminada. O veredicto final só será conhecido no ano que vem.

Os próprios americanos já perceberam há tempos que as cotas raciais quantitativas são nocivas. Até como fator de estímulo a conflitos raciais, algo bastante pernicioso que o Brasil começa a importar, infelizmente.




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Re: Cotas raciais nas FA

#13 Mensagem por Boss » Qui Out 18, 2012 11:18 pm

Pressão dos grupos racialistas organizados e ineficiência do resto, que só choraminga pro ar (ou é adepto daquele sentimento de culpa estúpido e concorda com essas medidas), como se isso fosse mudar algo.

Vamos esperar virar um Apartheid às avessas para por um basta nessa merda.




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Re: Cotas raciais nas FA

#14 Mensagem por rodrigo » Sex Out 19, 2012 11:11 am

Dividir para conquistar. A esquerda sempre agiu assim. A estratégia de colocar praças contra oficiais nunca deu certo, e agora partem para esse esquema.

Os movimentos raciais, se tivessem juízo, colocariam as Forças Armadas como modelo de justiça racial, onde o integrante é medido pela carreira, mérito e antiguidade, sem levar em conta onde ele nasceu, seu meio social, cor, religião, ideologia, time de futebol...




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a vida é assim: esquenta e esfria,
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O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Cotas raciais nas FA

#15 Mensagem por FCarvalho » Sáb Out 20, 2012 3:36 pm

Sinceramente, povo que anda de cabeça baixa merece é canga mesmo. :evil:
O próprio conceito de raça aplicado a seres humanos inexiste, e é absurdamente ilegítimo do ponto de vista científico. No máximo se poderia falar, antropologicamente, em etnicidade.
Raça só se aplica aos seres irracionais, e qualquer biólogo de bom senso que respeite o diploma que tem atesta isso.
Mas como a "questão racial" já virou mote politicamente correto e abestalhação nacional já a engoliu de bom grado, fica aí posta a merda jogada ao ventilador.
Infelizmente como neste país tupiniquim presidente não precisa de diploma, como atestaram uns outros por aí, então fica tudo nivelado por baixo.
Igualdade na diversidade é uma coisa. Impor diversidade para poder dizer-se igual já é totalmente outra coisa.

E viva a canalhice educacional brasileira.

abs.




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