Programa Espacial Brasileiro

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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#76 Mensagem por LeandroGCard » Qua Mar 14, 2012 12:28 pm

Boss escreveu:Piada.
Não entendi seu comentário, poderia por favor esclarecer?

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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#77 Mensagem por Boss » Qua Mar 14, 2012 2:25 pm

O fato dos americanos, que já "nos ajudaram tanto" no programa espacial, estarem interessados nessa agora...

Claro que isso é normal , mas não deixa de ser engraçado.




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#78 Mensagem por LeandroGCard » Qua Mar 14, 2012 6:28 pm

Boss escreveu:O fato dos americanos, que já "nos ajudaram tanto" no programa espacial, estarem interessados nessa agora...

Claro que isso é normal , mas não deixa de ser engraçado.
Na verdade este programa do Satélite Geoestacionário Brasileiro não tem nada a ver com o nosso programa espacial em si, é uma necessidade do país que para ser atendida em tempo hábil exigirá a compra do satélite e do seu lançamento no mercado internacional. E aí qualquer um, inclusive os americanos, pode se candidatar a participar.

Pelo exíguo tempo disponível para o satélite estar em órbita (o planejamento é até 2014) é simplesmente impossível montar no Brasil qualquer coisa mais significativa do que uma equipe técnico/administrativa para gerenciar a preparação das especificações e a aquisição de algum modelo de satélite já existente. Está-se fazendo todo um oba-oba sobre este caso, criando-se uma empresa com participação da Embraer que iria "projetar"o satélite, quando na verdade não teremos pessoal capaz de fazer isso por pelo menos uns 15 anos. Eles vão apenas avaliar as propostas dos fornecedores, escolher a mais adequada e fechar os detalhes do que exatamente o satélite deverá fazer. O resto a empresa fabricante do satélite é que definirá, fazendo as eventuais adaptações às especificações apresentadas pelo Brasil, se houver tempo e o custo não ficar alto demais.

E a própria empresa que for escolhida para fornecer o satélite terá seus próprios parceiros, haverá muito pouca margem de manobra para ficar escolhendo entre diferentes fornecedores de componentes se eles já não fizerem parte da cadeia de suprimento de quem for construir o satélite. Sequer haveria tempo de checar as eventuais ofertas, além de que muito provavelmente alguns destes componentes nem poderiam ser fornecidos diretamente ao Brasil, nos termos do MTCR ou simplesmente porque o fornecedor não irá querer ceder a tecnologia. Está-se falando muito em colocar componentes brasileiros no SBG, mas fora porcas, parafusos e outros ítens básicos deste tipo estes componentes não existem, e pelo histórico que temos não ficariam prontos em menos de duas décadas ou mais.

Se não quiser esperar uns 20 anos para ter um satélite estacionário próprio não há muito mais o que o Brasil possa tentar exigir neste momento. O que se pode fazer é tentar negociar com o fornecedor do satélite e seus parceiros alguma ToT que possa no futuro vir a ser útil em nossos próprios projetos. Mas se insistirmos muito nisso corremos o risco de ficar como no FX, levando décadas e pagando muito mais caro para fechar uma compra de algo que necessitamos para anteontem.


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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#80 Mensagem por BrasileiroBR » Seg Jun 25, 2012 4:45 pm

Lançado com sucesso o foguete VS-40M com o experimento Shefex 2

Imagem

Foi lançado com sucesso nesta sexta-feira (22), a partir do Centro de Lançamento de Andoya (Noruega), o veículo suborbital brasileiro VS-40M, transportando como carga-útil o experimento alemão Shefex 2.

A operação desse veículo, o qual foi integralmente financiado pelo Centro Espacial Alemão (DLR), veio ratificar a excelente reputação conquistada pela tecnologia brasileira de veículos suborbitais junto à Agência Espacial Européia.

O VS-40M significou um importante avanço para o alcance da autonomia brasileira de acesso ao Espaço, pois consiste da parte superior do VLS-1, com os motores S40 e S44. O perfeito funcionamento dos motores S40 e S44M, bem como de todos os eventos do voo, garantiram a trajetória nominal do experimento.

O experimento Shefex 2 (Sharp Edge Flight Experiment) é parte de um importante Programa alemão de desenvolvimento de tecnologia de vôos hipersônicos e de reentrada atmosférica, e teve como objetivos testar novos materiais e tipos de proteção térmica necessários para operação nessas condições, incluindo placas de carbeto de silício, desenvolvida no IAE, a ser utilizada na estrutura do Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA).

Somente o custo dos experimentos da missão espacial Shefex 2 somou 10 milhões de euros, estimando-se que outros 6 milhões tenham sido investidos durante o desenvolvimento desse experimento. Importante ressaltar que o Shefex 1, ocorrido em 2005, foi lançado com o foguete brasileiro VS-30 Orion, e que o Shefex 3 está previsto para voar, em 2016, a bordo do Veículo Lançador Microssatélites (VLM-1), em desenvolvimento conjunto pelo IAE e DLR, com participação de indústrias brasileiras e alemãs.

Esse foi mais um resultado positivo alcançado dentro da Cooperação Brasil-Alemanha.






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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#81 Mensagem por BrasileiroBR » Qua Jul 04, 2012 11:37 am

Enrola mais brasil..............
Venezuela construirá base espacial con la ayuda de Bielorrusia
Moscú, 4 jul (EFE).- Bielorrusia participará en la construcción de una base espacial para el lanzamiento de satélites en el estado venezolano de Aragua, anunció hoy el embajador de Caracas en Minsk, Américo Díaz Núñez.

"Bielorrusia participará en la construcción de la base espacial en el estado de Aragua en Venezuela. La construcción de esa base está planeada no para lanzar cohetes nucleares, sino para llevar al espacio satélites de investigación científica", dijo el diplomático en rueda de prensa a los medios locales.

La base espacial será tan solo uno de los proyectos que ejecutarán de forma trilateral Venezuela, China y Bielorrusia, explicó Díaz Núñez.

"Los satélites se fabrican a día de hoy en China pero ya se ha alcanzado el acuerdo para que sean ensamblados en Venezuela", agregó.

Los tres países socios también construirán una central térmica en el estado de Barinas, un proyecto valorado en 900 millones de dólares.

La obra será financiada por China, mientras que Bielorrusia ofrecerá la tecnología.

"La central térmica será construida en tres años, entre 2012 y 2015, en la zona industrial de Santa Inés, en el estado de Barinas", apuntó el embajador.

El presidente bielorruso, Alexandr Lukashenko, visitó la semana pasada Venezuela y se reunió con su homólogo Hugo Chávez para consolidar las relaciones de amistad y cooperación que une a ambos países.

En su tercera visita al país caribeño, Lukashenko selló con Chavez veinte acuerdos, entre ellos convenios en materia petrolera, gasística y tecnológica. EFE
Que comece a carreira espacial sulamericana!




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#82 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jul 05, 2012 8:17 am

BrasileiroBR escreveu:Que comece a carreira espacial sulamericana!
Putz, se é para competir com a Venezuela nosso programa já é até demais, assim vão cortar ainda mais as verbas!


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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#83 Mensagem por BrasileiroBR » Sex Jul 06, 2012 12:04 pm

LeandroGCard escreveu:
BrasileiroBR escreveu:Que comece a carreira espacial sulamericana!
Putz, se é para competir com a Venezuela nosso programa já é até demais, assim vão cortar ainda mais as verbas!


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do jeito q ta congelado, não duvido nada o Chavito alcançar a gente....


Animação do lançamento do VLS... o sonho....





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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#84 Mensagem por NettoBR » Qua Jul 11, 2012 8:33 pm

Especialistas: programa espacial deve focar em menos atividades
11 de julho de 2012 • 18h05


O Programa Espacial Brasileiro deveria tentar fazer menos atividades para ter mais resultados. Essa é a sugestão de Flávia de Holanda Schimdt, técnica de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defendida nesta quarta-feira no lançamento de estudo sobre os desafios e oportunidades para a indústria espacial nacional.

Na opinião da pesquisadora, o programa espacial brasileiro, que já tem 50 anos (inaugurado à época da corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, na Guerra Fria), não conseguiu obter resultados em cinco décadas. "Temos meio satélite e 0,4 de um foguete lançador", criticou. Para ela, "o escopo" do programa não é bem definido. "Talvez a gente possa fazer uma coisa menor com mais sucesso", ponderou.

"Eleger um nicho pode ser uma possibilidade para ser bom e competitivo em alguma coisa", recomendou em entrevista à Agência Brasil. Um dos nichos que o País já demostrou grande capacidade, segundo Flávia Schimdt, é o lançamento do veículo suborbital para transporte de experimento científico, como o recente do foguete brasileiro VS-40M, lançado da Noruega no final de junho para transportar experimento do Centro Espacial Alemão (DLR).

A opinião da pesquisadora é compartilhada por especialistas como Geovany Araújo Borges, do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília (UnB), e Carlos Alberto Gurgel Veras, do Departamento de Engenharia Mecânica também da UnB.

"Mal conseguimos ter nossos satélites", lembrou Borges após a apresentação no Ipea. "O mercado (da indústria espacial) está em mudança de paradigma", disse Veras ao defender a focalização como aconteceu no caso da Embraer, empresa nacional especializada em aviões para voos regionais.

A restrição das atividades do programa espacial contraria, no entanto, a Estratégia Nacional de Defesa (END) que defende o "domínio completo" dos ciclos de produção de satélite, lançamento e comunicação e o Plano Plurianual (PPA 2012/2015) que prevê o desenvolvimento de oito satélites e o lançamento de 40 foguetes suborbitais e de treinamento.

Além da falta de foco, o Programa Espacial Brasileiro padece com a descontinuidade de recursos, desestimulando o interesse de fornecedores. "Para permanecer no setor, essas empresas têm que ver um horizonte, uma demanda contínua para as atividades dela. O ambiente tem que ser favorável", disse a pesquisadora, salientando que os planos, programas e estratégias do governo precisam ser executados. "Não basta ser uma declaração de intenções".

Flávia Schimdt recomenda que o Estado, as empresas e a comunidade científica "se articulem melhor" e "organizem a demanda" para o programa espacial, vinculando as iniciativas às atividades de urgência social (como fornecimento de internet banda larga em áreas sem cabeamento ótico, teleducação e telemedicina) e de grande potencial econômico (como agronegócio, energia e construção civil).

Esse foi o caminho, por exemplo, seguido pela Índia e China que "enraizaram" seus programas espaciais dentro dos projetos de desenvolvimento econômico e, apesar de terem iniciado depois do Brasil, têm hoje programas espaciais mais exitosos.

Pouco mais de uma dezena de países têm experiência com projetos espaciais e o Brasil ocupa a última posição no ranking mundial de competitividade espacial, segundo Futron's 2009 Space Competitiveness Index, levantamento internacional citado no estudo do Ipea . "A gente está no clube. Resta a nós subir posições", ponderou a técnica do Ipea.

Conforme a pesquisa do instituto, o Brasil tem 177 empresas fornecedoras de serviços e peças para a área espacial, sendo 71 indústrias de transformação que concentram 79% dos trabalhadores do setor. Quase 78% das empresas estão instaladas no estado de São Paulo, principalmente em São José dos Campos.

O cruzamento com dados do Ministério do Trabalho indica que existem mais de 43 mil empregados no setor, o equivalente a 278 pessoas por empresa. A escolaridade média no setor é 11,6 anos de estudo e 37% da mão de obra têm nível superior (8,7% são engenheiros). A renda média dos trabalhadores é R$ 2.566,12. As empresas têm, em média, 18,3 anos de funcionamento. Um quarto delas exporta produtos, enquanto a metade importa componentes.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/no ... dades.html




"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#85 Mensagem por henriquejr » Sáb Jul 14, 2012 4:25 pm

Apresentação da nova torre de lançamento do CLA:





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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#86 Mensagem por henriquejr » Ter Jul 17, 2012 9:56 pm

Brasil domina tecnologia para posicionar satélite em órbita

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolveu um subsistema de propulsão para satélite - trata-se de um catalizador movido a hidrazina (derivado químico do petróleo) necessário para mover um satélite em órbita e corrigir o posicionamento. Ao dominar o subsistema de propulsão, o Brasil se torna também independente para criar mecanismo usado na orientação dos foguetes quando ultrapassam a atmosfera.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, visitou hoje (16) a unidade do Inpe em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, para conhecer o subsistema de propulsão que será usado no satélite de observação Amazônia 1, com lançamento previsto para o próximo ano.

A criação do equipamento é considerada “um salto” tecnológico do Programa Espacial Brasileiro, avalia Heitor Patire Júnior, pesquisador do Inpe e responsável técnico do projeto. “Isso era uma caixinha-preta, precisamos descobrir na raça”, disse ele à Agência Brasil, ao lembrar que atualmente o país precisava comprar pronto o propulsor (como no caso do Brasilsat) ou contar com o desenvolvimento por paceiros (como a China, no caso dos satélites Cbers).

Além do feito tecnológico, o desenvolvimento do propulsor é comemorado como marco industrial em tempo que o governo federal lança medidas para incentivar áreas estratégicas de transformação, como reação à diminuição da produção industrial no país, causada, entre outras razões, pela importação de componentes.

“Nossa indústria ainda não produz 60% dos equipamentos que precisamos para os satélites, mas em cinco anos poderemos chegar a 100% se os investimentos permanecerem”, calcula Patire Júnior, na esperança de que as fontes de financiamento do programa espacial sejam estáveis.

Em 50 anos de existência, a liberação de recursos do programa espacial foi bastante irregular sofrendo com períodos de cortes orçamentários e descontinuidade, o que não estimulou a indústria de base, por exemplo, a tornar-se produtora de liga de alumínio para uso aeronáutico, fundamental para satélites e para os aviões da Embraer. “A indústria vai sobreviver se houver encomenda”.

O desenvolvimento do subsistema de propulsão mobilizou cerca de 50 funcionários do Inpe, responsáveis pela especificação da tecnologia, e mais duas dezenas entre empregados e consultores da empresa Fibraforte, de São José dos Campos (SP), fabricante do equipamento. Além do pessoal contratado diretamente, Heitor Patire Júnior s oma mais de uma centena de pessoas que trabalham para os fornecedores da Fibraforte.

A companhia faz parte de um consórcio formado por mais outras duas empresas que há cerca de uma década participam da Plataforma Multimissão (PMM), criada pelo Inpe para servir de base de satélites como o Amazônia-1 e o Lattes. No período, a PMM investiu aproximadamente R$ 10 milhões no desenvolvimento de peças para os satélites.

Cerca de uma dezena de países tem programas espaciais, e o Brasil é o mais atrasado. Com o desenvolvimento do subsistema de propulsão, o país poderá melhorar a posição no cenário mundial e se aproximar de emergentes, como a China e a Índia.

Dentro do governo, há grande expectativa que a empresa Visiona, criada pela parceria público-privada entre a estatal Telebras e a privatizada Embraer, dê novo impulso ao programa espacial. O modelo foi desenhado pelo próprio ministro Raupp no ano passado, quando presidia a Agência Espacial Brasileira (AEB) para o desenvolvimento do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).

Conforme acordos internacionais, o Brasil tem até 2014 para lançar o SGB em órbita. Patire Júnior teme que a nova empresa acabe importando muitos componentes e não utilize a expertise do Inpe com o propulsor. “Não podemos ficar na janela, do lado de fora. Qual será o nosso posicionamento ainda não está claro”, salientou.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... -em-orbita




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#87 Mensagem por JT8D » Ter Jul 17, 2012 10:10 pm

henriquejr escreveu:
Brasil domina tecnologia para posicionar satélite em órbita

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolveu um subsistema de propulsão para satélite - trata-se de um catalizador movido a hidrazina (derivado químico do petróleo) necessário para mover um satélite em órbita e corrigir o posicionamento. Ao dominar o subsistema de propulsão, o Brasil se torna também independente para criar mecanismo usado na orientação dos foguetes quando ultrapassam a atmosfera.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, visitou hoje (16) a unidade do Inpe em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, para conhecer o subsistema de propulsão que será usado no satélite de observação Amazônia 1, com lançamento previsto para o próximo ano.

A criação do equipamento é considerada “um salto” tecnológico do Programa Espacial Brasileiro, avalia Heitor Patire Júnior, pesquisador do Inpe e responsável técnico do projeto. “Isso era uma caixinha-preta, precisamos descobrir na raça”, disse ele à Agência Brasil, ao lembrar que atualmente o país precisava comprar pronto o propulsor (como no caso do Brasilsat) ou contar com o desenvolvimento por paceiros (como a China, no caso dos satélites Cbers).

Além do feito tecnológico, o desenvolvimento do propulsor é comemorado como marco industrial em tempo que o governo federal lança medidas para incentivar áreas estratégicas de transformação, como reação à diminuição da produção industrial no país, causada, entre outras razões, pela importação de componentes.

“Nossa indústria ainda não produz 60% dos equipamentos que precisamos para os satélites, mas em cinco anos poderemos chegar a 100% se os investimentos permanecerem”, calcula Patire Júnior, na esperança de que as fontes de financiamento do programa espacial sejam estáveis.

Em 50 anos de existência, a liberação de recursos do programa espacial foi bastante irregular sofrendo com períodos de cortes orçamentários e descontinuidade, o que não estimulou a indústria de base, por exemplo, a tornar-se produtora de liga de alumínio para uso aeronáutico, fundamental para satélites e para os aviões da Embraer. “A indústria vai sobreviver se houver encomenda”.

O desenvolvimento do subsistema de propulsão mobilizou cerca de 50 funcionários do Inpe, responsáveis pela especificação da tecnologia, e mais duas dezenas entre empregados e consultores da empresa Fibraforte, de São José dos Campos (SP), fabricante do equipamento. Além do pessoal contratado diretamente, Heitor Patire Júnior s oma mais de uma centena de pessoas que trabalham para os fornecedores da Fibraforte.

A companhia faz parte de um consórcio formado por mais outras duas empresas que há cerca de uma década participam da Plataforma Multimissão (PMM), criada pelo Inpe para servir de base de satélites como o Amazônia-1 e o Lattes. No período, a PMM investiu aproximadamente R$ 10 milhões no desenvolvimento de peças para os satélites.

Cerca de uma dezena de países tem programas espaciais, e o Brasil é o mais atrasado. Com o desenvolvimento do subsistema de propulsão, o país poderá melhorar a posição no cenário mundial e se aproximar de emergentes, como a China e a Índia.

Dentro do governo, há grande expectativa que a empresa Visiona, criada pela parceria público-privada entre a estatal Telebras e a privatizada Embraer, dê novo impulso ao programa espacial. O modelo foi desenhado pelo próprio ministro Raupp no ano passado, quando presidia a Agência Espacial Brasileira (AEB) para o desenvolvimento do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).

Conforme acordos internacionais, o Brasil tem até 2014 para lançar o SGB em órbita. Patire Júnior teme que a nova empresa acabe importando muitos componentes e não utilize a expertise do Inpe com o propulsor. “Não podemos ficar na janela, do lado de fora. Qual será o nosso posicionamento ainda não está claro”, salientou.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... -em-orbita
Parabéns. Mas vamos também lembrar que o sistema tecnologicamente mais crítico do Amazonia-1, que é o sistema de navegação inercial, foi fornecido pelos argentinos do INVAP (sim, daquele país "falido" e outros adjetivos menos educados com que muitos se referem a eles). Essa lembrança é só para a gente não se deixar embriagar pelo ufanismo.

Abraços,

JT




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#88 Mensagem por Centurião » Qua Jul 18, 2012 12:29 am

JT8D escreveu:
henriquejr escreveu:
Parabéns. Mas vamos também lembrar que o sistema tecnologicamente mais crítico do Amazonia-1, que é o sistema de navegação inercial, foi fornecido pelos argentinos do INVAP (sim, daquele país "falido" e outros adjetivos menos educados com que muitos se referem a eles). Essa lembrança é só para a gente não se deixar embriagar pelo ufanismo.

Abraços,

JT

A proposito, a plataforma inercial dos proximos satelites ja sera nacional.




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#89 Mensagem por mauri » Qua Jul 18, 2012 10:27 am

Centurião escreveu:
JT8D escreveu: Parabéns. Mas vamos também lembrar que o sistema tecnologicamente mais crítico do Amazonia-1, que é o sistema de navegação inercial, foi fornecido pelos argentinos do INVAP (sim, daquele país "falido" e outros adjetivos menos educados com que muitos se referem a eles). Essa lembrança é só para a gente não se deixar embriagar pelo ufanismo.

Abraços,

JT

A proposito, a plataforma inercial dos proximos satelites ja sera nacional.
Eu acho que está havendo um engano, o própria reportagem nos leva a isso, faz-no entende que um satélite tem sistema inercial, mas não é isso.

O satélite tem é sistema de controle de atitude, que no nosso caso, estamos comprando da Argentina e ainda não temos está tecnologia, e vamos recebê-las dos argentinos para no futuro fazer os nossos.

Agora, o que temos em teste é um subsistema de propulsão para satélite e que será embarcado nos nossos futuros satélites que tenham como plataforma a PMM.

Temos também dois sistema inercial de navegação em nosso portfólio, um totalmente industrializado, inclusive já exportado no míssil MAR-1 para o Paquistão e um outro para o VLS, em fase de industrialização.

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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#90 Mensagem por Centurião » Qua Jul 18, 2012 11:14 am

mauri escreveu:
Centurião escreveu:
A proposito, a plataforma inercial dos proximos satelites ja sera nacional.
Eu acho que está havendo um engano, o própria reportagem nos leva a isso, faz-no entende que um satélite tem sistema inercial, mas não é isso.

O satélite tem é sistema de controle de atitude, que no nosso caso, estamos comprando da Argentina e ainda não temos está tecnologia, e vamos recebê-las dos argentinos para no futuro fazer os nossos.

Agora, o que temos em teste é um subsistema de propulsão para satélite e que será embarcado nos nossos futuros satélites que tenham como plataforma a PMM.

Temos também dois sistema inercial de navegação em nosso portfólio, um totalmente industrializado, inclusive já exportado no míssil MAR-1 para o Paquistão e um outro para o VLS, em fase de industrialização.

Mauri
Quando eu falo de plataforma inercial, estou me referindo a sistemas inerciais. De uma olhada no programa SIA (Sistemas Inerciais para Aplicacao Aeroespacial) financiado pela FINEP e que envolve o desenvolvimento dos controles de atitude e orbita.




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