Porta-Aviões

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Porta-Aviões

#2086 Mensagem por Bravo » Qua Ago 29, 2012 8:35 am

pt escreveu: O que eu afirmei e continuo a afirmar é que no caso brasileiro a relação custo/beneficio é favorável ao submarino convencional, considerando as necessidades brasileiras.
Beleza, tu sabes mais que nossos oficiais da marinha.

Silentii tutum praemium.

Acabaou.

Sds.




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Re: Porta-Aviões

#2087 Mensagem por henriquejr » Qua Ago 29, 2012 8:48 am

Como assim que SSN só fazem sentido para escoltar GT com NAe??? Quantos NAes possuía a antiga URSS e quantos possuem hoje a Rússia? E quantos SSN este país possuía na época da guerra fria e quantos possui hoje??? Será que precisa de tantos SSN para escoltar no máximo 4 NAes?

A URSS tinha uma marinha de superfície bastante modesta quando comparada com o restante de seu poderio militar, até em comparação com a OTAN, em compensação possuía a mais poderosa força de submarinos nucleares do mundo. A Marinha Russa ainda hoje investe, apesar das dificuldades financeiras, pesado na sua força de submarinos nucleares, visivelmente desproporcional ao que investe na sua força de superfície. Só isso mostra que a doutrina naval russa se basei na utilização de submarinos tanto para defesa quanto ataque. Acho que é querer limitar demais um meio tão dissuasivo e poderoso à proteção de um PA.

Na minha opinião o SSN é a arma naval definitiva do momento, tanto para atacar um inimigo a longa distância, por mais poderoso que este seja (basta observar as constantes incursões de submarinos russos em mar territorial americano, para desespero destes), quanto para negar o uso do litoral pelas forças inimigas, até pelo fator psicológico de haver a possibilidade de existir um SSN patrulhando a área, que tira a tranquilidade de qualquer comandante de uma GT.

Acho que a MB tomou a decisão correta ao priorizar a construção de SSNs pois é o meio naval mais difícil de se obter, o resto a MB pode correr atrás depois, para se manter como uma força minimamente equilibrada.




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Re: Porta-Aviões

#2088 Mensagem por pt » Qua Ago 29, 2012 9:09 am

Beleza, tu sabes mais que nossos oficiais da marinha
A relação custo/beneficio pode ser analisada e comentada relativamente a qualquer país do mundo.
E que oficiais da marinha seriam esses ?
Serão todos ?
Numa força militar, quando se tomam decisões há sempre pontos de vista diferentes e opostos e o Brasil não é diferente. O ponto de vista que apresentei, é aliás influenciado por brasileiros.
Só isso mostra que a doutrina naval russa se basei na utilização de submarinos tanto para defesa quanto ataque.
As opções da Russia Comunista, um país totalmente continental, que não dependia de vias marítimas, devem ser ligeiramente diferentes das do Brasil. :mrgreen:

Mas devo estar enganado ... :roll:




Quanto ao tema dos porta-aviões (TEMA DO TÓPICO), da forma como eu vejo, o Brasil para possuir uma força com capacidade de controle marítimo (sem a qual não pode pretender ser o policia do Atlântico Sul), precisa de porta-aviões e esses porta-aviões precisam de uma escolta que possa de forma eficaz ser utilizada contra submarinos inimigos.
Para isso são necessários submarinos que não fiquem para trás.
É uma questão de senso comum.

Quando um país tem necessidade de guardar as suas vias marítimas isso tem que ser feito contra os submarinos inimigos. São necessários navios, aviões de pesquisa e luta anti-submarina, fragatas com capacidade anti-submarina e naturalmente submarinos.

Cumprimentos




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Re: Porta-Aviões

#2089 Mensagem por Gerson Victorio » Qua Ago 29, 2012 9:40 am

pt escreveu:
Beleza, tu sabes mais que nossos oficiais da marinha
A relação custo/beneficio pode ser analisada e comentada relativamente a qualquer país do mundo.
E que oficiais da marinha seriam esses ?
Serão todos ?
Numa força militar, quando se tomam decisões há sempre pontos de vista diferentes e opostos e o Brasil não é diferente. O ponto de vista que apresentei, é aliás influenciado por brasileiros.
Só isso mostra que a doutrina naval russa se basei na utilização de submarinos tanto para defesa quanto ataque.
As opções da Russia Comunista, um país totalmente continental, que não dependia de vias marítimas, devem ser ligeiramente diferentes das do Brasil. :mrgreen:

Mas devo estar enganado ... :roll:




Quanto ao tema dos porta-aviões (TEMA DO TÓPICO), da forma como eu vejo, o Brasil para possuir uma força com capacidade de controle marítimo (sem a qual não pode pretender ser o policia do Atlântico Sul), precisa de porta-aviões e esses porta-aviões precisam de uma escolta que possa de forma eficaz ser utilizada contra submarinos inimigos.
Para isso são necessários submarinos que não fiquem para trás.
É uma questão de senso comum.

Quando um país tem necessidade de guardar as suas vias marítimas isso tem que ser feito contra os submarinos inimigos. São necessários navios, aviões de pesquisa e luta anti-submarina, fragatas com capacidade anti-submarina e naturalmente submarinos.

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pt,

qual o meio mais difícil de se obter...um Submarino nuclear ou um Porta-aviões?




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Re: Porta-Aviões

#2090 Mensagem por pt » Qua Ago 29, 2012 11:22 am

No papel, os porta-aviões são muito mais caros e difíceis de obter, pelo menos em principio.
Um submarino nuclear pode no entanto ser uma dor de cabeça de consequências imprevisíveis.

Uma opção por um submarino nuclear, implicaria a opção pela solução mais barata, mas pela pior solução.
Os argumentos que vimos em favor dos submarinos nucleares de ataque não apontam a «solução submarinos» como solução de recurso e mais barata.

Não há como alterar as premissas básicas destas questões.
Quem precisa de defender rotas marítimas precisa de meios para contrariar submarinos inimigos. Logo, quem opta por submarinos, não está a defender rotas marítimas está a pensar em atacar as rotas dos outros.

A ideia de que esses três submarinos seriam de alguma importância nesse contexto, é completamente absurda.
Baseia-se no pressuposto (que afeta terrivelmente a maneira de pensar de muita gente nas marinhas dos países sul americanos) de que nas Malvinas, foi um submarino nuclear que mudou o destino do conflito.

Mas do meu ponto de vista essa análise está errada.
A marinha da Argentina não agiu de forma adequada, teve receio em utilizar o meio mais eficaz que tinha (o porta-aviões 25 de Mayo) e insistiu na utilização de um mastodonte inutil escoltado por incapazes contra-torpedeiros do tempo da II guerra mundial.

Se a marinha argentina tivesse as fragatas Meko que hoje tem, elas seriam mil vezes mais letais, não teriam morrido tantos argentinos se uma delas fosse atingida e provavelmente perante meios anti-submarinos mais eficientes, os ingleses teriam pensado duas vezes antes de agir.

O destino do conflito, foi decidido pela capacidade britânica de utilizar de forma eficiente os porta-aviões, que conseguiram manter a superioridade aérea na região. O destino do conflito em última instância foi decidido pela incapacidade argentina em atacar os porta-aviões britânicos.

Deste ponto de vista, o Belgrano e o submarino nuclear HMS Conqueror foram atores completamente secundários. Mas foram eles que ficaram para a História por causa do número de vítimas.

Cumprimentos




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Re: Porta-Aviões

#2091 Mensagem por henriquejr » Qua Ago 29, 2012 12:08 pm

pt escreveu:No papel, os porta-aviões são muito mais caros e difíceis de obter, pelo menos em principio.
Um submarino nuclear pode no entanto ser uma dor de cabeça de consequências imprevisíveis.

Uma opção por um submarino nuclear, implicaria a opção pela solução mais barata, mas pela pior solução.
Os argumentos que vimos em favor dos submarinos nucleares de ataque não apontam a «solução submarinos» como solução de recurso e mais barata.

Não há como alterar as premissas básicas destas questões.
Quem precisa de defender rotas marítimas precisa de meios para contrariar submarinos inimigos. Logo, quem opta por submarinos, não está a defender rotas marítimas está a pensar em atacar as rotas dos outros.

A ideia de que esses três submarinos seriam de alguma importância nesse contexto, é completamente absurda.
Baseia-se no pressuposto (que afeta terrivelmente a maneira de pensar de muita gente nas marinhas dos países sul americanos) de que nas Malvinas, foi um submarino nuclear que mudou o destino do conflito.

Mas do meu ponto de vista essa análise está errada.
[destacar]A marinha da Argentina não agiu de forma adequada, teve receio em utilizar o meio mais eficaz que tinha (o porta-aviões 25 de Mayo) e insistiu na utilização de um mastodonte inutil escoltado por incapazes contra-torpedeiros do tempo da II guerra mundial.[/destacar]

Se a marinha argentina tivesse as fragatas Meko que hoje tem, elas seriam mil vezes mais letais, não teriam morrido tantos argentinos se uma delas fosse atingida e provavelmente perante meios anti-submarinos mais eficientes, os ingleses teriam pensado duas vezes antes de agir.

[destacar]O destino do conflito, foi decidido pela capacidade britânica de utilizar de forma eficiente os porta-aviões, que conseguiram manter a superioridade aérea na região. O destino do conflito em última instância foi decidido pela incapacidade argentina em atacar os porta-aviões britânicos.[/destacar]

Deste ponto de vista, o Belgrano e o submarino nuclear HMS Conqueror foram atores completamente secundários. Mas foram eles que ficaram para a História por causa do número de vítimas.

Cumprimentos
Amigo, o Belgrano, apesar de ser um navio antigo, era muito bem armado e tinha passado por uma modernização, com a instalação de novos radares e sistema de mísseis. Com certeza seria uma enorme ameaça à esquadra britânica. Com o seu afundamento, por um SSN (o Conqueror) a moral Argentina foi muito abalada e o fator psicológico do ataque foi muito grande (basta pesquisar na net depoimento dos próprios argentinos sobre o caso). Depois disso a armada argentina literalmente ficou com medo de operar seus meios numa região onde já se tinha certeza que existia pelo menos um SSN operando, tanto é que a sua mais poderosa arma, o NAe 25 de Maio, nem saiu do porto, porque sabiam, que da mesma forma do Belgrano, seria um alvo certo de ataques de SSNs!

Com relação a esquadra britânica, que literalmente operou livremente na costa argentina, sendo incomodado apenas por ataques quase suicidas da aviação argentina (Marinha e Força Aérea), tenho certeza que se os argentinos tivesse pelo menos um SSN os NAes britanicos nem teriam se aproximado da costa, e o desfecho da guerra poderia ser outro! A presença de SSNs no teatro de operações praticamente tirou o GT argentino de combate.




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Re: Porta-Aviões

#2092 Mensagem por pt » Qua Ago 29, 2012 12:59 pm

henriquejr ->

O cruzador ligeiro General Belgrano estava equipado com mísseis anti-aéreos Seacat, destinados à defesa do navio e com um alcance de 5km (cinco quilometros).
Os quinze canhões de 6 polegadas do Belgrano tinham um alcance máximo de 24km. Os oito canhões de 5 polegadas tinham um alcance de 11km.
Os ingleses afirmaram que temiam que o Belgrano tivesse mísseis Exocet, mas eles nunca foram instalados no navio.

A única utilidade do Belgrano era a altura a que estava o seu radar de pesquisa aérea, que podia detetar caças a +/- 130km e o radar de superfície DA-02 que poderia detetar navios a até 50 / 80km.
Os argentinos não tinham meios para detetar a esquadra britânica e por isso utilizaram o navio.
O navio mais poderoso da Argentina era o 25 de Mayo, que poderia atacar os ingleses com os seus aviões, a distâncias de pelo menos 200km.


Se vamos para o « What if » então eu afirmo sem qualquer hesitação:

O que levou os argentinos a não fazer nada, foi a falta de confiança nos aviões de ataque que tinham à disposição.
Você não precisava de um submarino nuclear. Precisava apenas que os Super-Etendard estivessem prontos e operacionais a bordo do porta-aviões argentino e equipados com Exocet.

Foi a falta de utilização do porta-aviões. Foi a pressa dos generais argentinos (preocupados com questões internas e sem preocupações táticas) que levou ao desastre.

Os ingleses andaram à caça de submarinos U209, como andariam à caça de submarinos nucleares de ataque. Os ingleses temiam a possibilidade de haver submarinos argentinos na área, mas ao contrário dos argentinos eles arriscaram.

Se os argentinos tivessem um submarino nuclear não teria sido diferente. A escolta ASW era poderosa e sem atacar os porta-aviões com aviões, o resultado teria sido o mesmo.

Logo, o afundamento do Belgrano teve um efeito psicológico, mas não foi isso que fez os argentinos perder a guerra.

Aliás, lembro que o Belgrano era um irmão do Barroso e do Tamandaré, cruzadores que o Brasil já tinha mandado para a sucata. O mesmo Brasil, que possuía seis fragatas Niteroi, qualquer delas mais eficiente que um Belgrano.

As opções argentinas estiveram erradas, os almirantes argentinos não agiram devidamente e o resultado foi o que se esperava.

O porta-aviões, mesmo apenas com a rampa Ski-jump mostrou as suas qualidades.
Talvez por isso, ainda durante o governo Figueiredo, era a opção que estava em cima da mesa (ou uma versão aumentada do Giusepe Garibaldi ou uma versão modificada do Principe de Asturias).

Sem uma base por perto, a guerra no mar é ganha por quem controla o céu. E para isso só com porta-aviões.

Já está tudo inventado.

Cumprimentos






PS:
o NAe 25 de Maio, nem saiu do porto, porque sabiam, que da mesma forma do Belgrano, seria um alvo certo de ataques de SSNs!
Desculpe, mas você deve rever a história do conflito nas Malvinas.

http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=40
Leia o que está na caixa cinzenta, sobre o 25 de Mayo.




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Re: Porta-Aviões

#2093 Mensagem por Gerson Victorio » Qua Ago 29, 2012 1:28 pm

pt escreveu:No papel, os porta-aviões são muito mais caros e difíceis de obter, pelo menos em principio.
A realidade tem demonstrado algo um pouco diferente ... Espanha, Itália, Tailândia, Brasil e Índia possuem PA a despeito destes dois últimos buscarem SucNuc.
pt escreveu:Um submarino nuclear pode no entanto ser uma dor de cabeça de consequências imprevisíveis.
Quem tem não abandona, na verdade o está aperfeiçoando cada vez mais, se sua obtenção fosse fácil, com certeza ja teriam inventado algo melhor, enfim, não há caminho certo e garantido, mas quem não tentar construir um, nunca o terá.... :wink:
pt escreveu:Uma opção por um submarino nuclear, implicaria a opção pela solução mais barata, mas pela pior solução.
Depende de quem se está falando.....os Paises detentores não pensaram assim, e a fila pra adquirir um aumenta, ja temos o Brasil a Índia e até li não lembro onde que a Austrália está pensando seriamente....imagino que se não houvesse a TNP, outros países também tentariam.
pt escreveu:Os argumentos que vimos em favor dos submarinos nucleares de ataque não apontam a «solução submarinos» como solução de recurso e mais barata.
O problema é associar o custo apenas do engenho em si, ou seja, o do submarino e suas instalações, desconsiderando o total do volume comercial transportado pelo mar que ele irá fazer-se dissuadir.....existindo ainda a questão dos ganhos tecnologicos e de formação de pessoal especializados nesta área e associadas, que até agora não vi sendo lembrado nos "seus custos".
pt escreveu:Não há como alterar as premissas básicas destas questões.
Quem precisa de defender rotas marítimas precisa de meios para contrariar submarinos inimigos. Logo, quem opta por submarinos, não está a defender rotas marítimas está a pensar em atacar as rotas dos outros.
A ideia de que esses três submarinos seriam de alguma importância nesse contexto, é completamente absurda.
Não me considero especialista em estratégia naval ao ponto ser taxativo de excluir tal possibilidade, um SubNuc tem, ao contrário de um Sub convencional, velocidade e autonomia suficiente para acompanhar um comboio de forma discreta, você fazer só o que o inimigo espera seria facilitar muita a vida.....
pt escreveu:Baseia-se no pressuposto (que afeta terrivelmente a maneira de pensar de muita gente nas marinhas dos países sul americanos) de que nas Malvinas, foi um submarino nuclear que mudou o destino do conflito.
Pode não ter mudado, mas teve grande influência na mudança da estratégia naval argentina no confito, isso é inconteste.
pt escreveu:Mas do meu ponto de vista essa análise está errada.
A marinha da Argentina não agiu de forma adequada, teve receio em utilizar o meio mais eficaz que tinha (o porta-aviões 25 de Mayo) e insistiu na utilização de um mastodonte inutil escoltado por incapazes contra-torpedeiros do tempo da II guerra mundial.

Se a marinha argentina tivesse as fragatas Meko que hoje tem, elas seriam mil vezes mais letais, não teriam morrido tantos argentinos se uma delas fosse atingida e provavelmente perante meios anti-submarinos mais eficientes, os ingleses teriam pensado duas vezes antes de agir.

O destino do conflito, foi decidido pela capacidade britânica de utilizar de forma eficiente os porta-aviões, que conseguiram manter a superioridade aérea na região. O destino do conflito em última instância foi decidido pela incapacidade argentina em atacar os porta-aviões britânicos.

Deste ponto de vista, o Belgrano e o submarino nuclear HMS Conqueror foram atores completamente secundários. Mas foram eles que ficaram para a História por causa do número de vítimas.

Cumprimentos
Hoje é fácil analisar os erros acontecidos naquele episódio com toda a infinidade de informações que advieram pos conflito, muitas coisas poderiam ser feitas de forma diferente, naquela guerra onde as informações e meios de que dispunham ambos os lados, saiu-se o que teve melhor preparo, simples assim....os argentinos não estavam preprarados para conflito...acho que até que conseguiram inflingir dano considerável, e por questão de semana não houve outro desfecho.

abraços




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Re: Porta-Aviões

#2094 Mensagem por pt » Qua Ago 29, 2012 2:06 pm

gerson escreveu:A realidade tem demonstrado algo um pouco diferente ... Espanha, Itália, Tailândia, Brasil e Índia possuem PA a despeito destes dois últimos buscarem SucNuc.
Eu estou a falar como já demonstrei, de porta-aviões capazes de operar como núcleo de uma «Task Force» e não de porta-aviões que foram pensados como porta-aviões para luta ASW no mar do norte e no mediterrâneo.

Veja o preço a que ficou o porta-aviões indiano comprado aos russos. A Espanha e a Itália têm navios com características diferentes e o São Paulo, foi comprado em segunda mão, não sendo possível fazer comparações.


depende de quem se está falando.....os Paises detentores não pensaram assim, e a fila pra adquirir um aumenta, ja temos o Brasil a Índia e até li não lembro onde que a Austrália está pensando seriamente....imagino que se não houvesse a TNP, outros países também tentariam.
Todos os países que possuem submarinos nucleares de ataque, possuem esses navios por razões fáceis de explicar. Todos eles optaram pela arma por questões relacionadas com conflitos pela própria sobrevivência. Nenhum deles decidiu de ânimo leve.

O problema é associar o custo apenas do engenho em si, ou seja, o do submarino e suas instalações, desconsiderando o total do volume comercial transportado pelo mar que ele irá fazer-se dissuadir.....existindo ainda a questão dos ganhos tecnologicos e de formação de pessoal especializados nesta área e associadas, que até agora não vi sendo lembrado nos "seus custos".
Não vejo o sentido da afirmação. Em toda a História da Guerra no Mar, não há submarinos a defender comboios de transporte de mercadorias. Há submarinos a tentar que elas sejam transportadas e navios e aviões anti-submarinos.

Hoje é fácil analisar os erros acontecidos naquele episódio com toda a infinidade de informações que advieram pos conflito,
Exatamente por isso deveríamos deixar de cometer os mesmos erros de análise, baseando-nos em falsos pressupostos, como o de que foi um submarino nuclear que garantiu a vitória nas Malvinas.

Pura e simplesmente não foi, por muito que o argumento seja utilizado até à exaustão.
O argumento convence quem não estudou o conflito, os meios argentinos e as operações argentinas dia a dia.

Além disso, o Brasil não tem umas Malvinas para defender. O que tem é uma ZEE. E para defender essa ZEE, precisa de meios de superfície. Os submarinos são importantes, mas são acessórios não o meio essencial.

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Re: Porta-Aviões

#2095 Mensagem por Hammer-Nikit » Qua Ago 29, 2012 2:32 pm

pt

Eu também tenho estudado bastante os eventos que ocorreram em 1982 e posso te garantir que o maior "erro" dos argentinos foi ter a "Certeza" que os britânicos não optariam por enfrentar sua "Tomada das Malvinas" de uma maneira militar. Para os argentinos o que eles fizeram era apenas uma estratégia paerea forçar o reinicio das negociações sobre a soberania das ilhas com os britânicos.

POR ISSO ocorreram todos os seus vários erros subsequentes (subs fora de condições minimas e sem experiencia operacional, NAe sem capacidade de velocidade mínima que lhes permitisse o lançamento dos A-4s, a não colocação de unidades aéreas de caça e de reconhecimento antecipado e marítimo no aerodromo de Stanley/Puerto Argentino, a retirada das tropas de infantaria treinadas e sua subtituição por conscritos, o não enfrentamento do TF britânico antes de se posicionarem ao redor das ilhas Malvinas, a falta de um numero mínimo de Super Etandarts, mísseis Exocet, dos submarinos TR 1500 e das fragatas e corvetas MEKO encomendadas havia pouco... ).

Sim, a presença dos dois submarinos britanicos FEZ sim uma grande diferença naquela guerra, inclusive o Belgrano só estava no mar por que se encontrava FORA da zona de exclusão definida pelos britânicos ao redor das ilhas. Seu afundamento foi um golpe muito mais intangível na confiança argentina do que propriamente um golpe militar. Lembro que a preocupação dos britanicos com os poucos subs argentinos fez com que eles jogasse fora quase que todo o seu complemento de torpedos leves dos escoltas... imagine o que teriam feito (ou não) se a Argentina tivesse então submarinos de propulsão nuclear?

Concluindo, existem, muitas utilidades atuialmente para um submarino de propulsão nuclear, sendo a mais com delas é a ESPIONAGEM/obtenção de inteligencia. Só esta capacidade já faz este programa ganhar grande importancia para o Brasil. Adicionalmente se queremos ter um GT de NAes, forçosamente vamos precisar ter SSNs os acompanhando para realizar a sua defesa contra OUTROS submarinos. Afinal, se os EUA já tratam isso como modelo padrão de defesa dos seus GTs, por que para nós seria diferente?

A prioridade dadas aso SSNs deriva de duas coisas: 1) o fato da tecnologia de combustivel niuclear ser dual e servir tambem para fgarantir o fincionamento das nossas tres usinas nucleares e 2) pelo fato de que sem SSNs o resto da Esquadra fica automaticamente restrita ao conbate contra outras marinhas que também não tem SSNs... Veja o caso da Argentina em 1982.

A grande diferença entre o Brasil de Figueiredo e o de Lula não é propriamente o entendimento mlilitar do presidente em si mas é ao contrário o seu tamanho econômico. O Brasil de hoje pode se dar ao luxo de ter meios como os SSNs além de 15 SSKs E dois NAes, nossa economia suporta este baque, o estado não vai quebrar com este investimento. Geopoliticamente o mundo de Figueiredo ainda é o dicotomico mundo da Guerra Fria, onde lembre-mos havia pouca ou nenhuma margem de manobra geopolitica para os países não alinhados com um dos dois blocos. O Brasil de hoje além de seu póprio crescimento ve se abrir diante de si (literal e metaforicamente) um mundo de novas oportunidades no crescimento economico dos países africanos da costa ocidental. Agora, uma das pereocupações mais prementes destes governos africanos (diferente do que vivemos aqui no Brasil) é a da sua própria segurança institucional contra interferencias externas. Especialmente tendo em vista a crescente riqueza virtual representado pelos campos de petroleo e gas ainda por explorar no seu territorio offshore, compo do conhecimento muito bem dominado pela Petrobras aqui no país.

São estes novos parceiros (não pré-sal brasileiro) que precisarão de uma crescente presença naval brasileira do seu lado do Atlântico como forma de compensar as "ações" desestabilizadoras de outros países maiores no continente negro e principalmente fora dele. isso é o que mudou no mundo, amigo, desde os tempos de Figueiredo. Agora este papel na África seria natural para Portugal e sua marinha, especialmente tendo em vista sua relação histórica com estes países, mas talvez os africanos julguem que o Brasil atualmente seria um parceiro mais confiável do que Portugal, especialmente por seu envolvimento na OTAN...

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Re: Porta-Aviões

#2096 Mensagem por Gerson Victorio » Qua Ago 29, 2012 3:53 pm

pt escreveu:Eu estou a falar como já demonstrei, de porta-aviões capazes de operar como núcleo de uma «Task Force» e não de porta-aviões que foram pensados como porta-aviões para luta ASW no mar do norte e no mediterrâneo.
Pra entender melhor sua colocação, quer dizer que um porta-aviões, mesmo os menores, não poderiam ser, em menor escala, usado em uma Task Force, a exemplo do invencible nas Malvinas?
pt escreveu:Veja o preço a que ficou o porta-aviões indiano comprado aos russos. A Espanha e a Itália têm navios com características diferentes e o São Paulo, foi comprado em segunda mão, não sendo possível fazer comparações.
Os indianos pagaram o preço alto por que os russos subestimaram os custos de reforma de um PA antigo fora de operação, tendo os hindus que arcar com toda sua prontificação, como não temos um segunda unidade, mesmo por que se tratou de uma reforma, não dá pra balizar o preço de tal Porta-aviões como referência, o mesmo acontece em relação aos chineses, que ja pegaram o bonde andando(Varyag) e devem ter investidos uns tubos....
Espanha e Italia optaram por ter PA proprios, dentro da realidade de um cobertor OTAN, com sua cobertura submarina nuclear.....talvez por isso, não quiseram obter seus próprios Sub'snuc.
O São Paulo ou outro futuro PA brasileiro não téra cobertura submarina nuclearizada de ninguém, nem OTAN nem nada....só da própria MB...como só pode contar consigo mesma.... :wink:
pt escreveu:Todos os países que possuem submarinos nucleares de ataque, possuem esses navios por razões fáceis de explicar. Todos eles optaram pela arma por questões relacionadas com conflitos pela própria sobrevivência. Nenhum deles decidiu de ânimo leve.
Então só podemos decidir se formos atacados primeiro? Conflitos so acontecem com os outros, isso? Voce se antecipar a situações ao ponto de torná-la pouco viável a potenciais oponentes não seria uma atidude de sobrevivencia? temos que tomar nossas decisões baseados em opniões consilidadas de outrem que não a nossa própria análise?...me desculpe pt, mas você terá que ler muito sobre o Brasil..
pt escreveu:
Gerson Victorio escreveu:O problema é associar o custo apenas do engenho em si, ou seja, o do submarino e suas instalações, desconsiderando o total do volume comercial transportado pelo mar que ele irá fazer-se dissuadir.....existindo ainda a questão dos ganhos tecnologicos e de formação de pessoal especializados nesta área e associadas, que até agora não vi sendo lembrado nos "seus custos".
Não vejo o sentido da afirmação. Em toda a História da Guerra no Mar, não há submarinos a defender comboios de transporte de mercadorias. Há submarinos a tentar que elas sejam transportadas e navios e aviões anti-submarinos.
O Submarino Nuclear, com certeza não foi feito para escoltar comboio, nem foi essa a questão, mas sim o nosso mar e todos os oceanos onde percorrem a quase totalidade de nossas riquezas, esteja onde houver um navio com bandeira brasileira a tremular, se houver ameaça ilegítima, com um SubNuc está última será questionada........a respeito de escoltar comboio....como a história é dinâmica e não estática...ainda não vimos tal realidade acontecer e nem sei se um dia o virá, não sou vidente pra chegar a tal ponto de exclusão ...oque temos são fatos históricos que ocorreram a mais de meio século, com medidas e meios adotados à epoca, a realidade submarina mudou bastante desde então, alguma coisa ainda permanece, mas, a guerra é sempre dinâmica.
pt escreveu:
Gerson Victorio escreveu:Hoje é fácil analisar os erros acontecidos naquele episódio com toda a infinidade de informações que advieram pos conflito,
Exatamente por isso deveríamos deixar de cometer os mesmos erros de análise, baseando-nos em falsos pressupostos, como o de que foi um submarino nuclear que garantiu a vitória nas Malvinas.
Pura e simplesmente não foi, por muito que o argumento seja utilizado até à exaustão.
O argumento convence quem não estudou o conflito, os meios argentinos e as operações argentinas dia a dia.

Além disso, o Brasil não tem umas Malvinas para defender. O que tem é uma ZEE. E para defender essa ZEE, precisa de meios de superfície. Os submarinos são importantes, mas são acessórios não o meio essencial.

Cumprimentos
Acredito que o Alto Comando da MB bem como seus subordinados estudaram/estudam bem sobre esse conflictos...e ao contrário de nós, meros entusiastas que colhemos informações por internet ou livros, não temos quiçá nem a metade das informações(principalmente as operacionais) de posse daqueles marinheiros....
Afinal é o deles que está na reta, alguém brincaria com própria vida nessas questões?
Então quando esses mesmos homens tomam a decisão de como melhor nos defender em relação ao Mar...eu confio plenamente.




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Re: Porta-Aviões

#2097 Mensagem por pt » Qua Ago 29, 2012 8:44 pm

Hammer-nikit escreveu:Eu também tenho estudado bastante os eventos que ocorreram em 1982 e posso te garantir que o maior "erro" dos argentinos foi ter a "Certeza" que os britânicos não optariam por enfrentar sua "Tomada das Malvinas" de uma maneira militar. Para os argentinos o que eles fizeram era apenas uma estratégia para forçar o reinicio das negociações sobre a soberania das ilhas com os britânicos.
Mas eu concordo com isso. Só que essa é uma conclusão sobre a estratégia dos argentinos, não sobre as táticas utilizadas quando a Task Force britânica chegou próximo das ilhas.

Eu afirmo, que não foi um submarino nuclear que foi o suficiente para ter levado a Argentina a perder a guerra.
A Argentina não arriscou quando tinha que arriscar. A Grã Bretanha apostou tudo quando podia, independentemente das consequências políticas. E ganhou.
Os argentinos ficaram com medo com a perda de um navio. Os britânicos perderam vários e continuaram em frente.

Eu também acho que se pode dizer muita coisa quanto à utilização de submarinos, o problema é que quando vamos ver no fundo de cada alegação, acabamos na maioria dos casos por encontrar argumentos contrários muito fortes.

Exemplo: Para recolha de informação, faz mais sentido um submarino convencional com AIP, praticamente indetetável e muito mais silencioso que um submarino nuclear. E o submarino Diesel-electrico com AIP é muito mais barato que um nuclear. A relação custo/benefício, acaba sempre colocando o submarino nuclear de fora como opção mais lógica.
A grande diferença entre o Brasil de Figueiredo e o de Lula não é propriamente o entendimento mlilitar do presidente em si mas é ao contrário o seu tamanho econômico. O Brasil de hoje pode se dar ao luxo de ter meios como os SSNs além de 15 SSKs E dois NAes, nossa economia suporta este baque, o estado não vai quebrar com este investimento.
Não devemos contar com o ovo antes de a galinha o ter posto.
No governo do Figueiredo, o Brasil exportava Urutus e Cascaveis para meio mundo e munição para a guerra do golfo e os estaleiros brasileiros construiam fragatas (duas das Niteroi).
No tempo do Figueiredo o Brasil entrava na parceria para produzir o jato AMX e lançava o Tucano, vendido até para a RAF.

Quantas fragatas foram construidas pelo Lula ?
Quantos carros de combate brasileiros foram desenvolvidos no governo Lula ?
Quantos aviões de guerra foram desenvolvidos no tempo do Lula ?

Não há comparação. O Brasil daquele tempo nada tinha que ver com o de hoje.
E a conversa sobre as potencialidades futuras, você encontra-a durante toda a História brasileira. É uma constante.
Eu prefiro ficar pelo que se sabe que se pode contar.
E a realidade é a que é. Toda ela justifica o que tenho vindo a explicar.




gerson vitorino escreveu:Pra entender melhor sua colocação, quer dizer que um porta-aviões, mesmo os menores, não poderiam ser, em menor escala, usado em uma Task Force, a exemplo do invencible nas Malvinas?
Depende do que você quiser dizer com menor escala.
Quando eu falo na necessidade de o Brasil possuir uma força de porta-aviões e afirmo que ela é mais importante que a força de submarinos, eu penso em navios como o A-12 São Paulo só que modernos.
Ou seja: Porta-aviões convencionais, com capacidade para utilizar aeronaves de asa fixa de patrulha marítima e que sejam ao mesmo tempo capazes de defender esses meios de patrulha.

Como compreenderá, um navio do tipo do Invincible não teria capacidade para fazer isso.
Nas Malvinas, eles operavam nas proximidades das ilhas e sabiam permanentemente onde estava o alvo e de onde vinham as ameaças.
Um grupo de navios de patrulha e defesa das vias marítimas, precisa de capacidades que um navio com uma rampa Ski-jump não tem.

gerson vitorino escreveu:Espanha e Italia optaram por ter PA proprios, dentro da realidade de um cobertor OTAN, com sua cobertura submarina nuclear.....talvez por isso, não quiseram obter seus próprios Sub'snuc.
Quando a Espanha decidiu construir o Principe de Asturias nem sequer fazia parte da NATO.
Os espanhóis têm porta-aviões, por razões totalmente diferentes dos ingleses. Os italianos nem tinham porta-aviões, eles tinham porta-helicópteros. Inicialmente o Garibaldi substituiu navios que utilizavam helicópteros. A marinha italiana não podia operar aeronaves de asa fixa. A utilização desses meios nada tem que ver com cobertura nuclear.
gerson vitorino escreveu:Então só podemos decidir se formos atacados primeiro? Conflitos so acontecem com os outros, isso? Voce se antecipar a situações ao ponto de torná-la pouco viável a potenciais oponentes não seria uma atidude de sobrevivencia?
A questão não é ser atacado ou não ser atacado antes. A questão prende-se com a existência de uma ameaças real e não com uma ameaça inventada por conveniência.
Só em certos circulos brasileiros alguém acredita na invasão americana da amazónia. Para o resto do mundo isso é um completo absurdo.
Ao contrário da India, o Brasil não tem um Paquistão, desde que a Argentina afundou. E não existe uma ameaça credível, porque para os americanos o Brasil é um país do mundo ocidental, com o qual não pretendem ter problema de nenhum tipo.

Por isso não é de estranhar que os americanos perguntem para que servem os submarinos nucleares. Eles sabem que o Brasil não pode defender nada com eles. São uma arma ofensiva!
O único país contra o qual o Brasil parece querer utilizar os submarinos, são os Estados Unidos.

gerson vitorino escreveu:O Submarino Nuclear, com certeza não foi feito para escoltar comboio, nem foi essa a questão, mas sim o nosso mar e todos os oceanos onde percorrem a quase totalidade de nossas riquezas, esteja onde houver um navio com bandeira brasileira a tremular, se houver ameaça ilegítima, com um SubNuc está última será questionada
Onde houver um navio com bandeira brasileira a tremular e um submarino afundar o navio e a bandeira, o que você vai fazer com um submarino atómico ?
Enviar rapidamente para resgatar os naufragos ?

A única coisa que pode fazer é tentar encontrar o submarino e para isso você precisa de aeronaves de pesquisa marítima, luta anti submarina e fragatas. E para dispor desses meios, é melhor ter um porta-aviões.
O submarino não lhe vai servir para absolutamente nada.

gerson vitorino escreveu:a respeito de escoltar comboio....como a história é dinâmica e não estática...ainda não vimos tal realidade acontecer e nem sei se um dia o virá, não sou vidente pra chegar a tal ponto de exclusão ...
O problema, é que você não pode justificar o gasto de milhares de milhões em recursos, apenas porque no futuro, quem sabe, talvez se possa utilizar esses meios de uma forma e com táticas que ainda não foram inventadas nem testadas.

É a mesma coisa que você gastar todo o seu dinheiro para comprar um carro que funciona a hidrogénio, com a leve esperança de que no futuro, talvez haja tecnologia que faça reduzir o preço astronómico do hidrogenio, garantindo que o seu carro vai poder andar.
Você gastaria esse dinheiro com base nesse pressuposto ? ? ? :shock:

Eu não.


Cumprimentos




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Re: Porta-Aviões

#2098 Mensagem por lapara » Qua Ago 29, 2012 10:33 pm

Parafraseado aquele ditado,
Um Subnuc incomoda muita gente três Subnuc incomodam muito mais.
Tfa
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Ps. Defender o Figueiredo e a hiperinflação fui o Maximo, deveríamos aprender com Portugal a manter prestigio e poder ao longo dos séculos ou como equilibrar as contas publicas sem depender de empréstimos externos.




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Re: Porta-Aviões

#2099 Mensagem por Hammer-Nikit » Qua Ago 29, 2012 10:44 pm

pt,

Repare que a opção do Brasil pelos Submarinos de propulsão nuclear não se faz em contra nenhum outro tipo de navio, se faz, ALÉM deles. Queremos SEIS SSNs, MAIS 15 SSKs, MAIS 2 NAes de 50-60.000 tons, MAIS quatro Mistral, MAIS 30 escoltas (divididas entre fragatas de 6.000tons e outras de 2400 tons) 12 OPVs 46 Napas de 500 e de 200 tons, 48 caças supersônicos embarcados, cerca de 200 helicópteros navais, etc, etc. A lista de pedidos é longa mas está saindo, pouco a pouco.Uma frota deste tamanho não se dirige exclusivamente à defesa da ZEE, isso não se discute, mas vc não da um upgrade na sua participação geopolítica global sem ter meios coerentes com esta visão. Quando as fragatas da classe Niterói foram compradas nem se imaginava que um dia no futuro estaríamos mantendo uma delas permanentemente em missão da ONU nas costas do Líbano... Mas estamos!

As oportunidades são imensas, desde que tenhamos os meios necessários para atender seus requerimentos. Uma das coisas mais interessantes que aprendi ao embarcar na União lá no Líbano foi que a ONU está pensando seriamente em assumir as missões de combate à pirataria lá na costa da Somália, substituindo os três TF que atualmente realizam esta missão descoordenadamente. Se isso realmente se materializar, pode ter certeza que a MB estará por lá com UM OU DOIS navios de cada vez, são oportunidades (e desafios) como este que exigem que o Brasil se reequipe militarmente no futuro próximo.

Falemos agora sobre a questão dos ARGUMENTOS tecidos pelo governo brasileiro que vc acha que são "fracos", ou "pouco convincentes". Vc pode ter razão, mas "razões convincentes " hoje em dia andam meio raras, se é que já o foram em algum ponto da história. Por exemplo, o exemplo que vc deu anteriormente sobre a diferença do Brasil para a da Índia é também questionável. Vc disse que eles podem fazer o que fazem no campo militar por terem um inimigo claramente definido... Eu discordo disso.

Eu pessoalmente perguntei ao embaixador deles aqui no Brasil há alguns anos atrás sobre se uma perspectiva de paz com o Paquistão indicaria uma reversão da política de expansão militar e ele sorriu e me disse que o Paquistão como ameaça maior à Índia já tinha ficado para trás. Segundo ele o estágio em que eles se encontravam agora era o de garantir que nenhuma outra potencia teria capacidade de confrontá-los no Oceano Índico....

O caso da China, qual é mesmo a "ameaça" que a cerca neste momento? Os EUA? pois não são eles seus maiores clientes no mundo? Se estourasse uma guerra AMBOS não perderiam muitíssimo imediatamente? Para que então o crescente número de submarinos, destróieres, NAs, etc? O legal é que os chineses nem se dão ao trabalho de confrontar os que os questionam, mandam construir e ponto final...

Até mesmo os EUA, não é nada diferente. Ao apontar a China (seu maior parceiro comercial em termos absolutos!) como ameaça principal no futuro é pelo menos risível. Apenas um Republicano radical e preconceituoso racial para cair de peito numa lorota destas. Antes do tal "pivot" para o oriente, a tal estratégia anunciada com fanfarra pelo Obama, os americanos começaram duas guerras que deveriam ser rápidas, simples e baratas lá no Oriente Médio. Afeganistão e Iraque foram TUDO menos estas três coisas, foram os proverbiais "pântanos" que conseguiram devido ao alto nível de terceirização e a um exercito 100% profissional, estourar toda e qualquer especulação, das mais mais pessimistas, sobre quanto elas custariam ao tesouro americano. Isso aina por cima foi agravado por uma grande e profunda recessão raramente vista antes.

O tal "pivot" ao meu ver é apenas uma tentativa de dar um "mission accomplished" nos dois patanais e substituí-los (e sua lógica suicida de guerra assimétrica) por algo bem mais familiar e previsivivel, uma perspectiva virtualizada de guerra naval Mahaniana classica que poucos no comando americano acham que realmente se materializará algum dia... Passamos de guerra real no solo, com milhares de mortos aliados e de civis inocentes, para uma nova "guerra fria"... O que é muito mais agradável e justificável internamente. A China assume, sem retrucar, o papel que os governantes americanos querem lhe dar o de uma nova "Phantom Menace", como a de George Lucas... Podemos argumentar que o crescimento militar a China não representa qualquer ameaça aos EUA e sua hipermilitariedade global, mas assim mesmo, os EUA começam a bater os tambores da guerra e pedir mais verbas para manter o tamanho das suas FFAA no estado em que se encontram (leia os discursos do Romney).

Vc tem toda a razão, os argumentos do Jobim eram pra lá de infantis, mas o importante é que isso COLAVA! E ninguém, seja a imprensa ou mesmo a Oposição jamais fizeram qualquer questão de confrontá-lo no seu conceito de "SND". Lembra-se do "Submarino Nuclear de Defesa", que ele criou? Talvez nós Brasileiros tenhamos nos visto por demasiado tempo como "pobrezinhos" e "vitimas do mundo" para poder digerir ainda tão cedo que o nome do submarino que estávamos comprando era o universamente aceito SNA ("Submarino Nuclear de Ataque")... Vai levar algum tempo mas a sociedade vai compreender que a visão desejada de um mundo de mãos dadas junto cantando "We are the world", só existe mesmo na nossa fantasia infantil. Até lá vamos participar intensamente dos fóruns multilaterais, fazer exercícios navais com Deus e o mundo e vamos ter nossos navios circulando pelos portos do mundo como embaixadores do "desejo de paz global" defendido francamente pelo Brasil. pelo menos para mim, parece uma boa estratégia. Os cinco países do CS tem submarinos nucleares, que bom, nós e os indianos teremos isso também. Quem sabe algum dia Portugal se canse da falta de crescimento européia e resolva se aproximar mais do Brasil, tenho certeza que temos muitas coisas legais para fazermos juntos. ;)

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Re: Porta-Aviões

#2100 Mensagem por henriquejr » Qua Ago 29, 2012 10:46 pm

É perda de tempo tentar convencer o PT de algo que os estrategistas brasileiros viram como uma necessidade. Eu não vou perder meu tempo discutindo isso, o fato é que teremos nossos SSNs e o futuro mostrará se eles serão úteis ou não!




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