Operações Policiais e Militares
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Re: Operações Policiais e Militares
O Estado agindo igual os bandidos. Que beleza. Show!
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Operações Policiais e Militares
Pra mim, são burros....ou ainda não descobriram que qualquer idiota tem um celular com câmera?
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Re: Operações Policiais e Militares
Só sendo vigiado/filmado pra brasileiro fazer alguma coisa do jeito certo... E se não funcionar, é só ameçar colocar no youtube que a conversa muda na hora ou então você leva um soco, e se for PM, te prende por "desacato".Matheus escreveu:Pra mim, são burros....ou ainda não descobriram que qualquer idiota tem um celular com câmera?
abraços]
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Re: Operações Policiais e Militares
Por que generalizar desse jeito?!Brasileiro escreveu:Só sendo vigiado/filmado pra brasileiro fazer alguma coisa do jeito certo... E se não funcionar, é só ameçar colocar no youtube que a conversa muda na hora ou então você leva um soco, e se for PM, te prende por "desacato".Matheus escreveu:Pra mim, são burros....ou ainda não descobriram que qualquer idiota tem um celular com câmera?
abraços]
É o mesmo que falar que todo policial é corrupto e só age corretamente quando teme ser descoberto.
Sai na minha viatura amanhã... tire suas próprias conclusões sobre o trabalho policial, não forme sua opinião apenas pelo que sai nos jornais que precisam vender.
- Brasileiro
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Re: Operações Policiais e Militares
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noti ... e-upp.htmlConselho diz ter relatos de supostos sequestros feitos por policiais de UPP
Segundo conselho de direitos humanos, são três casos no Alemão.
Assessoria da UPP diz que só se manifesta após formalização da denúncia.
Um novo caso de abuso policial está sendo apurado pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro (CEDDH-RJ). O conselho foi informado por moradores do Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, sobre sequestros realizados por homens da Unidade de Polícia Pacificadora da Fazendinha e que, segundo relato de um morador, pode ter tido o envolvimento do comando local da UPP. Nos últimos dias, três sequestros teriam ocorrido na comunidade, sendo o último nesta segunda-feira (30).
O CEDDH-RJ, vinculado à Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), já tinha encaminhado nesta terça-feira (31) à Secretaria de Segurança documento com outros 13 relatos de abuso policial, 11 deles em áreas pacificadas. Nesse relatório, não estão incluídos os três casos do Alemão porque, até agora, não houve denúncia formalizada. “Tivemos relatos detalhados de todos os casos, mas as vítimas têm muito medo de morrer”, afirmou a conselheira Márcia Honorato.
Segundo o conselho, o caso mais recente é o de um rapaz de 28 anos que diz ter sido sequestrado. Ele tem antecedentes criminais por roubo, cumpriu pena e agora está em liberdade. Ele contou ao G1 que foi levado por policiais da UPP por volta das 14h, com pedido de R$ 10 mil de resgate. O jovem teria sido libertado após amigos conseguirem R$ 7 mil. O restante teria sido completado com um aparelho de som.
Segundo ele, os policiais o levaram até o alto do morro e o ameaçaram. “Eles me mostraram um caderno de anotação do tráfico e disseram que era meu. Mas a grafia não é minha”, afirmou o jovem, que disse ter pago o resgate por medo de morrer. “Agora quero recuperar o dinheiro e pagar os meus amigos, para não ficar devendo a ninguém”, declarou.
Dois integrantes do CEDDH-RJ e um da ONG Rede Contra a Violência estiveram nesta segunda no Alemão acompanhando o desfecho do caso. Agora, preparam um relatório para encaminhar à Secretaria de Segurança.
O CEDDH-RJ afirma que nos últimos dias ainda houve dois outros sequestros no local: um envolvendo um traficante e outro em que a vítima foi o tio de um integrante do tráfico. Em ambos os casos o resgate teria sido pago aos policiais da UPP. O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Rio é formado por representantes do Poder Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Poder Legislativo e da sociedade civil organizada. Seus membros são eleitos por um período de dois anos.
O que diz o comando da UPP
A assessoria da comando da UPP informou ao G1 que só vai se pronunciar depois de receber formalmente a denúncia. A assessoria acrescentou que não pode responder com base no relato da imprensa.
O Alemão foi ocupado por forças de pacificação desde o fim de 2010. As duas primeiras UPPs inauguradas foram as da Fazendinha e de Nova Brasília, em abril de 2012. A PM já substituiu o Exército e hoje ocupa todo o conjunto de favelas.
Quando eu li os comentários e vi que o pessoal estava mais preocupado com a maneira de como um favelado conseguiu tirar 10 mil reais para pagar a liberação do que com o próprio fato de policiais militares terem cobrado este dinheiro para terminar um sequestro...... Eu pensei..
Meu Jesus amado....
abraços]
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Re: Operações Policiais e Militares
Olha so que gracina, vamo passa a maozinha na cabeça desses pobres coitados==>
PCC - Novo estatuto sela lei da vingança
Circula desde o final de agosto entre integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), principal organização criminosa do Estado de São Paulo, um novo estatuto com as regras de comportamento e atuação do grupo.
Mais elaborado que o documento anterior, a nova "bíblia" da facção é composta por 18 artigos, sendo o último deles específico sobre vinganças contra policiais que ajam contra integrantes da organização. "Todo integrante tem o dever de agir com serenidade em cima de opressões, assassinatos e covardias realizadas por agentes penitenciários, policiais civis e militares e contra a máquina opressora do Estado", diz o documento. "Vida se paga com vida e sangue se paga com sangue", segue o aviso que pede "resposta à altura do crime".
Em sua introdução, o documento traz uma avaliação da atuação do PCC no Estado nos últimos 17 anos. "Nós revolucionamos o crime impondo através de nossa união e força (...) Nossa responsabilidade se torna cada vez maior, porque somos o exemplo a ser seguido".
O sexto artigo diz quem pode ou não participar do PCC. "O comando não admite, entre seus integrantes, estupradores, homossexualismo [sic], pedofilia, caguetagem, (...) calúnias e outros atos que ferem a ética do crime".
Em várias passagens, o documento lembra aos participantes da facção, em especial aos que não estiverem presos, seu dever em ajudar no custeio do grupo. "Os resultados desse trabalho serão empregados em pagamentos de despesas com defensores (advogados), ajuda para as trancas, cestas básicas, ajuda financeira para familiares de finados que perderam a vida em prol da nossa causa (...), auxílio para doentes com custos de remédios, atendimento de médicos particulares e, principalmente, na estrutura da luta contra nossos inimigos".
Integrantes que demonstrem desinteresse ou que pretendam deixar a facção serão, diz o documento, serão avaliados pelos chefes do PCC. "Se constado que o mesmo agiu de oportunismo, poderá ser visto como traidor. E o preço da traição é a morte", diz o nono artigo.
http://www.defesanet.com.br/mout/notici ... -vinganca-
PCC - Novo estatuto sela lei da vingança
Circula desde o final de agosto entre integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), principal organização criminosa do Estado de São Paulo, um novo estatuto com as regras de comportamento e atuação do grupo.
Mais elaborado que o documento anterior, a nova "bíblia" da facção é composta por 18 artigos, sendo o último deles específico sobre vinganças contra policiais que ajam contra integrantes da organização. "Todo integrante tem o dever de agir com serenidade em cima de opressões, assassinatos e covardias realizadas por agentes penitenciários, policiais civis e militares e contra a máquina opressora do Estado", diz o documento. "Vida se paga com vida e sangue se paga com sangue", segue o aviso que pede "resposta à altura do crime".
Em sua introdução, o documento traz uma avaliação da atuação do PCC no Estado nos últimos 17 anos. "Nós revolucionamos o crime impondo através de nossa união e força (...) Nossa responsabilidade se torna cada vez maior, porque somos o exemplo a ser seguido".
O sexto artigo diz quem pode ou não participar do PCC. "O comando não admite, entre seus integrantes, estupradores, homossexualismo [sic], pedofilia, caguetagem, (...) calúnias e outros atos que ferem a ética do crime".
Em várias passagens, o documento lembra aos participantes da facção, em especial aos que não estiverem presos, seu dever em ajudar no custeio do grupo. "Os resultados desse trabalho serão empregados em pagamentos de despesas com defensores (advogados), ajuda para as trancas, cestas básicas, ajuda financeira para familiares de finados que perderam a vida em prol da nossa causa (...), auxílio para doentes com custos de remédios, atendimento de médicos particulares e, principalmente, na estrutura da luta contra nossos inimigos".
Integrantes que demonstrem desinteresse ou que pretendam deixar a facção serão, diz o documento, serão avaliados pelos chefes do PCC. "Se constado que o mesmo agiu de oportunismo, poderá ser visto como traidor. E o preço da traição é a morte", diz o nono artigo.
http://www.defesanet.com.br/mout/notici ... -vinganca-
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Re: Operações Policiais e Militares
Mas o PCC é obviamente um exemplo a ser seguido. Como organização, é genial, deveriam ganhar algum nobel. Não há UMA favela de São Paulo que não seja uma capilaridade de toda a rede do PCC. Se quiserem repetir aquela semana de terror em 2006, será algo até maior.
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Operações Policiais e Militares
Denúncia de crime bárbaro de pedofilia, cometido pelo próprio pai, com cumplicidade da mãe e suposto acobertamento da justiça:
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Re: Operações Policiais e Militares
Parabéns a ROTA.
Rota mata 3 em roubo à casa de coronel da PM em SP
Refém de três criminosos fortemente armados na garagem da própria casa, na Rua Almirante Inhaúma, no Alto da Lapa, zona oeste de São Paulo, o coronel reformado da Polícia Militar (PM) A.B.Z conseguiu avisar a mulher de que era alvo de uma tentativa de assalto. Policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foram chamados, houve troca de tiros, segundo a Rota, e três suspeitos acabaram mortos na noite desta quarta-feira.
O capitão Carvalho, da Rota, contou que ao chegar em casa de carro, por volta das 22h45, o coronel foi abordado por três criminosos encapuzados e armados com pistolas, revólveres e metralhadora. Os bandidos mandaram que ele abrisse a porta, trancada, mas o PM respondeu que apenas a esposa possuía a chave - ele deixou a sua no carro e disse aos assaltantes que estava sem. Teria então sido agredido a coronhadas, socos e pontapés.
O coronel bateu na porta de uma forma diferente, chamando a atenção da mulher, que estava na residência com o filho. Policiais da Rota foram chamados e cercaram a casa. De acordo com Carvalho houve uma tentativa de negociação, mas os bandidos teriam atirado contra os policiais.
Os PMs revidaram e no meio do tiroteio o coronel entrou na casa pela porta aberta pela esposa. Os três assaltantes foram baleados, um deles já dentro do hall da residência. Socorridos no pronto-socorro da Lapa, acabaram morrendo.
A PM disse ter apreendido duas pistolas, uma de calibre 380 e outra 9 mm, um revólver calibre 38 e uma metralhadora 9 mm. Um Peugeot 207 roubado em Osasco e com placa clonada, usado pelo grupo, também foi apreendido. Segundo a Polícia Civil, um quarto integrante do bando teria fugido. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Rota mata 3 em roubo à casa de coronel da PM em SP
Refém de três criminosos fortemente armados na garagem da própria casa, na Rua Almirante Inhaúma, no Alto da Lapa, zona oeste de São Paulo, o coronel reformado da Polícia Militar (PM) A.B.Z conseguiu avisar a mulher de que era alvo de uma tentativa de assalto. Policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foram chamados, houve troca de tiros, segundo a Rota, e três suspeitos acabaram mortos na noite desta quarta-feira.
O capitão Carvalho, da Rota, contou que ao chegar em casa de carro, por volta das 22h45, o coronel foi abordado por três criminosos encapuzados e armados com pistolas, revólveres e metralhadora. Os bandidos mandaram que ele abrisse a porta, trancada, mas o PM respondeu que apenas a esposa possuía a chave - ele deixou a sua no carro e disse aos assaltantes que estava sem. Teria então sido agredido a coronhadas, socos e pontapés.
O coronel bateu na porta de uma forma diferente, chamando a atenção da mulher, que estava na residência com o filho. Policiais da Rota foram chamados e cercaram a casa. De acordo com Carvalho houve uma tentativa de negociação, mas os bandidos teriam atirado contra os policiais.
Os PMs revidaram e no meio do tiroteio o coronel entrou na casa pela porta aberta pela esposa. Os três assaltantes foram baleados, um deles já dentro do hall da residência. Socorridos no pronto-socorro da Lapa, acabaram morrendo.
A PM disse ter apreendido duas pistolas, uma de calibre 380 e outra 9 mm, um revólver calibre 38 e uma metralhadora 9 mm. Um Peugeot 207 roubado em Osasco e com placa clonada, usado pelo grupo, também foi apreendido. Segundo a Polícia Civil, um quarto integrante do bando teria fugido. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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Re: Operações Policiais e Militares
Ótimo, bom resultado.
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Re: Operações Policiais e Militares
Careca após químio, homem é confundido com criminoso em SP
LAURA CAPRIGLIONE
JOEL SILVA
DE SÃO PAULO
O fotógrafo Lecio Panobianco Jr., 52, denuncia que, na última segunda-feira, foi obrigado por soldados do Tático Móvel da PM a passar duas horas em pé na avenida Sapopemba (zona leste de São Paulo), diante de seus vizinhos e, segundo ele, com uma submetralhadora apontada para o abdome, sendo xingado aos gritos de "ladrão sem vergonha", "careca safado", "vagabundo" e "cara de quem não vale nada".
O detalhe é que que Panobianco tem um câncer grave na região inguinal. Por causa disso, enfrenta agora a terceira temporada de quimioterapia, na tentativa de reduzir a velocidade de crescimento de um tumor invasivo. Ainda terá de enfrentar uma cirurgia. Tem aspecto doentio, perdeu os cabelos, está fraco.
"Eu sinto muito frio na cabeça, por isso ando sempre de gorro. Percebi que o tenente não gostou da minha aparência. Até reconheço que pareço um dependente, um drogado. Mas minha droga é a quimioterapia", disse.
O fotógrafo tentou esclarecer os policiais sobre a doença. "Foda-se você e sua quimioterapia", respondeu-lhe um tenente, afirma ele.
A abordagem da PM foi motivada pela denúncia de uma mulher. Ela e o marido estacionaram o automóvel Gol em que se encontravam na avenida Sapopemba e separaram-se. Ela dirigiu-se ao supermercado Da Praça, enquanto o marido foi a outras lojas na própria avenida.
Quando saía com as compras, a mulher viu um estranho dentro do seu carro. Correu para chamar o marido. A polícia foi acionada. Quatro carros da Força Tática chegaram ao local, exatamente quando Panobianco, que é vizinho do supermercado, conversava com um pedreiro. A mulher apontou para o fotógrafo e disse: "Foi ele".
Os policiais não perguntaram seu nome e não fizeram verificação de antecedentes.
Funcionários do supermercado e de uma loja de rações animais ao lado tentavam avisar aos PMs de que a denúncia não passava de um engano, que Panobianco era pessoa "de bem", "não é quem vocês estão pensando", mas eles não aliviaram.
Quando tentava falar com os policiais, o fotógrafo tinha de, antes de cada frase, chamá-los de "senhores". O tenente, segundo ele, ainda disse: "Cala a boca. Se eu te levar daqui vai ser muito pior".
Um segurança do Da Praça disse à Folha que foi falar com os policiais, alegando que "bandido nenhum tentaria roubar um carro e depois ficaria por ali, dando bobeira". Sem sucesso.
Foi só quando, enfim, a mulher admitiu que não tinha certeza da sua acusação, que os policiais chamaram o Copom e fizeram a pesquisa sobre antecedentes: "Deu nada consta", lembra o segurança. Soltaram o fotógrafo.
"Não recebi nenhum pedido de desculpas. O sargento mais uma vez me chamou de 'careca vagabundo', mandou eu pegar o gorro no chão e me dispensou", lembra.
Panobianco ainda não foi à Corregedoria por causa do seu estado de saúde. Pretende fazê-lo. "Me senti como um judeu atacado por soldados da SS. Mas eu não tenho mais nada a perder. Cansei de ficar calado", disse.
O fotógrafo Lecio Panobianco Jr., confundido com bandidos
OUTRO LADO
A Folha procurou a Polícia Militar para que comentasse a denúncia feita pelo fotógrafo Lecio Panobianco.
Por e-mail, o Comando da corporação disse que a Corregedoria da PM "vai averiguar a veracidade dessa denúncia", mediante "apuração rigorosa e imparcial, peculiar à Corregedoria".
"Não compactuamos com qualquer tipo de irregularidade praticada por nosso efetivo", afirmou a mensagem. Segundo o Comando, "comprovada a versão, as ações dos PMs serão devidamente apuradas e, caso confirmadas, os mesmos serão devidamente responsabilizados".
A PM disse que possui procedimentos operacionais padronizados para a abordagem de suspeitos. E explicou: "Além de técnicos e táticos, é de fundamental importância que seja usada a energia necessária para que a pessoa cumpra a ordem legal, sem cometer excesso e abusos".
Ressaltou que "a educação é fundamental nesse contexto, já que a abordagem é um momento crítico tanto para a pessoa alvo da ação como para o próprio policial militar".
A PM afirmou ainda que, além de encaminhar a denúncia à Corregedoria, oferecerá "suporte ao reclamante" para que ele "oficialize o fato".
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... m-sp.shtml
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O fotógrafo Lecio Panobianco Jr., 52, denuncia que, na última segunda-feira, foi obrigado por soldados do Tático Móvel da PM a passar duas horas em pé na avenida Sapopemba (zona leste de São Paulo), diante de seus vizinhos e, segundo ele, com uma submetralhadora apontada para o abdome, sendo xingado aos gritos de "ladrão sem vergonha", "careca safado", "vagabundo" e "cara de quem não vale nada".
O detalhe é que que Panobianco tem um câncer grave na região inguinal. Por causa disso, enfrenta agora a terceira temporada de quimioterapia, na tentativa de reduzir a velocidade de crescimento de um tumor invasivo. Ainda terá de enfrentar uma cirurgia. Tem aspecto doentio, perdeu os cabelos, está fraco.
"Eu sinto muito frio na cabeça, por isso ando sempre de gorro. Percebi que o tenente não gostou da minha aparência. Até reconheço que pareço um dependente, um drogado. Mas minha droga é a quimioterapia", disse.
O fotógrafo tentou esclarecer os policiais sobre a doença. "Foda-se você e sua quimioterapia", respondeu-lhe um tenente, afirma ele.
A abordagem da PM foi motivada pela denúncia de uma mulher. Ela e o marido estacionaram o automóvel Gol em que se encontravam na avenida Sapopemba e separaram-se. Ela dirigiu-se ao supermercado Da Praça, enquanto o marido foi a outras lojas na própria avenida.
Quando saía com as compras, a mulher viu um estranho dentro do seu carro. Correu para chamar o marido. A polícia foi acionada. Quatro carros da Força Tática chegaram ao local, exatamente quando Panobianco, que é vizinho do supermercado, conversava com um pedreiro. A mulher apontou para o fotógrafo e disse: "Foi ele".
Os policiais não perguntaram seu nome e não fizeram verificação de antecedentes.
Funcionários do supermercado e de uma loja de rações animais ao lado tentavam avisar aos PMs de que a denúncia não passava de um engano, que Panobianco era pessoa "de bem", "não é quem vocês estão pensando", mas eles não aliviaram.
Quando tentava falar com os policiais, o fotógrafo tinha de, antes de cada frase, chamá-los de "senhores". O tenente, segundo ele, ainda disse: "Cala a boca. Se eu te levar daqui vai ser muito pior".
Um segurança do Da Praça disse à Folha que foi falar com os policiais, alegando que "bandido nenhum tentaria roubar um carro e depois ficaria por ali, dando bobeira". Sem sucesso.
Foi só quando, enfim, a mulher admitiu que não tinha certeza da sua acusação, que os policiais chamaram o Copom e fizeram a pesquisa sobre antecedentes: "Deu nada consta", lembra o segurança. Soltaram o fotógrafo.
"Não recebi nenhum pedido de desculpas. O sargento mais uma vez me chamou de 'careca vagabundo', mandou eu pegar o gorro no chão e me dispensou", lembra.
Panobianco ainda não foi à Corregedoria por causa do seu estado de saúde. Pretende fazê-lo. "Me senti como um judeu atacado por soldados da SS. Mas eu não tenho mais nada a perder. Cansei de ficar calado", disse.
O fotógrafo Lecio Panobianco Jr., confundido com bandidos
OUTRO LADO
A Folha procurou a Polícia Militar para que comentasse a denúncia feita pelo fotógrafo Lecio Panobianco.
Por e-mail, o Comando da corporação disse que a Corregedoria da PM "vai averiguar a veracidade dessa denúncia", mediante "apuração rigorosa e imparcial, peculiar à Corregedoria".
"Não compactuamos com qualquer tipo de irregularidade praticada por nosso efetivo", afirmou a mensagem. Segundo o Comando, "comprovada a versão, as ações dos PMs serão devidamente apuradas e, caso confirmadas, os mesmos serão devidamente responsabilizados".
A PM disse que possui procedimentos operacionais padronizados para a abordagem de suspeitos. E explicou: "Além de técnicos e táticos, é de fundamental importância que seja usada a energia necessária para que a pessoa cumpra a ordem legal, sem cometer excesso e abusos".
Ressaltou que "a educação é fundamental nesse contexto, já que a abordagem é um momento crítico tanto para a pessoa alvo da ação como para o próprio policial militar".
A PM afirmou ainda que, além de encaminhar a denúncia à Corregedoria, oferecerá "suporte ao reclamante" para que ele "oficialize o fato".
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att, binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
REgistro Nacional de DOadores de MEdula nº 1.256.762
UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA. Sócrates
Depoimento ABRALE http://www.abrale.org.br/apoio_paciente ... php?id=771
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Re: Operações Policiais e Militares
Xi, cara, isso é da minha cidade...Clermont escreveu:Denúncia de crime bárbaro de pedofilia, cometido pelo próprio pai, com cumplicidade da mãe e suposto acobertamento da justiça:
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Re: Operações Policiais e Militares
Pereira escreveu:
Por que generalizar desse jeito?!
É o mesmo que falar que todo policial é corrupto e só age corretamente quando teme ser descoberto.
Sai na minha viatura amanhã... tire suas próprias conclusões sobre o trabalho policial, não forme sua opinião apenas pelo que sai nos jornais que precisam vender.
Bem por aí, a maioria que trabalha direito não dá manchete. Certa vez em Osório uns três colegas deram um pau num vago, deu imprensa, a juíza da VEC veio pessoalmente com o MP a tiracolo e DEZ colegas (um deles estava dormindo no alojamento dele na noite dos fatos) foram sumariamente transferidos e já com dois inquéritos para responder, um na justiça e outro na PGE.
Agora me perguntes se alguma vez em minhas décadas como AP algum meio de imprensa publicou que eu trabalhava direito ou se veio algum juiz ou promotor me cumprimentar por trabalhar bem (e isso significa ir bem além do dever, porque um bom AP aqui no Sul é também Conselheiro, Assistente Social, Advogado, Auxiliar de Enfermagem e até Padre/Pastor, não é só aquilo de "cumprir obrigação" não)...
Mas isso não dá manchete.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Operações Policiais e Militares
PM espera Dia dos Pais tenso. Presos são escalados para retaliar policiais no “saidão” pelo PCC
O Dia dos Pais será tenso para a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Há dois meses em guerra com o crime organizado, a corporação recebeu informes de que o PCC prepara uma série de atos de retaliação para os quais estariam sendo escalados criminosos que conseguirem o direito de sair dos estabelecimentos penitenciários no privilégio erroneamente conhecido como “indulto temporário”.
Uma fonte da inteligência policial declarou ao Blog do Pannunzio que o PCC está distribuindo tarefas aos presos que irão às ruas. Haveria, segundo essa fonte, uma lista com nomes de PMs que devem ser executados pelos detentos que estarão nas ruas. Quem não cumprir a “tarefa” sofrerá retalizações ao regressar ao sistema. As “penas” impostas iriam das sevícias à eliminação física.
“Em contrapartida, a PM já avisou a vagabundagem que para cada PM morto serão ‘zerados’ seis vagabundos”, afirma a fonte do Blog do Pannunzio.
http://www.pannunzio.com.br/archives/13871
O Dia dos Pais será tenso para a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Há dois meses em guerra com o crime organizado, a corporação recebeu informes de que o PCC prepara uma série de atos de retaliação para os quais estariam sendo escalados criminosos que conseguirem o direito de sair dos estabelecimentos penitenciários no privilégio erroneamente conhecido como “indulto temporário”.
Uma fonte da inteligência policial declarou ao Blog do Pannunzio que o PCC está distribuindo tarefas aos presos que irão às ruas. Haveria, segundo essa fonte, uma lista com nomes de PMs que devem ser executados pelos detentos que estarão nas ruas. Quem não cumprir a “tarefa” sofrerá retalizações ao regressar ao sistema. As “penas” impostas iriam das sevícias à eliminação física.
“Em contrapartida, a PM já avisou a vagabundagem que para cada PM morto serão ‘zerados’ seis vagabundos”, afirma a fonte do Blog do Pannunzio.
http://www.pannunzio.com.br/archives/13871