RÚSSIA
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
O Governo Chinês deves estar se deliciando com isso.
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Disputa territorial afasta Rússia e Japão
5/07/2012
Andrêi Iliachênko, especial para Gazeta Russa
Apesar do acordo de evitar declarações ríspidas sobre a questão territorial, acertado entre os presidente russo Vladímir Pútin e o primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda durante uma reunião bilateral na recente cúpula do G20, o Japão não cumpriu sua promessa. Moscou aproveitou o ensejo para lembrar que as quatro ilhas reivindicadas pelo Japão fazem parte do território russo.
Em março, às vésperas da eleição presidencial, Vladímir Pútin deu uma entrevista a jornalistas estrangeiras na qual parecia estar pronto para retomar as negociações sobre a questão territorial ilhas das Kurilas do Sul com o Japão.
“Quando eu for presidente, vamos reunir nosso Ministério das Relações Exteriores de um lado, e do outro, o Ministério japonês, e começar uma discussão sobre o tema”, declarou Putin, dirigindo-se ao jornalista japonês presente na ocasião.
Em Tóquio, isso não passou despercebido. No final de abril, um dos líderes do Partido Democrático do Japão, Seiji Maehara, fez uma visita não oficial a Moscou. No mês seguinte, Tóquio sediou um encontro entre o porta-voz da Duma (câmara dos deputados da Rússia), Serguêi Naríchkin, e o primeiro-ministro japonês e o ministro das Relações Exteriores do Japão.
O encontro na cúpula do G20 concluiu a troca preliminar de opiniões entre os líderes da Rússia e do Japão. Ambos concordaram em manter contato próximo e realizar uma nova reunião na cúpula da Apec (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) em setembro deste ano.
Comentando sobre os resultados do encontro, o conselheiro do Kremlin para política exterior Iúri Uchakov afirmou a jornalistas que o diálogo deve ser construído “em um ambiente calmo e construtivo, evitando influenciar o andamento do debate por meio de declarações muitas vezes insustentáveis”.
O tema é claramente delicado. As declarações públicas sobre isso rendem pontos políticos dentro do país, mas também aumentam as chances de arruinar o diálogo, como em vezes anteriores. Ainda assim, o acordo de restrição para as declarações durou apenas uma semana.
Em 24 de junho, o secretário-geral do governo do Japão, Osamu Fujimura, disse a jornalistas que uma possível visita do primeiro-ministro russo Dmítri Medvedev às ilhas Kurilas do Sul “seria contrariar a posição dos japoneses”.
Moscou reagiu imediatamente. “Essas ilhas fazem parte da Federação Russa. Comentários vindos do exterior sobre os planos de viagem de autoridades russas no território do seu próprio país são, no mínimo, inadequados", rebateu o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Na última terça-feira, 3, Medvedev chegou finalmente à região como parte de sua viagem ao Distrito Federal do Extremo Oriente (DFO). “Esta é uma parte muito importante de Sacalina e de todo território russo”, ressaltou o primeiro-ministro.
Uma nova reação partiu de Tóquio a ponto do governo emitir um protesto oficial. “A visita de Medvedev a Kunashir é um balde de água fria para as nossas relações”, disse o ministro das Relações Exteriores japonês, Koichiro Gemba.
Após esses acontecimentos, as perspectivas da iminente visita à Rússia até o final deste mês tornam-se ainda mais duvidosas.
No entanto, a disputa territorial pode ser superada por outros interesses em comuns. Além da cooperação em energia e na garantia de segurança no nordeste da Ásia, a questão nuclear da Coréia do Norte também é um motivo para reconsiderar a parceria.
Na verdade, existem muitos temas para futuras conversações entre Pútin e o primeiro-ministro do Japão durante a próxima cúpula da Apec, em Vladivostok.
A julgar pela declaração do ministro das Relações Exteriores russo Serguêi Lavrov, Moscou não tem a intenção de transformar a discussão sobre o problema territorial em um processo permanente. “Caminhar no sentido de um tratado de paz real é fundamental para nós, por meio de acordos em todas as esferas de cooperação bilateral e de assuntos internacionais”, declarou Lavrov nesta terça-feira durante uma coletiva de imprensa em Moscou.
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14755.html
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Disputa territorial afasta Rússia e Japão
5/07/2012
Andrêi Iliachênko, especial para Gazeta Russa
Apesar do acordo de evitar declarações ríspidas sobre a questão territorial, acertado entre os presidente russo Vladímir Pútin e o primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda durante uma reunião bilateral na recente cúpula do G20, o Japão não cumpriu sua promessa. Moscou aproveitou o ensejo para lembrar que as quatro ilhas reivindicadas pelo Japão fazem parte do território russo.
Em março, às vésperas da eleição presidencial, Vladímir Pútin deu uma entrevista a jornalistas estrangeiras na qual parecia estar pronto para retomar as negociações sobre a questão territorial ilhas das Kurilas do Sul com o Japão.
“Quando eu for presidente, vamos reunir nosso Ministério das Relações Exteriores de um lado, e do outro, o Ministério japonês, e começar uma discussão sobre o tema”, declarou Putin, dirigindo-se ao jornalista japonês presente na ocasião.
Em Tóquio, isso não passou despercebido. No final de abril, um dos líderes do Partido Democrático do Japão, Seiji Maehara, fez uma visita não oficial a Moscou. No mês seguinte, Tóquio sediou um encontro entre o porta-voz da Duma (câmara dos deputados da Rússia), Serguêi Naríchkin, e o primeiro-ministro japonês e o ministro das Relações Exteriores do Japão.
O encontro na cúpula do G20 concluiu a troca preliminar de opiniões entre os líderes da Rússia e do Japão. Ambos concordaram em manter contato próximo e realizar uma nova reunião na cúpula da Apec (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) em setembro deste ano.
Comentando sobre os resultados do encontro, o conselheiro do Kremlin para política exterior Iúri Uchakov afirmou a jornalistas que o diálogo deve ser construído “em um ambiente calmo e construtivo, evitando influenciar o andamento do debate por meio de declarações muitas vezes insustentáveis”.
O tema é claramente delicado. As declarações públicas sobre isso rendem pontos políticos dentro do país, mas também aumentam as chances de arruinar o diálogo, como em vezes anteriores. Ainda assim, o acordo de restrição para as declarações durou apenas uma semana.
Em 24 de junho, o secretário-geral do governo do Japão, Osamu Fujimura, disse a jornalistas que uma possível visita do primeiro-ministro russo Dmítri Medvedev às ilhas Kurilas do Sul “seria contrariar a posição dos japoneses”.
Moscou reagiu imediatamente. “Essas ilhas fazem parte da Federação Russa. Comentários vindos do exterior sobre os planos de viagem de autoridades russas no território do seu próprio país são, no mínimo, inadequados", rebateu o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Na última terça-feira, 3, Medvedev chegou finalmente à região como parte de sua viagem ao Distrito Federal do Extremo Oriente (DFO). “Esta é uma parte muito importante de Sacalina e de todo território russo”, ressaltou o primeiro-ministro.
Uma nova reação partiu de Tóquio a ponto do governo emitir um protesto oficial. “A visita de Medvedev a Kunashir é um balde de água fria para as nossas relações”, disse o ministro das Relações Exteriores japonês, Koichiro Gemba.
Após esses acontecimentos, as perspectivas da iminente visita à Rússia até o final deste mês tornam-se ainda mais duvidosas.
No entanto, a disputa territorial pode ser superada por outros interesses em comuns. Além da cooperação em energia e na garantia de segurança no nordeste da Ásia, a questão nuclear da Coréia do Norte também é um motivo para reconsiderar a parceria.
Na verdade, existem muitos temas para futuras conversações entre Pútin e o primeiro-ministro do Japão durante a próxima cúpula da Apec, em Vladivostok.
A julgar pela declaração do ministro das Relações Exteriores russo Serguêi Lavrov, Moscou não tem a intenção de transformar a discussão sobre o problema territorial em um processo permanente. “Caminhar no sentido de um tratado de paz real é fundamental para nós, por meio de acordos em todas as esferas de cooperação bilateral e de assuntos internacionais”, declarou Lavrov nesta terça-feira durante uma coletiva de imprensa em Moscou.
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14755.html
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Ilhas Curilas: visita estratégica e simbólica.
O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev visitou a ilha Kunachir do sul das Curilas. O chefe do gabinete de ministros salientou que a região é estratégica, e a prática de visita das Curilas por membros do governo russo irá continuar. O ministério do exterior do Japão exigiu explicações sobre esta questão do embaixador russo Evgueni Afanaciev.
O ministro do exterior japonês, Koichiro Gemba declarou: a visita do primeiro-ministro russo à Curilas para as relações bilaterais é como um “balde de água fria”. No ministério do exterior russo insistem: comentários do exterior sobre movimentação de dirigentes russos pelo território de seu próprio país são descabidos.
Algumas horas antes de voar a Kunachir, Dmitri Medvedev realizou em Yujno-Sakhalinsk uma reunião dedicada ao desenvolvimento das Curilas. A principal tarefa agora – considera o primeiro-ministro – é a modernização da infraestrutura e criação de condições para a realização de projetos de investimento de envergadura.
“Nós pretendemos continuar a desenvolver a economia da região, inclusive das Curilas. Sei que na realização de projetos promissores conjuntos estão interessados homens de negócios dos países da região Asiático-Pacífica e este é um sinal bom e correto. O território tem um potencial absolutamente excepcional.”
As autoridades russas em breve investirão mais de 20 bilhões de rublos no desenvolvimento da infraestrutura das Curilas. Especial atenção será dedicada à ilha Iturup, lá será construído um aeroporto e complexo de carga e passageiros, na Kunachir construirão uma estação marítima. Durante a reunião Dmitri Medvedev salientou que os ministros deverão acompanhar pessoalmente a realização de todos os planos de desenvolvimento dos territórios.
“Lembro que, mesmo nas condições de situação econômica complexa, nós não reduzimos nenhum copeque do financiamento do desenvolvimento das Curilas. E na primeira oportunidade até mesmo aumentamos os valores do programa federal de 14 para 21,5 bilhões de rublos. Todos os programas de desenvolvimento das ilhas devem ser realizados e por isso exige-se o controle de parte dos ministros. E controle não apenas à distância, mas também pessoal. É preciso ir às ilhas”.
A última afirmação do primeiro-ministro é significativa – considera o politólogo Alexei Makarkin. Não foi por acaso que as exigências em relação aos ministros foram feitas depois das declarações bruscas de parte de Tóquio, considera o especialista:
“A Rússia mostra com precisão que estas ilhas são território da Rússia como Moscou, São Petersburgo, ou qualquer outra cidade. As autoridades russas concordam em debater com os japoneses este problema. Mas elas dão claramente a entender que ninguém irá entregar ou trocar nada e que para a Rússia é importante o desenvolvimento econômico das ilhas. Com isto está relacionado um conjunto inteiro de resoluções – desde economicamente concretas até simbólicas, como a visita de hoje. No Japão, naturalmente,estão muito descontentes com isto. Entretanto qualquer país defende sua integridade territorial, por isso as ações do primeiro-ministro Medvedev são perfeitamente lógicas e fundamentadas.”
O Japão tem pretensões sobre as Ilhas Curilas deste 1945 e considera sua devolução uma condição para conclusão do tratado de paz com Moscou. O documento não foi assinado depois da Segunda Guerra Mundial. Então as ilhas entrarão na composição da URSS. Tóquio fundamenta suas pretensões territoriais com o Tratado de Comércio e fronteiras russo-japonês de 1855. A Rússia, declarando sua soberania sobre as ilhas, propõe ao Japão desenvolver em conjunto a região, em lugar de solucionar as disputas territoriais.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_04/cu ... -medvedev/
O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev visitou a ilha Kunachir do sul das Curilas. O chefe do gabinete de ministros salientou que a região é estratégica, e a prática de visita das Curilas por membros do governo russo irá continuar. O ministério do exterior do Japão exigiu explicações sobre esta questão do embaixador russo Evgueni Afanaciev.
O ministro do exterior japonês, Koichiro Gemba declarou: a visita do primeiro-ministro russo à Curilas para as relações bilaterais é como um “balde de água fria”. No ministério do exterior russo insistem: comentários do exterior sobre movimentação de dirigentes russos pelo território de seu próprio país são descabidos.
Algumas horas antes de voar a Kunachir, Dmitri Medvedev realizou em Yujno-Sakhalinsk uma reunião dedicada ao desenvolvimento das Curilas. A principal tarefa agora – considera o primeiro-ministro – é a modernização da infraestrutura e criação de condições para a realização de projetos de investimento de envergadura.
“Nós pretendemos continuar a desenvolver a economia da região, inclusive das Curilas. Sei que na realização de projetos promissores conjuntos estão interessados homens de negócios dos países da região Asiático-Pacífica e este é um sinal bom e correto. O território tem um potencial absolutamente excepcional.”
As autoridades russas em breve investirão mais de 20 bilhões de rublos no desenvolvimento da infraestrutura das Curilas. Especial atenção será dedicada à ilha Iturup, lá será construído um aeroporto e complexo de carga e passageiros, na Kunachir construirão uma estação marítima. Durante a reunião Dmitri Medvedev salientou que os ministros deverão acompanhar pessoalmente a realização de todos os planos de desenvolvimento dos territórios.
“Lembro que, mesmo nas condições de situação econômica complexa, nós não reduzimos nenhum copeque do financiamento do desenvolvimento das Curilas. E na primeira oportunidade até mesmo aumentamos os valores do programa federal de 14 para 21,5 bilhões de rublos. Todos os programas de desenvolvimento das ilhas devem ser realizados e por isso exige-se o controle de parte dos ministros. E controle não apenas à distância, mas também pessoal. É preciso ir às ilhas”.
A última afirmação do primeiro-ministro é significativa – considera o politólogo Alexei Makarkin. Não foi por acaso que as exigências em relação aos ministros foram feitas depois das declarações bruscas de parte de Tóquio, considera o especialista:
“A Rússia mostra com precisão que estas ilhas são território da Rússia como Moscou, São Petersburgo, ou qualquer outra cidade. As autoridades russas concordam em debater com os japoneses este problema. Mas elas dão claramente a entender que ninguém irá entregar ou trocar nada e que para a Rússia é importante o desenvolvimento econômico das ilhas. Com isto está relacionado um conjunto inteiro de resoluções – desde economicamente concretas até simbólicas, como a visita de hoje. No Japão, naturalmente,estão muito descontentes com isto. Entretanto qualquer país defende sua integridade territorial, por isso as ações do primeiro-ministro Medvedev são perfeitamente lógicas e fundamentadas.”
O Japão tem pretensões sobre as Ilhas Curilas deste 1945 e considera sua devolução uma condição para conclusão do tratado de paz com Moscou. O documento não foi assinado depois da Segunda Guerra Mundial. Então as ilhas entrarão na composição da URSS. Tóquio fundamenta suas pretensões territoriais com o Tratado de Comércio e fronteiras russo-japonês de 1855. A Rússia, declarando sua soberania sobre as ilhas, propõe ao Japão desenvolver em conjunto a região, em lugar de solucionar as disputas territoriais.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_04/cu ... -medvedev/
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
“Rússia é parceira, não ameaça”, diz representante da Otan
8/07/2012
Maria Efimova, Kommersant
Em visita à Rússia, assistente do secretário-geral da Otan para Investimento na Defesa, Patrick Orua, falou sobre as perspectivas mais promissoras na cooperação com Moscou.
http://nl.media.rbth.ru/web/br-rbth/ima ... oy_468.jpg
Secretário-geral da Otan para Investimento na DefesaPatrick Orua
Kommersant: Qual é o motivo de sua visita a Moscou?
Patrick Orua: Fui convidado pelo vice-primeiro-ministro russo Dmítri Rogozin. Juntos, visitamos o Fórum Internacional de Tecnologias em Engenharia de Construção 2012, em Jukóvski. À frente da delegação da Otan, participei de uma mesa redonda sobre cooperação técnico-militar entre a Rússia e nossa aliança.
K: Qual sua opinião sobre o potencial militar da Rússia?
PO: Não posso fazer uma avaliação adequada, pois estou aqui apenas por alguns dias. O que eu posso é dizer minha intuição sobre isso. Enquanto os países da Otan estão reduzindo seus orçamentos militares e reestruturando as possibilidades de defesa, o programa militar russo é de grande escala. Essa é uma tarefa bastante difícil nas condições de uma crise econômica. Por isso, é muito cedo para tirar qualquer conclusão, mas me parece que a reforma está indo na direção certa, com a consolidação das capacidades de defesa e foco na aviação estratégica.
K: Alguns membros da aliança estão preocupados com a transferência de tecnologia da Rússia. O que pensar sobre isso?
PO: Aqui não se trata de transferência de tecnologia da Rússia para Otan, mas de uma cooperação bilateral com a Federação Russa. O acordo segue todas as normas do direito internacional. Desde que a Rússia e a Otan não representem ameaças uma a outra e tornem-se parceiras, não há nenhum problema na troca de tecnologias.
K: Existe alguma preocupação quanto ao desenvolvimento de novas tecnologias de mísseis balísticos pela Rússia?
PO: A Otan vê a Rússia como um parceiro, não como uma ameaça. Por isso, a aliança não tem nenhuma preocupação com o desenvolvimento de tecnologia de mísseis balísticos. Essa é uma parte importante da estratégia de defesa nacional.
A ameaça vem de países onde essas tecnologias são desenvolvidas em conjunto com programas nucleares. A obtenção de tecnologia nuclear e de mísseis balísticos por governos fora da área euroatlântica é um desafio em comum e um importante motivo para a cooperação entre a Rússia e a Otan.
K: Como você vê as forças da Otan num futuro próximo e qual papel a aliança irá desempenhar na cooperação com a Rússia?
PO: Antes de tudo, é preciso fazer uma avaliação mútua e oportuna das ameaças à segurança. Já tivemos uma experiência positiva de cooperação no Afeganistão e, juntos, estamos caminhando para a virada de 2014, quando a ISAF [Força Internacional de Assistência para Segurança, na sigla em inglês] finalmente retirar suas tropas de lá.
Há exemplos de cooperação no setor marítimo também. Por exemplo, recentemente, os navios da força naval de países da Otan pararem em São Petersburgo para uma visita. A cooperação técnico-militar também deve ser promissora. Há muitas coisas que podemos fazer juntos, reforçando a confiança mútua.
K: A Otan está tentando assegurar que cada membro destine 2% do seu PIB à defesa. Os Estados Unidos gastam o dobro dessa quantia, mas os gastos dos membros europeus da Aliança mal chegam à porcentagem desejada. Esse desequilíbrio pode ser superado?
PO: Esse desequilíbrio é consequência de decisões federais. É difícil dizer como será a situação no futuro, tendo em conta o fator de imprevisibilidade da crise econômica. Continuaremos as consultas sobre como aumentar os gastos com defesa em longo prazo, mas isso demanda tempo.
K: Em que áreas os países da Otan vão focar os investimentos?
PO: Em primeiro lugar, para combater as ameaças de segurança, não importa de onde venham. Por isso, a aliança está constantemente envolvida na avaliação conjunta das ameaças que precisam ser combatidas hoje e amanhã. Sem dúvida, entre as áreas prioritárias é preciso incluir, agora, defesa de mísseis e cibernética.
8/07/2012
Maria Efimova, Kommersant
Em visita à Rússia, assistente do secretário-geral da Otan para Investimento na Defesa, Patrick Orua, falou sobre as perspectivas mais promissoras na cooperação com Moscou.
http://nl.media.rbth.ru/web/br-rbth/ima ... oy_468.jpg
Secretário-geral da Otan para Investimento na DefesaPatrick Orua
Kommersant: Qual é o motivo de sua visita a Moscou?
Patrick Orua: Fui convidado pelo vice-primeiro-ministro russo Dmítri Rogozin. Juntos, visitamos o Fórum Internacional de Tecnologias em Engenharia de Construção 2012, em Jukóvski. À frente da delegação da Otan, participei de uma mesa redonda sobre cooperação técnico-militar entre a Rússia e nossa aliança.
K: Qual sua opinião sobre o potencial militar da Rússia?
PO: Não posso fazer uma avaliação adequada, pois estou aqui apenas por alguns dias. O que eu posso é dizer minha intuição sobre isso. Enquanto os países da Otan estão reduzindo seus orçamentos militares e reestruturando as possibilidades de defesa, o programa militar russo é de grande escala. Essa é uma tarefa bastante difícil nas condições de uma crise econômica. Por isso, é muito cedo para tirar qualquer conclusão, mas me parece que a reforma está indo na direção certa, com a consolidação das capacidades de defesa e foco na aviação estratégica.
K: Alguns membros da aliança estão preocupados com a transferência de tecnologia da Rússia. O que pensar sobre isso?
PO: Aqui não se trata de transferência de tecnologia da Rússia para Otan, mas de uma cooperação bilateral com a Federação Russa. O acordo segue todas as normas do direito internacional. Desde que a Rússia e a Otan não representem ameaças uma a outra e tornem-se parceiras, não há nenhum problema na troca de tecnologias.
K: Existe alguma preocupação quanto ao desenvolvimento de novas tecnologias de mísseis balísticos pela Rússia?
PO: A Otan vê a Rússia como um parceiro, não como uma ameaça. Por isso, a aliança não tem nenhuma preocupação com o desenvolvimento de tecnologia de mísseis balísticos. Essa é uma parte importante da estratégia de defesa nacional.
A ameaça vem de países onde essas tecnologias são desenvolvidas em conjunto com programas nucleares. A obtenção de tecnologia nuclear e de mísseis balísticos por governos fora da área euroatlântica é um desafio em comum e um importante motivo para a cooperação entre a Rússia e a Otan.
K: Como você vê as forças da Otan num futuro próximo e qual papel a aliança irá desempenhar na cooperação com a Rússia?
PO: Antes de tudo, é preciso fazer uma avaliação mútua e oportuna das ameaças à segurança. Já tivemos uma experiência positiva de cooperação no Afeganistão e, juntos, estamos caminhando para a virada de 2014, quando a ISAF [Força Internacional de Assistência para Segurança, na sigla em inglês] finalmente retirar suas tropas de lá.
Há exemplos de cooperação no setor marítimo também. Por exemplo, recentemente, os navios da força naval de países da Otan pararem em São Petersburgo para uma visita. A cooperação técnico-militar também deve ser promissora. Há muitas coisas que podemos fazer juntos, reforçando a confiança mútua.
K: A Otan está tentando assegurar que cada membro destine 2% do seu PIB à defesa. Os Estados Unidos gastam o dobro dessa quantia, mas os gastos dos membros europeus da Aliança mal chegam à porcentagem desejada. Esse desequilíbrio pode ser superado?
PO: Esse desequilíbrio é consequência de decisões federais. É difícil dizer como será a situação no futuro, tendo em conta o fator de imprevisibilidade da crise econômica. Continuaremos as consultas sobre como aumentar os gastos com defesa em longo prazo, mas isso demanda tempo.
K: Em que áreas os países da Otan vão focar os investimentos?
PO: Em primeiro lugar, para combater as ameaças de segurança, não importa de onde venham. Por isso, a aliança está constantemente envolvida na avaliação conjunta das ameaças que precisam ser combatidas hoje e amanhã. Sem dúvida, entre as áreas prioritárias é preciso incluir, agora, defesa de mísseis e cibernética.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
“Rússia é parceira, não ameaça”, diz representante da Otan
8/07/2012
Maria Efimova, Kommersant
Em visita à Rússia, assistente do secretário-geral da Otan para Investimento na Defesa, Patrick Orua, falou sobre as perspectivas mais promissoras na cooperação com Moscou.
http://nl.media.rbth.ru/web/br-rbth/ima ... oy_468.jpg
Secretário-geral da Otan para Investimento na DefesaPatrick Orua
Kommersant: Qual é o motivo de sua visita a Moscou?
Patrick Orua: Fui convidado pelo vice-primeiro-ministro russo Dmítri Rogozin. Juntos, visitamos o Fórum Internacional de Tecnologias em Engenharia de Construção 2012, em Jukóvski. À frente da delegação da Otan, participei de uma mesa redonda sobre cooperação técnico-militar entre a Rússia e nossa aliança.
K: Qual sua opinião sobre o potencial militar da Rússia?
PO: Não posso fazer uma avaliação adequada, pois estou aqui apenas por alguns dias. O que eu posso é dizer minha intuição sobre isso. Enquanto os países da Otan estão reduzindo seus orçamentos militares e reestruturando as possibilidades de defesa, o programa militar russo é de grande escala. Essa é uma tarefa bastante difícil nas condições de uma crise econômica. Por isso, é muito cedo para tirar qualquer conclusão, mas me parece que a reforma está indo na direção certa, com a consolidação das capacidades de defesa e foco na aviação estratégica.
K: Alguns membros da aliança estão preocupados com a transferência de tecnologia da Rússia. O que pensar sobre isso?
PO: Aqui não se trata de transferência de tecnologia da Rússia para Otan, mas de uma cooperação bilateral com a Federação Russa. O acordo segue todas as normas do direito internacional. Desde que a Rússia e a Otan não representem ameaças uma a outra e tornem-se parceiras, não há nenhum problema na troca de tecnologias.
K: Existe alguma preocupação quanto ao desenvolvimento de novas tecnologias de mísseis balísticos pela Rússia?
PO: A Otan vê a Rússia como um parceiro, não como uma ameaça. Por isso, a aliança não tem nenhuma preocupação com o desenvolvimento de tecnologia de mísseis balísticos. Essa é uma parte importante da estratégia de defesa nacional.
A ameaça vem de países onde essas tecnologias são desenvolvidas em conjunto com programas nucleares. A obtenção de tecnologia nuclear e de mísseis balísticos por governos fora da área euroatlântica é um desafio em comum e um importante motivo para a cooperação entre a Rússia e a Otan.
K: Como você vê as forças da Otan num futuro próximo e qual papel a aliança irá desempenhar na cooperação com a Rússia?
PO: Antes de tudo, é preciso fazer uma avaliação mútua e oportuna das ameaças à segurança. Já tivemos uma experiência positiva de cooperação no Afeganistão e, juntos, estamos caminhando para a virada de 2014, quando a ISAF [Força Internacional de Assistência para Segurança, na sigla em inglês] finalmente retirar suas tropas de lá.
Há exemplos de cooperação no setor marítimo também. Por exemplo, recentemente, os navios da força naval de países da Otan pararem em São Petersburgo para uma visita. A cooperação técnico-militar também deve ser promissora. Há muitas coisas que podemos fazer juntos, reforçando a confiança mútua.
K: A Otan está tentando assegurar que cada membro destine 2% do seu PIB à defesa. Os Estados Unidos gastam o dobro dessa quantia, mas os gastos dos membros europeus da Aliança mal chegam à porcentagem desejada. Esse desequilíbrio pode ser superado?
PO: Esse desequilíbrio é consequência de decisões federais. É difícil dizer como será a situação no futuro, tendo em conta o fator de imprevisibilidade da crise econômica. Continuaremos as consultas sobre como aumentar os gastos com defesa em longo prazo, mas isso demanda tempo.
K: Em que áreas os países da Otan vão focar os investimentos?
PO: Em primeiro lugar, para combater as ameaças de segurança, não importa de onde venham. Por isso, a aliança está constantemente envolvida na avaliação conjunta das ameaças que precisam ser combatidas hoje e amanhã. Sem dúvida, entre as áreas prioritárias é preciso incluir, agora, defesa de mísseis e cibernética.
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14773.html
8/07/2012
Maria Efimova, Kommersant
Em visita à Rússia, assistente do secretário-geral da Otan para Investimento na Defesa, Patrick Orua, falou sobre as perspectivas mais promissoras na cooperação com Moscou.
http://nl.media.rbth.ru/web/br-rbth/ima ... oy_468.jpg
Secretário-geral da Otan para Investimento na DefesaPatrick Orua
Kommersant: Qual é o motivo de sua visita a Moscou?
Patrick Orua: Fui convidado pelo vice-primeiro-ministro russo Dmítri Rogozin. Juntos, visitamos o Fórum Internacional de Tecnologias em Engenharia de Construção 2012, em Jukóvski. À frente da delegação da Otan, participei de uma mesa redonda sobre cooperação técnico-militar entre a Rússia e nossa aliança.
K: Qual sua opinião sobre o potencial militar da Rússia?
PO: Não posso fazer uma avaliação adequada, pois estou aqui apenas por alguns dias. O que eu posso é dizer minha intuição sobre isso. Enquanto os países da Otan estão reduzindo seus orçamentos militares e reestruturando as possibilidades de defesa, o programa militar russo é de grande escala. Essa é uma tarefa bastante difícil nas condições de uma crise econômica. Por isso, é muito cedo para tirar qualquer conclusão, mas me parece que a reforma está indo na direção certa, com a consolidação das capacidades de defesa e foco na aviação estratégica.
K: Alguns membros da aliança estão preocupados com a transferência de tecnologia da Rússia. O que pensar sobre isso?
PO: Aqui não se trata de transferência de tecnologia da Rússia para Otan, mas de uma cooperação bilateral com a Federação Russa. O acordo segue todas as normas do direito internacional. Desde que a Rússia e a Otan não representem ameaças uma a outra e tornem-se parceiras, não há nenhum problema na troca de tecnologias.
K: Existe alguma preocupação quanto ao desenvolvimento de novas tecnologias de mísseis balísticos pela Rússia?
PO: A Otan vê a Rússia como um parceiro, não como uma ameaça. Por isso, a aliança não tem nenhuma preocupação com o desenvolvimento de tecnologia de mísseis balísticos. Essa é uma parte importante da estratégia de defesa nacional.
A ameaça vem de países onde essas tecnologias são desenvolvidas em conjunto com programas nucleares. A obtenção de tecnologia nuclear e de mísseis balísticos por governos fora da área euroatlântica é um desafio em comum e um importante motivo para a cooperação entre a Rússia e a Otan.
K: Como você vê as forças da Otan num futuro próximo e qual papel a aliança irá desempenhar na cooperação com a Rússia?
PO: Antes de tudo, é preciso fazer uma avaliação mútua e oportuna das ameaças à segurança. Já tivemos uma experiência positiva de cooperação no Afeganistão e, juntos, estamos caminhando para a virada de 2014, quando a ISAF [Força Internacional de Assistência para Segurança, na sigla em inglês] finalmente retirar suas tropas de lá.
Há exemplos de cooperação no setor marítimo também. Por exemplo, recentemente, os navios da força naval de países da Otan pararem em São Petersburgo para uma visita. A cooperação técnico-militar também deve ser promissora. Há muitas coisas que podemos fazer juntos, reforçando a confiança mútua.
K: A Otan está tentando assegurar que cada membro destine 2% do seu PIB à defesa. Os Estados Unidos gastam o dobro dessa quantia, mas os gastos dos membros europeus da Aliança mal chegam à porcentagem desejada. Esse desequilíbrio pode ser superado?
PO: Esse desequilíbrio é consequência de decisões federais. É difícil dizer como será a situação no futuro, tendo em conta o fator de imprevisibilidade da crise econômica. Continuaremos as consultas sobre como aumentar os gastos com defesa em longo prazo, mas isso demanda tempo.
K: Em que áreas os países da Otan vão focar os investimentos?
PO: Em primeiro lugar, para combater as ameaças de segurança, não importa de onde venham. Por isso, a aliança está constantemente envolvida na avaliação conjunta das ameaças que precisam ser combatidas hoje e amanhã. Sem dúvida, entre as áreas prioritárias é preciso incluir, agora, defesa de mísseis e cibernética.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Cooperação entre Rússia e Estados Unidos depende da estabilidade global
Sergei Lavrov reclama de declarações de republicanos norte-americanos
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, declarou à rádio Voz da Rússia que nenhum político responsável, tanto na Rússia, quanto nos Estados Unidos, pode deixar de compreender que a cooperação entre os dois países depende da estabilidade na arena internacional. No entanto, ele afirmou que a Rússia “não pode fechar os olhos quando existem acusações direcionadas a ela por parte dos republicanos durante a campanha eleitoral, culpando Moscou por quase todos os pecados do mundo contemporâneo”.
Lavrov observou, porém, que estas declarações não refletem a política americana. O Ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou, ainda, que isto acontece durante a campanha presidencial e que os dois países têm perspectivas de cooperação mútua muito benéfica.
De acordo com Sergei Lavrov, isto foi provado por uma série de projetos no domínio da exploração espacial e usos pacíficos da energia atômica, de alta tecnologia, ciência e educação.
http://www.diariodarussia.com.br/intern ... de-global/
Sergei Lavrov reclama de declarações de republicanos norte-americanos
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, declarou à rádio Voz da Rússia que nenhum político responsável, tanto na Rússia, quanto nos Estados Unidos, pode deixar de compreender que a cooperação entre os dois países depende da estabilidade na arena internacional. No entanto, ele afirmou que a Rússia “não pode fechar os olhos quando existem acusações direcionadas a ela por parte dos republicanos durante a campanha eleitoral, culpando Moscou por quase todos os pecados do mundo contemporâneo”.
Lavrov observou, porém, que estas declarações não refletem a política americana. O Ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou, ainda, que isto acontece durante a campanha presidencial e que os dois países têm perspectivas de cooperação mútua muito benéfica.
De acordo com Sergei Lavrov, isto foi provado por uma série de projetos no domínio da exploração espacial e usos pacíficos da energia atômica, de alta tecnologia, ciência e educação.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Presidente Putin propõe criação de mercado comum do Atlântico ao Pacífico
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, considerou que o nível de cooperação entre o seu país e a União Europeia não corresponde ao potencial das partes e propõe aos europeus a criação de um mercado comum do Atlântico ao Pacífico.
“O nível de cooperação com a UE não corresponde ao potencial político e económico das partes. Nós e a Europa poderíamos comolocar um objetivo ambicioso: criar um mercado único do Atlântico ao Pacífico com um volume de biliões de euros”, precisou.
O dirigente russo disse não ver possibilidades seguras de superar a crise económica na Europa.
“É preciso reconhecer que, por enquanto, não se vislumbra possibilidades seguras de superação da crise económica mundial, mais, as perspetivas tornam-se cada vez mais preocupantes, as dificuldades da Zona Euro com as dívidas e a queda para a recessão são apenas a parte superior do iceberg dos problemas estruturais que estão por resolver”, considerou.
“A falta de novos modelos de desenvolvimento tendo como fundo a erosão da liderança das locomotivas económicas tradicionais, tais como os Estados Unidos, Europa e Japão, conduz à travagem da dinâmica global de desenvolvimento”, conclui.
http://www.darussia.blogspot.com.br/201 ... ao-de.html
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, considerou que o nível de cooperação entre o seu país e a União Europeia não corresponde ao potencial das partes e propõe aos europeus a criação de um mercado comum do Atlântico ao Pacífico.
“O nível de cooperação com a UE não corresponde ao potencial político e económico das partes. Nós e a Europa poderíamos comolocar um objetivo ambicioso: criar um mercado único do Atlântico ao Pacífico com um volume de biliões de euros”, precisou.
O dirigente russo disse não ver possibilidades seguras de superar a crise económica na Europa.
“É preciso reconhecer que, por enquanto, não se vislumbra possibilidades seguras de superação da crise económica mundial, mais, as perspetivas tornam-se cada vez mais preocupantes, as dificuldades da Zona Euro com as dívidas e a queda para a recessão são apenas a parte superior do iceberg dos problemas estruturais que estão por resolver”, considerou.
“A falta de novos modelos de desenvolvimento tendo como fundo a erosão da liderança das locomotivas económicas tradicionais, tais como os Estados Unidos, Europa e Japão, conduz à travagem da dinâmica global de desenvolvimento”, conclui.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Putin acusa Ocidente de tentar manter influência com “democracia de mísseis e bombas” .
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin acusou o Ocidente de tentar conservar a sua influência através das chamadas operações humanitárias, da exportação da “democracia de mísseis e bombas” e da ingerência nos conflitos internos.
“O caráter multivetorial do desenvolvimento mundial, que se agudizou devido à crise, às dificuldades sócio-económicas nos países desenvolvidos, enfraqueceu o domínio do chamado Ocidente histórico”, declarou Putin num encontro com embaixadores russos.
“Isso já é um facto. Daí as tentativas de alguns participantes da política internacional de conservar a sua influência habitual, tirar vantagens geopolíticas a qualquer custo”, acrescentou.
“Isso manifesta-se nas chamadas operações humanitárias, na exportação da “democracia dos mísseis e bombas” e na ingerência nos conflitos internos, nomeadamente originados pela “primavera árabe””, precisou.
Nesse sentido, Putin considerou inadmissível a repetição do “cenário líbio” na Síria.
Segundo ele, “vemos quão contraditório e desiquilibrado é o processo de reformas no Norte de África e no Médio Oriente; os acontecimentos líbios trágicos estão perante nós e claro que não se deve permitir a sua repetição”.
“É preciso fazer tudo para obrigar as partes do conflito à elaboração de uma solução política pacífica de todas as questões litigiosas. É preciso querer e contribuir para esse diálogo. Claro que esse trabalho é tanto mais complexo e delicado quanto maior é a ingerência através da força, mas só ela pode garantir uma normalização duradoira e um desenvolvimento estável na região e na Síria”, considerou.
O dirigente russo defendeu que nenhuma intervenção armada contra qualquer Estado deve realizar-se sem o aval do Conselho de Segurança da ONU.
Putin acusou alguns países atingidos pela erosão de denegrirem conscientemente a imagem da Rússia.
“Por enquanto é preciso reconhecer que a imagem da Rússia no estrangeiro não é, no fundamental, criada por nós. Por isso é deturpada e não reflecte a situação no país, o seu contributo para a civilização, ciência e cultura mundiais”, precisou.
“Aqueles que disparem e lançam mísseis constantemente, são bons. Os que previnem da necessidade de um diálogo contido, esses são culpados de alguma coisa. A nossa culpa é que nós explicamos mal a nossa posição. Essa é a nossa culpa”, concluiu.
P.S. Qualquer pessoa que tenha acompanhado com atenção a catástrofe humanitária no sul da Rússia e a forma como as autoridades a geriram compreende que o poder russo já faz mais do que suficiente para denegrir a imagem do seu país.
É caso para recordar o ditado: “Agarra que é ladrão!”
Este discurso fez-me lembrar a propaganda soviética.
http://www.darussia.blogspot.com.br/201 ... anter.html
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin acusou o Ocidente de tentar conservar a sua influência através das chamadas operações humanitárias, da exportação da “democracia de mísseis e bombas” e da ingerência nos conflitos internos.
“O caráter multivetorial do desenvolvimento mundial, que se agudizou devido à crise, às dificuldades sócio-económicas nos países desenvolvidos, enfraqueceu o domínio do chamado Ocidente histórico”, declarou Putin num encontro com embaixadores russos.
“Isso já é um facto. Daí as tentativas de alguns participantes da política internacional de conservar a sua influência habitual, tirar vantagens geopolíticas a qualquer custo”, acrescentou.
“Isso manifesta-se nas chamadas operações humanitárias, na exportação da “democracia dos mísseis e bombas” e na ingerência nos conflitos internos, nomeadamente originados pela “primavera árabe””, precisou.
Nesse sentido, Putin considerou inadmissível a repetição do “cenário líbio” na Síria.
Segundo ele, “vemos quão contraditório e desiquilibrado é o processo de reformas no Norte de África e no Médio Oriente; os acontecimentos líbios trágicos estão perante nós e claro que não se deve permitir a sua repetição”.
“É preciso fazer tudo para obrigar as partes do conflito à elaboração de uma solução política pacífica de todas as questões litigiosas. É preciso querer e contribuir para esse diálogo. Claro que esse trabalho é tanto mais complexo e delicado quanto maior é a ingerência através da força, mas só ela pode garantir uma normalização duradoira e um desenvolvimento estável na região e na Síria”, considerou.
O dirigente russo defendeu que nenhuma intervenção armada contra qualquer Estado deve realizar-se sem o aval do Conselho de Segurança da ONU.
Putin acusou alguns países atingidos pela erosão de denegrirem conscientemente a imagem da Rússia.
“Por enquanto é preciso reconhecer que a imagem da Rússia no estrangeiro não é, no fundamental, criada por nós. Por isso é deturpada e não reflecte a situação no país, o seu contributo para a civilização, ciência e cultura mundiais”, precisou.
“Aqueles que disparem e lançam mísseis constantemente, são bons. Os que previnem da necessidade de um diálogo contido, esses são culpados de alguma coisa. A nossa culpa é que nós explicamos mal a nossa posição. Essa é a nossa culpa”, concluiu.
P.S. Qualquer pessoa que tenha acompanhado com atenção a catástrofe humanitária no sul da Rússia e a forma como as autoridades a geriram compreende que o poder russo já faz mais do que suficiente para denegrir a imagem do seu país.
É caso para recordar o ditado: “Agarra que é ladrão!”
Este discurso fez-me lembrar a propaganda soviética.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Câmara Baixa do Parlamento ratifica protocolo de adesão à OrganizaçãoMundial do Comércio
A Duma Estatal (Câmara Baixa do Parlamento russo) ratificou hoje o protocolo de adesão da Rússia à Organização Mundial do Comércio (OMC) depois de quase 18 anos de conversações.
Durante a votação, a ratificação foi aprovada unicamente pelos deputados do partido no poder Rússia Unida, tendo os representantes dos partidos da oposição votado contra.
O protocolo de adesão da Rússia ao Acordo de Marraqueche sobre a formação da OMC foi assinado em Genebra a 16 de dezembro do ano pasado. O prazo de transição previsto para a liberalização do acesso ao mercado é de 2-3 anos (5-7 anos para setores mais sensíveis).
Entre os setores sensíveis que podem ser afetados pela adesão da Rússia à OMC estão a indústria automóvel, agricultura e indústria ligeira.
O documento provocou protestos não só da parte dos partidos da oposição, mas de setores empresariais.
O Partido Comunista apresentou um pedido ao Tribunal Constitucional para que este se pronunciasse sobre esse documento, considerando que o protocolo violava a Constituição da Rússia.
Na véspera, o TC manifestou-se a favor da constitucionalidade do documento.
Andrei Beloussov, ministro russo do Desenvolvimento Económico, declarou que a adesão à OMC não terá consequências negativas de ordem social, nem aumentará o desemprego.
“A adesão à OMC não terá nenhuma consequência negativa de ordem social. Apenas beneficiará a população, pois aumentará a concorrência e pensamos que se os preços das mercadorias não baixarem, não sofrerão aumentos consideráveis”, explicou ele aos deputados.
A Rússia deve finalizar o processo de ratificação do protocolo sobre a sua adesão à OMC, incluindo a assinatura do Presidente, até 23 de Julho. Caso contrário, terá de reiniciar as negociações.
http://www.darussia.blogspot.com.br/201 ... ifica.html
A Duma Estatal (Câmara Baixa do Parlamento russo) ratificou hoje o protocolo de adesão da Rússia à Organização Mundial do Comércio (OMC) depois de quase 18 anos de conversações.
Durante a votação, a ratificação foi aprovada unicamente pelos deputados do partido no poder Rússia Unida, tendo os representantes dos partidos da oposição votado contra.
O protocolo de adesão da Rússia ao Acordo de Marraqueche sobre a formação da OMC foi assinado em Genebra a 16 de dezembro do ano pasado. O prazo de transição previsto para a liberalização do acesso ao mercado é de 2-3 anos (5-7 anos para setores mais sensíveis).
Entre os setores sensíveis que podem ser afetados pela adesão da Rússia à OMC estão a indústria automóvel, agricultura e indústria ligeira.
O documento provocou protestos não só da parte dos partidos da oposição, mas de setores empresariais.
O Partido Comunista apresentou um pedido ao Tribunal Constitucional para que este se pronunciasse sobre esse documento, considerando que o protocolo violava a Constituição da Rússia.
Na véspera, o TC manifestou-se a favor da constitucionalidade do documento.
Andrei Beloussov, ministro russo do Desenvolvimento Económico, declarou que a adesão à OMC não terá consequências negativas de ordem social, nem aumentará o desemprego.
“A adesão à OMC não terá nenhuma consequência negativa de ordem social. Apenas beneficiará a população, pois aumentará a concorrência e pensamos que se os preços das mercadorias não baixarem, não sofrerão aumentos consideráveis”, explicou ele aos deputados.
A Rússia deve finalizar o processo de ratificação do protocolo sobre a sua adesão à OMC, incluindo a assinatura do Presidente, até 23 de Julho. Caso contrário, terá de reiniciar as negociações.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Parlamento russo classifica ONGs como 'agentes estrangeiros'
DA FRANCE PRESSE, EM MOSCOU - 13/07/2012 - 07h46
A câmara baixa do Parlamento russo (Duma) adotou nesta sexta-feira em terceira e última leitura uma controversa lei que classifica de "agentes estrangeiros" e coloca sob forte controle as ONGs (organizações não-governamentais) que possuam financiamento externo e atividade "política".
O projeto de lei apresentado pelo partido Rússia Unida (no poder), votado em primeira leitura há uma semana e colocado urgentemente na ordem do dia da Duma, apesar dos protestos dos defensores das liberdades, da oposição liberal e dos juristas, foi adotado por 374 votos a favor, três contra e uma abstenção.
O texto prevê um registro separado para as ONGs que possuam financiamento externo e participem de alguma "atividade política" no território russo.
O Rússia Unida tem a maioria absoluta na câmara, com 238 dos 450 assentos da Duma. Tanto este partido, liderado pelo primeiro-ministro Dimitri Medvedev, quanto o populista Partido Liberal-Democrata e o Partido Comunista, oposto a toda "ingerência" ocidental, anunciaram que votariam a favor do texto.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1119 ... iros.shtml
DA FRANCE PRESSE, EM MOSCOU - 13/07/2012 - 07h46
A câmara baixa do Parlamento russo (Duma) adotou nesta sexta-feira em terceira e última leitura uma controversa lei que classifica de "agentes estrangeiros" e coloca sob forte controle as ONGs (organizações não-governamentais) que possuam financiamento externo e atividade "política".
O projeto de lei apresentado pelo partido Rússia Unida (no poder), votado em primeira leitura há uma semana e colocado urgentemente na ordem do dia da Duma, apesar dos protestos dos defensores das liberdades, da oposição liberal e dos juristas, foi adotado por 374 votos a favor, três contra e uma abstenção.
O texto prevê um registro separado para as ONGs que possuam financiamento externo e participem de alguma "atividade política" no território russo.
O Rússia Unida tem a maioria absoluta na câmara, com 238 dos 450 assentos da Duma. Tanto este partido, liderado pelo primeiro-ministro Dimitri Medvedev, quanto o populista Partido Liberal-Democrata e o Partido Comunista, oposto a toda "ingerência" ocidental, anunciaram que votariam a favor do texto.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1119 ... iros.shtml
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Enquanto isso no Brasil as ONGs não tem oposição, e criticar é coisa de comunista.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Pois é.
Qualquer ação contra ONGs que se faça, vão querer dizer que é mais um estágio do golpe comunista do PT, a mando do Chavez, e aquela mesma onda de sandices de sempre.
Mas se não faz nada, continuam reclamando...
Qualquer ação contra ONGs que se faça, vão querer dizer que é mais um estágio do golpe comunista do PT, a mando do Chavez, e aquela mesma onda de sandices de sempre.
Mas se não faz nada, continuam reclamando...
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Serviços secretos russos desmontam rede de recolha ilegal de dados sobre altos funcionários .
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, ex-KGB) anunciou hoje ter desmontado uma rede que recolhia ilegalmente informações sobre altos funcionários russos.
O serviço de informação do FSB adiantou que um antigo funcionário dos serviços secretos russos e um detetive particular recolhiam informação sobre a vida privada de altos funcionários, nomeadamente através de escutas de telefone ilegais.
"No quadro do processo crime em conformidade com os artigos 137 e 138 do Código Penal, foram realizadas buscas nos locais de residência e emprego de Smirnov, A.Iu. (ex-agente dos serviços secretos), e de Mikhailenko, A.V. (detetive privado), bem como nas instalações da Empresa Privada de Segurança "Belgan", que apoiou ativamente as pessoas citadas", lê-se num comunicado do FSB.
Durante as buscas nas instalações da Empresa "Belgan" foram encontradas munições para armas ligeiras.
Os artigos 137 do Código Penal russo, "Violação da integridade da vida privada", e 138, "Violação do segredo de correspondência, conversas telefónicas, postais, telegráficas ou outras", prevêem penas que podem ir até aos quatro anos de prisão efetiva.
Entre os clientes da empresa de segurança estavam vários edifícios da Casa Civil do Presidente da Rússia, em Moscovo e nos arredores.
O FSB informa que "a investigação irá continuar", mas não revela que altos funcionários foram alvo de escutas ilegais.
http://darussia.blogspot.com.br/2012/07 ... -rede.html
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, ex-KGB) anunciou hoje ter desmontado uma rede que recolhia ilegalmente informações sobre altos funcionários russos.
O serviço de informação do FSB adiantou que um antigo funcionário dos serviços secretos russos e um detetive particular recolhiam informação sobre a vida privada de altos funcionários, nomeadamente através de escutas de telefone ilegais.
"No quadro do processo crime em conformidade com os artigos 137 e 138 do Código Penal, foram realizadas buscas nos locais de residência e emprego de Smirnov, A.Iu. (ex-agente dos serviços secretos), e de Mikhailenko, A.V. (detetive privado), bem como nas instalações da Empresa Privada de Segurança "Belgan", que apoiou ativamente as pessoas citadas", lê-se num comunicado do FSB.
Durante as buscas nas instalações da Empresa "Belgan" foram encontradas munições para armas ligeiras.
Os artigos 137 do Código Penal russo, "Violação da integridade da vida privada", e 138, "Violação do segredo de correspondência, conversas telefónicas, postais, telegráficas ou outras", prevêem penas que podem ir até aos quatro anos de prisão efetiva.
Entre os clientes da empresa de segurança estavam vários edifícios da Casa Civil do Presidente da Rússia, em Moscovo e nos arredores.
O FSB informa que "a investigação irá continuar", mas não revela que altos funcionários foram alvo de escutas ilegais.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Russia Sends A Message.
July 13, 2012: Japan recently revealed that on June 29th, several of their F-15 fighters were sent up to intercept four Russian Tu-22 bombers. The Japanese F-15 pilots described the Russian aircraft as carrying air-to-surface missiles. The Japanese Air Force did not release any pictures and some Japanese media reported that the missiles were of the anti-ship variety. Russia has several airborne anti-ship missiles, most of them modified versions of anti-ship missiles usually carried by ships or by trucks (for coast defense). The appearance of Russian heavy bombers near Japanese air space, carrying large air-to-surface missiles, is increasingly common. To Japan it's all about Russia rejecting Japanese efforts to regain possession of the Kurile Islands (seized by Russia after World War II). In the 1990s, Russian air power was notably absent from the seas surrounding Japan. But in the last decade that has changed.
The Tu-22 is a 1970s design. It's a 126 ton, twin-engine, swing wing aircraft with a crew of four (two pilots, a bombardier, and defensive systems operator). Originally it had a 23mm cannon mounted in a tail turret. It normally carries 12 tons of bombs and missiles (including up to four large missiles) but can carry 24 tons over shorter distances. Max speed is 2,300 kilometers an hour and combat radius is 2,400 kilometers. Originally equipped for aerial refueling this capability was removed in the early 1980s to comply with the SALT treaty (which reduced U.S. and Russian nuclear capabilities). The Tu-22M was roughly equivalent to the 45 ton FB-111. Russia hopes to have a new bomber design in service by 2030, to replace the aging Tu-22M3Ms.
Russia is upgrading 30 of its Tu-22M3 bombers to the Tu-22M3M standard. The first of the M3M models recently entered service. This new version has improved electronics, is able to deliver smart bombs, and has in-flight refueling capabilities restored. Other components of upgraded aircraft were refurbished as needed. This is expected to keep these 30 Tu-22M3Ms in service for another decade or more. All 30 upgrades will not be completed until the end of the decade.
A decade ago Russia had over a hundred Tu-22M3 "Backfire" bombers in service. Or so it was claimed, as these aircraft didn't fly much. When the Cold War ended in 1991, over 300 were still in service. About 500 were produced between 1969 and 1993. The Tu-22M saw combat in Afghanistan, where it carpet bombed areas thought to contain Afghan rebels during the 1980s. Some were also used in the 2008 war with Georgia. Efforts to find export customers failed.
Russia still has some Cold War era Kh-55 (AS-15) cruise missiles available for use by these heavy bombers. Five years ago an upgrade, the Kh-555, appeared. This missile is six meters (19.8 feet) long, weighs 1.6 tons, and has a range of 3,000 kilometers. The 364 kg (800 pound) conventional warhead appears to be a cluster bomb type (carrying bomblets). The missile uses inertial and satellite supplied guidance and can hit within six meters of its aiming point. There was also a nuclear version but this does not appear to be in regular service.
Currently, Tu-160 and Tu-95MS heavy bombers normally carry a dozen Kh-555 cruise missiles each. The Tu-22M can carry four of them. Recent Russian air exercises off northern Japan put 400 cruise missiles, aimed south and able to hit anywhere in the Japanese islands, in the air, hanging from bombers flying close to Japan. Russia was sending a message.
http://www.strategypage.com/htmw/htairf ... 20713.aspx
July 13, 2012: Japan recently revealed that on June 29th, several of their F-15 fighters were sent up to intercept four Russian Tu-22 bombers. The Japanese F-15 pilots described the Russian aircraft as carrying air-to-surface missiles. The Japanese Air Force did not release any pictures and some Japanese media reported that the missiles were of the anti-ship variety. Russia has several airborne anti-ship missiles, most of them modified versions of anti-ship missiles usually carried by ships or by trucks (for coast defense). The appearance of Russian heavy bombers near Japanese air space, carrying large air-to-surface missiles, is increasingly common. To Japan it's all about Russia rejecting Japanese efforts to regain possession of the Kurile Islands (seized by Russia after World War II). In the 1990s, Russian air power was notably absent from the seas surrounding Japan. But in the last decade that has changed.
The Tu-22 is a 1970s design. It's a 126 ton, twin-engine, swing wing aircraft with a crew of four (two pilots, a bombardier, and defensive systems operator). Originally it had a 23mm cannon mounted in a tail turret. It normally carries 12 tons of bombs and missiles (including up to four large missiles) but can carry 24 tons over shorter distances. Max speed is 2,300 kilometers an hour and combat radius is 2,400 kilometers. Originally equipped for aerial refueling this capability was removed in the early 1980s to comply with the SALT treaty (which reduced U.S. and Russian nuclear capabilities). The Tu-22M was roughly equivalent to the 45 ton FB-111. Russia hopes to have a new bomber design in service by 2030, to replace the aging Tu-22M3Ms.
Russia is upgrading 30 of its Tu-22M3 bombers to the Tu-22M3M standard. The first of the M3M models recently entered service. This new version has improved electronics, is able to deliver smart bombs, and has in-flight refueling capabilities restored. Other components of upgraded aircraft were refurbished as needed. This is expected to keep these 30 Tu-22M3Ms in service for another decade or more. All 30 upgrades will not be completed until the end of the decade.
A decade ago Russia had over a hundred Tu-22M3 "Backfire" bombers in service. Or so it was claimed, as these aircraft didn't fly much. When the Cold War ended in 1991, over 300 were still in service. About 500 were produced between 1969 and 1993. The Tu-22M saw combat in Afghanistan, where it carpet bombed areas thought to contain Afghan rebels during the 1980s. Some were also used in the 2008 war with Georgia. Efforts to find export customers failed.
Russia still has some Cold War era Kh-55 (AS-15) cruise missiles available for use by these heavy bombers. Five years ago an upgrade, the Kh-555, appeared. This missile is six meters (19.8 feet) long, weighs 1.6 tons, and has a range of 3,000 kilometers. The 364 kg (800 pound) conventional warhead appears to be a cluster bomb type (carrying bomblets). The missile uses inertial and satellite supplied guidance and can hit within six meters of its aiming point. There was also a nuclear version but this does not appear to be in regular service.
Currently, Tu-160 and Tu-95MS heavy bombers normally carry a dozen Kh-555 cruise missiles each. The Tu-22M can carry four of them. Recent Russian air exercises off northern Japan put 400 cruise missiles, aimed south and able to hit anywhere in the Japanese islands, in the air, hanging from bombers flying close to Japan. Russia was sending a message.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Romney e a fúria de Putin
Retórica agressiva do candidato republicano pode fazer da Rússia, de fato, o principal inimigo geopolítico dos EUA .
WASHINGTON - Será que há uma forma de entendermos a afirmação de Mitt Romney de que a Rússia é "nosso inimigo geopolítico número um" como outra coisa que não seja uma ridícula nostalgia da Guerra Fria? A própria ideia de um "inimigo geopolítico" é quase um anacronismo na época em que os EUA enfrentam ameaças maiores de entidades sem Estado e de rivais econômicos como a China.
Em entrevista à CNN, Romney disse que, sempre que os EUA recorrem à ONU para impedir que um ditador massacre seu povo, quem surge para defendê-los é a Rússia - quem poderia imaginar que Romney acreditasse na ONU? O Washington Post considerou a declaração grosseira, porque a Rússia "não vetou as resoluções contra Irã e Coreia do Norte. É verdade que Moscou, junto com Pequim, obstruiu os esforços para deter a violência no Sudão, em Mianmar, no Zimbábue e na Costa do Marfim. De acordo com os critérios de Romney, pode-se dizer que a China é um inimigo geopolítico, mas isto seria confundir um rival com um inimigo.
A China desrespeita os direitos de seu próprio povo muito mais do que a Rússia, mas a consciência não exige que ela declare guerra a outros países, muito menos aos EUA. A Rússia, ao contrário, exige inimigos. Em 2007, em Munique, o presidente Vladimir Putin atacou energicamente os EUA como a fonte de "um uso quase incontido da força que "mergulhava o mundo em um abismo de conflitos permanentes".
Evidentemente, ele não é o único líder que deplorava o militarismo do governo de George W. Bush, mas Putin intensificou sua retórica desde então, acusando a secretária de Estado, Hillary Clinton, de instigar a violência na Rússia. Putin não hesitaria em identificar os EUA como o inimigo geopolítico número um da Rússia. Ele demoniza Washington, defende assassinos como Bashar Assad e é tolerante com o Irã.
Se Putin sempre agisse da maneira como fala, a Rússia poderia ser mesmo o inimigo geopolítico número um dos EUA. Mas ele não faz isto. Em 2010, Moscou concordou em impor rigorosas sanções ao Irã e cancelou a venda a Teerã do sistema antimíssil S-300. Assinou o novo tratado sobre controle de armas Start e permitiu o trânsito de tropas americanas do Afeganistão pela Rússia.
Apesar de todas as suas bravatas, Putin demonstrou que colaborará com Washington em questões em que os interesses russos e americanos sejam convergentes. Romney diz que a "reformulação" da política do governo de Barack Obama com a Rússia não mudou o comportamento de Moscou, mas esse é o parâmetro errado. O objetivo era reduzir o antagonismo que aumentara na esteira da invasão russa da Georgia, em 2008, para que Putin se concentrasse mais em interesses comuns e menos em exigir o fracasso dos EUA para a Rússia ser bem-sucedida. Foi o que ocorreu.
Putin continua calculista e realista quando se trata dos interesses russos, mas a má notícia é que, com o novo confronto com ativistas pró-democracia, no plano interno, ele está se tornando mais agressivo em relação ao resto do mundo.
Um segundo mandato democrata se preocupará mais em fortalecer os laços com aliados tradicionais e menos em tentar converter adversários. Romney afirma que reexaminará a implementação do novo Start e estudará o plano de defesa contra mísseis na Europa, que a Rússia considera uma ameaça. Evidentemente, Putin receberá toda tentativa cercear a Rússia como uma provocação direta. Ele procura provocações para responder a elas. Em suma, se eleito, Romney pode transformar a Rússia no inimigo geopolítico que ele afirma que ela já é. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA * É pesquisador do Centro para a Cooperação Internacional
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 0728,0.htm
Retórica agressiva do candidato republicano pode fazer da Rússia, de fato, o principal inimigo geopolítico dos EUA .
WASHINGTON - Será que há uma forma de entendermos a afirmação de Mitt Romney de que a Rússia é "nosso inimigo geopolítico número um" como outra coisa que não seja uma ridícula nostalgia da Guerra Fria? A própria ideia de um "inimigo geopolítico" é quase um anacronismo na época em que os EUA enfrentam ameaças maiores de entidades sem Estado e de rivais econômicos como a China.
Em entrevista à CNN, Romney disse que, sempre que os EUA recorrem à ONU para impedir que um ditador massacre seu povo, quem surge para defendê-los é a Rússia - quem poderia imaginar que Romney acreditasse na ONU? O Washington Post considerou a declaração grosseira, porque a Rússia "não vetou as resoluções contra Irã e Coreia do Norte. É verdade que Moscou, junto com Pequim, obstruiu os esforços para deter a violência no Sudão, em Mianmar, no Zimbábue e na Costa do Marfim. De acordo com os critérios de Romney, pode-se dizer que a China é um inimigo geopolítico, mas isto seria confundir um rival com um inimigo.
A China desrespeita os direitos de seu próprio povo muito mais do que a Rússia, mas a consciência não exige que ela declare guerra a outros países, muito menos aos EUA. A Rússia, ao contrário, exige inimigos. Em 2007, em Munique, o presidente Vladimir Putin atacou energicamente os EUA como a fonte de "um uso quase incontido da força que "mergulhava o mundo em um abismo de conflitos permanentes".
Evidentemente, ele não é o único líder que deplorava o militarismo do governo de George W. Bush, mas Putin intensificou sua retórica desde então, acusando a secretária de Estado, Hillary Clinton, de instigar a violência na Rússia. Putin não hesitaria em identificar os EUA como o inimigo geopolítico número um da Rússia. Ele demoniza Washington, defende assassinos como Bashar Assad e é tolerante com o Irã.
Se Putin sempre agisse da maneira como fala, a Rússia poderia ser mesmo o inimigo geopolítico número um dos EUA. Mas ele não faz isto. Em 2010, Moscou concordou em impor rigorosas sanções ao Irã e cancelou a venda a Teerã do sistema antimíssil S-300. Assinou o novo tratado sobre controle de armas Start e permitiu o trânsito de tropas americanas do Afeganistão pela Rússia.
Apesar de todas as suas bravatas, Putin demonstrou que colaborará com Washington em questões em que os interesses russos e americanos sejam convergentes. Romney diz que a "reformulação" da política do governo de Barack Obama com a Rússia não mudou o comportamento de Moscou, mas esse é o parâmetro errado. O objetivo era reduzir o antagonismo que aumentara na esteira da invasão russa da Georgia, em 2008, para que Putin se concentrasse mais em interesses comuns e menos em exigir o fracasso dos EUA para a Rússia ser bem-sucedida. Foi o que ocorreu.
Putin continua calculista e realista quando se trata dos interesses russos, mas a má notícia é que, com o novo confronto com ativistas pró-democracia, no plano interno, ele está se tornando mais agressivo em relação ao resto do mundo.
Um segundo mandato democrata se preocupará mais em fortalecer os laços com aliados tradicionais e menos em tentar converter adversários. Romney afirma que reexaminará a implementação do novo Start e estudará o plano de defesa contra mísseis na Europa, que a Rússia considera uma ameaça. Evidentemente, Putin receberá toda tentativa cercear a Rússia como uma provocação direta. Ele procura provocações para responder a elas. Em suma, se eleito, Romney pode transformar a Rússia no inimigo geopolítico que ele afirma que ela já é. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA * É pesquisador do Centro para a Cooperação Internacional
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 0728,0.htm
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Se a Russia antagonizar os EUA de vez quem se ferra é o primeiro. Não é a Russia que precisa invadir o irã para parar um certo programa nuclear ou de seu territorio para dar suprimentos a tropas no Afeganistão.
Alguns S300 e a chance de apenas 1 ataque resolver o problema iraniano cai pra quase 0. Se vier com alguns caças +modernos diminui ainda mais. Russia pode fazer isso com 1 canetada se assim quiser, não o faz pq perderá mais do que ganharia. Mas se rommey tornar a alternativa de antagonizar os EUA mais vantajosa Putin ira fazer sem piscar.
Felizmente todos ja sabem que a campanha eleitoral americana é sempre uma campanha que trás o pior dos EUA a tona. Quando a eleição termina vem a "operação apaga incêndio" amenizando tudo que foi dito.
Alguns S300 e a chance de apenas 1 ataque resolver o problema iraniano cai pra quase 0. Se vier com alguns caças +modernos diminui ainda mais. Russia pode fazer isso com 1 canetada se assim quiser, não o faz pq perderá mais do que ganharia. Mas se rommey tornar a alternativa de antagonizar os EUA mais vantajosa Putin ira fazer sem piscar.
Felizmente todos ja sabem que a campanha eleitoral americana é sempre uma campanha que trás o pior dos EUA a tona. Quando a eleição termina vem a "operação apaga incêndio" amenizando tudo que foi dito.