Mas quando foi colocado esta opção o governo negou, se agora é aceitável como parte da logística tem que motivar. Não é implicância, dinheiro público não nasce em árvore, sempre que se opta por soluções mais caras, algo está deixando de se fazer por que os recursos são escassos para todas as áreas.Sterrius escreveu:Se esses modulos são +baratos, fáceis de manejar, seguros e o único defeito é estética.
Hora se encomende módulos +bonitos e confortáveis. Qualquer trabalho de estética neles jamais sairá tão caro quanto a maioria das obras em pequenos e médios aeroportos.
Deixe as obras permanentes para aeroportos grandes que possam se pagar com a demanda de passageiros.
MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
‘Forbes’: Brasileiros se deixam enganar ao pagar caro por carro
13 de agosto de 2012 | 14h56
Sílvio Guedes Crespo
“Desculpem, Brazukas… Não há status em um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand or Dodge Durango. Não se deixe enganar pagando o preço de tabela. Definitivamente, você está sendo enganado”.
Nesse tom jocoso e irônico, o jornalista Kenneth Rapoza, da revista Forbes, conta aos leitores do seu blog o que ele pensa dos altos preços de carros no Brasil.
A tese dele é de que os impostos altos e a ingenuidade dos consumidores – que aceitam pagar caro por acreditar que os veículos são sinal de status social – explicam por que os automóveis chegam a custar três vezes mais no País do que nos Estados Unidos.
“Alguém pode achar que se um Jeep Grand Cherokee custa US$ 80 mil significa que ele vem equipado com asas e com rodas banhadas a ouro. Mas, no Brasil, ele vem na versão básica”, afirma o jornalista. O veículo citado custa, na verdade, ainda mais no mercado brasileiro: US$ 89,5 mil. Já nos EUA, sai por US$ 28 mil.
Rapoza lembra que, além de pagar mais, os brasileiros ganham menos. No caso do carro mencionado, o preço nos EUA equivale a metade da renda anual média dos americanos. Já o valor cobrado no Brasil corresponde a mais do que o salário de um ano de um morador do País.
Por que é caro
Curioso é que Rapoza sugere a leitura de um artigo do site Notícias Automotivas que defende uma tese bem diferente da dele. O texto do portal brasileiro enfatiza o lucro das montadoras, não os impostos, como uma razão do preço alto do carro.
O que acontece, conforme escrevi em outra oportunidade, é que tanto o “custo Brasil” (no qual se incluem os impostos) como o “lucro Brasil” explicam a situação.
Aqui, os impostos sobre automóveis são bem mais altos que nos EUA e na Europa. Eles equivalem a 30,4% do preço médio de um carro, segundo a Anfavea (associação dos fabricantes nacionais). Na Itália, no Reino Unido, na França e na Alemanha, essa proporção varia entre 15% e 17%. Nos Japao, é de 9,1%; nos EUA, de 6,1%.
Pior é que, mesmo se descontarmos os impostos, os carros aqui continuam mais caros do que nos EUA e na Europa, conforme um levantamento que fiz com ajuda do consultor Luiz Carlos Augusto, especializado em veículos, há um ano. Considerando os dados desse estudo da Anfavea, o Chevrolet Malibu, por exemplo, custaria R$ 57.176 sem impostos, preço mais alto do que os R$ 38.840 cobrados nos EUA (com impostos).
Também reforça a tese de que os fabricantes conseguem ganhar mais em cima dos consumidores brasileiros um estudo do banco Morgan Stanley. A instituição financeira concluiu: “Os dias de lucros mais altos que o normal vindos [das montadoras] do Brasil parecem estar chegando ao fim. [...] As margens [de lucro] devem ficar sob pressão”.
Essa estudo indica que, historicamente, quatro maiores montadoras instaladas no Brasil dominavam o mercado nacional com folga, mas agora, com a concorrência dos veículos asiáticos, as margens de lucro tendem a cair.
Se pensarmos de modo amplo, o que acontece é uma parceria não escrita entre o governo e as montadoras. As empresas aceitam pagar imposto alto e, em troca, têm a garantia de que as tarifas de importação serão ainda mais altas, minando a concorrência externa e permitindo aos fabricantes do País vender um carro caro e menos equipado do que os estrangeiros.
Vaidade
Rapoza não é o primeiro – e certamente não será o último – a dizer que a busca por status social entre os brasileiros é um dos fatores que colocam os preços lá em cima. O jornalista Andrew Downie recentemente reuniu em uma reportagem no International Herald Tribune depoimentos de diversos profissionais do mercado de luxo segundo os quais a vaidade ajuda a encarecer os produtos no Brasil.
FONTE
Matéria original na Forbes: http://www.forbes.com/sites/kenrapoza/2 ... -cherokee/
Eu já falei que comprar carro 0km no Brasil é uma grande idiotice, além de estar a compactuar com a ganância das pseudo-nacionais, e de um Governo "guloso", mas fui rechaçado... Será que agora começarão a perceber que o dinheiro deve ser utilizado para promover sustento e qualidade de vida, e não para indicar o seu status, com compras ignorantes?
13 de agosto de 2012 | 14h56
Sílvio Guedes Crespo
“Desculpem, Brazukas… Não há status em um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand or Dodge Durango. Não se deixe enganar pagando o preço de tabela. Definitivamente, você está sendo enganado”.
Nesse tom jocoso e irônico, o jornalista Kenneth Rapoza, da revista Forbes, conta aos leitores do seu blog o que ele pensa dos altos preços de carros no Brasil.
A tese dele é de que os impostos altos e a ingenuidade dos consumidores – que aceitam pagar caro por acreditar que os veículos são sinal de status social – explicam por que os automóveis chegam a custar três vezes mais no País do que nos Estados Unidos.
“Alguém pode achar que se um Jeep Grand Cherokee custa US$ 80 mil significa que ele vem equipado com asas e com rodas banhadas a ouro. Mas, no Brasil, ele vem na versão básica”, afirma o jornalista. O veículo citado custa, na verdade, ainda mais no mercado brasileiro: US$ 89,5 mil. Já nos EUA, sai por US$ 28 mil.
Rapoza lembra que, além de pagar mais, os brasileiros ganham menos. No caso do carro mencionado, o preço nos EUA equivale a metade da renda anual média dos americanos. Já o valor cobrado no Brasil corresponde a mais do que o salário de um ano de um morador do País.
Por que é caro
Curioso é que Rapoza sugere a leitura de um artigo do site Notícias Automotivas que defende uma tese bem diferente da dele. O texto do portal brasileiro enfatiza o lucro das montadoras, não os impostos, como uma razão do preço alto do carro.
O que acontece, conforme escrevi em outra oportunidade, é que tanto o “custo Brasil” (no qual se incluem os impostos) como o “lucro Brasil” explicam a situação.
Aqui, os impostos sobre automóveis são bem mais altos que nos EUA e na Europa. Eles equivalem a 30,4% do preço médio de um carro, segundo a Anfavea (associação dos fabricantes nacionais). Na Itália, no Reino Unido, na França e na Alemanha, essa proporção varia entre 15% e 17%. Nos Japao, é de 9,1%; nos EUA, de 6,1%.
Pior é que, mesmo se descontarmos os impostos, os carros aqui continuam mais caros do que nos EUA e na Europa, conforme um levantamento que fiz com ajuda do consultor Luiz Carlos Augusto, especializado em veículos, há um ano. Considerando os dados desse estudo da Anfavea, o Chevrolet Malibu, por exemplo, custaria R$ 57.176 sem impostos, preço mais alto do que os R$ 38.840 cobrados nos EUA (com impostos).
Também reforça a tese de que os fabricantes conseguem ganhar mais em cima dos consumidores brasileiros um estudo do banco Morgan Stanley. A instituição financeira concluiu: “Os dias de lucros mais altos que o normal vindos [das montadoras] do Brasil parecem estar chegando ao fim. [...] As margens [de lucro] devem ficar sob pressão”.
Essa estudo indica que, historicamente, quatro maiores montadoras instaladas no Brasil dominavam o mercado nacional com folga, mas agora, com a concorrência dos veículos asiáticos, as margens de lucro tendem a cair.
Se pensarmos de modo amplo, o que acontece é uma parceria não escrita entre o governo e as montadoras. As empresas aceitam pagar imposto alto e, em troca, têm a garantia de que as tarifas de importação serão ainda mais altas, minando a concorrência externa e permitindo aos fabricantes do País vender um carro caro e menos equipado do que os estrangeiros.
Vaidade
Rapoza não é o primeiro – e certamente não será o último – a dizer que a busca por status social entre os brasileiros é um dos fatores que colocam os preços lá em cima. O jornalista Andrew Downie recentemente reuniu em uma reportagem no International Herald Tribune depoimentos de diversos profissionais do mercado de luxo segundo os quais a vaidade ajuda a encarecer os produtos no Brasil.
FONTE
Matéria original na Forbes: http://www.forbes.com/sites/kenrapoza/2 ... -cherokee/
Eu já falei que comprar carro 0km no Brasil é uma grande idiotice, além de estar a compactuar com a ganância das pseudo-nacionais, e de um Governo "guloso", mas fui rechaçado... Será que agora começarão a perceber que o dinheiro deve ser utilizado para promover sustento e qualidade de vida, e não para indicar o seu status, com compras ignorantes?
"Status é comprar coisas que você não quer, com o dinheiro que você não tem, a fim de mostrar para gente que você não gosta, uma pessoa que você não é."
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Pertinente citar o post no tópico sobre carros.
E compra rum carro usado não é fácil. Acredite. Comecei as tratativas e não é fácil. Quando pensa que achou "a carretinha" descobre alguma surpresa desagradável. Frequentemente é mais fácil pagar a mais por um novo. Principalmente quem não mexe ou não tem tempo para gastar escolhendo carro.Bourne escreveu:Exemplo do New Fiesta. Mesmo modelo vendido no Brasil e EUA.
No Brasil, considerado carro de gente bem de vida. Valor na loja R$ 52 mil completo.
No EUA, versão de entrada que qualquer universitário pode comprar. Valor US$ 14,2 mi (ou R$ 28 mil pelo câmbio de 2 reais por dólar)
http://www.ford.com/cars/fiesta/
Moral da história. Esses 28 mil reais do New Fiesta norte-americano é o que paguei pelo poderoso Ford Ka. Será que esse 1.0 basicão vale tudo isso? O Ford Ka, Celta e Gol deveriam estar em 12 - 15 mil reais completos. Se os carros fossem a esse preço tinha muita sucata sendo retirada de circulação.
Outros modelos dão vontade de chorar. O Ford Fusion que é um grande carro sedan sai por US$ 20 mil. No Brasil seriam uns R$ 40 mil. O que dá para comprar um Chevrlet Cobalt básico. Não tem como comparar os dois carros. O Fusion no Brasil começa com R$ 84 mil (ou 42 mil dólares).
Fusion
Cobalt
Deixando as cidades mais limpas, uso mais eficiente de combustível e maior segurança para os motoristas. É preciso acabar com dois mitos no Brasil. O primeiro que carro é coisa de rico. Não!!! Deveria ser tão natural quanto celular e notbook. A não ser que seja uma BMW ou Audi. Não representa Status. O segundo não se usa carro na cidade. Carro é para fazer coisas em que não há alternativa de transporte público.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
mexico poderá ser a 1º economia da america latina em 10 anos.
http://www.reuters.com/article/2012/08/ ... GR20120808
Reuters ja chutou o Brasil do grupo dos "favoritos"
Brasil foi o unico vitorioso do Mercosul segundo a materia abaixo. Com um superavit de 36BI enquanto todos os outros amargaram prejuizo. (E a ideia de que é melhor seguir o caminho do chile e negociar sozinho.....)
http://en.mercopress.com/2012/08/07/mer ... -of-36.8bn
http://www.reuters.com/article/2012/08/ ... GR20120808
Reuters ja chutou o Brasil do grupo dos "favoritos"
Brasil foi o unico vitorioso do Mercosul segundo a materia abaixo. Com um superavit de 36BI enquanto todos os outros amargaram prejuizo. (E a ideia de que é melhor seguir o caminho do chile e negociar sozinho.....)
http://en.mercopress.com/2012/08/07/mer ... -of-36.8bn
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Aham, vão ser sim...
Vamos esperar o próximo espirro dos EUA para o México parar dentro da Fossa das Marianas...
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Em termos de preço /lucro esperado, o México é o mercado mais caro do mundo. Mas, ele é o novo queridinho.
Sobre taxas de juros no Brasil tem esse artigo que é bom.
O enigma das altas taxas de juros no Brasil
As taxas de juros estão em um nível historicamente baixo no Brasil, se considerarmos sua tendência histórica. Mas essas taxas ainda são muito altas se comparadas com as de outros países emergentes que, como o Brasil, utilizam o regime de metas de inflação (Figura 1). Excluíndo-se o período de hiperinflação (1988-1994), quando as taxas de juros reais foram extremamente voláteis (o que poderia distorcer a análise), as taxas de juros ex-post (aquelas medidas após se conhecer o valor da inflação no período em que se avalia a taxa de juros) caíram, em média, de aproximadamente 40% ao ano nos anos 1980 para algo como 20% na segunda metade da década de 90, antes da introdução do regime de metas de inflação e da mudança do regime cambial de fixo para flutuante em 1999. As taxas declinaram ainda mais, para 10% ao ano no período 2000-2005, decrescendo para menos de 8% ao ano entre 2006 e 2009, atingindo seu menor nível em toda a série histórica considerada em 2009, ficando um pouco abaixo de 5% ao ano. Esse é um nivel bastante baixo para os padrões brasileiros, ainda que esteja em torno de quatro pontos percentuais acima da média dos países emergentes que usam o regime de metas de inflação.
A alta taxa de juros é frequentemente citada como uma das mais importantes restrições ao desenvolvimento econômico do país. Alguns autores se referem a esse problema como a mais importante restrição ao crescimento (Hausmann 2008). Portanto, é um exercício importante entender quais são os fatores que podem estar associados com essa tendência de queda nas taxas de juros reais, e tentar explicar como o Brasil pode reduzir ainda mais os juros de modo a convergir para a taxa média das outras economias emergentes que utilizam o regime de metas de inflação.
Os argumentos que buscam explicar as taxas de juros historicamente altas no Brasil podem ser agrupados em alguns grupos temáticos. Há cinco tipos de razões apresentadas pela literatura:
A. Considerações sobre a política fiscal
O principal argumento fiscal refere-se aos efeitos da chamada “dominância fiscal” e ao risco de default da dívida pública. Favero e Giavazzi (2002) mostram que as taxas de juros são altas no Brasil devido ao alto nível da dívida pública. Rogoff (2005) argumenta que o historico de defaults (sete episódios de defaults ou reestruturações de dívida no período 1824–2004) significa que o Brasil, mesmo com um relativamente baixo nível de dívida pública, já começa a pagar um prêmio de risco elevado. As evidências empíricas sobre o efeito da dívida pública na taxa de juros real no Brasil não são conclusivas. Muinhos e Nankane (2006), por exemplo, não encontram evidência de uma relação negativa entre o nível da dívida pública e a taxa de juros real. De fato, um simples exame da tendência da taxa de juros real e da dívida pública mostra que não há aparente relação entre as variáveis (Figura 2). Embora essa seja apenas uma relação entre duas variáveis, a inclusão da dívida pública bruta em uma regressão em painel também não produz resultados robustos, e em algumas especificações o efeito aparece com o sinal inverso.
B. Poupança doméstica
O Brasil tem um nível de poupança doméstica relativamente baixo. Hausmann (2008) argumenta que essa é a principal restrição ao crescimento e a razão para a alta taxa de juros. Um argumento similar sobre o efeito da baixa poupança sobre a taxa de juros real é feito por Fraga (2005). Miranda e Muinhos (2003) também fazem referência a esse argumento, mas não o testam empiricamente. A intuição por trás desse argumento é convincente. De acordo com a teoria clássica de investimento e poupança, se a demanda por investimento excede a oferta de poupança doméstica, a taxa de juros real de equilíbrio se eleva. É bem verdade que em uma economia aberta ao exterior a poupança doméstica pode não ser uma restrição, pois pode ser complementada pela poupança externa. Porém, Feldstein e Horioka (1980), e vários outros estudos posteriores, encontram grande correlação entre poupança doméstica e investimento doméstico. Rogoff e Obstfeld (2000) descrevem esse fenômeno como um dos principais enigmas da macroeconomia moderna.
A relação entre poupança doméstica e a taxa de juros real parece ser forte (Figura 3). Entre as mais baixas taxas de juros em uma amostra de países emergentes que utilizam o regime de metas de inflação estão os países do sudeste asiático (Coréia, Indonésia e Tailândia), que têm altos níveis de poupança doméstica (em torno de 30% do PIB). Chile e Mexico têm poupança doméstica media entre 6 e 7 pontos percentuais maiores que o Brasil e níveis consideravelmente mais baixos de juros reais. No entanto, Brasil e Turquia aparecem muito longe da média. Ambos têm juros elevados porque suas poupanças domésticas são baixas em relação aos demais países, mas a previsão linear traçada na Figura 3 sugere que as taxas de juros de Brasil e Turquia deveriam ser aproximadamente 4 pontos percentuais mais baixas que os valores efetivamente observados.
C. Fragilidade institucional
Há argumentos de que a alta taxa de juros decorre, por um lado, da fragilidade das instituições políticas e econômicas brasileiras, necessárias para prover proteção aos investidores (garantia de cumprimento de contratos e de direitos de propriedade); e por outro lado da falta de independência do Banco Central.
Incerteza jurisdicional. Esse é um termo vagamente definido que se refere à fraqueza dos direitos de propriedade e das instituições responsáveis por garantir o cumprimento dos contratos. O termo foi criado por Arida, Bacha, e Lara-Resende (2004) que o descrevem como uma espécie de vies anti-credor, o risco de mudança no valor dos contratos antes ou no momento de sua execução, e o risco de interpretação desfavorável do contrato em seu julgamento pela justiça. O problema dessa hipótese é que muitos outros países emergentes não têm instituições de defesa do direto de propriedade e de garantia de cumprimento de contratos melhores que as do Brasil e, mesmo assim, têm taxas de juros muito mais baixas. Ademais, evidências empíricas não dão sustentação a essa hipótese, como demonstrado por Gonçalves, Holland, e Spacov (2007).
Falta de completa independência do Banco Central. Esse argumento é citado por Rogoff (2005) e outros. Esse é um importante argumento, mas difícil de testar empiricamente, uma vez que não é fácil quantificar e testar qual deve ser o nível crítico de independência do Banco Central.
D. Histórico de alta inflação e volatilidade da taxa de inflação
O Brasil tem uma longa história de inflação alta e volátil. A inflação anual foi moderadamente alta nos anos 1970 (media de 30%); muito alta no período 1980–88, (média de mais de 200%); e se transformou em hiperinflação entre 1989 e 1994, (média de 1.400%). Entre 1980 e 1994 o Brasil foi o país com a mais longa história de inflação alta entre os países emergentes que agora usam metas de inflação. Não é de surpreender que haja uma forte correlação entre inflação alta e taxas de juros altas. A taxa de juros precisou subir para puxar a inflação para baixo, e algumas vezes precisou ir a níveis muito altos. A queda da inflação e da volatilidade de suas taxas no Brasil permitiu que as “expectativas inflacionárias fossem domadas” (Bevilaqua et al, 2007). Esse parece ter sido um fator chave para garantir a tendência declinante nas taxas de juros reais.
E. Fatores que afetam o mecanismo de transmissão da política monetária no Brasil
Várias peculiaridades do caso brasileiro têm sido citadas como fragilizadoras do mecanismo de transmissão da política monetária e como possíveis fontes de pressão adicional sobre a taxa de juros. Podem ser citados:
Segmentação do mercado de crédito. Empréstimos feitos abaixo das taxas de Mercado pelo BNDES e pelos setores de habitação e agricultura podem estar puxando para cima a taxa de juros real de equilíbrio no mercado de crédito livre. A intuição por trás desse argumento é que se o setor publico oferece crédito com taxas subsidiadas, a taxa de juros controlada pelo Banco Central, para efeito de política monetária, precisará ficar mais alta, para conter a demanda por crédito em um nível consistente com a meta de inflação.
Outros fatores. Barbosa (2008) apresenta ampla revisão de outros fatores que afetam a eficácia da política monetária no Brasil e podem estar associados com altas taxas de juros reais, quais sejam: (i) inércia inflacionária causada pela indexação de preços-chave da economia, o que cria rigidez da inflação brasileiro a mudanças na taxa de juros, e requer uma grande redução da demanda agregada para que a inflação seja reduzida; (ii) fraqueza do “efeito riqueza”, devido à indexação e o curto prazo de vencimento da dívida pública, o que neutraliza o efeito negativo sobre o valor dos títulos público gerado por uma alta da taxa de juros; e (iii) uma relativamente baixa relação crédito-PIB em comparação com outras economias emergentes, o que reduziria o impacto do canal do crédito de um dado aumento da taxa de juros.
O uso de um modelo econométrico (veja detalhes em IMF 12/62) mostra que o aumento da poupança doméstica parece ser o fator individual mais importante para a redução da taxa de juros real no Brasil ao longo do tempo. Essa é a variável que tem potencialmente o mais promissor efeito porque o Brasil ainda tem uma base muito baixa, o que permitiria a expansão da poupança doméstica. A Figura 4 mostra que se a taxa de poupança doméstica crescesse de sua media amostral de 16,5% do PIB para a média do México (22,6% do PIB), o modelo indicaria que a taxa de juros real poderia declinar em 2 pontos percentuais. Ao passo que uma redução mais intensa dos juros reais, de 4 a 5 pontos percentuais, requereria o incremento da poupança doméstica para os níveis de Tailândia ou Coréia (em torno de 30% do PIB), o que nunca foi observado na história do Brasil. Atingir o nível de poupança doméstica do México seria mais factível para o Brasil, e permitiria reduzir a diferença do país em relação à média dos demais países emergentes com metas de inflação em quase 50%.
Figura 4. Brasil: reduções na taxa de juros real se a poupança doméstica crescesse ao nível daquelas observadas em outros países emergentes com metas de inflação.
A alta taxa de juros no Brasil é provavelmente resultado de baixa poupança doméstica e de imperfeições no mercado de crédito. Quanto ao primeiro ponto, aumentar a poupança doméstica por meio de melhorias na situação fiscal (ou seja, pelo aumento na poupança do governo) provavelmente produzirá grande efeito. Isso é sugerido pela maior magnitude dos coeficientes de regressão associados à poupança do governo. No entanto, a redução integral da diferença entre o Brasil e a media dos demais países da amostra utilizando-se apenas o aumento da poupança doméstica requereria taxas de poupança similares às da Coréia e Indonésia (30% do PIB). Isso não parece realista para o Brasil no curto prazo. Os resultados também mostram que, controlado os outros efeitos do modelo, a taxa de juros real do Brasil ainda fica 2 pontos percentuais acima dos demais (esse efeito é capturado pelo efeito fixo do modelo de regressão).Tal resultado sugere que há questões específicas do país que podem estar associadas com a alta taxa de juros, que vão além daquelas analisadas no modelo. Fatores importantes a esse respeito, que não podem ser testados empiricamente, e que requereriam atenção particular em pesquisas futuras, seriam as imperfeições do mercado de crédito e o efeito dos empréstimos públicos a taxas subsidiadas. Embora esse tipo de empréstimo tenha sido uma das mais eficazes ferramentas de política anti-cíclica durante a crise após à quebra do Lehman Brothers, o seu uso em tempos normais deve levar em conta o fato de que ele pode estar enfraquecendo o mecanismo de transmissão da política monetária e contribuindo para taxas de juros reais de equilíbrio de mercado mais altas.
O presente texto é um resumo do IMF Working Paper “The Puzzle of Brazil’s High Interest Rates” (IMF 12/62), traduzido e publicado com autorização do autor e do FMI.
cont.http://www.brasil-economia-governo.org. ... no-brasil/
Sobre taxas de juros no Brasil tem esse artigo que é bom.
O enigma das altas taxas de juros no Brasil
As taxas de juros estão em um nível historicamente baixo no Brasil, se considerarmos sua tendência histórica. Mas essas taxas ainda são muito altas se comparadas com as de outros países emergentes que, como o Brasil, utilizam o regime de metas de inflação (Figura 1). Excluíndo-se o período de hiperinflação (1988-1994), quando as taxas de juros reais foram extremamente voláteis (o que poderia distorcer a análise), as taxas de juros ex-post (aquelas medidas após se conhecer o valor da inflação no período em que se avalia a taxa de juros) caíram, em média, de aproximadamente 40% ao ano nos anos 1980 para algo como 20% na segunda metade da década de 90, antes da introdução do regime de metas de inflação e da mudança do regime cambial de fixo para flutuante em 1999. As taxas declinaram ainda mais, para 10% ao ano no período 2000-2005, decrescendo para menos de 8% ao ano entre 2006 e 2009, atingindo seu menor nível em toda a série histórica considerada em 2009, ficando um pouco abaixo de 5% ao ano. Esse é um nivel bastante baixo para os padrões brasileiros, ainda que esteja em torno de quatro pontos percentuais acima da média dos países emergentes que usam o regime de metas de inflação.
A alta taxa de juros é frequentemente citada como uma das mais importantes restrições ao desenvolvimento econômico do país. Alguns autores se referem a esse problema como a mais importante restrição ao crescimento (Hausmann 2008). Portanto, é um exercício importante entender quais são os fatores que podem estar associados com essa tendência de queda nas taxas de juros reais, e tentar explicar como o Brasil pode reduzir ainda mais os juros de modo a convergir para a taxa média das outras economias emergentes que utilizam o regime de metas de inflação.
Os argumentos que buscam explicar as taxas de juros historicamente altas no Brasil podem ser agrupados em alguns grupos temáticos. Há cinco tipos de razões apresentadas pela literatura:
A. Considerações sobre a política fiscal
O principal argumento fiscal refere-se aos efeitos da chamada “dominância fiscal” e ao risco de default da dívida pública. Favero e Giavazzi (2002) mostram que as taxas de juros são altas no Brasil devido ao alto nível da dívida pública. Rogoff (2005) argumenta que o historico de defaults (sete episódios de defaults ou reestruturações de dívida no período 1824–2004) significa que o Brasil, mesmo com um relativamente baixo nível de dívida pública, já começa a pagar um prêmio de risco elevado. As evidências empíricas sobre o efeito da dívida pública na taxa de juros real no Brasil não são conclusivas. Muinhos e Nankane (2006), por exemplo, não encontram evidência de uma relação negativa entre o nível da dívida pública e a taxa de juros real. De fato, um simples exame da tendência da taxa de juros real e da dívida pública mostra que não há aparente relação entre as variáveis (Figura 2). Embora essa seja apenas uma relação entre duas variáveis, a inclusão da dívida pública bruta em uma regressão em painel também não produz resultados robustos, e em algumas especificações o efeito aparece com o sinal inverso.
B. Poupança doméstica
O Brasil tem um nível de poupança doméstica relativamente baixo. Hausmann (2008) argumenta que essa é a principal restrição ao crescimento e a razão para a alta taxa de juros. Um argumento similar sobre o efeito da baixa poupança sobre a taxa de juros real é feito por Fraga (2005). Miranda e Muinhos (2003) também fazem referência a esse argumento, mas não o testam empiricamente. A intuição por trás desse argumento é convincente. De acordo com a teoria clássica de investimento e poupança, se a demanda por investimento excede a oferta de poupança doméstica, a taxa de juros real de equilíbrio se eleva. É bem verdade que em uma economia aberta ao exterior a poupança doméstica pode não ser uma restrição, pois pode ser complementada pela poupança externa. Porém, Feldstein e Horioka (1980), e vários outros estudos posteriores, encontram grande correlação entre poupança doméstica e investimento doméstico. Rogoff e Obstfeld (2000) descrevem esse fenômeno como um dos principais enigmas da macroeconomia moderna.
A relação entre poupança doméstica e a taxa de juros real parece ser forte (Figura 3). Entre as mais baixas taxas de juros em uma amostra de países emergentes que utilizam o regime de metas de inflação estão os países do sudeste asiático (Coréia, Indonésia e Tailândia), que têm altos níveis de poupança doméstica (em torno de 30% do PIB). Chile e Mexico têm poupança doméstica media entre 6 e 7 pontos percentuais maiores que o Brasil e níveis consideravelmente mais baixos de juros reais. No entanto, Brasil e Turquia aparecem muito longe da média. Ambos têm juros elevados porque suas poupanças domésticas são baixas em relação aos demais países, mas a previsão linear traçada na Figura 3 sugere que as taxas de juros de Brasil e Turquia deveriam ser aproximadamente 4 pontos percentuais mais baixas que os valores efetivamente observados.
C. Fragilidade institucional
Há argumentos de que a alta taxa de juros decorre, por um lado, da fragilidade das instituições políticas e econômicas brasileiras, necessárias para prover proteção aos investidores (garantia de cumprimento de contratos e de direitos de propriedade); e por outro lado da falta de independência do Banco Central.
Incerteza jurisdicional. Esse é um termo vagamente definido que se refere à fraqueza dos direitos de propriedade e das instituições responsáveis por garantir o cumprimento dos contratos. O termo foi criado por Arida, Bacha, e Lara-Resende (2004) que o descrevem como uma espécie de vies anti-credor, o risco de mudança no valor dos contratos antes ou no momento de sua execução, e o risco de interpretação desfavorável do contrato em seu julgamento pela justiça. O problema dessa hipótese é que muitos outros países emergentes não têm instituições de defesa do direto de propriedade e de garantia de cumprimento de contratos melhores que as do Brasil e, mesmo assim, têm taxas de juros muito mais baixas. Ademais, evidências empíricas não dão sustentação a essa hipótese, como demonstrado por Gonçalves, Holland, e Spacov (2007).
Falta de completa independência do Banco Central. Esse argumento é citado por Rogoff (2005) e outros. Esse é um importante argumento, mas difícil de testar empiricamente, uma vez que não é fácil quantificar e testar qual deve ser o nível crítico de independência do Banco Central.
D. Histórico de alta inflação e volatilidade da taxa de inflação
O Brasil tem uma longa história de inflação alta e volátil. A inflação anual foi moderadamente alta nos anos 1970 (media de 30%); muito alta no período 1980–88, (média de mais de 200%); e se transformou em hiperinflação entre 1989 e 1994, (média de 1.400%). Entre 1980 e 1994 o Brasil foi o país com a mais longa história de inflação alta entre os países emergentes que agora usam metas de inflação. Não é de surpreender que haja uma forte correlação entre inflação alta e taxas de juros altas. A taxa de juros precisou subir para puxar a inflação para baixo, e algumas vezes precisou ir a níveis muito altos. A queda da inflação e da volatilidade de suas taxas no Brasil permitiu que as “expectativas inflacionárias fossem domadas” (Bevilaqua et al, 2007). Esse parece ter sido um fator chave para garantir a tendência declinante nas taxas de juros reais.
E. Fatores que afetam o mecanismo de transmissão da política monetária no Brasil
Várias peculiaridades do caso brasileiro têm sido citadas como fragilizadoras do mecanismo de transmissão da política monetária e como possíveis fontes de pressão adicional sobre a taxa de juros. Podem ser citados:
Segmentação do mercado de crédito. Empréstimos feitos abaixo das taxas de Mercado pelo BNDES e pelos setores de habitação e agricultura podem estar puxando para cima a taxa de juros real de equilíbrio no mercado de crédito livre. A intuição por trás desse argumento é que se o setor publico oferece crédito com taxas subsidiadas, a taxa de juros controlada pelo Banco Central, para efeito de política monetária, precisará ficar mais alta, para conter a demanda por crédito em um nível consistente com a meta de inflação.
Outros fatores. Barbosa (2008) apresenta ampla revisão de outros fatores que afetam a eficácia da política monetária no Brasil e podem estar associados com altas taxas de juros reais, quais sejam: (i) inércia inflacionária causada pela indexação de preços-chave da economia, o que cria rigidez da inflação brasileiro a mudanças na taxa de juros, e requer uma grande redução da demanda agregada para que a inflação seja reduzida; (ii) fraqueza do “efeito riqueza”, devido à indexação e o curto prazo de vencimento da dívida pública, o que neutraliza o efeito negativo sobre o valor dos títulos público gerado por uma alta da taxa de juros; e (iii) uma relativamente baixa relação crédito-PIB em comparação com outras economias emergentes, o que reduziria o impacto do canal do crédito de um dado aumento da taxa de juros.
O uso de um modelo econométrico (veja detalhes em IMF 12/62) mostra que o aumento da poupança doméstica parece ser o fator individual mais importante para a redução da taxa de juros real no Brasil ao longo do tempo. Essa é a variável que tem potencialmente o mais promissor efeito porque o Brasil ainda tem uma base muito baixa, o que permitiria a expansão da poupança doméstica. A Figura 4 mostra que se a taxa de poupança doméstica crescesse de sua media amostral de 16,5% do PIB para a média do México (22,6% do PIB), o modelo indicaria que a taxa de juros real poderia declinar em 2 pontos percentuais. Ao passo que uma redução mais intensa dos juros reais, de 4 a 5 pontos percentuais, requereria o incremento da poupança doméstica para os níveis de Tailândia ou Coréia (em torno de 30% do PIB), o que nunca foi observado na história do Brasil. Atingir o nível de poupança doméstica do México seria mais factível para o Brasil, e permitiria reduzir a diferença do país em relação à média dos demais países emergentes com metas de inflação em quase 50%.
Figura 4. Brasil: reduções na taxa de juros real se a poupança doméstica crescesse ao nível daquelas observadas em outros países emergentes com metas de inflação.
A alta taxa de juros no Brasil é provavelmente resultado de baixa poupança doméstica e de imperfeições no mercado de crédito. Quanto ao primeiro ponto, aumentar a poupança doméstica por meio de melhorias na situação fiscal (ou seja, pelo aumento na poupança do governo) provavelmente produzirá grande efeito. Isso é sugerido pela maior magnitude dos coeficientes de regressão associados à poupança do governo. No entanto, a redução integral da diferença entre o Brasil e a media dos demais países da amostra utilizando-se apenas o aumento da poupança doméstica requereria taxas de poupança similares às da Coréia e Indonésia (30% do PIB). Isso não parece realista para o Brasil no curto prazo. Os resultados também mostram que, controlado os outros efeitos do modelo, a taxa de juros real do Brasil ainda fica 2 pontos percentuais acima dos demais (esse efeito é capturado pelo efeito fixo do modelo de regressão).Tal resultado sugere que há questões específicas do país que podem estar associadas com a alta taxa de juros, que vão além daquelas analisadas no modelo. Fatores importantes a esse respeito, que não podem ser testados empiricamente, e que requereriam atenção particular em pesquisas futuras, seriam as imperfeições do mercado de crédito e o efeito dos empréstimos públicos a taxas subsidiadas. Embora esse tipo de empréstimo tenha sido uma das mais eficazes ferramentas de política anti-cíclica durante a crise após à quebra do Lehman Brothers, o seu uso em tempos normais deve levar em conta o fato de que ele pode estar enfraquecendo o mecanismo de transmissão da política monetária e contribuindo para taxas de juros reais de equilíbrio de mercado mais altas.
O presente texto é um resumo do IMF Working Paper “The Puzzle of Brazil’s High Interest Rates” (IMF 12/62), traduzido e publicado com autorização do autor e do FMI.
cont.http://www.brasil-economia-governo.org. ... no-brasil/
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Sobre o primeiro é uma possibilidade real. O México conseguiu equacionar os entraves internos e externos ao crescimento. Também ficaria de olho em Colômbia, Peru e Chile, principalmente no peru por que ele está de cabeça erguida. Agora não adianta por a culpa nos juros e câmbio. Na verdade foram os problemas mais fáceis de resolver. Os outros mais sérios que levam o país a ter voos de galinhas. A arrogância brasileira pode achar que é impossível, mas não é. Como também a Aliança do Pacifico ter mais sucesso que o Mercosul e se tornar o motor do crescimento da América Latina. O que na realidade já são por que crescem muito mais que o Brasil. Outro aspecto é a intensidade tecnológica e capacidade industrial desses países começa a assustar. Eles estão se integrando as cadeias produtivas mundiais não apenas fornecendo matéria-prima. Coisa que o Brasil nunca conseguiu fazer de fato.Sterrius escreveu:mexico poderá ser a 1º economia da america latina em 10 anos.
http://www.reuters.com/article/2012/08/ ... GR20120808
Reuters ja chutou o Brasil do grupo dos "favoritos"
Brasil foi o unico vitorioso do Mercosul segundo a materia abaixo. Com um superavit de 36BI enquanto todos os outros amargaram prejuizo. (E a ideia de que é melhor seguir o caminho do chile e negociar sozinho.....)
http://en.mercopress.com/2012/08/07/mer ... -of-36.8bn
Sobre o segundo é a verdade sobre o mercosul. Se o brasil realmente quer fazer o Mercosul funcionar precisa pagar a conta. A primeira delas é matar o superávit e dar investimentos para os outros países ficarem no mesmo patamar e integrarem as cadeias produtivas. Como está hoje é um projeto de mercado comum morto cheio de conflitos e intransigências. Se acham que não vale a pena pagar a conta que construam um novo projeto que seria de estilo da união europeia para asiáticos. A diferença fundamental é que no asiático existe muito, mais muito mais liberdade de ação dos países membros tornando mais fácil equacionar os conflitos.
No fim se der tudo errado sempre se pode culpar o Grande Satã. Eles que sabotaram o programa espacial, o FX, o caça brasileiro, o projeto de Brasil potência no esporte entre outros. Os baixos investimentos, volatilidade dos recursos, falta de planos, aquisições e suporte industrial e de pessoal foram parte do grande plano nacional. Por que os brasileiros conseguem tocar projetos a tempos recordes, sem recursos, base e pessoal. São milagres que ninguém consegue fazer. Nem mesmo aqueles asiáticos malditos. O problema são as potências externas que sabotam.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Depois reclama.Bourne escreveu:Sobre o primeiro é uma possibilidade real. O México conseguiu equacionar os entraves internos e externos ao crescimento. Também ficaria de olho em Colômbia, Peru e Chile, principalmente no peru por que ele está de cabeça erguida. Agora não adianta por a culpa nos juros e câmbio. Na verdade foram os problemas mais fáceis de resolver. Os outros mais sérios que levam o país a ter voos de galinhas. A arrogância brasileira pode achar que é impossível, mas não é. Como também a Aliança do Pacifico ter mais sucesso que o Mercosul e se tornar o motor do crescimento da América Latina. O que na realidade já são por que crescem muito mais que o Brasil. Outro aspecto é a intensidade tecnológica e capacidade industrial desses países começa a assustar. Eles estão se integrando as cadeias produtivas mundiais não apenas fornecendo matéria-prima. Coisa que o Brasil nunca conseguiu fazer de fato.Sterrius escreveu:mexico poderá ser a 1º economia da america latina em 10 anos.
http://www.reuters.com/article/2012/08/ ... GR20120808
Reuters ja chutou o Brasil do grupo dos "favoritos"
Brasil foi o unico vitorioso do Mercosul segundo a materia abaixo. Com um superavit de 36BI enquanto todos os outros amargaram prejuizo. (E a ideia de que é melhor seguir o caminho do chile e negociar sozinho.....)
http://en.mercopress.com/2012/08/07/mer ... -of-36.8bn
Sobre o segundo é a verdade sobre o mercosul. Se o brasil realmente quer fazer o Mercosul funcionar precisa pagar a conta. A primeira delas é matar o superávit e dar investimentos para os outros países ficarem no mesmo patamar e integrarem as cadeias produtivas. Como está hoje é um projeto de mercado comum morto cheio de conflitos e intransigências. Se acham que não vale a pena pagar a conta que construam um novo projeto que seria de estilo da união europeia para asiáticos. A diferença fundamental é que no asiático existe muito, mais muito mais liberdade de ação dos países membros tornando mais fácil equacionar os conflitos.
No fim se der tudo errado sempre se pode culpar o Grande Satã. Eles que sabotaram o programa espacial, o FX, o caça brasileiro, o projeto de Brasil potência no esporte entre outros. Os baixos investimentos, volatilidade dos recursos, falta de planos, aquisições e suporte industrial e de pessoal foram parte do grande plano nacional. Por que os brasileiros conseguem tocar projetos a tempos recordes, sem recursos, base e pessoal. São milagres que ninguém consegue fazer. Nem mesmo aqueles asiáticos malditos. O problema são as potências externas que sabotam.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Grande BOURNE!!!
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Vocês preferiram ficar olhando o Peru de cabeça erguida e não o último parágrafo que o mais importante.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
O ANDRÉ pelo jeito preferia. Eu gostei do teu post.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Coloque o post no contexto do FX sobre transferência irrestrita de tecnologia, formação da capacidade industrial e plano para o setor.
Se China, Índia e Coreia demoraram 30 anos para construir coisas próximas a caças nacionais com grandes investimentos em capacitação industrial, centros de pesquisas e compra de centenas de unidades. Mesmo países tradicionais fabricantes de caças como França levaram mais de duas décadas para desenvolver o Rafale e armamentos a custo de dezenas de bilhões de euros.
Não é o Brasil que vai fazer milagre. A não ser que construa algo com tecnologias conhecidas e comercializáveis que pode supri certos nichos e necessidades. Porém nunca vai ser um caça de superioridade aérea e vai gastar para construir a estrutura necessária. Em ambos os casos não parece ser uma prioridade do Estado. Até agora vi ensaios. Ainda engatinha enquanto deveria estar aprendendo a correr.
Se China, Índia e Coreia demoraram 30 anos para construir coisas próximas a caças nacionais com grandes investimentos em capacitação industrial, centros de pesquisas e compra de centenas de unidades. Mesmo países tradicionais fabricantes de caças como França levaram mais de duas décadas para desenvolver o Rafale e armamentos a custo de dezenas de bilhões de euros.
Não é o Brasil que vai fazer milagre. A não ser que construa algo com tecnologias conhecidas e comercializáveis que pode supri certos nichos e necessidades. Porém nunca vai ser um caça de superioridade aérea e vai gastar para construir a estrutura necessária. Em ambos os casos não parece ser uma prioridade do Estado. Até agora vi ensaios. Ainda engatinha enquanto deveria estar aprendendo a correr.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
15/08/2012 10h41 - Atualizado em 15/08/2012 14h28
Governo lança pacote de concessão de R$ 133 bi para rodovias e ferrovias
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... ovias.html
15/08/2012 12h41 - Atualizado em 15/08/2012 17h21
Próximo pacote de concessões será de aeroportos, afirma Dilma
Nesta quarta, ela lançou programa de concessão de rodovias e ferrovias.
Indagada se é privatização, disse: 'Esta é uma questão absolutamente falsa'.
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... dilma.html
15/08/2012 12h37 - Atualizado em 15/08/2012 13h00
Eike chama plano de infraestrutura do governo de 'kit felicidade'
Governo lançou pacote de concessão para rodovias e ferrovias.
Empresário esteve na apresentação do novo programa, em Brasília.
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... idade.html
Se metade dessas obras e concessões derem algum resultado até 2014 vai ser MUITO mas MUITO difícil bate-la na disputa presidencial de 2014. Com ou sem Greve geral.
Governo lança pacote de concessão de R$ 133 bi para rodovias e ferrovias
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... ovias.html
15/08/2012 12h41 - Atualizado em 15/08/2012 17h21
Próximo pacote de concessões será de aeroportos, afirma Dilma
Nesta quarta, ela lançou programa de concessão de rodovias e ferrovias.
Indagada se é privatização, disse: 'Esta é uma questão absolutamente falsa'.
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... dilma.html
15/08/2012 12h37 - Atualizado em 15/08/2012 13h00
Eike chama plano de infraestrutura do governo de 'kit felicidade'
Governo lançou pacote de concessão para rodovias e ferrovias.
Empresário esteve na apresentação do novo programa, em Brasília.
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... idade.html
Se metade dessas obras e concessões derem algum resultado até 2014 vai ser MUITO mas MUITO difícil bate-la na disputa presidencial de 2014. Com ou sem Greve geral.