Paraguai
Moderador: Conselho de Moderação
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- Júnior
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
A pergunta que ninguém faz: O que tem a ver uma coisa com a outra? Porque a entrada apoteótica da Venezuela se deu somente agora, se este pleito já vinha de há anos? E tudo se deu tão rápido quanto a saída do Paraguai?? Oportunidade???
- cassiosemasas
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
to contigo!Discordo da avaliação do companheiro. No meu entendimento a era das potências hegemônicas está no fim. Outros países estão entrando em cena e procurando espaço, entre eles o Brasil. A visão que tens, ainda é uma visão colonialista, eurocentrista, na qual estamos a reboque dos americanos como a África subsaariana estaria a reboque das antigas potências coloniais. Os EUA não estão abrindo mão de intervirem na América do Sul por serem magnânimos ou terem bom coração. É a situação interna deles, com a economia em crise que determinou o estabelecimento de prioridades na aplicação dos recursos disponíveis, sejam políticos ou militares. A América do Sul não está entre as prioridades. O servil capataz dos EUA tem sido a NATO, infelizmente. A Europa é que precisa rebelar-se contra isto, não nós.
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- Italo Lobo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
A resposta a essa pergunta é que aproveitaram para dar um contra-golpe no Paraguai, por ter a coragem de dar um golpe contra o Forum de S. Paulo. ,
O Paraguai se insurgiu contra o domínio bolivariano e esta foi a resposta para servir de exemplo, contra qquer país que queira se libertar dos filhotes de fidel no continente.
O Paraguai se insurgiu contra o domínio bolivariano e esta foi a resposta para servir de exemplo, contra qquer país que queira se libertar dos filhotes de fidel no continente.
- Boss
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Mas isso não é óbvio ?Juseara escreveu:A pergunta que ninguém faz: O que tem a ver uma coisa com a outra? Porque a entrada apoteótica da Venezuela se deu somente agora, se este pleito já vinha de há anos? E tudo se deu tão rápido quanto a saída do Paraguai?? Oportunidade???
Também se discutiu acordos com a China, porque a CRIANCINHA CHORONA que é o Paraguai, reconhece Taiwan como representante do povo chinês, e não a PR China.
Com a bosta fora do grupo, abriu a brecha.
A China deve ser irrelevante também né ?
Tudo se tornou irrelevante agora, perante o todo poderoso Paraguai.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- cassiosemasas
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
poios é!!Tudo se tornou irrelevante agora, perante o todo poderoso Paraguai.
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- rodrigo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Ao contrário, se nosso objetivo é fechar as indústrias brasileiras, é só fazer um acordo com a China. Só com o contrabando eles já fazem um estrago muito grande. Os americanos sabem bem o efeito disso.A China deve ser irrelevante também né ?
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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- mmatuso
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Realmente, um acordo de livre comércio com a China pode transformar o Brasil em outro paraguai da vida, por que os caras simplesmente produzem quase tudo 10 x mais barato.
Tem que ver o que exatamente está sendo negociado nesse acordo com o Mercosul, se é de alguma segmento em especifico.
Tem que ver o que exatamente está sendo negociado nesse acordo com o Mercosul, se é de alguma segmento em especifico.
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- Júnior
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Boss escreveu:Mas isso não é óbvio ?Juseara escreveu:A pergunta que ninguém faz: O que tem a ver uma coisa com a outra? Porque a entrada apoteótica da Venezuela se deu somente agora, se este pleito já vinha de há anos? E tudo se deu tão rápido quanto a saída do Paraguai?? Oportunidade???
Também se discutiu acordos com a China, porque a CRIANCINHA CHORONA que é o Paraguai, reconhece Taiwan como representante do povo chinês, e não a PR China.
Com a bosta fora do grupo, abriu a brecha.
A China deve ser irrelevante também né ?
Tudo se tornou irrelevante agora, perante o todo poderoso Paraguai.
No meu entender não tem nada a ver as relações que cada país tem. Mas sim corporativismo das esquerdas. Puro e simples. Até ontem o Paraguai, mesmo com essas questões de China e Taiwan, não representavam nada. E de uma hora pra outra passou a ser o vilão da história.
Concordo mais com quem acima disse que isso foi uma retaliação à reação anti bolivarianista do Paraguai.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Criou-se uma oportunidade. E ela foi aproveitada.
Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.
- Bourne
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Esse acordo de livre comércio vai demorar muito para virar algo real se depender do Brasil. Há muita coisa a ser negociada e um temor que os chineses massacrem a indústria brasileira no mercado interno e países do mercosul. Além de virar um competidor na esfera sul-americana.mmatuso escreveu:Realmente, um acordo de livre comércio com a China pode transformar o Brasil em outro paraguai da vida, por que os caras simplesmente produzem quase tudo 10 x mais barato.
Tem que ver o que exatamente está sendo negociado nesse acordo com o Mercosul, se é de alguma segmento em especifico.
Para os outros não importa. Não tem indústria e estão felizes em exportar matérias-primas em trocas de empréstimos para infra-estrutura.
A coisa é complicado. A presença da China na região pode ser tão ruim para o Brasil quanto dos EUA. Ainda que não tenha o esboço da proposta de facto. Se os chineses não importarem produtos industrializados brasileiros a tendência é não chegar a lugar nenhum.
Proposta de livre comércio entre Mercosul e China opõe Brasil e Argentina
Ruth Costas
Da BBC Brasil em Londres
Atualizado em 27 de junho, 2012 - 14:50 (Brasília) 17:50 GMT
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... l_ru.shtml
As chances de que a proposta prospere são pequenas em função da oposição da indústria brasileira.
Em meio à crise paraguaia, o anúncio de que a China teria interesse em um acordo de livre comércio com o Mercosul causou surpresa e colocou em campos opostos diplomatas do Brasil e da Argentina, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
O governo de Pequim também ofereceu uma linha de crédito de US$ 10 bilhões para financiar projetos de infraestrutura na América Latina.
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América Latina, Internacional
As propostas chinesas foram feitas na Argentina na sexta-feira passada pelo primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, durante uma vídeo conferência da qual também participaram a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e o uruguaio José Mujica, além da presidente argentina, Cristina Kirchner. A única ausência foi a Paraguai, que vive um conturbado processo de sucessão presidencial.
Segundo os especialistas, as chances de que a proposta de livre comércio prospere são pequenas em função da oposição da indústria brasileira.
Miriam Gomes Saraiva, professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, explica que a ideia de um tratado de livre comércio entre o Mercosul e a China é defendida claramente pela Argentina e vista por Brasília com preocupação por causa da ameaça que produtos chineses podem representar à indústria brasileira.
A opinião é a mesma de Kevin Gallagher, especialista em relações China-América Latina da Universidade de Boston e que está em Buenos Aires pesquisando o tema.
"Todos os países latino-americanos poderiam se beneficiar de um acesso privilegiado ao mercado chinês, que consome 72% da soja argentina e 50% do aço brasileiro, mas o potencial do impacto de um aumento das importações chinesas divide a região", explica.
Durante a teleconferência, o primeiro-ministro chinês ressaltou o "interesse comum e o grande potencial" do possível acordo.
Dilma, por sua vez, defendeu que o estreitamento dos laços com a China poderia ajudar a evitar um contágio da crise global nos países emergentes, mas para Gallagher a declaração foi política.
Presidente Dilma cumprimenta o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao após a conferência Rio +20
"A grande preocupação do Brasil hoje é como diversificar sua economia, reduzindo a dependência das exportações de commodities, cujo principal consumidor é a China, e aumentando a competitividade dos produtos de maior valor agregado, que muitas vezes competem com os chineses", afirma o analista.
Paraguai
Para Saraiva, não foi à toa que a ideia foi lançada em um momento em que o Paraguai está afastado do bloco. Segundo a professora, a diplomacia argentina aproveitou a suspensão do país do Mercosul para fazer pressão sobre o Brasil.
"O anúncio dessa proposta e as conversações relacionadas a ela foram possíveis agora por causa do afastamento do Paraguai (do Mercosul), já que o fato de esse país não manter relações diplomáticas (com a China) vem impedindo há muito tempo qualquer acordo", afirma Saraiva, especialista em diplomacia brasileira e cooperação sul-sul.
O Paraguai é um dos poucos países do mundo que não reconhece o governo de Pequim, mas sim o governo chinês de Taiwan. A ilha, no entanto, é considerada uma Província rebelde pelos chineses continentais.
Saraiva ressaltou que a chance de que um acordo comercial com a China avance são pequenas. Até porque costurar esse acordo exigiria tempo - e a princípio o afastamento do Paraguai, decidido após o impeachment-relâmpago do presidente Fernando Lugo, é apenas temporário.
Presença chinesa
A proposta da China de abrir uma linha de crédito de US$ 10 bilhões para financiar projetos de infraestrutura na região já é menos polêmica, embora para o Brasil também crie desafios, além de oportunidades.
Desde 2005, a China emprestou, principalmente por meio do Banco de Desenvolvimento Chinês, cerca de US$ 75 bilhões para países latino-americanos segundo um estudo coordenado por Gallagher e publicado pelo Inter-American Dialogue.
Só em 2010 os créditos chineses totalizaram US$ 37 bilhões, de acordo com o mesmo estudo - mais do que o total aplicado na região pelo Banco Mundial, o Banco Inter-Americano de Desenvolvimento e o EximBank dos Estados Unidos juntos.
A maior parte desses recursos se destina a obras de infraestrutura e costuma ser condicionada à contratação de construtoras chinesas em um esquema semelhante ao implementado pelo BNDES.
A diferença é que, em troca dos empréstimos, os chineses podem exigir exportações de petróleo e outros recursos naturais - como no caso de algumas linhas de crédito para a Venezuela.
Entre as obras financiadas por capital chinês estão hidrelétricas no Equador e poços de exploração de petróleo em Cuba. O Brasil também recebe uma parte importante desses empréstimos, mas, segundo Gallagher, também há uma preocupação no país com a competição que as empresas chinesas representam na região para as brasileiras.
"Por isso o BNDES está se estruturando para apoiar mais a expansão internacional das companhias brasileiras", opina o analista.
- Algus
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
“Não entendem a importância do Mercosul”, afirma Samuel Pinheiro Guimarães
Diplomata deixou o cargo de alto representante geral do Mercosul em meio à crise política no Paraguai, mas diz que turbulência não influenciou sua decisão
Gerou especulações o pedido de renúncia do diplomata brasileiro Samuel Pinheiro Guimarães do cargo de alto representante geral do Mercosul bem em meio à crise política do Paraguai. Em conversa com Sul21, Guimarães negou que sua saída tenha qualquer relação com a crise, embora em um determinado momento tenha dito “acredito que não”, deixando em aberto esta possibilidade. “A reunião do Conselho era o momento oportuno para minha renúncia”, garantiu.
Samuel Pinheiro Guimarães afirmou que as razões para sua saída estão todas no relatório que ele apresentou ao pedir a renúncia. No documento, ele qualifica o atual momento do bloco como “claudicante”. O diplomata aponta a necessidade de mais reuniões entre os presidentes dos países e de maior convergência entre o trabalho de cada área governamental com suas correlacionadas nos vizinhos. “Não há uma compreensão da importância estratégica do bloco para a América do Sul”, disse.
Em conversa de cerca de 20 minutos, o diplomata abordou estes e outros entraves do Mercosul. Também falou sobre o ingresso da Venezuela, o golpe no Paraguai e na falta de interesse da grande imprensa do Brasil com o bloco. “Não tem nenhum interesse em que o Mercosul seja um sucesso. Procura sistematicamente dizer que o Mercosul é um fracasso”.
Sul21 – Gostaria de falar da sua saída do Mercosul.
Samuel Pinheiro Guimarães – Acho que não é necessário. Os motivos estão no relatório em que comunico a renúncia.
Sul21 – Então, não teve qualquer relação com a situação do Paraguai?
Samuel Pinheiro Guimarães – Não, não tem nenhuma relação com o Paraguai. Eu já tinha decidido antes.
Sul21 – Pelo momento em que ocorreu, a situação do Paraguai não foi um estopim para sua saída?
Samuel Pinheiro Guimarães – Não foi, não. Acredito que não, porque era o momento da reunião do Conselho onde eu tinha que apresentar meu relatório. Então, era o momento oportuno para eu apresentar minha renúncia.
Sul21 – Era uma coisa que o senhor amadurecia há bastante tempo, então.
Samuel Pinheiro Guimarães – Sim.
Sul21 – Como é que o senhor analisa as medidas que foram tomadas pelo Mercosul, a suspensão do Paraguai sem sanções econômicas?
Samuel Pinheiro Guimarães – A suspensão do Paraguai decorre de se ter verificado naquele país um golpe, em que foi deposto um presidente eleito diretamente pelo povo por um Congresso que é eleito por um sistema de listas, onde as pessoas não propriamente votam. Não receberam voto popular. Este Congresso é dominado por partidos tradicionais paraguaios, que se aproveitaram de procedimentos feitos de última hora para promover a deposição do Presidente Lugo. Então, a sanção foi a suspensão. Não havia interesse dos outros países de causar um prejuízo ao próprio povo paraguaio com sanções econômicas. O Paraguai é um país mediterrâneo, subdesenvolvido, com baixos índices sociais de toda ordem.
Sul21 – A entrada da Venezuela causou controvérsia. Como o senhor analisa? Talvez fosse melhor esperar o fim da suspensão do Paraguai?
Samuel Pinheiro Guimarães – O fato objetivo é que o ingresso da Venezuela tinha sido já, de início, aprovado pelo próprio Paraguai, no protocolo de intenções. As negociações com a Venezuela, do ponto de vista técnico, já terminaram desde 2006. E o Senado paraguaio vinha impedindo o ingresso da Venezuela no Mercosul. O Senado do Paraguai talvez jamais viesse a aprovar o ingresso da Venezuela, tendo em vista sua composição altamente conservadora. Naturalmente, há um interesse muito maior de fissura política na América do Sul, de impedir o ingresso da Venezuela no Mercosul e de eventualmente derrubar o Presidente Chávez. Esses interesses vinham impedindo o ingresso da Venezuela. Com o Paraguai suspenso, por estar em um regime considerado não-democrático pelos outros três estados, os outros estados podem perfeitamente aceitar a Venezuela. Há uma preocupação muito legalista com o ingresso da Venezuela, mas essas pessoas consideram que não houve golpe no Paraguai. Na realidade não estão preocupadas com o Paraguai, mas com a entrada da Venezuela no Mercosul.
Sul21 – Qual a importância da entrada da Venezuela no Mercosul?
Samuel Pinheiro Guimarães – Em primeiro lugar, a Venezuela é um país extremamente rico em recursos naturais, com um mercado grande, 20 e poucos milhões de habitantes. É o país com as maiores reservas de petróleo do mundo neste momento, à frente da Arábia Saudita. Então, há um interesse muito grande que este país volte à órbita norte-americana. O ingresso da Venezuela no Mercosul protege ela de golpes de estado que poderiam ocorrer.
Sul21 – E comercialmente?
Samuel Pinheiro Guimarães – No caso da Venezuela, o Brasil teve superávit de US$ 3 bilhões no ano passado. A Venezuela tem um processo de desenvolvimento, de construção de sua infraestrutura, de seu parque industrial, e até mesmo de sua agricultura. E nisto ela depende da cooperação de países como Brasil, Argentina, Uruguai. A própria Venezuela, até pouco tempo, fornecia petróleo em condições favorecidas ao Paraguai.
Sul21 – Pelo que se depreende do relatório, o senhor sentiu que os estados membros do Mercosul fazem pouco esforço para que o bloco seja mais efetivo. É isso mesmo?
Samuel Pinheiro Guimarães – Acho que não há uma compreensão da importância estratégica do bloco para a América do Sul. Não há uma compreensão do que deve ser o Mercosul, de forma alguma.
Sul21 – A grande imprensa brasileira costuma apontar o protecionismo argentino como principal fator para que o bloco não engrene. Pelo seu relatório, o senhor tem uma visão diferente.
Samuel Pinheiro Guimarães – Totalmente diferente. O comércio entre os países do bloco se multiplicou por dez, muito mais do que a expansão do comércio exterior destes países. E é um comércio qualitativamente superior, porque a maior parte das exportações do Brasil, mas também dos outros países, dentro do bloco é de produtos industrializados. Enquanto que nossas exportações para a Europa e para a China é de produtos primários. Temos tido superávit extraordinário com a Argentina nos últimos anos. Não há uma compreensão de como deve ser o comércio nem como deve ser o desenvolvimento econômico dos países da região.
Sul21 – O senhor fala no relatório que Chile, Colômbia e Peru estão impossibilitados de participar do Mercosul.
Samuel Pinheiro Guimarães – Eles não podem participar, porque tem acordos de comércio não só com os EUA, mas com muitos outros países, então eles não podem participar da Tarifa Externa Comum. Também não podem ter políticas industriais comuns, porque estão impedidos pelos acordos que assinaram. Nós temos interesse pela cooperação econômico com eles, mas eles não podem fazer parte do Mercosul pelas opções que eles adotaram.
Sul21 – O senhor diz que é ruim para potências externas a existência do Mercosul. O senhor vê potências operando para desestabilizar o bloco, a partir do que está acontecendo no Paraguai?
Samuel Pinheiro Guimarães – Não, não tem nenhum… Agora, como eu disse no relatório, não há interesse nenhum das grandes potências, nem dos grandes blocos de países, que se fortaleçam outros blocos, porque preferem negociar com países individualmente. Então, para a União Europeia é muito melhor negociar com um país isolado do que com um país que faz parte de um bloco. Isto é normal. Assim como os EUA, depois de um certo período, teve posição forte em relação à União Europeia. É mais fácil negociar com a Bélgica isoladamente do que com a UE.
Sul21 – Mas logo que deu o golpe já surgiram possíveis negociações de acordo entre o Paraguai e potências.
Samuel Pinheiro Guimarães – Há dentro dos próprios países do Mercosul, grupos que pretendem se alinhar com países de fora.
Sul21 – O senhor vê neste isolamento do Paraguai uma possibilidade de eles deixarem o Mercosul?
Samuel Pinheiro Guimarães – Eles têm todo o direito. O Paraguai é um país soberano. Eles podem ter esta ilusão.
Sul21 – No relatório o senhor diz que falta difusão de notícias sobre o Mercosul. Que ações o senhor destacaria que foi realizada pelo Mercosul e que não foram devidamente divulgadas?
Samuel Pinheiro Guimarães – Vou lhe dar dois exemplos. O Paraguai é proprietário de metade da Usina de Itaipu. No entanto, até hoje falta luz periodicamente na capital paraguaia, porque não uma linha de transmissão entre a usina e Assunção. Com os fundos do FOCEM está sendo construída – não é empréstimo, é de graça – uma linha de transmissão a um custo de US$ 500 milhões. Isto vai transformar a economia paraguaia. Vai permitir que o Paraguai se industrialize, porque sem energia não há indústria. Isto é uma coisa importantíssima que nunca foi divulgada. Está sendo construída a linha de conexão elétrica entre Brasil e Uruguai, que permite resolver os problemas de energia do Uruguai, que são também importantes. Está sendo recuperada toda a rede ferroviária do Uruguai, que é extremamente importante para o transporte de madeira. Isto não se diz nos jornais. O que se noticia são pequenos incidentes, retenção de mercadorias. Mesmo assim, o comércio é extremamente elevado.
Sul21 – O senhor acha que a grande imprensa não tem muito interesse no Mercosul?
Samuel Pinheiro Guimarães – Não, a grande imprensa não tem nenhum interesse em que o Mercosul seja um sucesso. Procura sistematicamente dizer que o Mercosul é um fracasso. Deveriam ficar satisfeitos com a suspensão do Paraguai. Não ficam satisfeitos por causa do ingresso da Venezuela, não por causa do Paraguai. A grande imprensa tem uma visão diferente sobre a economia internacional, tem uma visão tradicional, tem uma visão que corresponde à das grandes potências, de total liberdade de comércio, e assim por diante. Então, um grupo de países que procura negociar numa posição mais forte com os EUA não interessa à grande imprensa. Acham que o Brasil deveria negociar sozinho e, portanto, mais fraco.
Fonte: http://sul21.com.br/jornal/2012/07/nao- ... guimaraes/
Diplomata deixou o cargo de alto representante geral do Mercosul em meio à crise política no Paraguai, mas diz que turbulência não influenciou sua decisão
Gerou especulações o pedido de renúncia do diplomata brasileiro Samuel Pinheiro Guimarães do cargo de alto representante geral do Mercosul bem em meio à crise política do Paraguai. Em conversa com Sul21, Guimarães negou que sua saída tenha qualquer relação com a crise, embora em um determinado momento tenha dito “acredito que não”, deixando em aberto esta possibilidade. “A reunião do Conselho era o momento oportuno para minha renúncia”, garantiu.
Samuel Pinheiro Guimarães afirmou que as razões para sua saída estão todas no relatório que ele apresentou ao pedir a renúncia. No documento, ele qualifica o atual momento do bloco como “claudicante”. O diplomata aponta a necessidade de mais reuniões entre os presidentes dos países e de maior convergência entre o trabalho de cada área governamental com suas correlacionadas nos vizinhos. “Não há uma compreensão da importância estratégica do bloco para a América do Sul”, disse.
Em conversa de cerca de 20 minutos, o diplomata abordou estes e outros entraves do Mercosul. Também falou sobre o ingresso da Venezuela, o golpe no Paraguai e na falta de interesse da grande imprensa do Brasil com o bloco. “Não tem nenhum interesse em que o Mercosul seja um sucesso. Procura sistematicamente dizer que o Mercosul é um fracasso”.
Sul21 – Gostaria de falar da sua saída do Mercosul.
Samuel Pinheiro Guimarães – Acho que não é necessário. Os motivos estão no relatório em que comunico a renúncia.
Sul21 – Então, não teve qualquer relação com a situação do Paraguai?
Samuel Pinheiro Guimarães – Não, não tem nenhuma relação com o Paraguai. Eu já tinha decidido antes.
Sul21 – Pelo momento em que ocorreu, a situação do Paraguai não foi um estopim para sua saída?
Samuel Pinheiro Guimarães – Não foi, não. Acredito que não, porque era o momento da reunião do Conselho onde eu tinha que apresentar meu relatório. Então, era o momento oportuno para eu apresentar minha renúncia.
Sul21 – Era uma coisa que o senhor amadurecia há bastante tempo, então.
Samuel Pinheiro Guimarães – Sim.
Sul21 – Como é que o senhor analisa as medidas que foram tomadas pelo Mercosul, a suspensão do Paraguai sem sanções econômicas?
Samuel Pinheiro Guimarães – A suspensão do Paraguai decorre de se ter verificado naquele país um golpe, em que foi deposto um presidente eleito diretamente pelo povo por um Congresso que é eleito por um sistema de listas, onde as pessoas não propriamente votam. Não receberam voto popular. Este Congresso é dominado por partidos tradicionais paraguaios, que se aproveitaram de procedimentos feitos de última hora para promover a deposição do Presidente Lugo. Então, a sanção foi a suspensão. Não havia interesse dos outros países de causar um prejuízo ao próprio povo paraguaio com sanções econômicas. O Paraguai é um país mediterrâneo, subdesenvolvido, com baixos índices sociais de toda ordem.
Sul21 – A entrada da Venezuela causou controvérsia. Como o senhor analisa? Talvez fosse melhor esperar o fim da suspensão do Paraguai?
Samuel Pinheiro Guimarães – O fato objetivo é que o ingresso da Venezuela tinha sido já, de início, aprovado pelo próprio Paraguai, no protocolo de intenções. As negociações com a Venezuela, do ponto de vista técnico, já terminaram desde 2006. E o Senado paraguaio vinha impedindo o ingresso da Venezuela no Mercosul. O Senado do Paraguai talvez jamais viesse a aprovar o ingresso da Venezuela, tendo em vista sua composição altamente conservadora. Naturalmente, há um interesse muito maior de fissura política na América do Sul, de impedir o ingresso da Venezuela no Mercosul e de eventualmente derrubar o Presidente Chávez. Esses interesses vinham impedindo o ingresso da Venezuela. Com o Paraguai suspenso, por estar em um regime considerado não-democrático pelos outros três estados, os outros estados podem perfeitamente aceitar a Venezuela. Há uma preocupação muito legalista com o ingresso da Venezuela, mas essas pessoas consideram que não houve golpe no Paraguai. Na realidade não estão preocupadas com o Paraguai, mas com a entrada da Venezuela no Mercosul.
Sul21 – Qual a importância da entrada da Venezuela no Mercosul?
Samuel Pinheiro Guimarães – Em primeiro lugar, a Venezuela é um país extremamente rico em recursos naturais, com um mercado grande, 20 e poucos milhões de habitantes. É o país com as maiores reservas de petróleo do mundo neste momento, à frente da Arábia Saudita. Então, há um interesse muito grande que este país volte à órbita norte-americana. O ingresso da Venezuela no Mercosul protege ela de golpes de estado que poderiam ocorrer.
Sul21 – E comercialmente?
Samuel Pinheiro Guimarães – No caso da Venezuela, o Brasil teve superávit de US$ 3 bilhões no ano passado. A Venezuela tem um processo de desenvolvimento, de construção de sua infraestrutura, de seu parque industrial, e até mesmo de sua agricultura. E nisto ela depende da cooperação de países como Brasil, Argentina, Uruguai. A própria Venezuela, até pouco tempo, fornecia petróleo em condições favorecidas ao Paraguai.
Sul21 – Pelo que se depreende do relatório, o senhor sentiu que os estados membros do Mercosul fazem pouco esforço para que o bloco seja mais efetivo. É isso mesmo?
Samuel Pinheiro Guimarães – Acho que não há uma compreensão da importância estratégica do bloco para a América do Sul. Não há uma compreensão do que deve ser o Mercosul, de forma alguma.
Sul21 – A grande imprensa brasileira costuma apontar o protecionismo argentino como principal fator para que o bloco não engrene. Pelo seu relatório, o senhor tem uma visão diferente.
Samuel Pinheiro Guimarães – Totalmente diferente. O comércio entre os países do bloco se multiplicou por dez, muito mais do que a expansão do comércio exterior destes países. E é um comércio qualitativamente superior, porque a maior parte das exportações do Brasil, mas também dos outros países, dentro do bloco é de produtos industrializados. Enquanto que nossas exportações para a Europa e para a China é de produtos primários. Temos tido superávit extraordinário com a Argentina nos últimos anos. Não há uma compreensão de como deve ser o comércio nem como deve ser o desenvolvimento econômico dos países da região.
Sul21 – O senhor fala no relatório que Chile, Colômbia e Peru estão impossibilitados de participar do Mercosul.
Samuel Pinheiro Guimarães – Eles não podem participar, porque tem acordos de comércio não só com os EUA, mas com muitos outros países, então eles não podem participar da Tarifa Externa Comum. Também não podem ter políticas industriais comuns, porque estão impedidos pelos acordos que assinaram. Nós temos interesse pela cooperação econômico com eles, mas eles não podem fazer parte do Mercosul pelas opções que eles adotaram.
Sul21 – O senhor diz que é ruim para potências externas a existência do Mercosul. O senhor vê potências operando para desestabilizar o bloco, a partir do que está acontecendo no Paraguai?
Samuel Pinheiro Guimarães – Não, não tem nenhum… Agora, como eu disse no relatório, não há interesse nenhum das grandes potências, nem dos grandes blocos de países, que se fortaleçam outros blocos, porque preferem negociar com países individualmente. Então, para a União Europeia é muito melhor negociar com um país isolado do que com um país que faz parte de um bloco. Isto é normal. Assim como os EUA, depois de um certo período, teve posição forte em relação à União Europeia. É mais fácil negociar com a Bélgica isoladamente do que com a UE.
Sul21 – Mas logo que deu o golpe já surgiram possíveis negociações de acordo entre o Paraguai e potências.
Samuel Pinheiro Guimarães – Há dentro dos próprios países do Mercosul, grupos que pretendem se alinhar com países de fora.
Sul21 – O senhor vê neste isolamento do Paraguai uma possibilidade de eles deixarem o Mercosul?
Samuel Pinheiro Guimarães – Eles têm todo o direito. O Paraguai é um país soberano. Eles podem ter esta ilusão.
Sul21 – No relatório o senhor diz que falta difusão de notícias sobre o Mercosul. Que ações o senhor destacaria que foi realizada pelo Mercosul e que não foram devidamente divulgadas?
Samuel Pinheiro Guimarães – Vou lhe dar dois exemplos. O Paraguai é proprietário de metade da Usina de Itaipu. No entanto, até hoje falta luz periodicamente na capital paraguaia, porque não uma linha de transmissão entre a usina e Assunção. Com os fundos do FOCEM está sendo construída – não é empréstimo, é de graça – uma linha de transmissão a um custo de US$ 500 milhões. Isto vai transformar a economia paraguaia. Vai permitir que o Paraguai se industrialize, porque sem energia não há indústria. Isto é uma coisa importantíssima que nunca foi divulgada. Está sendo construída a linha de conexão elétrica entre Brasil e Uruguai, que permite resolver os problemas de energia do Uruguai, que são também importantes. Está sendo recuperada toda a rede ferroviária do Uruguai, que é extremamente importante para o transporte de madeira. Isto não se diz nos jornais. O que se noticia são pequenos incidentes, retenção de mercadorias. Mesmo assim, o comércio é extremamente elevado.
Sul21 – O senhor acha que a grande imprensa não tem muito interesse no Mercosul?
Samuel Pinheiro Guimarães – Não, a grande imprensa não tem nenhum interesse em que o Mercosul seja um sucesso. Procura sistematicamente dizer que o Mercosul é um fracasso. Deveriam ficar satisfeitos com a suspensão do Paraguai. Não ficam satisfeitos por causa do ingresso da Venezuela, não por causa do Paraguai. A grande imprensa tem uma visão diferente sobre a economia internacional, tem uma visão tradicional, tem uma visão que corresponde à das grandes potências, de total liberdade de comércio, e assim por diante. Então, um grupo de países que procura negociar numa posição mais forte com os EUA não interessa à grande imprensa. Acham que o Brasil deveria negociar sozinho e, portanto, mais fraco.
Fonte: http://sul21.com.br/jornal/2012/07/nao- ... guimaraes/
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
http://www.redebrasilatual.com.br/temas ... -americanaDeputado paraguaio negocia instalação de base militar norte-americana
López Chavez afirmou que representantes do Pentágono visitaram o Paraguai dias após a destituição de Fernando Lugo
São Paulo – O presidente da comissão da Defesa Nacional, Segurança e Ordem Interna da Câmara de Deputados do Paraguai, José López Chavez, anunciou nesta sexta-feira (06/07) que negocia a possibilidade de instalar uma base militar norte-americana em território paraguaio. Ele afirma que manteve conversas com generais dos Estados Unidos sobre o assunto.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o deputado afirmou que representantes do Pentágono visitaram o Paraguai dias após a destituição de Fernando Lugo da Presidência do país. López Chávez é aliado do general Lino Oviedo, líder da Unace (União Nacional de Cidadãos Éticos), partido de centro-direita que não faz parte da bancada governista. Os militares norte-americanos teriam ido a Assunção para conversas sobre programas de cooperação.
De acordo com o presidente da comissão paraguaia, a ideia é instalar a base no vilarejo de Mariscal Estigarribia, perto da fronteira com a Bolívia. López Chávez justificou o pedido alegando que a Bolívia está realizando uma corrida armamentista e que o Paraguai precisa proteger essa área pouco povoada do país.
Em 2005, houve um intenso debate em Assunção sobre a conveniência de permitir uma base no local. Na época, o presidente era Nicanor Duarte Frutos, do Partido Colorado. Na ocasião, uma resolução autorizou a presença e livre trânsito de 500 marines norte-americanos. Entretanto, no governo Lugo, a proposta de criação da base foi arquivada.
Já começou... alguma supresa?
abraços]
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amor fati
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- mmatuso
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Esse episódio tem sido mais ou menos como uma partida de truco:Bourne escreveu:Esse acordo de livre comércio vai demorar muito para virar algo real se depender do Brasil. Há muita coisa a ser negociada e um temor que os chineses massacrem a indústria brasileira no mercado interno e países do mercosul. Além de virar um competidor na esfera sul-americana.mmatuso escreveu:Realmente, um acordo de livre comércio com a China pode transformar o Brasil em outro paraguai da vida, por que os caras simplesmente produzem quase tudo 10 x mais barato.
Tem que ver o que exatamente está sendo negociado nesse acordo com o Mercosul, se é de alguma segmento em especifico.
Para os outros não importa. Não tem indústria e estão felizes em exportar matérias-primas em trocas de empréstimos para infra-estrutura.
A coisa é complicado. A presença da China na região pode ser tão ruim para o Brasil quanto dos EUA. Ainda que não tenha o esboço da proposta de facto. Se os chineses não importarem produtos industrializados brasileiros a tendência é não chegar a lugar nenhum.
Paraguai trucou roubando, Brasil/Argentina/Mercosul pediram seis roubando e o Paraguai por último está pedindo nove para ver se o Brasil corre.
- romeo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Canciller desmiente que el Paraguay haya pedido base militar a EEUU....
http://www.lanacion.com.py/articulo/803 ... eeuu-.html
http://www.lanacion.com.py/articulo/803 ... eeuu-.html
- NettoBR
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Paraguai não deveria ser suspenso da OEA, dizem Estados Unidos
11 de julho de 2012 • 17h51 • atualizado às 18h42
Roberta Jacobson (D) disse que crise provocada por impeachment de Lugo deve unir a região
Foto: Reuters
O Paraguai não deveria ser suspenso da Organização dos Estados Americanos (OEA), apesar da destituição do presidente Fernando Lugo, declarou nesta quarta-feira a secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson.
A crise provocada pela saída de Lugo do poder deve ser um motivo para unir a região, em vez de dividi-la, disse Jacobson a jornalistas, na primeira reação explícita do governo americano sobre o caso. Em um encontro com correspondentes, Jacobson negou também que seu país queira estabelecer uma base militar neste país.
Lugo foi destituído em uma sessão extraordinária do Congresso paraguaio no dia 22 de junho, e até agora o governo americano tinha se mantido em uma posição prudente, à espera de que a OEA examinasse o assunto.
"Neste momento, não parece realmente haver motivo para suspender o Paraguai da OEA", declarou Jacobson aos jornalistas.
O secretário-geral da organização regional, José Miguel Insulza, que viajou ao Paraguai na semana passada, também se manifestou contra a suspensão do Paraguai após um polêmico debate na sede da organização em Washington.
Os membros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Mercosul decidiram em troca afastar o novo governo paraguaio em represália pelo que alguns mandatários da região consideram ser um golpe de Estado.
"Vejo o Paraguai como uma forma de nos unirmos como região, para apoiar a democracia paraguaia, não como um tema que exacerbe as divisões", enfatizou Jacobson.
Insulza propôs aos representantes permanentes dos 34 países da OEA uma missão que monitore a situação no Paraguai e a organização se reunirá nos próximos dias para debater essa proposta e decidir se toma alguma decisão sobre o Paraguai.
O Brasil alertou nesta quarta-feira que essa era apenas uma proposta de Insulza, e não uma posição definitiva de toda a OEA. "A noção de que a OEA siga comprometida com uma missão é muito positiva", disse Jacobson.
A imprensa paraguaia havia citado um deputado sobre a possibilidade de que os Estados Unidos instalem uma base militar a cerca de 250 km da fronteira boliviana. "Não temos interesse algum em promover uma base ou uma presença militar mais além de nossa parceria normal com o Paraguai no combate às drogas", disse Jacobson.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... nidos.html
11 de julho de 2012 • 17h51 • atualizado às 18h42
Roberta Jacobson (D) disse que crise provocada por impeachment de Lugo deve unir a região
Foto: Reuters
O Paraguai não deveria ser suspenso da Organização dos Estados Americanos (OEA), apesar da destituição do presidente Fernando Lugo, declarou nesta quarta-feira a secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson.
A crise provocada pela saída de Lugo do poder deve ser um motivo para unir a região, em vez de dividi-la, disse Jacobson a jornalistas, na primeira reação explícita do governo americano sobre o caso. Em um encontro com correspondentes, Jacobson negou também que seu país queira estabelecer uma base militar neste país.
Lugo foi destituído em uma sessão extraordinária do Congresso paraguaio no dia 22 de junho, e até agora o governo americano tinha se mantido em uma posição prudente, à espera de que a OEA examinasse o assunto.
"Neste momento, não parece realmente haver motivo para suspender o Paraguai da OEA", declarou Jacobson aos jornalistas.
O secretário-geral da organização regional, José Miguel Insulza, que viajou ao Paraguai na semana passada, também se manifestou contra a suspensão do Paraguai após um polêmico debate na sede da organização em Washington.
Os membros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Mercosul decidiram em troca afastar o novo governo paraguaio em represália pelo que alguns mandatários da região consideram ser um golpe de Estado.
"Vejo o Paraguai como uma forma de nos unirmos como região, para apoiar a democracia paraguaia, não como um tema que exacerbe as divisões", enfatizou Jacobson.
Insulza propôs aos representantes permanentes dos 34 países da OEA uma missão que monitore a situação no Paraguai e a organização se reunirá nos próximos dias para debater essa proposta e decidir se toma alguma decisão sobre o Paraguai.
O Brasil alertou nesta quarta-feira que essa era apenas uma proposta de Insulza, e não uma posição definitiva de toda a OEA. "A noção de que a OEA siga comprometida com uma missão é muito positiva", disse Jacobson.
A imprensa paraguaia havia citado um deputado sobre a possibilidade de que os Estados Unidos instalem uma base militar a cerca de 250 km da fronteira boliviana. "Não temos interesse algum em promover uma base ou uma presença militar mais além de nossa parceria normal com o Paraguai no combate às drogas", disse Jacobson.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... nidos.html
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
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