PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
Eu acredito e ESPERO que o míssil MT-300 tenha pouco ou nada a ver com essas maquetes que andaram aparecendo desde dois mil e poucos. Aquilo não me parece em nada com um míssil de cruzeiro verdadeiro e funcional.
De todo modo, se até as olimpíadas temos uns 4 anos ainda, acho que já há/houve coisas sendo feitas nesse sentido, pois para se começar do zero realmente é bem pouco tempo para um projeto deste tipo, a não ser que seja seguida a linha de outros desenvolvimentos nas FA's, utilizando produtos disponíveis no mercado, aproveitando tecnologias já desenvolvidas, etc.
abraços]
De todo modo, se até as olimpíadas temos uns 4 anos ainda, acho que já há/houve coisas sendo feitas nesse sentido, pois para se começar do zero realmente é bem pouco tempo para um projeto deste tipo, a não ser que seja seguida a linha de outros desenvolvimentos nas FA's, utilizando produtos disponíveis no mercado, aproveitando tecnologias já desenvolvidas, etc.
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
PROFORÇA-Projeto Proteger
Governo terá plano de proteção de R$ 9,6 bi
Comando do Exército apresentou à presidente Dilma o projeto Proteger, cujo propósito é defender locais como hidrelétricas, refinarias e usinas nucleares
29/07/2012
O Brasil terá um sistema completo de proteção das instalações estratégicas do País, que será capaz de evitar invasões como a que ocorreu na usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, em fevereiro de 2008,quando integrantes do movimento dos atingidos por barragens chegaram à sala de operações e ameaçaram parar a distribuição de energia em grande parte do País.
O projeto foi apresentado a presidente Dilma Rousseff na terça-feira, antes de ela embarcar para Londres, pelo comandante do Exército, general Enzo Peri. O militar disse ao Estado que Dilma classificou o projeto como “muito importante”. O sistema Proteger, como foi batizado pelo Exército, custara R$ 9,63 bilhões e será instalado em 12 anos. O projeto-piloto foi feito para preservar as instalações da usina hidrelétrica de Itaipu e também atendera as subestações e linhas de transmissão do oeste do Paraná, que receberão a proteção da Brigada de Infantaria de Cascavel (PR). O segundo passo é reforçar a proteção da infraestrutura de empresas estratégicas de São Paulo, como a refinaria de Paulínia ou as indústrias de São Jose dos Campos e do Rio de Janeiro, onde estão localizadas, por exemplo, a refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e as Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
Trabalho permanente.
“O Exército deixará de trabalhar só na crise, mas de forma permanente, agindo preventivamente, diminuindo a vulnerabilidade das instalações estratégicas do País e de forma interligada com todos os órgãos responsáveis pela segurança do País”, disse o general Jose Fernando Iasbech, gerente do Proteger.
Para a instalação do projeto, no entanto, conforme o general Peri, serão necessários mais meios e poderá haver necessidade de aumento de pessoal. Ele espera que os recursos para o projeto sejam incluídos na Lei Orgânica de Assistência Social (Loas) de 2013. O general Iasbech diz que, para começar a instalação do projeto-piloto na Brigada de Cascavel, já foram liberados R$ 79 milhões para a compra de equipamentos para 500 integrantes do Exército, além de viaturas, barracas e equipamentos de comunicação.
O comandante do Exército acrescentou que “esta Brigada vai receber carros de combate Urutu novos, enquanto os Guaranis não chegam e será contemplada com prioridade também no recebimento de armamento individual novo, equipamentos de comunicação, como estacoes radio e rádios de comunicação individual para que todos sejam interligados”. Ha ainda R$ 41 milhões contingenciados, aguardando a liberação. A prioridade e para a aquisição de produtos nacionais.
Na apresentação para Dilma, o general chamou a atenção que o novo projeto do Exército objetiva proteger 56% da matriz energética do País e, no caso de petróleo e gás, a produção de mais de 20 milhões de metros cúbicos de petróleo e derivados em terra, além de 20 mil quilômetros de dutos em operação e mais de 100 mil quilômetros de linhas de transmissão, sendo que só Itaipu é responsável por 17% da energia elétrica produzida no Brasil.
Alvos.
Mas a proteção se estendera ainda a todos os terminais portuários e aeroportuários, termelétricas e todo tipo de projeto estratégico, estruturas que correspondem a mais de92% do PIB nacional. No total, são 371 locais que precisam ser permanentemente monitorados, 689 considerados de alto relevo e 13.300 classificados como de infraestrutura critica.
Ainda segundo o gerente do Proteger, ha empresas da área de hidrelétricas que já pedem auxílio aos peritos do Exército. “Já é o início do projeto na base de operação”, disse o general.
O emprego da força federal, explicou, sempre ocorrerá após serem esgotados os meios locais, “porque o Exército não vai virar guarda patrimonial”. Antes do emprego federal, comentou, as empresas têm suas seguranças próprias, há os órgãos de segurança pública, e, somente quando esgotados os recursos locais, o Exército estará pronto para entrar imediatamente, por meio da unidade militar mais próxima do empreendimento.
Governo terá plano de proteção de R$ 9,6 bi
Comando do Exército apresentou à presidente Dilma o projeto Proteger, cujo propósito é defender locais como hidrelétricas, refinarias e usinas nucleares
29/07/2012
O Brasil terá um sistema completo de proteção das instalações estratégicas do País, que será capaz de evitar invasões como a que ocorreu na usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, em fevereiro de 2008,quando integrantes do movimento dos atingidos por barragens chegaram à sala de operações e ameaçaram parar a distribuição de energia em grande parte do País.
O projeto foi apresentado a presidente Dilma Rousseff na terça-feira, antes de ela embarcar para Londres, pelo comandante do Exército, general Enzo Peri. O militar disse ao Estado que Dilma classificou o projeto como “muito importante”. O sistema Proteger, como foi batizado pelo Exército, custara R$ 9,63 bilhões e será instalado em 12 anos. O projeto-piloto foi feito para preservar as instalações da usina hidrelétrica de Itaipu e também atendera as subestações e linhas de transmissão do oeste do Paraná, que receberão a proteção da Brigada de Infantaria de Cascavel (PR). O segundo passo é reforçar a proteção da infraestrutura de empresas estratégicas de São Paulo, como a refinaria de Paulínia ou as indústrias de São Jose dos Campos e do Rio de Janeiro, onde estão localizadas, por exemplo, a refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e as Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
Trabalho permanente.
“O Exército deixará de trabalhar só na crise, mas de forma permanente, agindo preventivamente, diminuindo a vulnerabilidade das instalações estratégicas do País e de forma interligada com todos os órgãos responsáveis pela segurança do País”, disse o general Jose Fernando Iasbech, gerente do Proteger.
Para a instalação do projeto, no entanto, conforme o general Peri, serão necessários mais meios e poderá haver necessidade de aumento de pessoal. Ele espera que os recursos para o projeto sejam incluídos na Lei Orgânica de Assistência Social (Loas) de 2013. O general Iasbech diz que, para começar a instalação do projeto-piloto na Brigada de Cascavel, já foram liberados R$ 79 milhões para a compra de equipamentos para 500 integrantes do Exército, além de viaturas, barracas e equipamentos de comunicação.
O comandante do Exército acrescentou que “esta Brigada vai receber carros de combate Urutu novos, enquanto os Guaranis não chegam e será contemplada com prioridade também no recebimento de armamento individual novo, equipamentos de comunicação, como estacoes radio e rádios de comunicação individual para que todos sejam interligados”. Ha ainda R$ 41 milhões contingenciados, aguardando a liberação. A prioridade e para a aquisição de produtos nacionais.
Na apresentação para Dilma, o general chamou a atenção que o novo projeto do Exército objetiva proteger 56% da matriz energética do País e, no caso de petróleo e gás, a produção de mais de 20 milhões de metros cúbicos de petróleo e derivados em terra, além de 20 mil quilômetros de dutos em operação e mais de 100 mil quilômetros de linhas de transmissão, sendo que só Itaipu é responsável por 17% da energia elétrica produzida no Brasil.
Alvos.
Mas a proteção se estendera ainda a todos os terminais portuários e aeroportuários, termelétricas e todo tipo de projeto estratégico, estruturas que correspondem a mais de92% do PIB nacional. No total, são 371 locais que precisam ser permanentemente monitorados, 689 considerados de alto relevo e 13.300 classificados como de infraestrutura critica.
Ainda segundo o gerente do Proteger, ha empresas da área de hidrelétricas que já pedem auxílio aos peritos do Exército. “Já é o início do projeto na base de operação”, disse o general.
O emprego da força federal, explicou, sempre ocorrerá após serem esgotados os meios locais, “porque o Exército não vai virar guarda patrimonial”. Antes do emprego federal, comentou, as empresas têm suas seguranças próprias, há os órgãos de segurança pública, e, somente quando esgotados os recursos locais, o Exército estará pronto para entrar imediatamente, por meio da unidade militar mais próxima do empreendimento.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
PROFORÇA-Projeto SISFRON e Defesa Cibernética
Sistema de monitoramento de fronteira vai começar em MS
29/07/2012
Além do Proteger, o Exército dispõe de dois outros projetos estratégicos em adoção que foram apresentados a presidente Dilma Rousseff na reunião da última terça-feira: o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), orçado em R$ 11,9 bilhões e que estará concluído em dez anos, e o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), com custo de R$ 2,3 bilhões, a ser instalado em quatro anos. Todos os projetos funcionam de forma integrada e fazem parte de um total de sete planos estratégicos em desenvolvimento no Exército, com objetivo de ampliar o poder de atuação da Força Terrestre.
Segundo o comandante do Exército, general Enzo Peri, na próxima terça-feira será aberta a licitação do projeto piloto do Sisfrom, a ser instalado em Dourados (MS).O piloto prevê o reforço de 650 quilômetros de fronteiras que dividem Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai. Este ano, serão destinados R$300 milhões ao Sisfrom, sendo R$ 180 milhões para o sistema de radares de Dourados, que deverão ser integrados a outras plataformas de vigilância da região.
Já o CD Ciber, que receberá R$ 120 milhões este ano, passou pelo seu primeiro teste durante a Rio+20. O Brasil, hoje, é o único país da América Latina a contar com um simulador de defesa cibernético.
Sistema de monitoramento de fronteira vai começar em MS
29/07/2012
Além do Proteger, o Exército dispõe de dois outros projetos estratégicos em adoção que foram apresentados a presidente Dilma Rousseff na reunião da última terça-feira: o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), orçado em R$ 11,9 bilhões e que estará concluído em dez anos, e o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), com custo de R$ 2,3 bilhões, a ser instalado em quatro anos. Todos os projetos funcionam de forma integrada e fazem parte de um total de sete planos estratégicos em desenvolvimento no Exército, com objetivo de ampliar o poder de atuação da Força Terrestre.
Segundo o comandante do Exército, general Enzo Peri, na próxima terça-feira será aberta a licitação do projeto piloto do Sisfrom, a ser instalado em Dourados (MS).O piloto prevê o reforço de 650 quilômetros de fronteiras que dividem Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai. Este ano, serão destinados R$300 milhões ao Sisfrom, sendo R$ 180 milhões para o sistema de radares de Dourados, que deverão ser integrados a outras plataformas de vigilância da região.
Já o CD Ciber, que receberá R$ 120 milhões este ano, passou pelo seu primeiro teste durante a Rio+20. O Brasil, hoje, é o único país da América Latina a contar com um simulador de defesa cibernético.
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
Projetos CDCiber-SISFRON-PROTEGER
Projetos apresentados pelo Exército são importantes
Por José Dirceu
O comando do Exército apresentou à presidenta Dilma três projetos necessários ao país: o primeiro, chamado de Sistema Proteger, é voltado para a defesa de hidrelétricas, refinarias e usinas nucleares. O segundo é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e o terceiro é o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber). Os três projetos totalizam investimentos da ordem de R$ 23,83 bi. Com exceção do Sisfron, os outros dois já estão sendo implementados.
Atualização da Resenha Diária 31/07/12 5
Como eu escrevi acima, todos são necessários ao país. O problema que não foi tratado até aqui é que sua implementação exige uma modernização do Exército e do cojunto das Forças Armadas. No caso específico do Exército, implica mudar os objetivos e os currículos dos cursos de formação, desde o de cadetes até os cursos de Estado Maior.
Sem uma mudança dessa natureza continuaremos com um ensino baseado em uma doutrina anterior à redemocratização dos país, voltada para um Exército do século XXI. Ao colocarmos em execução projetos como esses, que exigem Forças Armadas modernas, com um elevado grau de atualização, que trata de cibernética e defesa das fronteiras, certamente haverá um choque com a formação que continua sendo dada, voltada para preparar homens e mulheres de um exército para um país e uma realidade sócio-política que já está superada no tempo.
Os três projetos
O Chamado de Sistema Proteger custará R$ 9,63 bi e será instalado em 12 anos. Seu projeto-piloto foi feito para preservar as instalações da usina hidrelétrica de Itaipu, e também atenderá às subestações e linhas de transmissão do oeste do Paraná. O segundo passo do Proteger é reforçar a vigilância sobre a infraestrutura de empresas estratégicas de São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro, onde estão as refinarias de Paulínia, Duque de Caxias (Reduc) e as Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
O segundo projeto estratégico em adoção, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), está orçado em R$ 11,9 bi e estará concluído em dez anos. Quanto ao Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), o custo de orçado é de R$ 2,3 bi com o prazo de implantação de quatro anos.
Nesta terça (31.7) será aberta a licitação do projeto piloto do Sisfrom, a ser instalado em Dourados (MS), e que prevê o reforço de 650 quilômetros de fronteiras que dividem Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai. Já o CD Ciber, que receberá R$ 120 milhões este ano, passou pelo seu primeiro teste durante a Rio. O Brasil, hoje, é o único país da América Latina a contar com um simulador de defesa cibernético. Por José Dirceu
Projetos apresentados pelo Exército são importantes
Por José Dirceu
O comando do Exército apresentou à presidenta Dilma três projetos necessários ao país: o primeiro, chamado de Sistema Proteger, é voltado para a defesa de hidrelétricas, refinarias e usinas nucleares. O segundo é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e o terceiro é o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber). Os três projetos totalizam investimentos da ordem de R$ 23,83 bi. Com exceção do Sisfron, os outros dois já estão sendo implementados.
Atualização da Resenha Diária 31/07/12 5
Como eu escrevi acima, todos são necessários ao país. O problema que não foi tratado até aqui é que sua implementação exige uma modernização do Exército e do cojunto das Forças Armadas. No caso específico do Exército, implica mudar os objetivos e os currículos dos cursos de formação, desde o de cadetes até os cursos de Estado Maior.
Sem uma mudança dessa natureza continuaremos com um ensino baseado em uma doutrina anterior à redemocratização dos país, voltada para um Exército do século XXI. Ao colocarmos em execução projetos como esses, que exigem Forças Armadas modernas, com um elevado grau de atualização, que trata de cibernética e defesa das fronteiras, certamente haverá um choque com a formação que continua sendo dada, voltada para preparar homens e mulheres de um exército para um país e uma realidade sócio-política que já está superada no tempo.
Os três projetos
O Chamado de Sistema Proteger custará R$ 9,63 bi e será instalado em 12 anos. Seu projeto-piloto foi feito para preservar as instalações da usina hidrelétrica de Itaipu, e também atenderá às subestações e linhas de transmissão do oeste do Paraná. O segundo passo do Proteger é reforçar a vigilância sobre a infraestrutura de empresas estratégicas de São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro, onde estão as refinarias de Paulínia, Duque de Caxias (Reduc) e as Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
O segundo projeto estratégico em adoção, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), está orçado em R$ 11,9 bi e estará concluído em dez anos. Quanto ao Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), o custo de orçado é de R$ 2,3 bi com o prazo de implantação de quatro anos.
Nesta terça (31.7) será aberta a licitação do projeto piloto do Sisfrom, a ser instalado em Dourados (MS), e que prevê o reforço de 650 quilômetros de fronteiras que dividem Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai. Já o CD Ciber, que receberá R$ 120 milhões este ano, passou pelo seu primeiro teste durante a Rio. O Brasil, hoje, é o único país da América Latina a contar com um simulador de defesa cibernético. Por José Dirceu
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
Projetos apresentados pelo Exército são importantes
O comando do Exército apresentou à presidenta Dilma três projetos necessários ao país: o primeiro, chamado de Sistema Proteger, é voltado para a defesa de hidrelétricas, refinarias e usinas nucleares. O segundo é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e o terceiro é o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber). Os três projetos totalizam investimentos da ordem de R$ 23,83 bi. Com exceção do Sisfron, os outros dois já estão sendo implementados.
Como eu escrevi acima, todos são necessários ao país. O problema que não foi tratado até aqui é que sua implementação exige uma modernização do Exército e do cojunto das Forças Armadas. No caso específico do Exército, implica mudar os objetivos e os currículos dos cursos de formação, desde o de cadetes até os cursos de Estado Maior.
Sem uma mudança dessa natureza continuaremos com um ensino baseado em uma doutrina anterior à redemocratização dos país, voltada para um Exército do século XXI. Ao colocarmos em execução projetos como esses, que exigem Forças Armadas modernas, com um elevado grau de atualização, que trata de cibernética e defesa das fronteiras, certamente haverá um choque com a formação que continua sendo dada, voltada para preparar homens e mulheres de um exército para um país e uma realidade sócio-política que já está superada no tempo.
Os três projetos
O Chamado de Sistema Proteger custará R$ 9,63 bi e será instalado em 12 anos. Seu projeto-piloto foi feito para preservar as instalações da usina hidrelétrica de Itaipu, e também atenderá às subestações e linhas de transmissão do oeste do Paraná. O segundo passo do Proteger é reforçar a vigilância sobre a infraestrutura de empresas estratégicas de São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro, onde estão as refinarias de Paulínia, Duque de Caxias (Reduc) e as Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
O segundo projeto estratégico em adoção, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), está orçado em R$ 11,9 bi e estará concluído em dez anos. Quanto ao Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), o custo de orçado é de R$ 2,3 bi com o prazo de implantação de quatro anos.
Nesta terça (31.7) será aberta a licitação do projeto piloto do Sisfrom, a ser instalado em Dourados (MS), e que prevê o reforço de 650 quilômetros de fronteiras que dividem Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai. Já o CD Ciber, que receberá R$ 120 milhões este ano, passou pelo seu primeiro teste durante a Rio. O Brasil, hoje, é o único país da América Latina a contar com um simulador de defesa cibernético.
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O comando do Exército apresentou à presidenta Dilma três projetos necessários ao país: o primeiro, chamado de Sistema Proteger, é voltado para a defesa de hidrelétricas, refinarias e usinas nucleares. O segundo é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e o terceiro é o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber). Os três projetos totalizam investimentos da ordem de R$ 23,83 bi. Com exceção do Sisfron, os outros dois já estão sendo implementados.
Como eu escrevi acima, todos são necessários ao país. O problema que não foi tratado até aqui é que sua implementação exige uma modernização do Exército e do cojunto das Forças Armadas. No caso específico do Exército, implica mudar os objetivos e os currículos dos cursos de formação, desde o de cadetes até os cursos de Estado Maior.
Sem uma mudança dessa natureza continuaremos com um ensino baseado em uma doutrina anterior à redemocratização dos país, voltada para um Exército do século XXI. Ao colocarmos em execução projetos como esses, que exigem Forças Armadas modernas, com um elevado grau de atualização, que trata de cibernética e defesa das fronteiras, certamente haverá um choque com a formação que continua sendo dada, voltada para preparar homens e mulheres de um exército para um país e uma realidade sócio-política que já está superada no tempo.
Os três projetos
O Chamado de Sistema Proteger custará R$ 9,63 bi e será instalado em 12 anos. Seu projeto-piloto foi feito para preservar as instalações da usina hidrelétrica de Itaipu, e também atenderá às subestações e linhas de transmissão do oeste do Paraná. O segundo passo do Proteger é reforçar a vigilância sobre a infraestrutura de empresas estratégicas de São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro, onde estão as refinarias de Paulínia, Duque de Caxias (Reduc) e as Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
O segundo projeto estratégico em adoção, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), está orçado em R$ 11,9 bi e estará concluído em dez anos. Quanto ao Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), o custo de orçado é de R$ 2,3 bi com o prazo de implantação de quatro anos.
Nesta terça (31.7) será aberta a licitação do projeto piloto do Sisfrom, a ser instalado em Dourados (MS), e que prevê o reforço de 650 quilômetros de fronteiras que dividem Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai. Já o CD Ciber, que receberá R$ 120 milhões este ano, passou pelo seu primeiro teste durante a Rio. O Brasil, hoje, é o único país da América Latina a contar com um simulador de defesa cibernético.
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
Pasmem. O GF admite a importância da implementação de três projetos do EB, que custariam aos cofres públicos quase 24 bi de reais. E no entanto, não sabemos até hoje, nem como, quando e de onde virá tal aporte gigantesco de verbas, pois que vivemos imersos numa crise econômica - a dos outros, claro - e dizem, não há verbas para educação, saúde, melhorias de salários para professores e funcionários públicos, melhores hospitais, ou caças, navios, carros de combate ou artilharia de campanha... no entanto para estádios de futebol e outras "coisas importantes" para a construção dos egos palacianos em Brasilia, não faltam. Alias, hoje tem mais um aumento de salários...jauro escreveu:Projetos CDCiber-SISFRON-PROTEGER
Projetos apresentados pelo Exército são importantes
Por José Dirceu
O comando do Exército apresentou à presidenta Dilma três projetos necessários ao país: o primeiro, chamado de Sistema Proteger, é voltado para a defesa de hidrelétricas, refinarias e usinas nucleares. O segundo é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e o terceiro é o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber). Os três projetos totalizam investimentos da ordem de R$ 23,83 bi. Com exceção do Sisfron, os outros dois já estão sendo implementados.
Atualização da Resenha Diária 31/07/12 5
Como eu escrevi acima, todos são necessários ao país. O problema que não foi tratado até aqui é que sua implementação exige uma modernização do Exército e do cojunto das Forças Armadas.
Que tipo de modernização seria, sr Dirceu? Aquela em que se levam anos produzindo três documentos que quando ficam prontos, o máximo para que servem é colocá-los no quadro da parede da sua chefe, no planalto?
No caso específico do Exército, implica mudar os objetivos e os currículos dos cursos de formação, desde o de cadetes até os cursos de Estado Maior.
Que tipo de mudanças seriam, sr Dirceu? Aquelas que transformam o EB em guarda nacional e de fronteiras, ou aquela que critica a autoridade e a hierarquia das ffaa's, fazendo todos quer que devemos ser um "exército de companheiros", ou então a que submete o caráter da qualificação e do mérito pessoal ao do escrutínio político-ideológico?
Sem uma mudança dessa natureza continuaremos com um ensino baseado em uma doutrina anterior à redemocratização dos país, voltada para um Exército do século XXI. Ao colocarmos em execução projetos como esses, que exigem Forças Armadas modernas, com um elevado grau de atualização, que trata de cibernética e defesa das fronteiras, certamente haverá um choque com a formação que continua sendo dada, voltada para preparar homens e mulheres de um exército para um país e uma realidade sócio-política que já está superada no tempo.
Insisto novamente, que tipos de mudanças seriam estas, sr Dirceu? Aquela que considera a doutrina do partido do governo melhor e mais adequada à educação doutrinária militar, forjada nos quarteis, nos campos e nas Escolas de Estado Maior? Ou o fato da existência de um estado democrático de direito já se tornou uma antítese ao doutrinário militar? Democracia não rima com doutrina? É isto? Ou o sr quer nos fazer crer que a democracia é o melhor remédio para "curar" as deficiências de moral e comportamento de nossos militares, que não se deixam comprar pelos dualismos e conveniências da sua doutrina político-ideológica democrática?
Os três projetos
O Chamado de Sistema Proteger custará R$ 9,63 bi e será instalado em 12 anos. Seu projeto-piloto foi feito para preservar as instalações da usina hidrelétrica de Itaipu, e também atenderá às subestações e linhas de transmissão do oeste do Paraná. O segundo passo do Proteger é reforçar a vigilância sobre a infraestrutura de empresas estratégicas de São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro, onde estão as refinarias de Paulínia, Duque de Caxias (Reduc) e as Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
O segundo projeto estratégico em adoção, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), está orçado em R$ 11,9 bi e estará concluído em dez anos. Quanto ao Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), o custo de orçado é de R$ 2,3 bi com o prazo de implantação de quatro anos.
Nesta terça (31.7) será aberta a licitação do projeto piloto do Sisfrom, a ser instalado em Dourados (MS), e que prevê o reforço de 650 quilômetros de fronteiras que dividem Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai. Já o CD Ciber, que receberá R$ 120 milhões este ano, passou pelo seu primeiro teste durante a Rio. O Brasil, hoje, é o único país da América Latina a contar com um simulador de defesa cibernético. Por José Dirceu
para os políticos.
abs
Carpe Diem
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
jauro escreveu:Projetos CDCiber-SISFRON-PROTEGER
Projetos apresentados pelo Exército são importantes
Por José Dirceu
O comando do Exército apresentou à presidenta Dilma três projetos necessários ao país: o primeiro, chamado de Sistema Proteger, é voltado para a defesa de hidrelétricas, refinarias e usinas nucleares. O segundo é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e o terceiro é o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber). Os três projetos totalizam investimentos da ordem de R$ 23,83 bi. Com exceção do Sisfron, os outros dois já estão sendo implementados.
Atualização da Resenha Diária 31/07/12 5
Como eu escrevi acima, todos são necessários ao país. O problema que não foi tratado até aqui é que sua implementação exige uma modernização do Exército e do cojunto das Forças Armadas. No caso específico do Exército, implica mudar os objetivos e os currículos dos cursos de formação, desde o de cadetes até os cursos de Estado Maior.
Sem uma mudança dessa natureza continuaremos com um ensino baseado em uma doutrina anterior à redemocratização dos país, voltada para um Exército do século XXI. Ao colocarmos em execução projetos como esses, que exigem Forças Armadas modernas, com um elevado grau de atualização, que trata de cibernética e defesa das fronteiras, certamente haverá um choque com a formação que continua sendo dada, voltada para preparar homens e mulheres de um exército para um país e uma realidade sócio-política que já está superada no tempo.
Os três projetos
O Chamado de Sistema Proteger custará R$ 9,63 bi e será instalado em 12 anos. Seu projeto-piloto foi feito para preservar as instalações da usina hidrelétrica de Itaipu, e também atenderá às subestações e linhas de transmissão do oeste do Paraná. O segundo passo do Proteger é reforçar a vigilância sobre a infraestrutura de empresas estratégicas de São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro, onde estão as refinarias de Paulínia, Duque de Caxias (Reduc) e as Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
O segundo projeto estratégico em adoção, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), está orçado em R$ 11,9 bi e estará concluído em dez anos. Quanto ao Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), o custo de orçado é de R$ 2,3 bi com o prazo de implantação de quatro anos.
Nesta terça (31.7) será aberta a licitação do projeto piloto do Sisfrom, a ser instalado em Dourados (MS), e que prevê o reforço de 650 quilômetros de fronteiras que dividem Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai. Já o CD Ciber, que receberá R$ 120 milhões este ano, passou pelo seu primeiro teste durante a Rio. O Brasil, hoje, é o único país da América Latina a contar com um simulador de defesa cibernético. Por José Dirceu
Mas do que que esse elemento mensaleiro tá reclamando...
Vai reclamar do FX-2 filho d. *&¨%$$#
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
Seu soubesse que era o Dirceu comentando não teria nem postado noticia deste pustula.
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
Parabéns pelo seu entendimento das colocações deste mentecapto comunistinha de plantão ou democrata de oportunidade. Me solidarizo ao seu pensamento e digo mais:FCarvalho escreveu:Pasmem. O GF admite a importância da implementação de três projetos do EB, que custariam aos cofres públicos quase 24 bi de reais. E no entanto, não sabemos até hoje, nem como, quando e de onde virá tal aporte gigantesco de verbas, pois que vivemos imersos numa crise econômica - a dos outros, claro - e dizem, não há verbas para educação, saúde, melhorias de salários para professores e funcionários públicos, melhores hospitais, ou caças, navios, carros de combate ou artilharia de campanha... no entanto para estádios de futebol e outras "coisas importantes" para a construção dos egos palacianos em Brasilia, não faltam. Alias, hoje tem mais um aumento de salários...jauro escreveu:Projetos CDCiber-SISFRON-PROTEGER
Projetos apresentados pelo Exército são importantes
Por José Dirceu
O comando do Exército apresentou à presidenta Dilma três projetos necessários ao país: o primeiro, chamado de Sistema Proteger, é voltado para a defesa de hidrelétricas, refinarias e usinas nucleares. O segundo é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e o terceiro é o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber). Os três projetos totalizam investimentos da ordem de R$ 23,83 bi. Com exceção do Sisfron, os outros dois já estão sendo implementados.
Atualização da Resenha Diária 31/07/12 5
Como eu escrevi acima, todos são necessários ao país. O problema que não foi tratado até aqui é que sua implementação exige uma modernização do Exército e do cojunto das Forças Armadas.
Que tipo de modernização seria, sr Dirceu? Aquela em que se levam anos produzindo três documentos que quando ficam prontos, o máximo para que servem é colocá-los no quadro da parede da sua chefe, no planalto?
No caso específico do Exército, implica mudar os objetivos e os currículos dos cursos de formação, desde o de cadetes até os cursos de Estado Maior.
Que tipo de mudanças seriam, sr Dirceu? Aquelas que transformam o EB em guarda nacional e de fronteiras, ou aquela que critica a autoridade e a hierarquia das ffaa's, fazendo todos quer que devemos ser um "exército de companheiros", ou então a que submete o caráter da qualificação e do mérito pessoal ao do escrutínio político-ideológico?
Sem uma mudança dessa natureza continuaremos com um ensino baseado em uma doutrina anterior à redemocratização dos país, voltada para um Exército do século XXI. Ao colocarmos em execução projetos como esses, que exigem Forças Armadas modernas, com um elevado grau de atualização, que trata de cibernética e defesa das fronteiras, certamente haverá um choque com a formação que continua sendo dada, voltada para preparar homens e mulheres de um exército para um país e uma realidade sócio-política que já está superada no tempo.
Insisto novamente, que tipos de mudanças seriam estas, sr Dirceu? Aquela que considera a doutrina do partido do governo melhor e mais adequada à educação doutrinária militar, forjada nos quarteis, nos campos e nas Escolas de Estado Maior? Ou o fato da existência de um estado democrático de direito já se tornou uma antítese ao doutrinário militar? Democracia não rima com doutrina? É isto? Ou o sr quer nos fazer crer que a democracia é o melhor remédio para "curar" as deficiências de moral e comportamento de nossos militares, que não se deixam comprar pelos dualismos e conveniências da sua doutrina político-ideológica democrática?
Os três projetos
O Chamado de Sistema Proteger custará R$ 9,63 bi e será instalado em 12 anos. Seu projeto-piloto foi feito para preservar as instalações da usina hidrelétrica de Itaipu, e também atenderá às subestações e linhas de transmissão do oeste do Paraná. O segundo passo do Proteger é reforçar a vigilância sobre a infraestrutura de empresas estratégicas de São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro, onde estão as refinarias de Paulínia, Duque de Caxias (Reduc) e as Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
O segundo projeto estratégico em adoção, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), está orçado em R$ 11,9 bi e estará concluído em dez anos. Quanto ao Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), o custo de orçado é de R$ 2,3 bi com o prazo de implantação de quatro anos.
Nesta terça (31.7) será aberta a licitação do projeto piloto do Sisfrom, a ser instalado em Dourados (MS), e que prevê o reforço de 650 quilômetros de fronteiras que dividem Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai. Já o CD Ciber, que receberá R$ 120 milhões este ano, passou pelo seu primeiro teste durante a Rio. O Brasil, hoje, é o único país da América Latina a contar com um simulador de defesa cibernético. Por José Dirceu
para os políticos.
abs
Não há choque entre os projetos e a doutrina que vem sendo ensinada nas Escolas Militares (AMAN, EsAO e EsCEME), até porque a bagagem de proselitismo de quem implanta os projetos e de quem faz parte do corpo docente das escolas é a mesma, carregada dos mesmos ideais do Exército de Caxias, Osório, Sampaio, Cabrita, e Mallet. Ou ele pensa que uma ou outra parte foi formada em Cuba, na Albânia, no Vietnã, na China, ou na URSS, como ele.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
O que mais me assusta no Brasil deste últimos vinte anos, especialmente de 2003 para cá, não é a politicagem e as ideologices de pessoas, partidos e governos. Pois estas se corrompem facilmente e mudam ao sabor das marés ante os estertores do Estado. Disso já estamos todos fartos de saber, posto que parte da cultura histórica e política nacional. O que me dá mais medo é justamente a falta de idéias e de ideais que as possam combater.jauro escreveu:Parabéns pelo seu entendimento das colocações deste mentecapto comunistinha de plantão ou democrata de oportunidade. Me solidarizo ao seu pensamento e digo mais:
Não há choque entre os projetos e a doutrina que vem sendo ensinada nas Escolas Militares (AMAN, EsAO e EsCEME), até porque a bagagem de proselitismo de quem implanta os projetos e de quem faz parte do corpo docente das escolas é a mesma, carregada dos mesmos ideais do Exército de Caxias, Osório, Sampaio, Cabrita, e Mallet. Ou ele pensa que uma ou outra parte foi formada em Cuba, na Albânia, no Vietnã, na China, ou na URSS, como ele.
Vivemos um momento sintomático em que a sociedade brasileira, embebida e, diria, drogada, nas alvísseras das economia, se esquece, ou quase convenientemente, se aborrece com questões outras que lhe fujam os interesses do proveito da nova vida burguesa.
Enfim, acho que estou ficando velho e rabujento com o passar dos anos e ver que as coisas em que acreditava e ainda acredito são sendo todas postas de lado e/ou relativisadas ao sabor das interpéries da politicagem nacional. E infelizmente, com a aquiescência da dita sociedade civil, que só tem olhos e ouvidos para os próprios bolsos e.... é melhor parar por aqui.
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
2XFCarvalho escreveu:O que mais me assusta no Brasil deste últimos vinte anos, especialmente de 2003 para cá, não é a politicagem e as ideologices de pessoas, partidos e governos. Pois estas se corrompem facilmente e mudam ao sabor das marés ante os estertores do Estado. Disso já estamos todos fartos de saber, posto que parte da cultura histórica e política nacional. O que me dá mais medo é justamente a falta de idéias e de ideais que as possam combater.jauro escreveu:Parabéns pelo seu entendimento das colocações deste mentecapto comunistinha de plantão ou democrata de oportunidade. Me solidarizo ao seu pensamento e digo mais:
Não há choque entre os projetos e a doutrina que vem sendo ensinada nas Escolas Militares (AMAN, EsAO e EsCEME), até porque a bagagem de proselitismo de quem implanta os projetos e de quem faz parte do corpo docente das escolas é a mesma, carregada dos mesmos ideais do Exército de Caxias, Osório, Sampaio, Cabrita, e Mallet. Ou ele pensa que uma ou outra parte foi formada em Cuba, na Albânia, no Vietnã, na China, ou na URSS, como ele.
Vivemos um momento sintomático em que a sociedade brasileira, embebida e, diria, drogada, nas alvísseras das economia, se esquece, ou quase convenientemente, se aborrece com questões outras que lhe fujam os interesses do proveito da nova vida burguesa.
Enfim, acho que estou ficando velho e rabujento com o passar dos anos e ver que as coisas em que acreditava e ainda acredito são sendo todas postas de lado e/ou relativisadas ao sabor das interpéries da politicagem nacional. E infelizmente, com a aquiescência da dita sociedade civil, que só tem olhos e ouvidos para os próprios bolsos e.... é melhor parar por aqui.
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
Concordo em gênero, número e grau...x1000FCarvalho escreveu:O que mais me assusta no Brasil deste últimos vinte anos, especialmente de 2003 para cá, não é a politicagem e as ideologices de pessoas, partidos e governos. Pois estas se corrompem facilmente e mudam ao sabor das marés ante os estertores do Estado. Disso já estamos todos fartos de saber, posto que parte da cultura histórica e política nacional. O que me dá mais medo é justamente a falta de idéias e de ideais que as possam combater.jauro escreveu:Parabéns pelo seu entendimento das colocações deste mentecapto comunistinha de plantão ou democrata de oportunidade. Me solidarizo ao seu pensamento e digo mais:
Não há choque entre os projetos e a doutrina que vem sendo ensinada nas Escolas Militares (AMAN, EsAO e EsCEME), até porque a bagagem de proselitismo de quem implanta os projetos e de quem faz parte do corpo docente das escolas é a mesma, carregada dos mesmos ideais do Exército de Caxias, Osório, Sampaio, Cabrita, e Mallet. Ou ele pensa que uma ou outra parte foi formada em Cuba, na Albânia, no Vietnã, na China, ou na URSS, como ele.
Vivemos um momento sintomático em que a sociedade brasileira, embebida e, diria, drogada, nas alvísseras das economia, se esquece, ou quase convenientemente, se aborrece com questões outras que lhe fujam os interesses do proveito da nova vida burguesa.
Enfim, acho que estou ficando velho e rabujento com o passar dos anos e ver que as coisas em que acreditava e ainda acredito são sendo todas postas de lado e/ou relativisadas ao sabor das interpéries da politicagem nacional. E infelizmente, com a aquiescência da dita sociedade civil, que só tem olhos e ouvidos para os próprios bolsos e.... é melhor parar por aqui.
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
Portal da Globo - G1
'Em transformação', Exército planeja estar totalmente equipado em 10 anos
Recuperação da capacidade operacional custará R$ 11 bilhões até 2022.
Tahiane Stochero
Diante do atual quadro de defasagem, o Exército brasileiro criou plano para total recuperação e modernização de equipamentos e tecnologias em 10 anos, ao custo de R$ 11 bilhões. "O ano de 2022 é considerado um marco temporal para nós. Pretendemos que o processo de recuperação termine até lá", afirma o general Walmir Almada Schneider Filho, que coordena os estudos no alto comando da Força, em Brasília.
O G1 publica, ao longo da semana, uma série de reportagens sobre a situação do Exército brasileiro quatro anos após o lançamento da Estratégia Nacional de Defesa (END), decreto assinado pelo ex-presidente Lula que prevê o reequipamento das Forças Armadas. Foram ouvidos oficiais e praças das mais diversas patentes - da ativa e da reserva -, além de historiadores, professores e especialistas em segurança e defesa. O balanço mostra o que está previsto e o que já foi feito em relação a fronteiras, defesa cibernética, artilharia antiaérea, proteção da Amazônia, defesa de estruturas estratégicas, ações de segurança pública, desenvolvimento de mísseis, atuação em missões de paz, ações antiterrorismo, entre outros pontos considerados fundamentais pelos militares.
Militares em treinamento para situação de confronto
em cidades brasileiras
"E eu não tenho dúvidas que o soldado de 2022 tem que estar muito mais capacitado e estudado para operar toda essa rede de equipamentos e tecnologia avançada que teremos”, projeta o general. Para ele, o Exército está atualmente em um "processo de transformação”.
Para atender aos principais pontos de preocupação elencados pela Estratégia Nacional de Defesa, publicado em 2008, os militares criaram sete grandes projetos: o sistema de monitoramento das fronteiras, a proteção de estruturas estratégicas, a defesa cibernética, a recuperação da capacidade operacional, a defesa antiaérea, o sistema de lançamento de foguetes e mísseis e a substituição dos antigos blindados pelo novo - o Guarani.
“Nos países desenvolvidos, são os princípios e a doutrina que ditam a arma e a tecnologia que o combatente precisa. Aqui, teremos um processo inverso. Nessa primeira fase, vamos fazer a modernização, para recuperarmos a capacidade de operar. Esses novos equipamentos irão fazer com que mudemos nosso modo de ação, nossa visão de emprego. Vamos testar novos conceitos, novas capacidades. E isso nos obrigará a rever nossa doutrina”, afirma Schneider Filho.
Outra ideia do Exército é trocar por militares temporários, até 2030, pelo menos 20 mil oficiais e praças que estão no serviço administrativo. Os novos contratados passarão a realizar tarefas de contabilidade, recursos humanos, administração, jornalismo, entre outros. A contratação de trabalhadores temporários tem como objetivo não impactar os custos do balanço previdenciário da Força. Um projeto piloto já está em execução no Rio de Janeiro.
“Para ganharmos pessoal, vamos primeiro racionalizar dentro do próprio Exército. Tirar homens e mulheres do administrativo e trazer para o combate”, diz o general.
Outra intenção é criar uma "força expedicionária": tropas preparadas permanentemente para atuar em calamidades e emergências humanitárias pelo mundo. "Há uma demanda crescente de militares que estejam prontos para essas situações, que são imprevisíveis", afirma Schneider Filho.
"O que pretendemos é ter tropas adestradas, que ficariam teoricamente hipotecadas. Havendo qualquer problema em qualquer cenário pelo mundo, como terremotos, furacões, incidentes internacionais, temos condições de mandar [ajuda]", diz o general.
Veja abaixo os principais pontos da Estratégia Nacional de Defesa (END) que estão sendo desenvolvidos pelo Exército:
1- Recuperação da capacidade operacional
Propõe que seja comprado um novo fuzil funcional, o IA2, produzido pela empresa brasileira Imbel, que está sendo testado por unidades nas fronteiras. Prevê a modernização de helicópteros e de blindados já existentes, além da aquisição de embarcações, munições, armamentos e equipamentos. Barcos blindados já estão sendo comprados da Colômbia para patrulhar a Amazônia.
2- Defesa cibernética
É competência do Exército desenvolver a proteção cibernética no país, ampliando a capacidade de preservar estruturas estratégicas - como aeroportos e usinas - de ataques. O Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), criado em Brasília há dois anos, receberá em 2012 mais de R$ 120 milhões em recursos.
Durante a Rio+20, realizada em junho, o CDCiber não conseguiu impedir as invasões e a queda de sites do governo. Conforme o Livro Branco, texto que descreve os objetivos da defesa brasileira, o CDCiber ainda precisa de sede definitiva, equipamentos e pessoal capacitado, além de adquirir tecnologias e softwares para a defesa cibernética.
3- Proteger
O plano para proteção de infraestruturas estratégicas de serviços, comunicações, transportes e economia deve ser concluído em 2013. Segundo o Exército, 90% das estruturas estratégicas do país estão em terra, sendo responsáveis por 96% do PIB brasileiro. Militares do Paraná receberão novos equipamentos para proteger a Usina de Itaipu. Também serão levadas para a região da usina as primeiras unidades do novo blindado - o Guarani.
4- Sisfron
O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras pretende monitorar e vigiar as divisas do país em tempo real, além de garantir resposta rápida para qualquer risco. Está atualmente em fase de licitação para a instalação de um piloto, em Mato Grosso do Sul, que será baseado na 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Dourados. O custo total estimado do projeto é de R$ 12 bilhões até 2030.
Em más condições, abrigo para barcos na fronteira
tem danos na estrutura
5- Amazônia
Possui hoje 21 unidades de atuação nas fronteiras do país. A intenção é que outros 28 pelotões sejam construídos até 2030 e que as bases já existentes tenham melhorias em infraestrutura, saneamento e rede de energia, para que os militares possam morar com os familiares. Até o fim de 2012, chegam a Manaus oito novos helicópteros.
6- Defesa antiaérea
Projeto que pretende atualizar o sistema de artilharia está em fase de definição de tecnologia para divulgação às empresas interessadas em participar da licitação. As unidades deverão ser equipadas com modernos meios, sensores e mísseis. O custo deve ficar entre R$ 859,4 milhões e R$ 2 bilhões.
7- Sistema de foguetes Astros II
Busca que o Exército tenha apoio de fogo de elevada capacidade, através do desenvolvimento de um míssil com alcance de até 300 km. Está em fase de acerto de contrato com a Avibras Indústria Aeroespacial e tem prazo médio de cinco anos para entrar em operação.
8- Guarani
Plano quer dotar o Exército de uma nova família de blindados, o Guarani, com mais tecnologia e resistência. A previsão é de que, em 20 anos, sejam comprados 2.040 blindados. O primeiro deles foi entregue em junho.
9- Terrorismo
O Exército possui um único destacamento, localizado em Goiânia, treinado para ações contra o terrorismo. A quantidade de equipamentos para detecção e contenção de armas químicas, nucleares, radiológicas e explosivos também é limitada. Segundo o general Walmir Almada Schneider Filho, do Estado-Maior do Exército, estão sendo adquiridos novos materiais para unidades em Goiás e no Rio de Janeiro. "Estamos trabalhando para ter mais gente capacitada para estes casos. Temos de estar preparados para qualquer ameaça. Há uma gama enorme delas", diz.
10- Missões de paz
Um centro de preparação das tropas para missões de paz foi criado no Rio de Janeiro para treinamento conjunto com a Marinha e a Aeronáutica. O Exército possui, atualmente, militares em 11 operações de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo a maior delas no Haiti, onde estão 1.900 soldados. Cinco oficiais fazem parte da missão de observadores do cessar-fogo na Síria.
11- Ações subsidiárias
Os militares brasileiros têm atuado cada vez em ações civis, no apoio em enchentes, em calamidades públicas, no combate à dengue e à febre aftosa. Segundo o Exército, "a demanda dos órgãos da administração pública aumentou", em especial para logística - transporte, alojamento, segurança e comunicações - e para campanhas de vacinação e sanitárias. "O Exército tem a obrigação de executar estas atividades quando houver interesse nacional", disse, em nota, a Força.
Sobre o uso de engenharia militar para construção de aeroportos e estradas, o Exército afirma que não trabalha como "balizador de preços da construção civil" e que as ações servem para instrução e preparação dos soldados.
12- Serviço militar obrigatório
A Estratégia Nacional de Defesa prevê que o serviço militar obrigatório seja realmente "obrigatório" e que, devido ao grande número de jovens dispensados anualmente da prestação, deveria ser criada uma espécie de serviço civil obrigatório. Segundo o Exército, os projetos para mudança ainda estão em tramitação no Ministério da Defesa e não há conclusão sobre o tema.
13 - Valorização profissional
As Forças Armadas apresentaram em março à Presidência uma proposta de reajuste do salário dos militares, que reclamam da defasagem. A última mudança no soldo-base do Exército foi estabelecida pela Lei nº 11.784, de 2008, e previa o reajuste até 1º de julho de 2010. O soldo do soldado recruta, por exemplo, é de R$ 492. Sargento recebe R$ 2.268, e segundo tenente ganha R$ 4.590. A remuneração mensal é formada, além do solto, por outros adicionais, como tempo de serviço, cursos, local de atuação e habilitações.
Livro Branco de Defesa Nacional apresenta os sete
projetos prioritários do Exército
'Em transformação', Exército planeja estar totalmente equipado em 10 anos
Recuperação da capacidade operacional custará R$ 11 bilhões até 2022.
Tahiane Stochero
Diante do atual quadro de defasagem, o Exército brasileiro criou plano para total recuperação e modernização de equipamentos e tecnologias em 10 anos, ao custo de R$ 11 bilhões. "O ano de 2022 é considerado um marco temporal para nós. Pretendemos que o processo de recuperação termine até lá", afirma o general Walmir Almada Schneider Filho, que coordena os estudos no alto comando da Força, em Brasília.
O G1 publica, ao longo da semana, uma série de reportagens sobre a situação do Exército brasileiro quatro anos após o lançamento da Estratégia Nacional de Defesa (END), decreto assinado pelo ex-presidente Lula que prevê o reequipamento das Forças Armadas. Foram ouvidos oficiais e praças das mais diversas patentes - da ativa e da reserva -, além de historiadores, professores e especialistas em segurança e defesa. O balanço mostra o que está previsto e o que já foi feito em relação a fronteiras, defesa cibernética, artilharia antiaérea, proteção da Amazônia, defesa de estruturas estratégicas, ações de segurança pública, desenvolvimento de mísseis, atuação em missões de paz, ações antiterrorismo, entre outros pontos considerados fundamentais pelos militares.
Militares em treinamento para situação de confronto
em cidades brasileiras
"E eu não tenho dúvidas que o soldado de 2022 tem que estar muito mais capacitado e estudado para operar toda essa rede de equipamentos e tecnologia avançada que teremos”, projeta o general. Para ele, o Exército está atualmente em um "processo de transformação”.
Para atender aos principais pontos de preocupação elencados pela Estratégia Nacional de Defesa, publicado em 2008, os militares criaram sete grandes projetos: o sistema de monitoramento das fronteiras, a proteção de estruturas estratégicas, a defesa cibernética, a recuperação da capacidade operacional, a defesa antiaérea, o sistema de lançamento de foguetes e mísseis e a substituição dos antigos blindados pelo novo - o Guarani.
“Nos países desenvolvidos, são os princípios e a doutrina que ditam a arma e a tecnologia que o combatente precisa. Aqui, teremos um processo inverso. Nessa primeira fase, vamos fazer a modernização, para recuperarmos a capacidade de operar. Esses novos equipamentos irão fazer com que mudemos nosso modo de ação, nossa visão de emprego. Vamos testar novos conceitos, novas capacidades. E isso nos obrigará a rever nossa doutrina”, afirma Schneider Filho.
Outra ideia do Exército é trocar por militares temporários, até 2030, pelo menos 20 mil oficiais e praças que estão no serviço administrativo. Os novos contratados passarão a realizar tarefas de contabilidade, recursos humanos, administração, jornalismo, entre outros. A contratação de trabalhadores temporários tem como objetivo não impactar os custos do balanço previdenciário da Força. Um projeto piloto já está em execução no Rio de Janeiro.
“Para ganharmos pessoal, vamos primeiro racionalizar dentro do próprio Exército. Tirar homens e mulheres do administrativo e trazer para o combate”, diz o general.
Outra intenção é criar uma "força expedicionária": tropas preparadas permanentemente para atuar em calamidades e emergências humanitárias pelo mundo. "Há uma demanda crescente de militares que estejam prontos para essas situações, que são imprevisíveis", afirma Schneider Filho.
"O que pretendemos é ter tropas adestradas, que ficariam teoricamente hipotecadas. Havendo qualquer problema em qualquer cenário pelo mundo, como terremotos, furacões, incidentes internacionais, temos condições de mandar [ajuda]", diz o general.
Veja abaixo os principais pontos da Estratégia Nacional de Defesa (END) que estão sendo desenvolvidos pelo Exército:
1- Recuperação da capacidade operacional
Propõe que seja comprado um novo fuzil funcional, o IA2, produzido pela empresa brasileira Imbel, que está sendo testado por unidades nas fronteiras. Prevê a modernização de helicópteros e de blindados já existentes, além da aquisição de embarcações, munições, armamentos e equipamentos. Barcos blindados já estão sendo comprados da Colômbia para patrulhar a Amazônia.
2- Defesa cibernética
É competência do Exército desenvolver a proteção cibernética no país, ampliando a capacidade de preservar estruturas estratégicas - como aeroportos e usinas - de ataques. O Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), criado em Brasília há dois anos, receberá em 2012 mais de R$ 120 milhões em recursos.
Durante a Rio+20, realizada em junho, o CDCiber não conseguiu impedir as invasões e a queda de sites do governo. Conforme o Livro Branco, texto que descreve os objetivos da defesa brasileira, o CDCiber ainda precisa de sede definitiva, equipamentos e pessoal capacitado, além de adquirir tecnologias e softwares para a defesa cibernética.
3- Proteger
O plano para proteção de infraestruturas estratégicas de serviços, comunicações, transportes e economia deve ser concluído em 2013. Segundo o Exército, 90% das estruturas estratégicas do país estão em terra, sendo responsáveis por 96% do PIB brasileiro. Militares do Paraná receberão novos equipamentos para proteger a Usina de Itaipu. Também serão levadas para a região da usina as primeiras unidades do novo blindado - o Guarani.
4- Sisfron
O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras pretende monitorar e vigiar as divisas do país em tempo real, além de garantir resposta rápida para qualquer risco. Está atualmente em fase de licitação para a instalação de um piloto, em Mato Grosso do Sul, que será baseado na 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Dourados. O custo total estimado do projeto é de R$ 12 bilhões até 2030.
Em más condições, abrigo para barcos na fronteira
tem danos na estrutura
5- Amazônia
Possui hoje 21 unidades de atuação nas fronteiras do país. A intenção é que outros 28 pelotões sejam construídos até 2030 e que as bases já existentes tenham melhorias em infraestrutura, saneamento e rede de energia, para que os militares possam morar com os familiares. Até o fim de 2012, chegam a Manaus oito novos helicópteros.
6- Defesa antiaérea
Projeto que pretende atualizar o sistema de artilharia está em fase de definição de tecnologia para divulgação às empresas interessadas em participar da licitação. As unidades deverão ser equipadas com modernos meios, sensores e mísseis. O custo deve ficar entre R$ 859,4 milhões e R$ 2 bilhões.
7- Sistema de foguetes Astros II
Busca que o Exército tenha apoio de fogo de elevada capacidade, através do desenvolvimento de um míssil com alcance de até 300 km. Está em fase de acerto de contrato com a Avibras Indústria Aeroespacial e tem prazo médio de cinco anos para entrar em operação.
8- Guarani
Plano quer dotar o Exército de uma nova família de blindados, o Guarani, com mais tecnologia e resistência. A previsão é de que, em 20 anos, sejam comprados 2.040 blindados. O primeiro deles foi entregue em junho.
9- Terrorismo
O Exército possui um único destacamento, localizado em Goiânia, treinado para ações contra o terrorismo. A quantidade de equipamentos para detecção e contenção de armas químicas, nucleares, radiológicas e explosivos também é limitada. Segundo o general Walmir Almada Schneider Filho, do Estado-Maior do Exército, estão sendo adquiridos novos materiais para unidades em Goiás e no Rio de Janeiro. "Estamos trabalhando para ter mais gente capacitada para estes casos. Temos de estar preparados para qualquer ameaça. Há uma gama enorme delas", diz.
10- Missões de paz
Um centro de preparação das tropas para missões de paz foi criado no Rio de Janeiro para treinamento conjunto com a Marinha e a Aeronáutica. O Exército possui, atualmente, militares em 11 operações de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo a maior delas no Haiti, onde estão 1.900 soldados. Cinco oficiais fazem parte da missão de observadores do cessar-fogo na Síria.
11- Ações subsidiárias
Os militares brasileiros têm atuado cada vez em ações civis, no apoio em enchentes, em calamidades públicas, no combate à dengue e à febre aftosa. Segundo o Exército, "a demanda dos órgãos da administração pública aumentou", em especial para logística - transporte, alojamento, segurança e comunicações - e para campanhas de vacinação e sanitárias. "O Exército tem a obrigação de executar estas atividades quando houver interesse nacional", disse, em nota, a Força.
Sobre o uso de engenharia militar para construção de aeroportos e estradas, o Exército afirma que não trabalha como "balizador de preços da construção civil" e que as ações servem para instrução e preparação dos soldados.
12- Serviço militar obrigatório
A Estratégia Nacional de Defesa prevê que o serviço militar obrigatório seja realmente "obrigatório" e que, devido ao grande número de jovens dispensados anualmente da prestação, deveria ser criada uma espécie de serviço civil obrigatório. Segundo o Exército, os projetos para mudança ainda estão em tramitação no Ministério da Defesa e não há conclusão sobre o tema.
13 - Valorização profissional
As Forças Armadas apresentaram em março à Presidência uma proposta de reajuste do salário dos militares, que reclamam da defasagem. A última mudança no soldo-base do Exército foi estabelecida pela Lei nº 11.784, de 2008, e previa o reajuste até 1º de julho de 2010. O soldo do soldado recruta, por exemplo, é de R$ 492. Sargento recebe R$ 2.268, e segundo tenente ganha R$ 4.590. A remuneração mensal é formada, além do solto, por outros adicionais, como tempo de serviço, cursos, local de atuação e habilitações.
Livro Branco de Defesa Nacional apresenta os sete
projetos prioritários do Exército
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- FCarvalho
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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército
Uma dúvida: é para rir ou para chorar?Marino escreveu:Portal da Globo - G1
'Em transformação', Exército planeja estar totalmente equipado em 10 anos
Recuperação da capacidade operacional custará R$ 11 bilhões até 2022.
Tahiane Stochero
Um fato: não foi definido até hoje, e nem o será, em lei, quais as fontes e a segurança fiscal, econômica e orçamentária com que o GF financiará estes projetos. Dito isso, conclui-se que não há e nem haverá verbas orçamentárias comprometidas com nenhum destes projetos.
Uma possível contradição: MB e FAB tem planos para vinte a trinta anos de reequipamento. Como o EB espera "transformar-se" e uma mera década?
abs.
Carpe Diem