EUA x Irã
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Re: EUA x Irã
http://www.insideiran.org/news/khamenei ... y-faction/
Artigo sobre a facção majoritária no parlamento iraniana, a Rahrovan-e Velayat.
Artigo sobre a facção majoritária no parlamento iraniana, a Rahrovan-e Velayat.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: EUA x Irã
Venezuela “empresta” um de seus caça F-16 afim de preparar o Irã para um possível ataque américo-sionista
A Venezuela repassou ao Irã pelo menos um caça F-16A/B Block 15, assim confirmou um alto funcionário da Força Aérea Venezuelana (FAV), que foi citado pelo jornal espanhol ABC.
Trata-se de um modelo biposto que foi desmontado, colocado em containers e transportado para o Irã em um Boeing 707-694 da FAV desde a vase de Maracy, com escalas no Brasil e Argel. Más tarde, a Venezuela enviou ao Irã pilotos para adestrar os pilotos iranianos no manejo do caça, que foi montado de novo na base aérea de Mehrabad, precisou a fonte que pediu anonimato.
Fontes de uma agência de inteligência não-ocidental afirmaram que os iranianos pretendem calibrar seu sistema anti-aéreo com as características do F-16 Fighting Falcon, assim como examinar o modelo a fundo mediante engenharia reversa. Graças a estes testes, os iranianos poderiam se familiarizar com os caças antes de um possível ataque dos EUA e de Israel.
Vale lembrar que Israel é o segundo maior operador do F-16 Fighting Falcon, depois dos EUA. O país hebreu até a data 2009 chegou a comprar 343 caças F-16 Fighting Falcon de cinco variantes diferentes, no entanto o país tem 207 caças desse tipo em serviço atualmente.
Em 7 de junho de 1981, durante a Opeação Opera, Israel utilizou 8 F-16A há e 6 F-15A para destruir o reator da usina nuclear de Osiraq, no Iraque.
Em 6 de setembro de 2007, durante a Operação Orchard, Israel utilizou alguns caças F-16I Sufa para escoltar os caças F-15I Ra'am, os quais destruíram o reator nuclear sírio na região de Deir ez-Zor.
A Venezuela comprou um lote de 24 F-16A/B Block 15 dos EUA em 1983. Em 2006, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou a intenção de vender os 21 aviões restantes para o Irã para substitui-los por 24 caças russos Su-30 que Caracas comprou de Moscou em 2005. Os anos foram passando e o acordo não ocorreu. Tempos depois os países assinaram um acordo para que o Irã revitalizasse os caças F-16A/B Block 15 da Venezuela, mas ninguém sabe a quantas anda esse processo. Em 2011/2012 a Venezuela criou um centro de manutenção de aeronaves na base aérea de Rafael Urdaneta, onde se leva a cabo a modernização dos caças F-16 venezuelanos.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... -f-16.html
A Venezuela repassou ao Irã pelo menos um caça F-16A/B Block 15, assim confirmou um alto funcionário da Força Aérea Venezuelana (FAV), que foi citado pelo jornal espanhol ABC.
Trata-se de um modelo biposto que foi desmontado, colocado em containers e transportado para o Irã em um Boeing 707-694 da FAV desde a vase de Maracy, com escalas no Brasil e Argel. Más tarde, a Venezuela enviou ao Irã pilotos para adestrar os pilotos iranianos no manejo do caça, que foi montado de novo na base aérea de Mehrabad, precisou a fonte que pediu anonimato.
Fontes de uma agência de inteligência não-ocidental afirmaram que os iranianos pretendem calibrar seu sistema anti-aéreo com as características do F-16 Fighting Falcon, assim como examinar o modelo a fundo mediante engenharia reversa. Graças a estes testes, os iranianos poderiam se familiarizar com os caças antes de um possível ataque dos EUA e de Israel.
Vale lembrar que Israel é o segundo maior operador do F-16 Fighting Falcon, depois dos EUA. O país hebreu até a data 2009 chegou a comprar 343 caças F-16 Fighting Falcon de cinco variantes diferentes, no entanto o país tem 207 caças desse tipo em serviço atualmente.
Em 7 de junho de 1981, durante a Opeação Opera, Israel utilizou 8 F-16A há e 6 F-15A para destruir o reator da usina nuclear de Osiraq, no Iraque.
Em 6 de setembro de 2007, durante a Operação Orchard, Israel utilizou alguns caças F-16I Sufa para escoltar os caças F-15I Ra'am, os quais destruíram o reator nuclear sírio na região de Deir ez-Zor.
A Venezuela comprou um lote de 24 F-16A/B Block 15 dos EUA em 1983. Em 2006, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou a intenção de vender os 21 aviões restantes para o Irã para substitui-los por 24 caças russos Su-30 que Caracas comprou de Moscou em 2005. Os anos foram passando e o acordo não ocorreu. Tempos depois os países assinaram um acordo para que o Irã revitalizasse os caças F-16A/B Block 15 da Venezuela, mas ninguém sabe a quantas anda esse processo. Em 2011/2012 a Venezuela criou um centro de manutenção de aeronaves na base aérea de Rafael Urdaneta, onde se leva a cabo a modernização dos caças F-16 venezuelanos.
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Re: EUA x Irã
O recheio é igualzinho. Já Israel não precisa temer os F-14 e F-5 iranianos, já visitou um museu americano e se inteirou sobre os dinossauros.Venezuela “empresta” um de seus caça F-16 afim de preparar o Irã para um possível ataque américo-sionista
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
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Re: EUA x Irã
A panela continua fervendo... O leite só não entornou ainda por causa da eleição do presidente planetário.
A provincia rebelde que se cuide, porque vem chumbo grosso.
http://www.aviationweek.com/Article.asp ... 469723.xml
A provincia rebelde que se cuide, porque vem chumbo grosso.
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Re: EUA x Irã
Irã instalará mísseis em navios no Estreito de Ormuz.
As Forças Armadas do Irã planejam, no futuro próximo, equipar os navios no Estreito de Ormuz pelos mísseis de curto alcance, anunciou a jornalistas o comandante naval da Guarda Revolucionária, Ali Fadavi.
"Já equipamos nossos navios com os mísseis, cujo alcance é de 220 km, e esperamos em breve colocar em funcionamento os foguetes com alcance de mais de 300 km", - disse Fadavi.
Anteriormente, o Irã tem repetidamente ameaçado bloquear o Estreito de Ormuz, no caso de uma cominação da parte dos EUA ou seus aliados árabes no Golfo Pérsico.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_06_29/ir ... -de-ormuz/
As Forças Armadas do Irã planejam, no futuro próximo, equipar os navios no Estreito de Ormuz pelos mísseis de curto alcance, anunciou a jornalistas o comandante naval da Guarda Revolucionária, Ali Fadavi.
"Já equipamos nossos navios com os mísseis, cujo alcance é de 220 km, e esperamos em breve colocar em funcionamento os foguetes com alcance de mais de 300 km", - disse Fadavi.
Anteriormente, o Irã tem repetidamente ameaçado bloquear o Estreito de Ormuz, no caso de uma cominação da parte dos EUA ou seus aliados árabes no Golfo Pérsico.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_06_29/ir ... -de-ormuz/
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Re: EUA x Irã
Adiadas sanções contra China e Singapura.
Os Estados Unidos decidiram adiar por seis meses a imposição de sanções contra a China e a Singapura por suas importações de petróleo do Irã, disse a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em um comunicado divulgado pelo Departamento de Estado.
O argumento para tal decisão foi que os dois países “já diminuíram sensivelmente a importação” de petróleo iraniano.
Clinton salientou: “As ações conjuntas são uma clara demonstração ao Governo do Irã do fato de que a violação das obrigações internacionais no domínio nuclear leva a grandes perdas econômicas.”
http://portuguese.ruvr.ru/2012_06_29/Ad ... Singapura/
Os Estados Unidos decidiram adiar por seis meses a imposição de sanções contra a China e a Singapura por suas importações de petróleo do Irã, disse a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em um comunicado divulgado pelo Departamento de Estado.
O argumento para tal decisão foi que os dois países “já diminuíram sensivelmente a importação” de petróleo iraniano.
Clinton salientou: “As ações conjuntas são uma clara demonstração ao Governo do Irã do fato de que a violação das obrigações internacionais no domínio nuclear leva a grandes perdas econômicas.”
http://portuguese.ruvr.ru/2012_06_29/Ad ... Singapura/
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Re: EUA x Irã
Diálogo com Irã à beira do abismo
Potências mundiais insistem que exigências sejam atendidas, mas oferecem pouco a Teerã.
TEERÃ - O problema da política do risco calculado, como a adotada em relação ao programa nuclear do Irã, está no fato de que uma queda no abismo é muito fácil. Nas duas primeiras rodadas das recentes conversações entre o Irã e o P5+1 (os cinco membros do Conselho de Segurança Permanente da ONU, mais a Alemanha), realizadas em Istambul, em abril, e em Bagdá, em maio, ambas as partes pelo menos ainda tropeçavam à beira do precipício. Agora, depois da terceira rodada, em Moscou, eles estão se agarrando quase que com as unhas.
Nenhum dos lados estava disposto ao compromisso em nenhuma das questões fundamentais. Eles concordaram - muito pouco, aliás - com a realização de uma reunião de especialistas no início de julho, mas ninguém espera que ela produza algum avanço. Até lá, estarão vigorando novas sanções europeias e americanas às exportações de petróleo do Irã.
Enquanto isso, o Congresso dos EUA pressiona por outras mais e personalidades influentes desse país afirmam que o jogo das negociações acabou. Os rumores sobre a eventualidade de uma guerra continuam insistentes em Israel, enquanto, no clima político extremamente carregado deste ano eleitoral nos EUA, aumenta a ansiedade pela possibilidade de a escalada escapar do controle.
Embora as posições de ambas as partes nas negociações não sejam tão discrepantes como no passado, até o momento, suas reivindicações básicas revelaram-se irreconciliáveis.
Atualmente, as seis potências mundiais insistem em três coisas. Em primeiro lugar, o Irã deve parar o enriquecimento de urânio a 20% (nível exigido para os reatores de pesquisa, mas já muito próximo do urânio para a fabricação de armas). Em segundo lugar, o Irã precisa trocar seu atual estoque de urânio enriquecido a 20% por aquele utilizado como combustível que só pode ser usado no reator de pesquisa de Teerã. A exigência final é que o Irã feche sua instalação de enriquecimento subterrânea em Fordo, perto de Qom.
Em troca de tudo isso, não serão impostas novas sanções e o acesso a peças de reserva de aviões será facilitado. Mas o Irã quer mais: no mínimo, o reconhecimento formal do seu "direito inalienável de enriquecer" urânio, do direito de manter funcionando suas s instalações e a retirada de grande parte das inúmeras sanções que lhe foram impostas (por se recusar a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança, que exige a suspensão de toda atividade de enriquecimento).
Há vários subtextos implícitos no atual impasse, analisado em um relatório do International Crisis Group divulgado este mês. Certamente, o P5+1 tem a percepção de que o Irã está em graves dificuldades em virtude das sanções, além de profundamente temeroso de um iminente ataque aéreo israelense.
Eleições. Mas, no contexto da desordem econômica que impera na Europa e do esforço do presidente Barack Obama para conseguir se reeleger, o Irã vê o Ocidente igualmente desesperado para evitar um conflito que provocaria um aumento vertiginoso dos preços do petróleo. Seus líderes creem que seu poder de barganha se fortaleceu com as novas instalações e estoques do país e, embora afetado pelas sanções, seu orgulho não lhe permite ceder diante deles.
A realidade é que cada lado exagera seus pontos fortes e também os pontos fracos do outro lado. Particularmente, as potências globais subestimam a capacidade de recuperação do Irã e Teerã superestima a capacidade dos EUA, em um ano eleitoral, de conter uma possível aventura militar de Israel. Será necessária alguma modificação nas respectivas posições.
Sem dúvida, o Irã - com sua longa história de segredos e dissimulação - merece a intensa hostilidade e a desconfiança que seu programa nuclear continua provocando. Mas a opinião comum dos especialistas das áreas de segurança e inteligência do mundo todo é que, embora o Irã talvez queira a capacidade para construir uma arma nuclear, está longe de construir uma arma atômica que possa ser utilizada e não tomou nenhuma decisão para tanto. Na realidade, pesando custos e benefícios, os líderes iranianos têm inúmeras boas razões para não cruzar a linha do perigo.
Mas essas avaliações se revelarão ingênuas a não ser que o Irã pelo menos suspenda o enriquecimento a 20%, torne impossível a utilização do seu estoque de urânio a esse nível para aplicações militares e atenda às exigências em relação a Fordo, abrindo as instalações para um monitoramento de fato.
Em troca, o P5+1 deverá estar preparado para modificar de modo significativo suas atuais exigências fundamentais, independentemente das dificuldades políticas que isso acarretar, principalmente para Obama neste ano eleitoral. Agora, as potências globais deveriam reconhecer abertamente que - gostando ou não, quer seja uma boa política quer não - a posição legalmente correta no âmbito do Tratado de Não Proliferação Nuclear é que o Irã tem de fato o direito de enriquecer urânio para uso civil e, o que é ainda mais importante, o P5+1 deverá estar disposto não apenas a repudiar novas sanções, mas também a retirar as sanções atuais, enquanto o Irã adotar as medidas razoáveis que se exigem dele.
Isso não significa um acordo com o diabo, mas o reconhecimento de que a situação atual é insustentável; um confronto altamente inflamável está mais próximo do que possamos imaginar; e a catástrofe só será evitada por uma diplomacia serena e equilibrada, infelizmente do tipo não encontrado até o momento. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 2605,0.htm
Potências mundiais insistem que exigências sejam atendidas, mas oferecem pouco a Teerã.
TEERÃ - O problema da política do risco calculado, como a adotada em relação ao programa nuclear do Irã, está no fato de que uma queda no abismo é muito fácil. Nas duas primeiras rodadas das recentes conversações entre o Irã e o P5+1 (os cinco membros do Conselho de Segurança Permanente da ONU, mais a Alemanha), realizadas em Istambul, em abril, e em Bagdá, em maio, ambas as partes pelo menos ainda tropeçavam à beira do precipício. Agora, depois da terceira rodada, em Moscou, eles estão se agarrando quase que com as unhas.
Nenhum dos lados estava disposto ao compromisso em nenhuma das questões fundamentais. Eles concordaram - muito pouco, aliás - com a realização de uma reunião de especialistas no início de julho, mas ninguém espera que ela produza algum avanço. Até lá, estarão vigorando novas sanções europeias e americanas às exportações de petróleo do Irã.
Enquanto isso, o Congresso dos EUA pressiona por outras mais e personalidades influentes desse país afirmam que o jogo das negociações acabou. Os rumores sobre a eventualidade de uma guerra continuam insistentes em Israel, enquanto, no clima político extremamente carregado deste ano eleitoral nos EUA, aumenta a ansiedade pela possibilidade de a escalada escapar do controle.
Embora as posições de ambas as partes nas negociações não sejam tão discrepantes como no passado, até o momento, suas reivindicações básicas revelaram-se irreconciliáveis.
Atualmente, as seis potências mundiais insistem em três coisas. Em primeiro lugar, o Irã deve parar o enriquecimento de urânio a 20% (nível exigido para os reatores de pesquisa, mas já muito próximo do urânio para a fabricação de armas). Em segundo lugar, o Irã precisa trocar seu atual estoque de urânio enriquecido a 20% por aquele utilizado como combustível que só pode ser usado no reator de pesquisa de Teerã. A exigência final é que o Irã feche sua instalação de enriquecimento subterrânea em Fordo, perto de Qom.
Em troca de tudo isso, não serão impostas novas sanções e o acesso a peças de reserva de aviões será facilitado. Mas o Irã quer mais: no mínimo, o reconhecimento formal do seu "direito inalienável de enriquecer" urânio, do direito de manter funcionando suas s instalações e a retirada de grande parte das inúmeras sanções que lhe foram impostas (por se recusar a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança, que exige a suspensão de toda atividade de enriquecimento).
Há vários subtextos implícitos no atual impasse, analisado em um relatório do International Crisis Group divulgado este mês. Certamente, o P5+1 tem a percepção de que o Irã está em graves dificuldades em virtude das sanções, além de profundamente temeroso de um iminente ataque aéreo israelense.
Eleições. Mas, no contexto da desordem econômica que impera na Europa e do esforço do presidente Barack Obama para conseguir se reeleger, o Irã vê o Ocidente igualmente desesperado para evitar um conflito que provocaria um aumento vertiginoso dos preços do petróleo. Seus líderes creem que seu poder de barganha se fortaleceu com as novas instalações e estoques do país e, embora afetado pelas sanções, seu orgulho não lhe permite ceder diante deles.
A realidade é que cada lado exagera seus pontos fortes e também os pontos fracos do outro lado. Particularmente, as potências globais subestimam a capacidade de recuperação do Irã e Teerã superestima a capacidade dos EUA, em um ano eleitoral, de conter uma possível aventura militar de Israel. Será necessária alguma modificação nas respectivas posições.
Sem dúvida, o Irã - com sua longa história de segredos e dissimulação - merece a intensa hostilidade e a desconfiança que seu programa nuclear continua provocando. Mas a opinião comum dos especialistas das áreas de segurança e inteligência do mundo todo é que, embora o Irã talvez queira a capacidade para construir uma arma nuclear, está longe de construir uma arma atômica que possa ser utilizada e não tomou nenhuma decisão para tanto. Na realidade, pesando custos e benefícios, os líderes iranianos têm inúmeras boas razões para não cruzar a linha do perigo.
Mas essas avaliações se revelarão ingênuas a não ser que o Irã pelo menos suspenda o enriquecimento a 20%, torne impossível a utilização do seu estoque de urânio a esse nível para aplicações militares e atenda às exigências em relação a Fordo, abrindo as instalações para um monitoramento de fato.
Em troca, o P5+1 deverá estar preparado para modificar de modo significativo suas atuais exigências fundamentais, independentemente das dificuldades políticas que isso acarretar, principalmente para Obama neste ano eleitoral. Agora, as potências globais deveriam reconhecer abertamente que - gostando ou não, quer seja uma boa política quer não - a posição legalmente correta no âmbito do Tratado de Não Proliferação Nuclear é que o Irã tem de fato o direito de enriquecer urânio para uso civil e, o que é ainda mais importante, o P5+1 deverá estar disposto não apenas a repudiar novas sanções, mas também a retirar as sanções atuais, enquanto o Irã adotar as medidas razoáveis que se exigem dele.
Isso não significa um acordo com o diabo, mas o reconhecimento de que a situação atual é insustentável; um confronto altamente inflamável está mais próximo do que possamos imaginar; e a catástrofe só será evitada por uma diplomacia serena e equilibrada, infelizmente do tipo não encontrado até o momento. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 2605,0.htm
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Re: EUA x Irã
terra.com.br
Irã diz ter destruído 7 bases em manobras aéreas e com mísseis
03 de julho de 2012 • 10h56 • atualizado às 12h19
O Corpo de Guardiães da Revolução do Irã assegurou nesta terça-feira que destruíram sete supostas bases de "forças alheias à região" em manobras aéreas e com uso de mísseis de até 1,3 mil km de alcance, informaram as agências locais. Segundo a agência Irna, as manobras "Grande Profeta 7", que começaram ontem e serão finalizadas na quarta-feira, foram realizadas em diversos lugares do Irã, mas as supostas bases destruídas encontravam-se no deserto de Lut, na província central de Semnan.
As autoridades do Irã reiteraram que o território de Israel e os navios e bases dos EUA nas zonas do Oriente Médio, do Golfo Pérsico e da Ásia Central estão ao alcance de seus mísseis e que poderão atacar esses alvos se sofrem algum tipo de agressão ou ameaça. O Irã está submetido a sanções da ONU, dos EUA e a UE por seu programa nuclear, enquanto Washington e Tel Avil ameaçaram atacar o país caso não haja uma suspensão de suas atividades atômicas. Teerã, por sua vez, respondeu que, neste caso, daria uma resposta "arrasadora" e também poderia fechar o estratégico Estreito de Ormuz.
Enquanto alguns países, liderado pelos EUA, suspeitam que o programa nuclear iraniano possui uma vertente armamentista destinada a fabricação de armas atômicas, o governo iraniano assegura que seu programa é exclusivamente civil, pacífico e ainda segue o Tratado de Não-Proliferação (TNP) nuclear. Segundo a agência Mehr, os mísseis lançados nesta terça nas manobras da Guarda Revolucionária eram todos terra-terra e de diferentes tipos, de 300, 500, 800 e 1,3 quilômetros de alcance.
Ainda de acordo com a Mehr, esses mísseis foram lançados contra "modelos de bases de potências de fora da região" e que, posteriormente, os alvos foram bombardeados por aviões da Guarda Revolucionária e aeronaves não tripuladas. "Os mísseis que temos possuem alcance de até 2 mil quilômetros (capazes de alcançar Israel), mas, nestas manobras, usamos somente os de até 1,3 mil quilômetros", disse o general Amir Ali Hayizadeh, chefe da Força Aeroespacial dos Guardiães da Revolução.
"Todos os mísseis foram lançados com sucesso aos alvos situados no deserto de Semnan", afirmou Hayizadeh. "Estas manobras são uma mensagem aos países ousados que o Corpo de Guardiães da Revolução está preparado para dar uma resposta decidida para qualquer e eventual problema", concluiu Hayizadeh.
Em sua entrevista coletiva de terça-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, comentou essas manobras e disse que a mensagem desses exercícios é que o "Irã tem total autoridade e preparação para estabelecer a segurança no Golfo Pérsico e tráfego de petróleo no Estreito de Ormuz".
Irã diz ter destruído 7 bases em manobras aéreas e com mísseis
03 de julho de 2012 • 10h56 • atualizado às 12h19
O Corpo de Guardiães da Revolução do Irã assegurou nesta terça-feira que destruíram sete supostas bases de "forças alheias à região" em manobras aéreas e com uso de mísseis de até 1,3 mil km de alcance, informaram as agências locais. Segundo a agência Irna, as manobras "Grande Profeta 7", que começaram ontem e serão finalizadas na quarta-feira, foram realizadas em diversos lugares do Irã, mas as supostas bases destruídas encontravam-se no deserto de Lut, na província central de Semnan.
As autoridades do Irã reiteraram que o território de Israel e os navios e bases dos EUA nas zonas do Oriente Médio, do Golfo Pérsico e da Ásia Central estão ao alcance de seus mísseis e que poderão atacar esses alvos se sofrem algum tipo de agressão ou ameaça. O Irã está submetido a sanções da ONU, dos EUA e a UE por seu programa nuclear, enquanto Washington e Tel Avil ameaçaram atacar o país caso não haja uma suspensão de suas atividades atômicas. Teerã, por sua vez, respondeu que, neste caso, daria uma resposta "arrasadora" e também poderia fechar o estratégico Estreito de Ormuz.
Enquanto alguns países, liderado pelos EUA, suspeitam que o programa nuclear iraniano possui uma vertente armamentista destinada a fabricação de armas atômicas, o governo iraniano assegura que seu programa é exclusivamente civil, pacífico e ainda segue o Tratado de Não-Proliferação (TNP) nuclear. Segundo a agência Mehr, os mísseis lançados nesta terça nas manobras da Guarda Revolucionária eram todos terra-terra e de diferentes tipos, de 300, 500, 800 e 1,3 quilômetros de alcance.
Ainda de acordo com a Mehr, esses mísseis foram lançados contra "modelos de bases de potências de fora da região" e que, posteriormente, os alvos foram bombardeados por aviões da Guarda Revolucionária e aeronaves não tripuladas. "Os mísseis que temos possuem alcance de até 2 mil quilômetros (capazes de alcançar Israel), mas, nestas manobras, usamos somente os de até 1,3 mil quilômetros", disse o general Amir Ali Hayizadeh, chefe da Força Aeroespacial dos Guardiães da Revolução.
"Todos os mísseis foram lançados com sucesso aos alvos situados no deserto de Semnan", afirmou Hayizadeh. "Estas manobras são uma mensagem aos países ousados que o Corpo de Guardiães da Revolução está preparado para dar uma resposta decidida para qualquer e eventual problema", concluiu Hayizadeh.
Em sua entrevista coletiva de terça-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, comentou essas manobras e disse que a mensagem desses exercícios é que o "Irã tem total autoridade e preparação para estabelecer a segurança no Golfo Pérsico e tráfego de petróleo no Estreito de Ormuz".
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- rodrigo
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Re: EUA x Irã
Muito otimista. Um míssel para destruir uma base inteira é nuclear. E ainda sonham com superioridade aérea.Ainda de acordo com a Mehr, esses mísseis foram lançados contra "modelos de bases de potências de fora da região" e que, posteriormente, os alvos foram bombardeados por aviões da Guarda Revolucionária e aeronaves não tripuladas.
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Re: EUA x Irã
Depende da carga do missel rodrigo.
Bombas convencionais com alta area de destruição não são novidade muito menos algo estupidamente tecnológico.
Tb depende muito do que vc considera "destruir". E principalmente do tamanho da base.
Bombas convencionais com alta area de destruição não são novidade muito menos algo estupidamente tecnológico.
Tb depende muito do que vc considera "destruir". E principalmente do tamanho da base.
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Re: EUA x Irã
Com mísseis convencionais creio que só pelo método 'saturação de área' mesmo.
Ou seja, lançando mísseis que, estando a algumas centenas de metros do solo libera uma grande quantidade de cargas menores dispersas numa área. Se houver precisão para acertar o pátio da base aérea ou hangaretes sem blindagem, podem fazer um estrago até que significativo.
abraços]
Ou seja, lançando mísseis que, estando a algumas centenas de metros do solo libera uma grande quantidade de cargas menores dispersas numa área. Se houver precisão para acertar o pátio da base aérea ou hangaretes sem blindagem, podem fazer um estrago até que significativo.
abraços]
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Re: EUA x Irã
Os próximos meses serão decisivos. E os israelenses já têm candidato. Se um ataque ajuda, prejudica ou beneficia um dos candidatos, já é outra estória.
Romney says regularly updated by Israeli officials on Mideast affairs
http://www.haaretz.com/news/u-s-electio ... s-1.443851
Romney says regularly updated by Israeli officials on Mideast affairs
http://www.haaretz.com/news/u-s-electio ... s-1.443851
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João Guimarães Rosa
- rodrigo
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Re: EUA x Irã
Com mísseis convencionais creio que só pelo método 'saturação de área' mesmo.
IRGC Starts Wargames by Firing Tens of MissilesDepende da carga do missel rodrigo.
Bombas convencionais com alta area de destruição não são novidade muito menos algo estupidamente tecnológico.
Tb depende muito do que vc considera "destruir". E principalmente do tamanho da base.
TEHRAN (FNA)- The Islamic Revolution Guards Corps (IRGC) Aerospace Force started massive missile wargames by firing tens of short, mid and long-range missiles from bases across the country at a single target in central Iran.
The IRGC Aerospace Force missile units started the main phase of the wargames codenamed the Great Prophet 7 on Tuesday morning with the simultaneous firing of various types of missiles.
The IRGC units fired tens of Shahab 1, 2 and 3, Fateh, Qiyam, Persian Gulf and Zelzal missiles at a hypothetical enemy air base - which IRGC officials had earlier said is a replica of the air bases of the trans-regional powers (the US) - in Iran's Lut Desert simultaneously.
IRGC Aerospace Force Commander Brigadier General Amir Ali Hajizadeh announced on Sunday that his forces would fire ballistic and other missiles at desert targets during three days of war games.
"Long-, medium- and short-range surface-to-surface missiles will be fired from different locations in Iran... at replica airbases like those used by the trans-regional military forces," Hajizadeh, said.
"These maneuvers send a message to the adventurous nations that the Islamic Revolutionary Guards Corps is standing up to bullies alongside the determined and unified Iranian nation, and will decisively respond to any trouble they cause," he said.
Although Iran frequently holds war games, these exercises appeared to underline Tehran's threat to strike US military bases in the neighboring countries - in Afghanistan, Bahrain, Kuwait and Saudi Arabia - if it comes under attack by Israel or the United States.
Tel Aviv and Washington have long threatened to attack Iran.
Hajizadeh said the wargames would "test the accuracy of missile warheads and systems" by hitting the mock camps in the Kavir Desert in central Iran.
http://english.farsnews.com/newstext.php?nn=9103084742
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Re: EUA x Irã
Parece que os EUA reforçaram muito a presença de navios de guerra na área, sobretudo anti-minas (parece que só destes, já são 8). Minas são provavelmente um dos meios que o Irã utilizará para tentar fechar o Estreito de Ormuz, caso atacado. Então este reforço... 
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Re: EUA x Irã
terra.com.br
Irã possui plano para destruir 35 bases dos EUA caso seja atacado
04 de julho de 2012 • 10h26 • atualizado às 10h40
O Irã já possui planos detalhados para destruir as 35 bases dos EUA no Oriente Médio, no Golfo Pérsico e na Ásia Central caso seja atacado, afirmou nesta quarta-feira o general Amir Ali Hayizadeh, comandante da Força Aeroespacial dos Guardiães da Revolução.
"Tomamos todas as medidas necessárias para situar essas bases e desdobrar mísseis para destruir todas elas nos primeiros minutos de um possível ataque (contra o Irã)", advertiu Hayizadeh em declarações divulgadas pela agência local Fars.
Hayizadeh fez essas declarações, que detalhava os planos do Irã diante de um eventual ataque dos Estados Unidos contra seu território, no final de um exercicio militar de três dias. Neste, os Guardiães da Revolução testaram diversos tipos de mísseis de fabricação nacional.
O comandante explicou que os Estados Unidos "tem 35 bases ao redor do Irã" e acrescentou que "todas elas estão ao alcance dos mísseis, assim como a terra ocupada da Palestina (Israel)".
Segundo ele, as manobras de mísseis que foram realizadas nos últimos dias tinham o objetivo de destruir réplicas de hipotéticas bases dos EUA na região, assegurando que o resultado dos testes tinha sido um grande êxito.
O site dos Guardiães da Revolução Sepah News informou nesta quarta que dentro dessas manobras foram usados mísseis do tipo "Golfo Pérsico" (antinavios) contra alvos marítimos, com o apoio de aviões de combate e aeronaves não tripuladas.
Ontem, os guardiães da Revolução asseguraram que tinham destruído sete hipotéticas bases das "forças alheias à região" em manobras aéreas e com lançamento de mísseis de até 1,3 mil km de alcance, embora Hayizadeh tenha feito questão de ressaltar que o país dispõe de mísseis que superam 2 mil km.
O Irã está submetido a sanções da ONU, dos EUA e da UE por causa de seu programa nuclear, sendo que Washington e Tel Aviv ameaçaram atacar o território iraniano caso não haja uma paralisação de suas atividades atômicas. Neste caso, Teerã respondeu que daria uma resposta "arrasadora" e que também poderia fechar o estratégico Estreito de Ormuz.
Enquanto alguns países, liderados pelos EUA, suspeitam que o programa nuclear iraniano possui uma vertente armamentista destinada a fabricação de armas atômicas, Teerã assegura que seu programa é exclusivamente civil, pacífico e ainda respeita o Tratado de Não-Proliferação (TNP) nuclear.
Ontem, em sua entrevista coletiva semanal, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, comentou as manobras realizadas e disse que a mensagem desses exercícios é que "Irã tem total autoridade e preparação para garantir a segurança no Golfo Pérsico e no tráfego de petroleiros no Estreito de Ormuz".
O presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento do Irã, Alaedin Boruyerdi, disse que Teerã considera a presença de forças estrangeiras na região "prejudicial" para a segurança, acrescentando que as manobras com mísseis mostram a capacidade do Irã para manter a estabilidade na área.
Irã possui plano para destruir 35 bases dos EUA caso seja atacado
04 de julho de 2012 • 10h26 • atualizado às 10h40
O Irã já possui planos detalhados para destruir as 35 bases dos EUA no Oriente Médio, no Golfo Pérsico e na Ásia Central caso seja atacado, afirmou nesta quarta-feira o general Amir Ali Hayizadeh, comandante da Força Aeroespacial dos Guardiães da Revolução.
"Tomamos todas as medidas necessárias para situar essas bases e desdobrar mísseis para destruir todas elas nos primeiros minutos de um possível ataque (contra o Irã)", advertiu Hayizadeh em declarações divulgadas pela agência local Fars.
Hayizadeh fez essas declarações, que detalhava os planos do Irã diante de um eventual ataque dos Estados Unidos contra seu território, no final de um exercicio militar de três dias. Neste, os Guardiães da Revolução testaram diversos tipos de mísseis de fabricação nacional.
O comandante explicou que os Estados Unidos "tem 35 bases ao redor do Irã" e acrescentou que "todas elas estão ao alcance dos mísseis, assim como a terra ocupada da Palestina (Israel)".
Segundo ele, as manobras de mísseis que foram realizadas nos últimos dias tinham o objetivo de destruir réplicas de hipotéticas bases dos EUA na região, assegurando que o resultado dos testes tinha sido um grande êxito.
O site dos Guardiães da Revolução Sepah News informou nesta quarta que dentro dessas manobras foram usados mísseis do tipo "Golfo Pérsico" (antinavios) contra alvos marítimos, com o apoio de aviões de combate e aeronaves não tripuladas.
Ontem, os guardiães da Revolução asseguraram que tinham destruído sete hipotéticas bases das "forças alheias à região" em manobras aéreas e com lançamento de mísseis de até 1,3 mil km de alcance, embora Hayizadeh tenha feito questão de ressaltar que o país dispõe de mísseis que superam 2 mil km.
O Irã está submetido a sanções da ONU, dos EUA e da UE por causa de seu programa nuclear, sendo que Washington e Tel Aviv ameaçaram atacar o território iraniano caso não haja uma paralisação de suas atividades atômicas. Neste caso, Teerã respondeu que daria uma resposta "arrasadora" e que também poderia fechar o estratégico Estreito de Ormuz.
Enquanto alguns países, liderados pelos EUA, suspeitam que o programa nuclear iraniano possui uma vertente armamentista destinada a fabricação de armas atômicas, Teerã assegura que seu programa é exclusivamente civil, pacífico e ainda respeita o Tratado de Não-Proliferação (TNP) nuclear.
Ontem, em sua entrevista coletiva semanal, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, comentou as manobras realizadas e disse que a mensagem desses exercícios é que "Irã tem total autoridade e preparação para garantir a segurança no Golfo Pérsico e no tráfego de petroleiros no Estreito de Ormuz".
O presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento do Irã, Alaedin Boruyerdi, disse que Teerã considera a presença de forças estrangeiras na região "prejudicial" para a segurança, acrescentando que as manobras com mísseis mostram a capacidade do Irã para manter a estabilidade na área.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.