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Mensagem
por JL » Dom Ago 26, 2012 11:55 am
Bem uma pequena análise A4 versus F5
A Força Aérea Argentina de hoje é uma sombra do que era antes da Guerra das Malvinas, em que pese os inúmeros problemas daquela época. Eu era um adolescente na época da Guerra das Malvinas, 15 anos de idade e gostava bastante de aviação militar, em que pese as fontes serem escassas, limitadas a algumas revistas como a Flap, Defesa Latina e livros principalmente sobre a IIGM. Mas havia um clima de guerra fria entre Brasil e Argentina, lembro me perfeitamente de ter visitado um contratorpedeiro da MB e nele havia um daqueles quadros de identificação por silhuetas das aeronaves, navios e mastros de submarinos argentinos, pena muita pena não ter fotografado este quadro. Devido a este fato sempre tive um interesse muito grande pela Guerra das Malvinas, posso dizer que sou um estudioso daquele conflito, adquirindo e arquivando tudo o que encontro sobre o assunto.
Bem vejam na época eles tinham uns 7 ou 8 Mirage III com cabeamento e trilhos para os mísseis Magic, já usavam o Shafrir nos Dagger de origem israelense e estava em andamento a integração dos Shafrir aos A 4B e C. Enquanto isso a FAB somente podia operar o Mirage III com o ineficaz R530 e os F5E tinham o AIM9B. O que salvava a pátria brasileira em um hipotético conflito era ter mais de uma centena de AT 26 para queimar em missões de interdição e apoio aéreo na frente de combate, aliviando para os F5 missões de maior envergadura.
Penso que em um combate ar-ar um bom piloto de F5 pode duelar com o A4 tranquilamente.
Vejam nos modelos antigos, o F5E tinha um pequeno radar AN/APQ-153 dedicado ao combate ar-ar, canhões M 39 Pontiac de 20mm que eram confiáveis e funcionavam, mísseis AIM9B na ponta das asas, o que favorecia a aerodinâmica do caça e a manobra, além de um desempenho soberbo. Os A4 argentinos estavam em processo de integração para os Shafrir e os canhões dos A4 os Colt Mk 12 não prestam, eles eram uma das grandes reclamações dos pilotos argentinos, não tinham confiabilidade, engasgavam nas piores horas, são muitos os relatos destes problemas. Houve o caso inclusive de um piloto argentino de A4 que em uma das últimas missões do conflito na saída após o bombardeiro das posições britânicas, teve um helicóptero inimigo bem a sua frente, teve condições de mirar e atirar e as imprestáveis armas somente disparam um único tiro, que por sorte atingiu uma das pás do heli inimigo, que ficou avariado. Esta arma de 20 mm era usada pela marinha norte americana, sendo que o F8 Cruzader, também faz uso deste canhão. Vejam não conheço detalhes técnicos das armas, mas os problemas com o canhão nas versões iniciais dos A 4 são um caso conhecido, tanto que os israelenses substituiram os Colt de 20 mm por canhões DEFA de 30 mm. O canhão do F5 o M39 já era uma arma da USAF, observem que o M39 usa a mesma munição de 20 mm dos Vulcan, enquanto os Colt de 20 mm dos A4 usam outro cartucho.
Desta forma, considero que em termos de máquina considero que o F5E tem como vantagens, melhores canhões internos, melhor posicionamento dos AAM, melhor radar, melhor aerodinamica para combate aérea, ser supersônico, como turbinas dotadas de pós combustão, tendo melhor aceleração. Supera os A4.
Quanto ao F5M, devo lembrar que ele esta armado com os mísseis israelenses Derby e os argentinos não tem nenhum tipo de míssil de longo alcance. Uma vantagem considerável o F5M pode atirar muito antes de entrar no alcance dos A4AR e para o combate a curta distância o Python IV não é pouca coisa.
Apesar de adorar o A4 para mim o F5 é superior em combate aéreo, aliás tenho muita curiosidade em imaginar como os F5E brasileiros sairiam se tivessem que voar no teatro das Malvinas, enfrentando os Sea Harrier britânicos, apesar de sua curta autonomia, ele possui REVO o que garantiria o alcance necessário.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.