Paraguai
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Dentro da lei.
Merval Pereira, O Globo - 23.06.12.
Embora dentro das normas constitucionais, a deposição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, pelo Congresso tem claros indícios de que foi o desfecho de uma disputa política que se desenrola praticamente desde que ele chegou ao poder, cerca de 4 anos atrás.
Já houvera antes uma tentativa de impeachment quando surgiram as denúncias sobre os vários filhos do ex-padre católico, dois dos quais ele já reconheceu. Há outros na fila.
O escândalo sexual não foi suficiente, no entanto, para que os opositores de Lugo conseguissem levar adiante a tentativa de impeachment, mas a tragédia recente, em que morreram 11 camponeses de um movimento sem-terra e seis policiais, fez com que forças políticas majoritárias se unissem para acusá-lo de “mau desempenho de suas funções”, o que possibilitou o processo de impeachment.
Os agricultores sem-terra da Liga Nacional de Acampados, que invadem propriedades e instalam-se em tendas, receberam o aval público de Lugo, que os recebeu diversas vezes no palácio do governo e na residência presidencial, até que, em 15 de junho, seis policiais desarmados foram mortos durante a desocupação de uma fazenda em Curuguaty, a 250km de Assunção.
A reação da polícia provocou a morte de 11 camponeses e a acusação de perda de controle pelo governo.
Mesmo que a motivação seja política, não é possível classificar de golpe o que aconteceu no Paraguai, sob pena de darmos razão ao hoje senador Fernando Collor de Mello que se diz vítima de um “golpe parlamentar”, e que, em entrevista, já chegou a reivindicar de volta seu mandato presidencial.
O interessante é que Collor foi impedido pelo Congresso brasileiro num processo que teve a liderança do PT, tanto na atividade parlamentar quanto na mobilização dos chamados movimentos sociais para apoiar a decisão dos políticos.
Cassado, Collor foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal por falta de provas, o que o leva a alegar que foi vítima de um golpe.
É uma incoerência completa, portanto, que o governo brasileiro acuse um processo congressual de ilegítimo, quando já tivemos essa experiência em nossa democracia recente.
A ameaça de expulsar o Paraguai do Mercosul, além de revelar uma leitura equivocada da cláusula democrática da instituição, pode servir aos interesses da Venezuela, que até agora não foi aceita como membro pleno justamente porque o Congresso do Paraguai não deu permissão, por considerar que a Venezuela não é um país democrático.
Essa aliás, é uma outra boa discussão, pois o governo brasileiro aceita todas as manobras feitas pelo governo de Hugo Chávez na Venezuela, alegando justamente que elas, ao serem aprovadas pelo Congresso, são, portanto, legítimas. Lula chegou ao cúmulo de dizer que havia na Venezuela “democracia demais”.
Todos os governos “bolivarianos” da região — Bolívia, Equador, Argentina, Nicarágua — já promoveram diversas alterações em suas Constituições para aumentar o poder dos respectivos presidentes, em golpes seguidos à democracia, mas utilizando-se de seus próprios instrumentos legais.
Aumentaram a composição da Suprema Corte, criaram obstáculos à liberdade de expressão, mudaram as regras eleitorais para favorecer o partido que está no governo, e alegam sempre que as alterações foram feitas com a aprovação do Congresso.
Mas quando o Congresso decide contra o governante “bolivariano”, desencadeia-se imediatamente um movimento regional de constrangimento a esses parlamentos, tentando usar a cláusula democrática como instrumento de pressão.
Agora mesmo, os chanceleres da Unasul foram a Assunção tentar parar o processo de impeachment de Fernando Lugo, que logo chamaram de golpe. O chanceler Antonio Patriota foi com a instrução da presidente Dilma para “falar grosso”.
No caso de Honduras, em 2009, chegou a ser escandalosa a intromissão do governo brasileiro nos assuntos internos daquele país, a ponto de ter tentado, com a cumplicidade de Hugo Chávez, criar um fato consumado com o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya ao país, abrigando-o na embaixada brasileira. De acordo com a Constituição de Honduras, o mandato presidencial tem o prazo máximo de quatro anos, vedada expressamente a reeleição.
Aquele que violar essa cláusula, ou propuser-lhe a reforma, perderá o cargo imediatamente, tornando-se inabilitado por dez anos para o exercício de qualquer função pública.
Foi exatamente o que Zelaya fez, tentando mudar a Constituição através da convocação de plebiscito. A cláusula pétrea da Constituição de 1982 de Honduras tinha, justamente, o objetivo de cortar pela raiz a possibilidade de permanência de um presidente no poder, pondo fim à tradição caudilhesca no país.
A preocupação tinha sentido: Honduras é o país inspirador do termo “República de bananas” ou “República bananeira” cunhado pelo escritor americano O. Henry, pseudônimo de William Sydney Porter, que, no livro de contos curtos Cabbages and Kings, (Repolhos e Reis) de 1904, usou pela primeira vez a expressão, que passou a designar um país atrasado e dominado por governos corruptos e ditatoriais, geralmente na América Central.
O principal produto desses países, a banana, era explorado pela famosa United Fruit Company, que teve um histórico de intromissões naquela região, especialmente em Honduras e Guatemala, para financiar governos que beneficiassem seus interesses econômicos, sempre apoiada pelo governo dos Estados Unidos.
Mesmo com toda a pressão do governo brasileiro e dos demais países “bolivarianos”, que conseguiram até mesmo expulsar o país da Organização dos Estados Americanos (OEA) — como ameaçam fazer agora com o Paraguai, no Mercosul — Honduras promoveu nova eleição e o presidente Porfirio Lobo está no governo, já tendo sido reconhecido por todos os demais países e retornado à OEA.
O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo parece estar agindo com mais bom senso do que os governos da Unasul, aceitando a decisão do Congresso.
Merval Pereira, O Globo - 23.06.12.
Embora dentro das normas constitucionais, a deposição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, pelo Congresso tem claros indícios de que foi o desfecho de uma disputa política que se desenrola praticamente desde que ele chegou ao poder, cerca de 4 anos atrás.
Já houvera antes uma tentativa de impeachment quando surgiram as denúncias sobre os vários filhos do ex-padre católico, dois dos quais ele já reconheceu. Há outros na fila.
O escândalo sexual não foi suficiente, no entanto, para que os opositores de Lugo conseguissem levar adiante a tentativa de impeachment, mas a tragédia recente, em que morreram 11 camponeses de um movimento sem-terra e seis policiais, fez com que forças políticas majoritárias se unissem para acusá-lo de “mau desempenho de suas funções”, o que possibilitou o processo de impeachment.
Os agricultores sem-terra da Liga Nacional de Acampados, que invadem propriedades e instalam-se em tendas, receberam o aval público de Lugo, que os recebeu diversas vezes no palácio do governo e na residência presidencial, até que, em 15 de junho, seis policiais desarmados foram mortos durante a desocupação de uma fazenda em Curuguaty, a 250km de Assunção.
A reação da polícia provocou a morte de 11 camponeses e a acusação de perda de controle pelo governo.
Mesmo que a motivação seja política, não é possível classificar de golpe o que aconteceu no Paraguai, sob pena de darmos razão ao hoje senador Fernando Collor de Mello que se diz vítima de um “golpe parlamentar”, e que, em entrevista, já chegou a reivindicar de volta seu mandato presidencial.
O interessante é que Collor foi impedido pelo Congresso brasileiro num processo que teve a liderança do PT, tanto na atividade parlamentar quanto na mobilização dos chamados movimentos sociais para apoiar a decisão dos políticos.
Cassado, Collor foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal por falta de provas, o que o leva a alegar que foi vítima de um golpe.
É uma incoerência completa, portanto, que o governo brasileiro acuse um processo congressual de ilegítimo, quando já tivemos essa experiência em nossa democracia recente.
A ameaça de expulsar o Paraguai do Mercosul, além de revelar uma leitura equivocada da cláusula democrática da instituição, pode servir aos interesses da Venezuela, que até agora não foi aceita como membro pleno justamente porque o Congresso do Paraguai não deu permissão, por considerar que a Venezuela não é um país democrático.
Essa aliás, é uma outra boa discussão, pois o governo brasileiro aceita todas as manobras feitas pelo governo de Hugo Chávez na Venezuela, alegando justamente que elas, ao serem aprovadas pelo Congresso, são, portanto, legítimas. Lula chegou ao cúmulo de dizer que havia na Venezuela “democracia demais”.
Todos os governos “bolivarianos” da região — Bolívia, Equador, Argentina, Nicarágua — já promoveram diversas alterações em suas Constituições para aumentar o poder dos respectivos presidentes, em golpes seguidos à democracia, mas utilizando-se de seus próprios instrumentos legais.
Aumentaram a composição da Suprema Corte, criaram obstáculos à liberdade de expressão, mudaram as regras eleitorais para favorecer o partido que está no governo, e alegam sempre que as alterações foram feitas com a aprovação do Congresso.
Mas quando o Congresso decide contra o governante “bolivariano”, desencadeia-se imediatamente um movimento regional de constrangimento a esses parlamentos, tentando usar a cláusula democrática como instrumento de pressão.
Agora mesmo, os chanceleres da Unasul foram a Assunção tentar parar o processo de impeachment de Fernando Lugo, que logo chamaram de golpe. O chanceler Antonio Patriota foi com a instrução da presidente Dilma para “falar grosso”.
No caso de Honduras, em 2009, chegou a ser escandalosa a intromissão do governo brasileiro nos assuntos internos daquele país, a ponto de ter tentado, com a cumplicidade de Hugo Chávez, criar um fato consumado com o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya ao país, abrigando-o na embaixada brasileira. De acordo com a Constituição de Honduras, o mandato presidencial tem o prazo máximo de quatro anos, vedada expressamente a reeleição.
Aquele que violar essa cláusula, ou propuser-lhe a reforma, perderá o cargo imediatamente, tornando-se inabilitado por dez anos para o exercício de qualquer função pública.
Foi exatamente o que Zelaya fez, tentando mudar a Constituição através da convocação de plebiscito. A cláusula pétrea da Constituição de 1982 de Honduras tinha, justamente, o objetivo de cortar pela raiz a possibilidade de permanência de um presidente no poder, pondo fim à tradição caudilhesca no país.
A preocupação tinha sentido: Honduras é o país inspirador do termo “República de bananas” ou “República bananeira” cunhado pelo escritor americano O. Henry, pseudônimo de William Sydney Porter, que, no livro de contos curtos Cabbages and Kings, (Repolhos e Reis) de 1904, usou pela primeira vez a expressão, que passou a designar um país atrasado e dominado por governos corruptos e ditatoriais, geralmente na América Central.
O principal produto desses países, a banana, era explorado pela famosa United Fruit Company, que teve um histórico de intromissões naquela região, especialmente em Honduras e Guatemala, para financiar governos que beneficiassem seus interesses econômicos, sempre apoiada pelo governo dos Estados Unidos.
Mesmo com toda a pressão do governo brasileiro e dos demais países “bolivarianos”, que conseguiram até mesmo expulsar o país da Organização dos Estados Americanos (OEA) — como ameaçam fazer agora com o Paraguai, no Mercosul — Honduras promoveu nova eleição e o presidente Porfirio Lobo está no governo, já tendo sido reconhecido por todos os demais países e retornado à OEA.
O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo parece estar agindo com mais bom senso do que os governos da Unasul, aceitando a decisão do Congresso.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Só esqueceu de mencionar que o impeachment do Collor durou 6 meses... tempo suficiente pra ele se defender e a população entender o que estava acontecendo.. tanto que pintaram as caras e sairam em protestos pedindo o impeachment.. bem diferente no Paraguai, onde a população se mobilizou em APOIO ao presidente....Clermont escreveu:Dentro da lei.
Merval Pereira, O Globo - 23.06.12.
Embora dentro das normas constitucionais, a deposição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, pelo Congresso tem claros indícios de que foi o desfecho de uma disputa política que se desenrola praticamente desde que ele chegou ao poder, cerca de 4 anos atrás.
Já houvera antes uma tentativa de impeachment quando surgiram as denúncias sobre os vários filhos do ex-padre católico, dois dos quais ele já reconheceu. Há outros na fila.
O escândalo sexual não foi suficiente, no entanto, para que os opositores de Lugo conseguissem levar adiante a tentativa de impeachment, mas a tragédia recente, em que morreram 11 camponeses de um movimento sem-terra e seis policiais, fez com que forças políticas majoritárias se unissem para acusá-lo de “mau desempenho de suas funções”, o que possibilitou o processo de impeachment.
Os agricultores sem-terra da Liga Nacional de Acampados, que invadem propriedades e instalam-se em tendas, receberam o aval público de Lugo, que os recebeu diversas vezes no palácio do governo e na residência presidencial, até que, em 15 de junho, seis policiais desarmados foram mortos durante a desocupação de uma fazenda em Curuguaty, a 250km de Assunção.
A reação da polícia provocou a morte de 11 camponeses e a acusação de perda de controle pelo governo.
Mesmo que a motivação seja política, não é possível classificar de golpe o que aconteceu no Paraguai, sob pena de darmos razão ao hoje senador Fernando Collor de Mello que se diz vítima de um “golpe parlamentar”, e que, em entrevista, já chegou a reivindicar de volta seu mandato presidencial.
O interessante é que Collor foi impedido pelo Congresso brasileiro num processo que teve a liderança do PT, tanto na atividade parlamentar quanto na mobilização dos chamados movimentos sociais para apoiar a decisão dos políticos.
Cassado, Collor foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal por falta de provas, o que o leva a alegar que foi vítima de um golpe.
É uma incoerência completa, portanto, que o governo brasileiro acuse um processo congressual de ilegítimo, quando já tivemos essa experiência em nossa democracia recente.
A ameaça de expulsar o Paraguai do Mercosul, além de revelar uma leitura equivocada da cláusula democrática da instituição, pode servir aos interesses da Venezuela, que até agora não foi aceita como membro pleno justamente porque o Congresso do Paraguai não deu permissão, por considerar que a Venezuela não é um país democrático.
Essa aliás, é uma outra boa discussão, pois o governo brasileiro aceita todas as manobras feitas pelo governo de Hugo Chávez na Venezuela, alegando justamente que elas, ao serem aprovadas pelo Congresso, são, portanto, legítimas. Lula chegou ao cúmulo de dizer que havia na Venezuela “democracia demais”.
Todos os governos “bolivarianos” da região — Bolívia, Equador, Argentina, Nicarágua — já promoveram diversas alterações em suas Constituições para aumentar o poder dos respectivos presidentes, em golpes seguidos à democracia, mas utilizando-se de seus próprios instrumentos legais.
Aumentaram a composição da Suprema Corte, criaram obstáculos à liberdade de expressão, mudaram as regras eleitorais para favorecer o partido que está no governo, e alegam sempre que as alterações foram feitas com a aprovação do Congresso.
Mas quando o Congresso decide contra o governante “bolivariano”, desencadeia-se imediatamente um movimento regional de constrangimento a esses parlamentos, tentando usar a cláusula democrática como instrumento de pressão.
Agora mesmo, os chanceleres da Unasul foram a Assunção tentar parar o processo de impeachment de Fernando Lugo, que logo chamaram de golpe. O chanceler Antonio Patriota foi com a instrução da presidente Dilma para “falar grosso”.
No caso de Honduras, em 2009, chegou a ser escandalosa a intromissão do governo brasileiro nos assuntos internos daquele país, a ponto de ter tentado, com a cumplicidade de Hugo Chávez, criar um fato consumado com o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya ao país, abrigando-o na embaixada brasileira. De acordo com a Constituição de Honduras, o mandato presidencial tem o prazo máximo de quatro anos, vedada expressamente a reeleição.
Aquele que violar essa cláusula, ou propuser-lhe a reforma, perderá o cargo imediatamente, tornando-se inabilitado por dez anos para o exercício de qualquer função pública.
Foi exatamente o que Zelaya fez, tentando mudar a Constituição através da convocação de plebiscito. A cláusula pétrea da Constituição de 1982 de Honduras tinha, justamente, o objetivo de cortar pela raiz a possibilidade de permanência de um presidente no poder, pondo fim à tradição caudilhesca no país.
A preocupação tinha sentido: Honduras é o país inspirador do termo “República de bananas” ou “República bananeira” cunhado pelo escritor americano O. Henry, pseudônimo de William Sydney Porter, que, no livro de contos curtos Cabbages and Kings, (Repolhos e Reis) de 1904, usou pela primeira vez a expressão, que passou a designar um país atrasado e dominado por governos corruptos e ditatoriais, geralmente na América Central.
O principal produto desses países, a banana, era explorado pela famosa United Fruit Company, que teve um histórico de intromissões naquela região, especialmente em Honduras e Guatemala, para financiar governos que beneficiassem seus interesses econômicos, sempre apoiada pelo governo dos Estados Unidos.
Mesmo com toda a pressão do governo brasileiro e dos demais países “bolivarianos”, que conseguiram até mesmo expulsar o país da Organização dos Estados Americanos (OEA) — como ameaçam fazer agora com o Paraguai, no Mercosul — Honduras promoveu nova eleição e o presidente Porfirio Lobo está no governo, já tendo sido reconhecido por todos os demais países e retornado à OEA.
O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo parece estar agindo com mais bom senso do que os governos da Unasul, aceitando a decisão do Congresso.
e em todos os países bolivarianos onde a constituição foi modificada existiu um plebiscito onde mais uma vez... quem vota é o povo.. não foi o presidente que modificou a constituição, ele solicitou e a população decidiu.
e tomara que o Paraguai seja mesmo expulso do mercosul e bem-vindo Venezuela e Equador, países muito mais importantes para nós que o Paraguai..
- Boss
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Concordo que a Venezuela é mais importante, mas não podemos deixar o Paraguai escapar...
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Por menos que se simpatize politicamente com o Paraguai não dá pra negar sua importância estratégica, só pelo fato da proximidade e por Itaipu.Boss escreveu:Concordo que a Venezuela é mais importante, mas não podemos deixar o Paraguai escapar...
[]´s,
JT
- Marino
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Novo presidente já pediu canhão e arquivo ao Brasil
DE SÃO PAULO
Luís Federico Franco Gómez, vice de Fernando Lugo e agora presidente do Paraguai, fará 50 anos daqui a
exatamente um mês. É médico cirurgião e já estava de olho no mandato desde pelo menos outubro de 2010, quando
Lugo detectou um câncer linfático que colocou a sua vida em risco.
"Não estive de acordo com o presidente em muitas decisões de governo porque fui eleito igual a ele, mas ele
acabou me ignorando", dizia anteontem, em meio à abertura do processo de impeachment.
Os atritos, porém, já vinham de antes até da campanha eleitoral, em 2007, pois a ideia de Franco era sair como
cabeça de chapa representando só o seu partido, o PLRA.
Há menos de dois anos, por exemplo, ele acusou Lugo de ter feito mudanças "ilegais e inconstitucionais" na
cúpula das Forças Armadas do país, graças a uma ordem não assinada pelo então presidente enquanto estava
internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por complicações do tratamento do câncer. Na ocasião, Franco
exercia a Presidência.
Concorrente de Franco nas prévias do PLRA, o ex-senador Carlos Mateo Balmelli declarou que foi vencido devido
a uma manobra. Chegou a chamá-lo de "Fraude-rico".
Em março de 2010, durante discurso aos 140 anos do fim da Guerra do Paraguai, Franco exigiu do Brasil a
devolução de um suposto arquivo militar e do canhão "Cristão", atualmente em exibição no Rio, para "cicatrizar as
feridas do povo paraguaio".
DE SÃO PAULO
Luís Federico Franco Gómez, vice de Fernando Lugo e agora presidente do Paraguai, fará 50 anos daqui a
exatamente um mês. É médico cirurgião e já estava de olho no mandato desde pelo menos outubro de 2010, quando
Lugo detectou um câncer linfático que colocou a sua vida em risco.
"Não estive de acordo com o presidente em muitas decisões de governo porque fui eleito igual a ele, mas ele
acabou me ignorando", dizia anteontem, em meio à abertura do processo de impeachment.
Os atritos, porém, já vinham de antes até da campanha eleitoral, em 2007, pois a ideia de Franco era sair como
cabeça de chapa representando só o seu partido, o PLRA.
Há menos de dois anos, por exemplo, ele acusou Lugo de ter feito mudanças "ilegais e inconstitucionais" na
cúpula das Forças Armadas do país, graças a uma ordem não assinada pelo então presidente enquanto estava
internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por complicações do tratamento do câncer. Na ocasião, Franco
exercia a Presidência.
Concorrente de Franco nas prévias do PLRA, o ex-senador Carlos Mateo Balmelli declarou que foi vencido devido
a uma manobra. Chegou a chamá-lo de "Fraude-rico".
Em março de 2010, durante discurso aos 140 anos do fim da Guerra do Paraguai, Franco exigiu do Brasil a
devolução de um suposto arquivo militar e do canhão "Cristão", atualmente em exibição no Rio, para "cicatrizar as
feridas do povo paraguaio".
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Podiam devolver logo esse canhão, se é tão importante para eles.Marino escreveu:Novo presidente já pediu canhão e arquivo ao Brasil
DE SÃO PAULO
Luís Federico Franco Gómez, vice de Fernando Lugo e agora presidente do Paraguai, fará 50 anos daqui a
exatamente um mês. É médico cirurgião e já estava de olho no mandato desde pelo menos outubro de 2010, quando
Lugo detectou um câncer linfático que colocou a sua vida em risco.
"Não estive de acordo com o presidente em muitas decisões de governo porque fui eleito igual a ele, mas ele
acabou me ignorando", dizia anteontem, em meio à abertura do processo de impeachment.
Os atritos, porém, já vinham de antes até da campanha eleitoral, em 2007, pois a ideia de Franco era sair como
cabeça de chapa representando só o seu partido, o PLRA.
Há menos de dois anos, por exemplo, ele acusou Lugo de ter feito mudanças "ilegais e inconstitucionais" na
cúpula das Forças Armadas do país, graças a uma ordem não assinada pelo então presidente enquanto estava
internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por complicações do tratamento do câncer. Na ocasião, Franco
exercia a Presidência.
Concorrente de Franco nas prévias do PLRA, o ex-senador Carlos Mateo Balmelli declarou que foi vencido devido
a uma manobra. Chegou a chamá-lo de "Fraude-rico".
Em março de 2010, durante discurso aos 140 anos do fim da Guerra do Paraguai, Franco exigiu do Brasil a
devolução de um suposto arquivo militar e do canhão "Cristão", atualmente em exibição no Rio, para "cicatrizar as
feridas do povo paraguaio".
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- Boss
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Eles não querem uma reprise in loco da Guerra não ?
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Quanta maldadeBoss escreveu:Eles não querem uma reprise in loco da Guerra não ?
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- Marino
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
O canhão é importante para nós também.
Atirou de Humaitá nos navios brasileiros e matou marinheiros brasileiros.
As feridas a serem cicatrizadas estão dos dois lados, pois foram os paraguaios que invadiram o Brasil iniciando a guerra.
Atirou de Humaitá nos navios brasileiros e matou marinheiros brasileiros.
As feridas a serem cicatrizadas estão dos dois lados, pois foram os paraguaios que invadiram o Brasil iniciando a guerra.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Não tem que devolver nada! Apartir do momento que esse canhão alçou mira em soldados brasileiros ele passaou a ser parte da nossa história também. Sendo capturado ao custo de vidas brasileiras ele se tornou mais valioso ainda perante os olhos da nossa historia.
Um abraço e t+
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Troca o canhão pela metade paraguaia de Itaipu.Pablo Maica escreveu:Não tem que devolver nada! Apartir do momento que esse canhão alçou mira em soldados brasileiros ele passaou a ser parte da nossa história também. Sendo capturado ao custo de vidas brasileiras ele se tornou mais valioso ainda perante os olhos da nossa historia.
Um abraço e t+
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Por mim, derretia esta joça e fazia-se material de construção para homenagear os Brasileiros mortos em combate.
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Este vídeo é interessante, principalmente para os paraguaios:
Achei bem interessante o exercício envolver a retomada de uma Usina Hidroeléctrica. Boa mensagem.
Achei bem interessante o exercício envolver a retomada de uma Usina Hidroeléctrica. Boa mensagem.
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
wagnerm25 escreveu:Isso é realmente uma coisa que tem que ser levada em consideração. Um reforço na fronteira seria bastante prudente, até pq tem Itaipu no meio desse rolo.Túlio escreveu:A coisa tá feia por lá. Bobear e vamos ter uma guerra civil ali do lado...
É acho que a VBTP-MR vai ter uma estreia bem rápida, nas mãos do 33BI de Cascavel...
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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- Túlio
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Tomara que botem logo em serviço umas unidades com a torre 30mm, não precisa mais do que isso para furar as torres casca-de-ovo dos "Carros de Combate" (ué, o CFN acha isso, não?) SK-105...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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