Paraguai
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
O ex-governante paraguaio disse que a situação política no país "foi manipulada de maneira vil"
Ao completar um mês de seu impeachment, o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo afirmou neste domingo que seguirá resistindo ao "golpe de Estado" perpetrado pela "oligarquia econômica e política de seu país".
"Não vamos retroceder neste momento em nossa luta pacífica para que volte a democracia em nosso país e se anule a paródia que foi o julgamento político de 21 e 22 de junho", disse Lugo por meio de um comunicado.
Lugo foi destituído de seu cargo após ser submetido a um julgamento político no Senado no qual foi condenado por mau desempenho de suas funções. O até então vice-presidente, Federico Franco, assumiu em seu lugar. O processo teve como motivação a morte de 17 policiais e trabalhadores rurais em um tiroteio durante um despejo de sem- terras em uma fazenda de Curuguaty, cuja propriedade é disputada pelo Estado e o político e empresário Blas N. Riquelme.
O ex-governante disse que a situação "foi manipulada de maneira vil para justificar a manobra antidemocrática dos parlamentares golpistas", e que o Governo de Franco "deu mostras de que não tem interesse" em elucidar o ocorrido.
"Os que tramaram contra o povo paraguaio esperavam que déssemos um passo em falso e que em nossa legítima defesa frente ao golpe déssemos a eles a oportunidade para provocar mais mortes e voltar a utilizá-las em favor de suas conspirações", reclamou.
"Optamos conscientemente por não alimentar a espiral da violência e morte. Mas isso nunca significou abdicar de nossa luta pela democracia em nosso país. Não confundam nosso pacifismo com tolerância às violações à democracia", insistiu.
Lugo transmitiu sua mensagem da nova sede da Frente Guasú Róga, coalizão que o levou ao poder nas eleições gerais de 20 de abril de 2008 e que pôs fim a 61 anos de Governo do Partido Colorado. O ex-governante mencionou que se encontrou no local com vários dirigentes dos 17 departamentos (estados) do país para analisar a situação e articular a "resistência de luta até a conquista da genuína e verdadeira democracia".
"Os que estiveram ao lado do golpe são os que lucram com um modelo de país para poucos, onde o destino de nossa gente é a emigração", afirmou o ex-bispo, quem também denunciou "centenas de demissões" ilegais de funcionários públicos "por motivos ideológicos".
"Deram um golpe contra o povo e sua soberania, contra seus interesses e direitos históricos, para entregar o país aos interesses tacanhos de multinacionais, e para defender os interesses clientelistas e de uma classe política atrasada", discursou.
A crise política gerada com a destituição de Lugo levou a uma suspensão temporária do Paraguai do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), blocos que argumentam que ocorreu uma ruptura democrática no país. Além disso, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Parlamento Europeu enviaram missões de observação para Assunção para analisar a situação.
fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... stado.html
Ao completar um mês de seu impeachment, o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo afirmou neste domingo que seguirá resistindo ao "golpe de Estado" perpetrado pela "oligarquia econômica e política de seu país".
"Não vamos retroceder neste momento em nossa luta pacífica para que volte a democracia em nosso país e se anule a paródia que foi o julgamento político de 21 e 22 de junho", disse Lugo por meio de um comunicado.
Lugo foi destituído de seu cargo após ser submetido a um julgamento político no Senado no qual foi condenado por mau desempenho de suas funções. O até então vice-presidente, Federico Franco, assumiu em seu lugar. O processo teve como motivação a morte de 17 policiais e trabalhadores rurais em um tiroteio durante um despejo de sem- terras em uma fazenda de Curuguaty, cuja propriedade é disputada pelo Estado e o político e empresário Blas N. Riquelme.
O ex-governante disse que a situação "foi manipulada de maneira vil para justificar a manobra antidemocrática dos parlamentares golpistas", e que o Governo de Franco "deu mostras de que não tem interesse" em elucidar o ocorrido.
"Os que tramaram contra o povo paraguaio esperavam que déssemos um passo em falso e que em nossa legítima defesa frente ao golpe déssemos a eles a oportunidade para provocar mais mortes e voltar a utilizá-las em favor de suas conspirações", reclamou.
"Optamos conscientemente por não alimentar a espiral da violência e morte. Mas isso nunca significou abdicar de nossa luta pela democracia em nosso país. Não confundam nosso pacifismo com tolerância às violações à democracia", insistiu.
Lugo transmitiu sua mensagem da nova sede da Frente Guasú Róga, coalizão que o levou ao poder nas eleições gerais de 20 de abril de 2008 e que pôs fim a 61 anos de Governo do Partido Colorado. O ex-governante mencionou que se encontrou no local com vários dirigentes dos 17 departamentos (estados) do país para analisar a situação e articular a "resistência de luta até a conquista da genuína e verdadeira democracia".
"Os que estiveram ao lado do golpe são os que lucram com um modelo de país para poucos, onde o destino de nossa gente é a emigração", afirmou o ex-bispo, quem também denunciou "centenas de demissões" ilegais de funcionários públicos "por motivos ideológicos".
"Deram um golpe contra o povo e sua soberania, contra seus interesses e direitos históricos, para entregar o país aos interesses tacanhos de multinacionais, e para defender os interesses clientelistas e de uma classe política atrasada", discursou.
A crise política gerada com a destituição de Lugo levou a uma suspensão temporária do Paraguai do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), blocos que argumentam que ocorreu uma ruptura democrática no país. Além disso, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Parlamento Europeu enviaram missões de observação para Assunção para analisar a situação.
fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... stado.html
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- Italo Lobo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Sergio Amaral – O Estado de S.Paulo
O convívio entre os povos, desde os tempos antigos, orienta-se por um princípio e por uma realidade. O princípio é o de que pacta sunt servanda. Se os acordos não forem respeitados, eles não existem e, por conseguinte, não existem regras para a convivência entre as nações. A realidade é o de que a política internacional, antes de tudo, é uma relação de poder, qualquer que seja a sua forma. Mao dizia que o poder está na ponta do fuzil. Gramsci acrescentava que o poder resulta de uma combinação entre força e consentimento. Os Estados Unidos derrotaram a União Soviética na guerra fria por sua superioridade econômica. Nye teoriza sobre o poder suave. Moisi introduz o instigante conceito da geopolítica das emoções.
Pois bem, a América do Sul parece estar buscando reescrever essas duas noções fundamentais. Em nossa região, os tratados não precisam mais necessariamente ser cumpridos. Serão cumpridos ou descumpridos em função das afinidades ideológicas ou da relação de amizade entre os países. É a versão contemporânea das práticas correntes, entre nós, na Velha República: aos amigos, tudo; aos adversários, a lei. O Conselho do Mercosul recusou o impeachment de Fernando Lugo sob o argumento de que, embora a letra da Constituição do Paraguai possa ter sido respeitada, o rito sumário teria caracterizado o golpe. Pode ser. Mas se recusarmos as decisões do Legislativo e do Judiciário paraguaios, por configurarem um simulacro de impeachment, tampouco poderemos aceitar o simulacro de democracia que vige na Venezuela e muito menos recompensá-la com o ingresso no Mercosul.
Em nosso subcontinente, a vontade dos menores, curiosamente, parece prevalecer sobre a dos maiores. Um estudante de intercâmbio em Relações Internacionais, recém-chegado de Marte, ao ler as notícias sobre a perseguição a empresários brasileiros, pelo governo boliviano, em represália à decisão do Brasil de conceder asilo a um senador da oposição, poderia bem supor que a Bolívia é o país sul-americano com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, uma população de 205 milhões de habitantes e um produto interno bruto (PIB) de US$ 2,4 trilhões; e o Brasil, a nação mais frágil, com território de 1 milhão de quilômetros quadrados, 10 milhões de habitantes e um PIB de US$ 25 bilhões. Às vezes pode até parecer que é efetivamente assim, mas a realidade é o inverso.
Infelizmente, esse episódio recente não é um fato isolado. A Bolívia já ocupou antes uma planta da Petrobrás. O Equador contestou a legalidade de um empréstimo do BNDES porque se indispôs com a companhia construtora brasileira. Enquanto isso, o secretário de Comércio da Argentina, com uma simples chamada telefônica, costuma violar o espírito e a letra do Tratado de Assunção, o ato constitutivo do Mercosul.
A menção a esses fatos de modo algum sugere que o Brasil deva prevalecer-se de sua superioridade econômica ou do tamanho de seu mercado para impor a sua vontade. Ao contrário. Por uma questão de solidariedade para com os nossos vizinhos e irmãos sul-americanos, e mesmo por interesses econômicos e políticos próprios, o Brasil deve buscar uma prosperidade compartilhada na região. Por que não traduzir as palavras em fatos e promover uma abertura generalizada e unilateral do nosso mercado aos parceiros sul-americanos? Quem tem condições para propor, acertadamente, uma liberalização multilateral do comércio no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), com mais razão pode comprometer-se com uma abertura mais ampla no âmbito regional.
Por que não impulsionar, como faz a China, uma integração do espaço econômico regional por meio do mercado? Na medida em que um acordo de integração é inviável na Ásia, em face dos vários conflitos entre países da região, as grandes empresas chinesas, com o velado apoio de seu governo, desenvolveram mecanismos de complementação industrial e de integração das cadeias produtivas com as economias vizinhas. Hoje o comércio intra-asiático já representa 53% das trocas totais dos países do continente. No Mercosul esse porcentual, que já foi de 21%, de 1992 a 1999, caiu para 14% de 2000 a 2008. O Mercosul já representou 17% das exportações brasileiras, hoje não passa de 11%.
Estamos assistindo a um visível retrocesso comercial e institucional do Mercosul, entre outras razões, pela tolerância com a violação sistemática das suas regras e o desrespeito às suas instituições. A benevolência diante do descumprimento gera o descrédito perante a sociedade, a insegurança jurídica para os agentes econômicos e a deterioração da imagem do Mercosul entre os seus parceiros no restante do mundo.
O Brasil tem o dever de fazer concessões aos seus vizinhos de menor peso relativo nas negociações econômico-comerciais. Mas, em contrapartida, tem o direito de cobrar o cumprimento do que foi acordado. Temos meios para tanto. Não se trata de ameaçar ou fazer represálias. Basta cumprir a lei. A Bolívia dificilmente resistiria ao fechamento da fronteira contra a receptação de carros roubados ou o tráfico de drogas. O Paraguai, que se soma muitas vezes ao coro das ameaças contra os agricultores brasileiros, dificilmente suportaria a suspensão do contrabando na fronteira.
O episódio recente na Bolívia é lamentável. E não somente pela mesquinhez das ameaças contra produtores, que nada têm que ver com as políticas de seus governos. Mas também por questionar a legitimidade do asilo diplomático, uma das mais genuínas tradições da diplomacia latino-americana, consagrada no caso de Haya de la Torre, um dos próceres ilustres do nosso continente.
A Bolívia só se sente à vontade para praticar atos de verdadeira provocação por estar convencida de que, mais uma vez, contará com a benevolência do Brasil.
Diante desse cenário insólito, só nos resta indagar, repetindo Cícero: até quando, ó Morales, abusarás de nossa paciência?
DIPLOMATA, FOI EMBAIXADOR EM LONDRES E EM PARIS
O convívio entre os povos, desde os tempos antigos, orienta-se por um princípio e por uma realidade. O princípio é o de que pacta sunt servanda. Se os acordos não forem respeitados, eles não existem e, por conseguinte, não existem regras para a convivência entre as nações. A realidade é o de que a política internacional, antes de tudo, é uma relação de poder, qualquer que seja a sua forma. Mao dizia que o poder está na ponta do fuzil. Gramsci acrescentava que o poder resulta de uma combinação entre força e consentimento. Os Estados Unidos derrotaram a União Soviética na guerra fria por sua superioridade econômica. Nye teoriza sobre o poder suave. Moisi introduz o instigante conceito da geopolítica das emoções.
Pois bem, a América do Sul parece estar buscando reescrever essas duas noções fundamentais. Em nossa região, os tratados não precisam mais necessariamente ser cumpridos. Serão cumpridos ou descumpridos em função das afinidades ideológicas ou da relação de amizade entre os países. É a versão contemporânea das práticas correntes, entre nós, na Velha República: aos amigos, tudo; aos adversários, a lei. O Conselho do Mercosul recusou o impeachment de Fernando Lugo sob o argumento de que, embora a letra da Constituição do Paraguai possa ter sido respeitada, o rito sumário teria caracterizado o golpe. Pode ser. Mas se recusarmos as decisões do Legislativo e do Judiciário paraguaios, por configurarem um simulacro de impeachment, tampouco poderemos aceitar o simulacro de democracia que vige na Venezuela e muito menos recompensá-la com o ingresso no Mercosul.
Em nosso subcontinente, a vontade dos menores, curiosamente, parece prevalecer sobre a dos maiores. Um estudante de intercâmbio em Relações Internacionais, recém-chegado de Marte, ao ler as notícias sobre a perseguição a empresários brasileiros, pelo governo boliviano, em represália à decisão do Brasil de conceder asilo a um senador da oposição, poderia bem supor que a Bolívia é o país sul-americano com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, uma população de 205 milhões de habitantes e um produto interno bruto (PIB) de US$ 2,4 trilhões; e o Brasil, a nação mais frágil, com território de 1 milhão de quilômetros quadrados, 10 milhões de habitantes e um PIB de US$ 25 bilhões. Às vezes pode até parecer que é efetivamente assim, mas a realidade é o inverso.
Infelizmente, esse episódio recente não é um fato isolado. A Bolívia já ocupou antes uma planta da Petrobrás. O Equador contestou a legalidade de um empréstimo do BNDES porque se indispôs com a companhia construtora brasileira. Enquanto isso, o secretário de Comércio da Argentina, com uma simples chamada telefônica, costuma violar o espírito e a letra do Tratado de Assunção, o ato constitutivo do Mercosul.
A menção a esses fatos de modo algum sugere que o Brasil deva prevalecer-se de sua superioridade econômica ou do tamanho de seu mercado para impor a sua vontade. Ao contrário. Por uma questão de solidariedade para com os nossos vizinhos e irmãos sul-americanos, e mesmo por interesses econômicos e políticos próprios, o Brasil deve buscar uma prosperidade compartilhada na região. Por que não traduzir as palavras em fatos e promover uma abertura generalizada e unilateral do nosso mercado aos parceiros sul-americanos? Quem tem condições para propor, acertadamente, uma liberalização multilateral do comércio no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), com mais razão pode comprometer-se com uma abertura mais ampla no âmbito regional.
Por que não impulsionar, como faz a China, uma integração do espaço econômico regional por meio do mercado? Na medida em que um acordo de integração é inviável na Ásia, em face dos vários conflitos entre países da região, as grandes empresas chinesas, com o velado apoio de seu governo, desenvolveram mecanismos de complementação industrial e de integração das cadeias produtivas com as economias vizinhas. Hoje o comércio intra-asiático já representa 53% das trocas totais dos países do continente. No Mercosul esse porcentual, que já foi de 21%, de 1992 a 1999, caiu para 14% de 2000 a 2008. O Mercosul já representou 17% das exportações brasileiras, hoje não passa de 11%.
Estamos assistindo a um visível retrocesso comercial e institucional do Mercosul, entre outras razões, pela tolerância com a violação sistemática das suas regras e o desrespeito às suas instituições. A benevolência diante do descumprimento gera o descrédito perante a sociedade, a insegurança jurídica para os agentes econômicos e a deterioração da imagem do Mercosul entre os seus parceiros no restante do mundo.
O Brasil tem o dever de fazer concessões aos seus vizinhos de menor peso relativo nas negociações econômico-comerciais. Mas, em contrapartida, tem o direito de cobrar o cumprimento do que foi acordado. Temos meios para tanto. Não se trata de ameaçar ou fazer represálias. Basta cumprir a lei. A Bolívia dificilmente resistiria ao fechamento da fronteira contra a receptação de carros roubados ou o tráfico de drogas. O Paraguai, que se soma muitas vezes ao coro das ameaças contra os agricultores brasileiros, dificilmente suportaria a suspensão do contrabando na fronteira.
O episódio recente na Bolívia é lamentável. E não somente pela mesquinhez das ameaças contra produtores, que nada têm que ver com as políticas de seus governos. Mas também por questionar a legitimidade do asilo diplomático, uma das mais genuínas tradições da diplomacia latino-americana, consagrada no caso de Haya de la Torre, um dos próceres ilustres do nosso continente.
A Bolívia só se sente à vontade para praticar atos de verdadeira provocação por estar convencida de que, mais uma vez, contará com a benevolência do Brasil.
Diante desse cenário insólito, só nos resta indagar, repetindo Cícero: até quando, ó Morales, abusarás de nossa paciência?
DIPLOMATA, FOI EMBAIXADOR EM LONDRES E EM PARIS
- Clermont
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Suponho que esses "papagaios energúmenos" sejam os outros membros do Fórum DB com idéias diferentes.romeo escreveu:Tem que ter paciencia... Ou sorrir por piedade dos papagaios energúmenos que não pensam com a própria cabeça, limitando-se a balança-la e repetir o que leram na imprensa viciada por interesses dos poderosos.
Ou não?
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Precisa supor?Suponho que esses "papagaios energúmenos" sejam os outros membros do Fórum DB com idéias diferentes.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Estava lendo sobre o mercosul e analisando os dados. A conclusão é que o Brasil está para o Mercosul como Alemanha está para a UE. Comercialmente, o Brasil conseguiu na década de 2000 ter superávits sucessivos com o Mercosul, em 2011 conseguiu ser superavitário com todos os parceiros. Pena que parece ainda conhecer o poder que tem.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Mais um partidário do termo "imprensa golpista". Não contraria que dá problema. Todos sabemos que a Venezuela do Hugo Chaves e até Cuba são mais democráticos que a Suiça.rodrigo escreveu:Precisa supor?Suponho que esses "papagaios energúmenos" sejam os outros membros do Fórum DB com idéias diferentes.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Franco completa 50 anos com apoio de amigos e protestos de detratores
Por EFE Brasil, EFE Multimedia, Atualizado: 23/07/2012 13:19
Assunção, 23 jul (EFE).- O presidente do Paraguai, Federico Franco, que substituiu o ex-presidente destituído Fernando Lugo em 22 de junho, celebrou nesta segunda-feira seu 50º aniversário com o apoio de simpatizantes e em meio ao protesto de opositores.
O governante, que não interrompeu sua agenda oficial para a atividade, havia informado em entrevista à imprensa que não tinha planejado nenhum festejo 'pomposo', para evitar comentários negativos, e que irá comemorar com um jantar em família.
Antes, Franco participou de uma celebração junto aos funcionários da Presidência na sede do governo, um dia depois de se completar um mês da saída de Lugo do cargo.
Paralelamente à cerimônia, um grupo de cerca de 50 pessoas se reuniu perante o Panteão dos Heróis, no centro de Assunção, para rechaçar a Administração do novo líder e gritar 'aniversário infeliz', entre outras palavras de ordem.
'Você está convidado a comemorar o aniversário de 'Florerico' (Traga um vaso de presente)', lia-se em um dos cartazes divulgados nas redes sociais, que fazia alusão à figura do 'vaso', apelido dado por muitos ao cargo de vice-presidente no país.
Os manifestantes levaram uma torta com a frase 'Fora Florerico', tentaram se aproximar da sede da Presidência, a poucas quadras de distância do Panteão dos Heróis, mas a Polícia os impediu, seguindo uma lei que proíbe protestos nas imediações do palácio do governo.
Lugo deixou a presidência após ser submetido no Legislativo a um julgamento político por mau desempenho de suas funções, e ratificou no domingo em mensagem lida à população que resistirá ao 'golpe de Estado' promovido pela 'oligarquia econômica e política' do país, em suas palavras.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =252686706
Por EFE Brasil, EFE Multimedia, Atualizado: 23/07/2012 13:19
Assunção, 23 jul (EFE).- O presidente do Paraguai, Federico Franco, que substituiu o ex-presidente destituído Fernando Lugo em 22 de junho, celebrou nesta segunda-feira seu 50º aniversário com o apoio de simpatizantes e em meio ao protesto de opositores.
O governante, que não interrompeu sua agenda oficial para a atividade, havia informado em entrevista à imprensa que não tinha planejado nenhum festejo 'pomposo', para evitar comentários negativos, e que irá comemorar com um jantar em família.
Antes, Franco participou de uma celebração junto aos funcionários da Presidência na sede do governo, um dia depois de se completar um mês da saída de Lugo do cargo.
Paralelamente à cerimônia, um grupo de cerca de 50 pessoas se reuniu perante o Panteão dos Heróis, no centro de Assunção, para rechaçar a Administração do novo líder e gritar 'aniversário infeliz', entre outras palavras de ordem.
'Você está convidado a comemorar o aniversário de 'Florerico' (Traga um vaso de presente)', lia-se em um dos cartazes divulgados nas redes sociais, que fazia alusão à figura do 'vaso', apelido dado por muitos ao cargo de vice-presidente no país.
Os manifestantes levaram uma torta com a frase 'Fora Florerico', tentaram se aproximar da sede da Presidência, a poucas quadras de distância do Panteão dos Heróis, mas a Polícia os impediu, seguindo uma lei que proíbe protestos nas imediações do palácio do governo.
Lugo deixou a presidência após ser submetido no Legislativo a um julgamento político por mau desempenho de suas funções, e ratificou no domingo em mensagem lida à população que resistirá ao 'golpe de Estado' promovido pela 'oligarquia econômica e política' do país, em suas palavras.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =252686706
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
nveras escreveu:Mais um partidário do termo "imprensa golpista". Não contraria que dá problema. Todos sabemos que a Venezuela do Hugo Chaves e até Cuba são mais democráticos que a Suiça.rodrigo escreveu: Precisa supor?
E o pior de tudo isso, é que tem gente que não lê jornal apenas o utiliza e ainda acha que o Granma é o único jornal do mundo!!
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Não Italo, em Cuba eles lêem o jornal, mas o jornal ainda é muito usado aqui no Brasil, para limpar a bunda pelos 20 milhões de analfabetos que temos, e ainda mais usado na Etiópia onde o anafabetismo chega a 72%.
Se tem alguém por aqui se inspirando em Cuba ta fazendo tudo errado, educação é prioridade por la.
Se tem alguém por aqui se inspirando em Cuba ta fazendo tudo errado, educação é prioridade por la.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Aqui o pessoal (o alfabetizado, bem claro ) dá uma 'passada' pelas manchetes e se acha informado. Notar que na edição dos nossos jornais é comum a prática de colocar um título discrepante do conteúdo da matéria.
- Andre Correa
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Amigos, menos offtopic, sff.
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Bourne, boa tarde!Bourne escreveu:Estava lendo sobre o mercosul e analisando os dados. A conclusão é que o Brasil está para o Mercosul como Alemanha está para a UE. Comercialmente, o Brasil conseguiu na década de 2000 ter superávits sucessivos com o Mercosul, em 2011 conseguiu ser superavitário com todos os parceiros. Pena que parece ainda conhecer o poder que tem.
Concordo com sua análise, resguardada as devidas proporções, é exatamente isso, a entrada da Venezuela era uma necessidade antiga para os dois principais membros, pois necessitavam de um jogador com peso para receber seus produtos.
O cavalo passou selado e imediatamente montaram, mostrando, para minha surpresa, que estavam atentos e preparados.
O Paraguai vai espernear, espernear e vai voltar no ano que vem, caladinho (se quiser voltar)! Ai vai ter até festa! O nobre regresso!
Tenho que admitir, nessa matéria do imperialismo, aprendemos com os melhores...
Veremos o desenrolar.
Abraço
Loki
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Os neogolpistas do Paraguai que se... Aguns reclamam de "ideologização" de nossa política externa mas esquecem que a Venezuela é nosso 12º maior comprador e com o qual temos um dos maiores superávits (dados oficiais: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio ... 5&menu=571). Cada vez que o Chávez, que não é a Venezuela nação, fecha uma porta o Brasil abre outra, ou seja, temos sido bastante pragmáticos para felicidade de muitos exportadores brasileiros. Logo, a última coisa no mundo que tem alguma importância para o Brasil é a opinião da oligarquia Paraguaia sobre a Venezuela e o Mercosul.
E o dia que a velha petro-oligarquia que governou a Venezuela durante décadas voltar ao poder voltará com muita ânsia a comprar em Miami, não em São Paulo...
[]'s.
E o dia que a velha petro-oligarquia que governou a Venezuela durante décadas voltar ao poder voltará com muita ânsia a comprar em Miami, não em São Paulo...
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- rodrigo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
“El golpe es del Mercosur”
El presidente Federico Franco, expresó este jueves que el golpe lo hizo el Mercosur al dejar a Paraguay fuera de la decisión de incluir a Venezuela al bloque. Dijo que tiene un carácter definido, el hecho de que hayan reconocido al canciller paraguayo.
Franco realizó declaraciones luego de un festejo por su cumpleaños este lunes en el Club Social Arkadia de Villa Elisa, donde compartió con niños de asentamientos de esta ciudad y de San Antonio.
Dijo que el ingreso de Venezuela al Mercosur, está viciado de nulidad, es ilegítimo de origen y que el gobierno que asuma en el 2013, luego de las elecciones a realizarse en abril, verá qué decisión tomar.
“El Tratado del Mercosur dice que las decisiones deben ser por unanimidad, al dejarse fuera al Paraguay rompen un aspecto muy sustancial”, dijo el primer mandatario paraguayo, consultado sobre la oficialización del ingreso de Venezuela, que se producirá este 31 de julio.
Sobre el reconocimiento del Tribunal de Revisión Permanente del Mercosur al gobierno del presidente Federico Franco, pese a haber rechazado la demanda entablada contra las arbitrarias decisiones tomadas por el bloque, Franco dijo que está muy clara la posición del canciller nacional, José Félix Fernández, ya que consideran que en el momento que acercaron la nota y reconocen la investidura del canciller, se supone que la misma tiene un carácter definido.
No obstante, dice que cuando hablan de un estamento superior, se dan cuenta de que hay una “directiva de los presidentes” de los estados miembros del Mercosur.
Sobre una eventual demanda ante el tribunal de “La Haya”, dijo que este estamento se va a expedir recién cuando el gobierno termine. Dijo que la mejor manera de demostrar la soberanía es “expresarse públicamente en forma clara y definida trabajando con la gente humilde”.
Con respecto a la reunión entre Franco y los parlamentarios del Mercosur, prevista para la tarde de este lunes pero que quedó finalmente suspendida, dijo que ellos solicitaron la reunión el viernes a través de una nota y que la misma quedó agendada pero que finalmente decidieron no participar.
También le consultaron sobre las declaraciones del diputado de Parlasur, Ricardo Canese, quien manifestó que no va a tratar con “golpistas”, dijo que entre todos los parlamentarios del bloque, de un total de 18, es el único que está en “esa tesis”.
“Él es parte interesada, el está con el señor (Fernando) Lugo, hay que dejarle que siga con Lugo. Siempre dijimos que vamos a ser tolerantes. En un medio salió no sé con qué intención que no voy a hablar con los carperos, yo voy a hablar con los carperos, con Canese, con todos. Mi función de presidente es dialogar con todos los sectores sin ningún tipo de diferencias”, indicó.
http://www.abc.com.py/nacionales/el-gol ... 29586.html
El presidente Federico Franco, expresó este jueves que el golpe lo hizo el Mercosur al dejar a Paraguay fuera de la decisión de incluir a Venezuela al bloque. Dijo que tiene un carácter definido, el hecho de que hayan reconocido al canciller paraguayo.
Franco realizó declaraciones luego de un festejo por su cumpleaños este lunes en el Club Social Arkadia de Villa Elisa, donde compartió con niños de asentamientos de esta ciudad y de San Antonio.
Dijo que el ingreso de Venezuela al Mercosur, está viciado de nulidad, es ilegítimo de origen y que el gobierno que asuma en el 2013, luego de las elecciones a realizarse en abril, verá qué decisión tomar.
“El Tratado del Mercosur dice que las decisiones deben ser por unanimidad, al dejarse fuera al Paraguay rompen un aspecto muy sustancial”, dijo el primer mandatario paraguayo, consultado sobre la oficialización del ingreso de Venezuela, que se producirá este 31 de julio.
Sobre el reconocimiento del Tribunal de Revisión Permanente del Mercosur al gobierno del presidente Federico Franco, pese a haber rechazado la demanda entablada contra las arbitrarias decisiones tomadas por el bloque, Franco dijo que está muy clara la posición del canciller nacional, José Félix Fernández, ya que consideran que en el momento que acercaron la nota y reconocen la investidura del canciller, se supone que la misma tiene un carácter definido.
No obstante, dice que cuando hablan de un estamento superior, se dan cuenta de que hay una “directiva de los presidentes” de los estados miembros del Mercosur.
Sobre una eventual demanda ante el tribunal de “La Haya”, dijo que este estamento se va a expedir recién cuando el gobierno termine. Dijo que la mejor manera de demostrar la soberanía es “expresarse públicamente en forma clara y definida trabajando con la gente humilde”.
Con respecto a la reunión entre Franco y los parlamentarios del Mercosur, prevista para la tarde de este lunes pero que quedó finalmente suspendida, dijo que ellos solicitaron la reunión el viernes a través de una nota y que la misma quedó agendada pero que finalmente decidieron no participar.
También le consultaron sobre las declaraciones del diputado de Parlasur, Ricardo Canese, quien manifestó que no va a tratar con “golpistas”, dijo que entre todos los parlamentarios del bloque, de un total de 18, es el único que está en “esa tesis”.
“Él es parte interesada, el está con el señor (Fernando) Lugo, hay que dejarle que siga con Lugo. Siempre dijimos que vamos a ser tolerantes. En un medio salió no sé con qué intención que no voy a hablar con los carperos, yo voy a hablar con los carperos, con Canese, con todos. Mi función de presidente es dialogar con todos los sectores sin ningún tipo de diferencias”, indicó.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Não, amigo... Não é nada disso.Clermont escreveu:Suponho que esses "papagaios energúmenos" sejam os outros membros do Fórum DB com idéias diferentes.romeo escreveu:Tem que ter paciencia... Ou sorrir por piedade dos papagaios energúmenos que não pensam com a própria cabeça, limitando-se a balança-la e repetir o que leram na imprensa viciada por interesses dos poderosos.
Ou não?
"Papagaios energúmenos" não é relativo a quem tem idéias diferentes; mas sim a quem não tem idéias próprias.
E certamente a expressão não se refere a ninguem do nosso Furum, muito menos ao companheiro que tanto respeito.
Se pequei pelo sincretismo, possibilitando esta interpretação; perdoe-me.