Conflitos em África

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Conflitos em África

#106 Mensagem por FoxHound » Seg Jul 16, 2012 5:32 pm

França boicotará cerimônia de entrega do polêmico prêmio Unesco-Guiné Equatorial.
O programa da cerimônia está pronto: na terça-feira (17), a Unesco deverá entregar o polêmico prêmio Obiang para a pesquisa em ciências da vida, no valor de US$ 3 milhões (cerca de R$ 6 milhões). A organização internacional conseguiu sumir com o nome do presidente e ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, substituindo-o pelo de seu país, mas o prêmio Unesco-Guiné Equatorial ainda é suspeito.

A França, embora considere que a criação dos prêmios internacionais cabe às instâncias da Unesco, “gostaria que esses prêmios refletissem os valores universais carregados por esse organismo”, ressalta o ministério das Relações Exteriores. Para marcar sua desaprovação, ela votou contra a mudança do nome do prêmio – aprovado apesar do parecer contrário emitido pelo comitê jurídico da Unesco. Ela estará ausente da cerimônia, afirmou o ministério das Relações Exteriores ao “Le Monde”, assim como todos os outros países europeus membros da Unesco.

A associação Sherpa, na vanguarda dessa questão, assim como a Human Rights Watch (HRW), havia comemorado o fato de que a atribuição do prêmio fora suspensa por duas vezes, sob pressão de diversas ONGs francesas ou estrangeiras. Mas ela lamenta a vitória de Obiang pai, no meio do caminho entre provocação e busca de respeitabilidade, sendo que seu próprio filho acaba de ser alvo de um mandado de prisão por parte da Justiça francesa.

A associação de combate aos crimes econômicos se indignou com o fato de que a Unesco possa associar seu nome “a um dos regimes mais fechados e mais corruptos do mundo”. Ela havia provado que o cheque de dotação havia sido emitido, no dia 13 de fevereiro de 2009, por um banco sediado em Malta, levantando dúvidas sobre a origem desses fundos. Ela se surpreendeu com o fato de que uma fundação privada, a Fundação Obiang, pudesse ter uma conta junto ao Tesouro público guinéu-equatoriano. Isso porque a declaração de utilidade pública dessa fundação, criada pelo Movimento dos Amigos de Obiang, só foi feita no dia 10 de agosto de 2009, seis meses após a emissão do cheque. Em suma, mais uma vez, um conflito de interesses e uma utilização questionável do erário público que é a marca registrada do regime de Malabo.

Não é a primeira vez que o clã Obiang tenta instrumentalizar a Unesco, seja para tentar adquirir uma conveniente imunidade diplomática, seja para se revestir de um verniz de respeitabilidade. Alguns dias após a apreensão de seus veículos por parte da polícia francesa, como parte de uma investigação aberta por receptação e lavagem de dinheiro, Teodorin Nguema Obiang foi nomeado delegado permanente adjunto da Guiné-Equatorial junto à Unesco.

O pequeno país da África Central, no entanto, não chegou a concluir a iniciativa junto ao Ministério das Relações Exteriores para tornar efetiva essa delegação. Ele preferiu, no final de maio, graças a uma reforma constitucional aprovada por 97,7% dos votos, nomear Obiang filho como vice-presidente do país, com status de chefe de Estado, uma imunidade considerada mais segura.

No dia 8 de março, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, se alarmou diante de seu conselho executivo com os riscos que a polêmica em torno do prêmio Obiang causava à instituição. Muito constrangida por essa controvérsia que macula seu mandato, ela não quis dar declarações ao “Le Monde” e se escondeu atrás de sua obrigação de aplicar a votação do conselho executivo, favorável à concessão do prêmio.

Portanto, na terça-feira (17) haverá um discurso sobre a educação na Guiné Equatorial e outro sobre a evolução do papel das mulheres na sociedade guinéu-equatoriana. Como se nada tivesse acontecido. Em uma coincidência bastante bizarra, na quarta-feira (11), no momento em que Obiang eludia os juízes, a embaixadora de seu país, também chamada Obiang, recebia seu certificado no Palácio do Eliseu. Esse não é o último desdobramento da história. Há rumores de que Obiang pai seria fanfarrão o suficiente para comparecer pessoalmente à entrega do prêmio que quase levou seu nome.

http://4.bp.blogspot.com/-Dhwg5R7I7Oo/U ... Obiang.jpg
Teodoro Obiang foi nomeado delegado permanente adjunto
da Guiné-Equatorial junto à Unesco

http://codinomeinformante.blogspot.com. ... trega.html




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Re: Conflitos em África

#107 Mensagem por FoxHound » Ter Jul 17, 2012 4:36 pm

“Vendedores de morte” alimentam islamistas, diz presidente da Libéria.
Os grupos rebeldes islâmicos nos países de África recebem um forte suporte financeiro dos traficantes internacionais de armas e cartéis de drogas, disse a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, na capital etíope, Adis Abeba.

Johnson-Sirleaf chamou de muito preocupante o aumento da influência de grupos islâmicos extremistas Boko Haram na Nigéria, Al-Shabaab na Somália, e Ansar Dine no Mali.

É essencial que todos os países produtores de armas assinem um acordo internacional sobre a limitação da propagação de armas, diz Johnson-Sirleaf. Segundo ela, a Libéria tem a intenção de liderar uma campanha para celebrar tal acordo.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_17/81801699/




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Re: Conflitos em África

#108 Mensagem por FoxHound » Ter Jul 17, 2012 7:16 pm

Ameaça de guerra pode acelerar reconstrução política em Mali.
http://4.bp.blogspot.com/-jCJivDt9PY8/U ... 0/Mali.jpg

Guerra. A palavra tem sido pronunciada com cada vez mais frequência pelos observadores e atores da crise malinesa. Menos como uma promessa imediata de confronto entre Norte e Sul do que como uma ameaça virtual, destinada a acelerar o ritmo da reconstrução política, em Bamaco, e trazer a esperança de um acerto negociado com as facções do Norte.

Para que as negociações com esses grupos armados --a começar pelo Ansar Dine, o partido de Iyad Ag Ghali --tenham uma chance de dar certo, seria preciso primeiro que fosse criado um governo ampliado capaz de atuar como interlocutor. Mas as negociações só podem ser concebidas dentro do contexto de uma reunificação do país.

No sábado (14), o Conselho de Paz e de Segurança (CPS) da União Africana lembrou que “a unidade nacional e a integridade territorial do Mali não podem ser alvo de nenhuma discussão ou negociação”. Por enquanto, as perspectivas de uma guerra de “reconquista” do Norte do Mali, cujas principais cidades se encontram nas mãos de grupos armados islamitas, ainda são vagas.

Para que aconteça essa campanha militar, seria necessário primeiramente que fosse criado um governo ampliado em Bamaco. Esse objetivo foge da alçada de Mali. Nos últimos três meses, Burkina Fasso, mediadora designada pela Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), teve autoridade sobre o processo de negociação do Mali. O governo atual é obra sua (o primeiro-ministro Cheikh Modibo Diarra é um dos homens do presidente burquinense), com o duplo inconveniente de ferir o sentimento de nação malinês e de não ter nenhuma realização para apresentar desde abril. Essa inação decretou o fim da fórmula.

A União Africana também confirmou no sábado o ultimato da Cedeao ao governo malinês, intimado a criar um governo de abertura até o dia 31 de julho, sob ameaça de novas sanções. Depois, um “plano de ação” deverá ser elaborado em conjunto com as negociações.

Cheikh Modibo Diarra chegou na sexta-feira à França para tentar elaborar a lista desse governo de abertura com o presidente de transição, Diacounda Traoré, que vive ali desde que foi agredido no palácio presidencial, em Bamaco, no dia 23 de maio.

Por falta de avanços no terreno das negociações, uma reorganização das forças armadas malinesas (cerca de 4 mil homens) deverá ser iniciada para que os soldados do exército nacional possam servir de base para um dispositivo militar de “reconquista” que receba apoio da Cedeao para a logística e a inteligência, tudo isso regulamentado por uma resolução da ONU.

Antes de chegar nesse ponto, será necessário constituir um governo malinês “que escape da influência de Burkina Fasso”, afirma uma fonte dentro de uma equipe de negociação. “Se ele realmente for um governo de união nacional, ele terá toda a legitimidade para explorar as possibilidades de diálogo”, diz Tiébilé Dramé, do Parena (Partido para o Renascimento Nacional).

Diálogo
“Estamos perdendo tempo, e enquanto isso, os islamitas estão recrutando”, se preocupa Mahamadou Camara, diretor de publicação do site de notícias “Le Journal du Mali”, de tendência próxima à do ex-premiê, Ibrahim Boubacar Keita, que pediu pela organização de um diálogo entre líderes malineses para criar um governo ampliado que não seja criado por cooptação.

Caso a guerra venha a ser considerada, de qual lado combateriam as tropas do Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA), a rebelião tuaregue que declarou hostilidade contra o governo central no norte do país antes de ser ultrapassada pelos grupos islamitas como Ansar Dine, ou pelos diferentes componentes da rede da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI)?

Expulso de suas últimas posições no Norte, o MNLA está se reorganizando. Segundo determinadas fontes, elementos do MNLA poderiam se juntar a tropas lealistas do coronel Al-Hadj Gamou, que está tentando montar no vizinho Níger uma força destinada a reconquistar o Norte.

“Para que se produza tal operação, seria preciso que o Níger e a Mauritânia fossem associadas a ela. Uma missão da ONU abriria a possibilidade a outros países de contribuírem também, se desejarem, como o Chade, por exemplo. E a Argélia [que no domingo recuperou três de seus sete diplomatas sequestrados em Gao, em abril] deve ser associada ao projeto”, acredita um observador regional.

Para se juntar a essa coalizão ainda em fase de projeto, o MNLA “deverá abrir mão da sua vontade de secessão”, garante a mesma fonte. No domingo, um de seus líderes, Ibrahim Ag Assaleh, se pronunciou nesse sentido: “Nós aspiramos a uma independência cultural, política e econômica, mas não à secessão”. Até segunda de manhã, nenhum líder do movimento pôde ser contatado para confirmar essa declaração.

No passado, o MNLA mostrou que seus diferentes chefes, civis ou militares, podiam manter sérias divergências. “O MNLA deve renunciar solenemente à sua reivindicação de independência, cujo corolário será a dissolução de seu ‘governo’”, avisa Tiébilé Dramé. “Além disso, ele deve pedir desculpas ao povo malinês por ter contribuído para mergulhar o país no abismo antes de ser considerado em uma estratégia qualquer de libertação do território nacional”.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... lerar.html




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Re: Conflitos em África

#109 Mensagem por FoxHound » Dom Jul 22, 2012 11:54 am

Estados Unidos suspenderam ajuda militar a Ruanda.
Os Estados Unidos suspenderam ajuda militar a Ruanda, acusando o país de ter apoiado rebeldes na República Democrática do Congo vizinha.

Trata-se de ajuda no valor de 200 mil dólares. Este montante pode parecer insignificante, mas o próprio passo é muito simbólico. Washington, aliado fiel de Ruanda, considera que Kigali desestabiliza a situação na região, apoiando os rebeldes congoleses. Ruanda desmente decididamente o seu envolvimento na rebelião, que deflagrou perto da fronteira ocidental do país.

Em resultado de ações de rebeldes armados no leste do Congo, cerca de 200 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as suas povoações.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_22/eu ... tar-congo/




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Re: Conflitos em África

#110 Mensagem por marcelo l. » Dom Jul 22, 2012 4:43 pm

Imagem

se clicar na foto pelo meu teste aumenta.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: Conflitos em África

#111 Mensagem por marcelo l. » Dom Jul 22, 2012 11:44 pm





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Re: Conflitos em África

#112 Mensagem por marcelo l. » Qua Jul 25, 2012 2:04 pm

A nova CTC de West Point saiu...vi só hoje com artigo do Derek Henry Flood, venho conhecido dos meus textos copia e cola e um excelente sujeito, ele esteve em Timbo uma semana antes da destruição e já sob o comando Ansar Eddine.


Between Islamization and Secession: The Contest for Northern Mali
http://www.ctc.usma.edu/wp-content/uplo ... l5Iss7.pdf




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Re: Conflitos em África

#113 Mensagem por marcelo l. » Dom Jul 29, 2012 8:18 pm

Audio da entrevista no link.

http://www.unmultimedia.org/radio/portu ... um=twitter

A embaixadora do Brasil junto das Nações Unidas preside a estratégia de paz para a Guiné-Bissau, no âmbito da Comissão de Consolidação da Paz da ONU para o país.
Nesta entrevista à Rádio ONU, em Nova Iorque, a diplomata fala da necessidade de dar um novo impulso politico ao país, após uma sessão de apresentação do relatório do Secretário-Geral da ONU sobre a Guiné-Bissau, no Conselho de Segurança.
Na reunião, realizada nesta quinta-feira, Ribeiro Viotti sugeriu a realização de um encontro de alto nível com parceiros internacionais do país, que a 12 de Abril sofreu um golpe militar.
Ela manifesta preocupação com o que chamou deterioração de avanços recentes na estabilidade e revitalização económica, e pede mais esforços para a sua restauração.

Acompanhe a entrevista a Eleutério Guevane.




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Re: Conflitos em África

#114 Mensagem por Lirolfuti » Qui Ago 02, 2012 4:47 pm

Enquanto isso em Darfur...

Conflito de Darfur prossegue, longe da atenção mundial
Há cinco anos, em julho de 2007, o Conselho de Segurança da ONU decidiu enviar tropas de paz a Darfur. Fora dos olhos do mundo, o conflito continua nesta região do Sudão.


Há nove anos que a região de Darfur, no Sudão, vive em guerra. Mas o conflito só ganhou lentamente o interesse da opinião pública mundial quando fotos dos janjawid rodaram o mundo. Essas milícias montadas em camelos fazem caça a oposicionistas e civis com apoio do governo sudanês. Mas só no final de 2007, quando as Nações Unidas estimou o número de mortos no conflito em 300 mil pessoas, a ONU enviou a Darfur tropas de paz com 20 mil homens.

"Hoje a situação não é melhor", diz Anne Bartlett. A professora de Sociologia da Universidade de Chicago acompanha o conflito em Darfur há anos, tem participado de negociações da ONU e dirige uma ONG que promove o desenvolvimento sustentável na região. "A missão de paz fracassou em seu objetivo de proteger as pessoas", critica Bartlett. Ela é a favor de que o contingente de soldados de paz da ONU seja aumentado. "A maioria das organizações de assistência foi retirada de Darfur por razões de segurança. Quase não existem suprimentos humanitários e proteção. A situação piorou consideravelmente, em minha opinião."

Lutas em muitas frentes

A situação em Darfur é complexa. Inicialmente, sobretudo grupos rebeldes lutavam contra o governo sudanês e as milícias financiadas por ele, querendo uma maior participação no Estado. Hoje, existem várias frentes de batalha. Os grupos rebeldes continuam travando combates contra o governo.

Contudo, mesmo entre os diferentes grupos étnicos rebeldes há lutas por território e influência política. E entre agricultores e nômades acumulam-se as disputas por recursos naturais. Além disso, quadrilhas criminosas operam em Darfur.

Especialistas criticam o governo sudanês, acusando-o de sabotar o processo de paz por não querer abdicar de parte do poder. O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o presidente sudanês, Omar al-Bashir, acusado de genocídio em Darfur. O secretário de Estado do Ministério do Exterior sudanês, Rahmat Allah Mohammad Othman, sustenta que o mandado é politicamente motivado. Além disso, afirma que a situação humanitária não se deteriorou. "Eu mesmo estive há duas semanas em Darfur. Ninguém protestou sobre a situação humanitária lá ", disse Othman em entrevista à Deutsche Welle. "Alguns parecem confundir Darfur com outros países ou outras partes do Sudão."


Duras negociações de paz

Ele também rebate os rumores de que o Sudão continuaria despachando armamentos para Darfur, apesar de um embargo das Nações Unidas sobre o fornecimento de armas. O emissário especial da ONU e chefe da missão em Darfur, Ibrahim Gambari, escolhe palavras diplomáticas, em entrevista exclusiva à Deutsche Welle.

"É óbvio que há as armas em jogo, enquanto o governo continuar combatendo grupos armados", disse o diplomata. Gambari sabe como lidar com líderes autocráticos. Ele foi funcionário do governo do presidente nigeriano, Sani Abacha, foi convidado de casamento do presidente Idriss Déby, do Chade, e negociou em nome da ONU com o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, e com o ex-chefe de Estado de Mianmar, Than Shwe.

Ele afirma que um pré-requisito para o sucesso nas negociações de paz é, antes de tudo, que todos os envolvidos suspendam os combates. "E o único caminho é um acordo de paz abrangente, que envolva todos os partidos e seja respeitado tanto pelo governo quanto pelos grupos armados", afirma.

Variedade de grupos dificulta negociações

As negociações de paz estão sendo extremamente difíceis. No lado rebelde, há vários grupos com diferentes interesses e ideologias. Em 2011, foi assinado um acordo de paz, mas apenas por um grupo de rebeldes e pelo governo. Ibrahim Gambari, no entanto, está convencido de que as Nações Unidas continuarão a mediar as negociações, e que o mandato será prorrogado pelo Conselho de Segurança por mais um ano.

Entretanto, ele não apoia as reivindicações por mais tropas da ONU em Darfur. "A situação de segurança melhorou em muitas áreas de Darfur", diz o nigeriano. "Podemos, portanto, reduzir o número de soldados, sem com isso reduzir nossa participação nos esforços de segurança em Darfur."

Cerca de 26 mil homens da ONU estão agora estacionados em Darfur, na maior missão de paz atualmente em ação no mundo. Só nos próximos meses será possível avaliar se a ideia "menos soldados por mais segurança" corresponde à realidade.

Autor: Adrian Kriesch (md)
Revisão: Augusto Valente
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... ao-mundial




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Re: Conflitos em África

#115 Mensagem por marcelo l. » Sex Ago 03, 2012 10:25 am

Será que a mudança de liderança em regimes autoritários abrir a porta para a reforma democrática?

A pós ontem pelo Alula Alex Iyasu no Royal Africano Sociedade Argumentos Africano blogue implica que ele faz, ou pelo menos que ela esteja, no caso da atual Etiópia, onde há muito tempo líder Meles Zenawi é rumores de ser gravemente doente, já morto, ou " recuperação ", dependendo de quem você perguntar. Seja qual for a condição de saúde precisa de Zenawi, Iyasu vê a crise de liderança gerado por essa incerteza como uma oportunidade para a reforma política e econômica:

O próximo primeiro-ministro da Etiópia devem tomar esta crise potencial de liderança e iminente e transformá-lo em uma oportunidade - para reformar e melhorar as áreas atingidas pela política de overreaching governo e ausência de instituições democráticas. Há uma oportunidade de ouro para ver o setor privado como um verdadeiro parceiro no crescimento econômico nacional e não uma entidade a ser temido e frustrado. Uma oportunidade para incentivar a parceria público-privada como meio de levantar capital para os tipos de ambiciosas metas de desenvolvimento Etiópia traçou, mas não tem fundos. Uma oportunidade para criar instituições democráticas com os órgãos verdadeiramente independentes que facilitam, arbitrar e estimular o empreendedorismo.

Pós Iyasu é mais normativo do que de diagnóstico, mas acho que também reflete uma visão generalizada de que a mudança de liderança em regimes autoritários abre as portas para mais fundamentais mudanças institucionais. Há pelo menos algumas razões isso pode ser verdade. Pode ser que as transições de liderança contribui para a democratização causa, estimulando as lutas entre as elites, podendo apresentar os supostos reformadores com nova sala de manobra. Pode ser que a mudança de liderança muitas vezes coincide com a democratização, pois ambos ocorrem em resposta ao aumento das pressões mais profundas para a reforma política. A correlação entre a mudança de liderança e democratização também pode surgir por razões sociológicas, talvez seja os valores do líder que importam, e os líderes que estão pessoalmente comprometidos com a reforma em geral lançar essas mudanças logo depois de chegar no escritório, mas você não pode obter esse efeito, sem alterar primeiros líderes. E, claro, todas essas afirmações possam ser verdadeiras. Seja qual for o caminho (s), o ponto é que podemos esperar que a probabilidade de uma transição democrática para o mais elevado durante os vários anos depois de um novo líder assume o leme de um regime autoritário do que durante o resto de seus mandatos.

Então, não é? Falando em Twitter ontem sobre pós Iyasu, eu sugeria que a mudança de liderança não faria muita diferença na Etiópia, mas esta manhã eu percebi que eu deveria verificar essa alegação.

Detalhes da análise estatística que eu costumava fazer, que estão no final deste post, mas a linha inferior é que eu provavelmente estava errado: na verdade, os regimes autoritários são muito mais propensos a transição para a democracia durante os vários anos na sequência de uma mudança de liderança , outras coisas sendo iguais. De acordo com minhas estimativas, uma transição democrática é mais do que três vezes mais provável de ocorrer durante os primeiros três anos da gestão de um novo líder como é depois de um governante torna-se mais estabelecida. Esta estimativa vem de um modelo estatístico que também representa a idade do regime autoritário, as liberdades civis que permite, ea ocorrência de recessão económica e não-violentas revoltas populares no ano anterior, entre outras coisas. No contexto deste tipo de modelagem, é um muito grande "efeito".

Depois de ver esse relacionamento, eu me perguntava se a mudança de liderança também pode indiretamente melhorar as perspectivas para a transição democrática, aumentando a probabilidade de que uma revolta não violenta popular seria tomar forma. Para testar essa conjectura, eu adicionei o mesmo indicador de uma nova liderança para um modelo que tenta prever as partidas de resistência civil-campanhas em regimes autoritários. Para minha surpresa, a associação realmente parece estar a correr na direção oposta; outras coisas sendo iguais, levantes populares são apenas cerca de metade da probabilidade de incendiar-se durante os primeiros anos de mandato de um governante autoritário como são nos anos posteriores.

Para autocracias em geral, este par de resultados sugere que as mudanças de liderança fazer abrir a porta para a democratização, pelo menos temporariamente, e que a ligação entre esses dois eventos não é executado através de revoltas populares. A associação que vemos, provavelmente, tem mais a ver com lutas internas elite, os valores do novo líder, ou as forças mais profundas que impulsionam mudanças em ambos os líderes e instituições.

Para a Etiópia, em particular, estes resultados implicam que Iyasu tem razão para ser otimista sobre alargamento das oportunidades de reforma política no país, sempre e por qualquer motivo Zenawi deixar o cargo. Minha previsão estatística das perspectivas da Etiópia para a transição democrática colocá-lo perto do fundo da pilha de regimes autoritários este ano, mas uma mudança na liderança poderiam provocar uma colisão em direção ao meio do pelotão, outras coisas sendo iguais. Se a nova liderança afrouxou restrições às liberdades civis como Iyasu recomenda, as probabilidades iria ficar ainda melhor. Mesmo com essas mudanças, a história nos diz que o regime autoritário seria mais chances de sobreviver do que não, mas eu vou ter uma previsão que chama para algumas rupturas nas nuvens sobre presságios de chuva sem fim algum dia.

DETALHES TÉCNICOS

Meus indicadores de governo autoritário e transições para a democracia vem de uma tarefa política Instabilidade Força conjunto de dados, enquanto o meu indicador de resistência civil-início da campanha vem de Erica Chenoweth e Maria Estevão NAVCO conjunto de dados . Eu usei linear generalizado R do modelo de comando (GLM) para estimar modelos de regressão logística com as seguintes covariáveis.

p (transição democrática | regime autoritário) = qualquer democracia prévia (sim / não) + log (duração do regime autoritário) + [democracia qualquer prévia * log (duração do regime autoritário)] + período pós-Guerra Fria (sim / não) + índice das liberdades civis (1 ano-lag) + qualquer campanha de resistência civil em curso (sim / não, defasagem de 1 ano) + negativo o crescimento do PIB anual (sim / não, lag de 1 ano) + riqueza de recursos naturais (categórica tercil) + novo líder (sim / não, defasagem de 1 ano)
p (início da campanha de resistência civil | regime autoritário) = log (taxa de mortalidade infantil em relação à média global anual ,1-ano lag) + log (população total em relação à média global anual, de 1 ano lag) + pós-Guerra Fria período (sim / não) + todas as eleições nacionais (sim / não) + (pós-guerra fria * quaisquer eleições nacionais) + índice das liberdades civis (1 ano-lag) + negativo o crescimento do PIB anual (sim / não, 1 ano lag) + novo líder (sim / não, defasagem de 1 ano)
As estimativas de razões de ímpares, por períodos de nova direcção (com o limite inferior e superior de um intervalo de confiança de 95%) eram como se segue:

A transição democrática: 3.5 (2.2, 5.8)
O início da campanha de resistência civil: 0,5 (0,2, 0,9)
Para verificar a robustez dos resultados, eu re-estimaram os modelos com intercepta aleatórios para os países que utilizam o "glmmML" pacote, e os parâmetros eram basicamente inalterado. Eu também reran os modelos com um indicador que se estendeu o "novo líder" período de cinco anos a partir de três e tem resultados muito semelhantes. Para transições democráticas, que eram essencialmente inalterada, por revoltas populares, a associação foi um pouco mais fraco, sugerindo que o período de probabilidades de depressão é curto. Finalmente, eu reran os modelos com medidas contínuas de tempo líder no cargo (autenticado) e tem os padrões esperados: ceteris paribus, como líderes tempo "no cargo passa, as chances de queda de transição democrática, enquanto as chances de uma resistência civil- campanha de formação de subir.

http://dartthrowingchimp.wordpress.com/




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Re: Conflitos em África

#116 Mensagem por marcelo l. » Sáb Ago 04, 2012 3:52 pm

Army of Uganda will create a rapid response brigade for civil and military emergency operations
The Ugandan military is setting up a rapid response brigade for civil and military emergency operations during disasters in the East African country, local media reported here on Tuesday, July 31, 201

Imagem

http://worlddefencenews.blogspot.com.br ... rapid.html




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Re: Conflitos em África

#117 Mensagem por marcelo l. » Sáb Ago 04, 2012 8:10 pm

trad.google...sobre a compra de Raven pela presstv (iran) por Uganda...e elogiando :shock: matéria com vídeo.

http://www.presstv.ir/detail/2012/08/04 ... n-somalia/

Desde a implantação em 2007, o Povo de Uganda Força de Defesa perdeu vários soldados como resultado da falta de pente al-Shabab lutadores. Aquisição do país de 12 raven RQ-11 que é um sistema pequeno avião não tripulado desenhado para uma rápida e alta mobilidade para as operações militares de acordo com o exército é um grande marco na redução de mortes em combate no Corno guerra devastadora do país da África. Lançado em apenas minutos, à mão, no ar como um modelo de avião, as terras de Raven-se pela auto-piloto para um foco próximo. Ele não requer pistas de pouso cuidadosamente preparados. Sem necessidade de instalações de apoio elaborados, o Raven idealmente atende às unidades de frente-implantados. Recursos automatizados e tecnologia GPS torná-lo simples de operar, sem necessidade de conhecimentos especializados ou em profundidade de treinamento de vôo. O Corvo é esperado para atender às necessidades de tropas da Somália de baixa altitude aquisição de vigilância, inspeção e de destino uma vez que pode ser operado manualmente ou programado para operação autônoma, utilizando o Sistema de Posicionamento sistema avançado Global (GPS) de navegação e, portanto, reduzindo as chances de as tropas da linha de frente que caem nas armadilhas de posições inimigas.




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"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: Conflitos em África

#118 Mensagem por marcelo l. » Qui Ago 09, 2012 9:52 am

Uma visão crítica da missão da ONU no Congo.


SLEEPING THROUGH THE SLAUGHTER
http://www.vice.com/read/massacre-inves ... n-un-congo




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Re: Conflitos em África

#119 Mensagem por marcelo l. » Sáb Ago 18, 2012 9:21 am

JOHANNESBURGO - A chefe de polícia sul-africana Mangwashi Victoria Phiyega disse nesta sexta-feira, 17, que 34 mineiros foram mortos e outros 78 foram feridos quando a polícia abriu fogo na quinta-feira. O ataque contra os trabalhadores em greve é um dos piores tiroteios envolvendo a polícia desde o fim do apartheid.


Phiyega afirmou que as forças de segurança agiram para se defender, quando manifestantes com "armas perigosas" investiram contra elas. O presidente Jacob Zuma deixou um encontro regional em Moçambique para voltar ao país e discutir a crise.

A polícia entrou em ação contra os trabalhadores que reuniram-se perto da mina Lonmin PLC na tarde de quinta-feira (horário local). A empresa é a terceira maior produtora de platina do mundo.

Os distúrbios na mina começaram em 10 de agosto, quando 3 mil mineiros pararam de trabalhar. No domingo, dois guardas foram mortos pela multidão, que colocou fogo em seu carro. Na segunda-feira, os manifestantes mataram outros dois trabalhadores e dois policiais. Os oficiais responderam mataram três grevistas.

O setor minerador é alvo de críticas especialmente duras por parte de facções do CNA que veem essa atividade como um bastião do "monopólio do capital branco".

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 7929,0.htm

Isso vai agitar a política na África do Sul.




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Re: Conflitos em África

#120 Mensagem por marcelo l. » Sáb Ago 18, 2012 9:24 am

Imagem

Niger aumenta os ataques.




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