ascensão das tensões na Europa
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Re: ascensão das tensões étnicas na Europa
terra.com.br
Líder neonazista grego nega genocídio judeu e causa polêmica
15 de maio de 2012 • 09h24 • atualizado às 09h54
O líder do partido neonazista grego Aurora Dourada, que conquistou um assento nas eleições de 6 de maio, negou a existência das câmaras de gás nazistas em uma entrevista concedida à televisão, o que provocou um protesto do governo em um país onde o negacionismo não é um crime.
"Auschwitz, que Auschwitz? Eu não fui. O que aconteceu lá? Você estava lá?" perguntou Nikos Mihaloliakos, segundo o vídeo divulgado pela rede de televisão privada Mega.
"Não existiram nem fornos (crematórios), nem câmaras de gás, é uma mentira", acrescentou o dirigente. Também disse ter "lido muitos livros que colocam em dúvida o número de 6 milhões de judeus" exterminados pelos nazistas.
É a primeira vez desde as eleições que Mihaloliakos faz declarações negacionistas publicamente. O Aurora Dourada obteve 6,9% dos votos (21 deputados) em um contexto de raiva dos gregos diante da austeridade, que também incentiva sentimentos de xenofobia.
O líder do partido também reiterou que considera Hitler "uma grande personalidade histórica do século XX". "Eu não digo 'heil' (grito de slogan durante as manifestações nazistas) simplesmente porque é algo que se diz a alguém que está vivo", respondeu a um jornalista que perguntava se mantinha o chamado a fazer a saudação nazista que havia adotado em 1987.
O porta-voz do governo atual, Pantelis Kapsis, "condenou da maneira mais categórica" estas declarações "que deformam a história e constituem um atentado brutal à memória das milhares de vítimas do Holocausto".
Kapsis lembrou que, entre estas vítimas, figuravam "dezenas de milhares de judeus gregos", em uma pouco comum referência oficial ao destino de uma comunidade cujo extermínio por parte dos nazistas é lembrado há muito pouco tempo nos livros de história.
O Conselho dos Judeus da Grécia pediu recentemente "aos dirigentes políticos, sociedade civil, comunidade de educadores e intelectuais que condenem e isolem as forças" do tipo da Aurora Dourada.
Líder neonazista grego nega genocídio judeu e causa polêmica
15 de maio de 2012 • 09h24 • atualizado às 09h54
O líder do partido neonazista grego Aurora Dourada, que conquistou um assento nas eleições de 6 de maio, negou a existência das câmaras de gás nazistas em uma entrevista concedida à televisão, o que provocou um protesto do governo em um país onde o negacionismo não é um crime.
"Auschwitz, que Auschwitz? Eu não fui. O que aconteceu lá? Você estava lá?" perguntou Nikos Mihaloliakos, segundo o vídeo divulgado pela rede de televisão privada Mega.
"Não existiram nem fornos (crematórios), nem câmaras de gás, é uma mentira", acrescentou o dirigente. Também disse ter "lido muitos livros que colocam em dúvida o número de 6 milhões de judeus" exterminados pelos nazistas.
É a primeira vez desde as eleições que Mihaloliakos faz declarações negacionistas publicamente. O Aurora Dourada obteve 6,9% dos votos (21 deputados) em um contexto de raiva dos gregos diante da austeridade, que também incentiva sentimentos de xenofobia.
O líder do partido também reiterou que considera Hitler "uma grande personalidade histórica do século XX". "Eu não digo 'heil' (grito de slogan durante as manifestações nazistas) simplesmente porque é algo que se diz a alguém que está vivo", respondeu a um jornalista que perguntava se mantinha o chamado a fazer a saudação nazista que havia adotado em 1987.
O porta-voz do governo atual, Pantelis Kapsis, "condenou da maneira mais categórica" estas declarações "que deformam a história e constituem um atentado brutal à memória das milhares de vítimas do Holocausto".
Kapsis lembrou que, entre estas vítimas, figuravam "dezenas de milhares de judeus gregos", em uma pouco comum referência oficial ao destino de uma comunidade cujo extermínio por parte dos nazistas é lembrado há muito pouco tempo nos livros de história.
O Conselho dos Judeus da Grécia pediu recentemente "aos dirigentes políticos, sociedade civil, comunidade de educadores e intelectuais que condenem e isolem as forças" do tipo da Aurora Dourada.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: ascensão das tensões étnicas na Europa
http://english.cntv.cn/program/newsupda ... 1746.shtml
The United Nations’ High Commission for Refugees sounded an alarm in Greece on Thursday. It said it had identified a rise of racist violence in the country. The group says the financial crisis sweeping Greece has weakened efforts to tackle the issue.
With the worsening economic situation has come an increase of incidents of racist violence in Greece over the past 18 months. That is according to Giorgos Tsarbopoulos - head of the the UN High Commission for Refugees in Greece.
Giorgos Tsarbopoulos said, "I would say very serious since apart from the continuous pressure of mixed migration movements at the borders, Greece being the main gate today to the European Union for thousands of refugees and migrants, we also have the financial crisis you know, and also an increase of incidents of racist violence in the last one and a half years."
Greece’s sharply contracting economy pushed unemployment dramatically higher to 21 percent. And it's worsened already existing tensions. Tsarbopoulos called on the Greek government and the European Union (EU) to take swift action on the issue. He’s painted the violence as a threat to democracy itself.
Giorgos Tsarbopoulos said, "This is totally unacceptable. We can understand the problems but violence cannot be a way of solving anything and of course it’s a crime. And it’s also a threat to the rule of law and democracy."
Ahead of elections on May 6, the government began a major push to sweep up and detain illegal immigrants. And the country saw growing support for the ultra-nationalist Golden Dawn Party and its anti-immigration platform. They received seven percent of the vote. The latest numbers show that their support HAS fallen slightly, but that they may still retain members in the assembly.
The United Nations’ High Commission for Refugees sounded an alarm in Greece on Thursday. It said it had identified a rise of racist violence in the country. The group says the financial crisis sweeping Greece has weakened efforts to tackle the issue.
With the worsening economic situation has come an increase of incidents of racist violence in Greece over the past 18 months. That is according to Giorgos Tsarbopoulos - head of the the UN High Commission for Refugees in Greece.
Giorgos Tsarbopoulos said, "I would say very serious since apart from the continuous pressure of mixed migration movements at the borders, Greece being the main gate today to the European Union for thousands of refugees and migrants, we also have the financial crisis you know, and also an increase of incidents of racist violence in the last one and a half years."
Greece’s sharply contracting economy pushed unemployment dramatically higher to 21 percent. And it's worsened already existing tensions. Tsarbopoulos called on the Greek government and the European Union (EU) to take swift action on the issue. He’s painted the violence as a threat to democracy itself.
Giorgos Tsarbopoulos said, "This is totally unacceptable. We can understand the problems but violence cannot be a way of solving anything and of course it’s a crime. And it’s also a threat to the rule of law and democracy."
Ahead of elections on May 6, the government began a major push to sweep up and detain illegal immigrants. And the country saw growing support for the ultra-nationalist Golden Dawn Party and its anti-immigration platform. They received seven percent of the vote. The latest numbers show that their support HAS fallen slightly, but that they may still retain members in the assembly.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: ascensão das tensões étnicas na Europa
Parece que outra tradição europeia vai voltar....
http://www.vice.com/read/the-return-of- ... -in-europe
WILL THIS SUMMER BELONG TO EUROPE'S FAR-LEFT TERRORISTS?
When you think of terrorist groups, you usually think of al-Qaeda casually flying planes into buildings, or Japanese cultists pumping sarin gas into subway stations, right? Do you think of a bunch of left-wing types pulling up on mopeds outside the home of a nuclear engineering executive and mercilessly kneecaping him? 'Cause I don't. Or at least, I didn't use to.
The shooting took place on May 7 in Genoa, Italy, and responsibility was claimed (in a letter sent to a newspaper) by a group calling itself the Olga Nucleus of the Informal Anarchist Federation, or IAF. The victim, Roberto Adinolfi, was the CEO of a nuclear energy firm owned by the Italian State Defence group, Finmeccanica.
In their letter, the IAF said they targeted Adinolfi because, "before nuclear power fell into disrepute, he [Adinolfi] was amongst the key players... responsible for the re-introduction of nuclear power in Italy..." According to them, science has sold out, "leading us to auto-destruction and total slavery." The IAF think it's only a matter of time before Europe, with its 187 nuclear power plants, has its own Fukushima, and they see this attack as a precursor to the eventual abandonment of nuclear power.
Adinolfi may have been an easy target, but in the letter they warn that this attack is just the beginning and that Finmeccanica will be targeted a further seven times, one attack for each of the Greek anarchist members of the Conspiracy of Fire Nuclei currently in prison.
This attack might be the most powerful of its kind this generation has seen, but Europe has a rich history of left-wing groups taking up arms and fighting the State. In the 1970s and 80s, in Germany and Italy respectively, the Baader-Meinhof Gang and Red Brigades carried out a series of bomb attacks and assassinations against their governments and forms of Nato presence. They pretty much had the powers that be running scared, until the Soviet Union–who provided ideological and financial support to the groups–collapsed, prompting a widespread abandonment of left-wing terrorism in Europe, and allowing the rise of religiously-motivated terrorism in its place. That said, Greece is a country where left-wing terror has never really gone away.
For the past 40 years, ever since the Greek Junta brutally massacred the students who dared protest against it in 1973, left-wing revolutionary groups such as 17 November have carried out attacks against the Greek State, along with NATO and CIA targets. The violence slowed in the mid 00s, as Greece and the rest of Europe enjoyed an economic boom, but obviously that didn't last long, and since the police murdered 15-year-old Alexandros Grigoropoulos in 2008, left-wing groups have been re-radicalizing. One of those groups is the aforementioned Conspiracy of Fire Nuclei, most famous for attempting to mail-bomb the presidents of France and Italy back in 2010.
cont.
http://www.vice.com/read/the-return-of- ... -in-europe
WILL THIS SUMMER BELONG TO EUROPE'S FAR-LEFT TERRORISTS?
When you think of terrorist groups, you usually think of al-Qaeda casually flying planes into buildings, or Japanese cultists pumping sarin gas into subway stations, right? Do you think of a bunch of left-wing types pulling up on mopeds outside the home of a nuclear engineering executive and mercilessly kneecaping him? 'Cause I don't. Or at least, I didn't use to.
The shooting took place on May 7 in Genoa, Italy, and responsibility was claimed (in a letter sent to a newspaper) by a group calling itself the Olga Nucleus of the Informal Anarchist Federation, or IAF. The victim, Roberto Adinolfi, was the CEO of a nuclear energy firm owned by the Italian State Defence group, Finmeccanica.
In their letter, the IAF said they targeted Adinolfi because, "before nuclear power fell into disrepute, he [Adinolfi] was amongst the key players... responsible for the re-introduction of nuclear power in Italy..." According to them, science has sold out, "leading us to auto-destruction and total slavery." The IAF think it's only a matter of time before Europe, with its 187 nuclear power plants, has its own Fukushima, and they see this attack as a precursor to the eventual abandonment of nuclear power.
Adinolfi may have been an easy target, but in the letter they warn that this attack is just the beginning and that Finmeccanica will be targeted a further seven times, one attack for each of the Greek anarchist members of the Conspiracy of Fire Nuclei currently in prison.
This attack might be the most powerful of its kind this generation has seen, but Europe has a rich history of left-wing groups taking up arms and fighting the State. In the 1970s and 80s, in Germany and Italy respectively, the Baader-Meinhof Gang and Red Brigades carried out a series of bomb attacks and assassinations against their governments and forms of Nato presence. They pretty much had the powers that be running scared, until the Soviet Union–who provided ideological and financial support to the groups–collapsed, prompting a widespread abandonment of left-wing terrorism in Europe, and allowing the rise of religiously-motivated terrorism in its place. That said, Greece is a country where left-wing terror has never really gone away.
For the past 40 years, ever since the Greek Junta brutally massacred the students who dared protest against it in 1973, left-wing revolutionary groups such as 17 November have carried out attacks against the Greek State, along with NATO and CIA targets. The violence slowed in the mid 00s, as Greece and the rest of Europe enjoyed an economic boom, but obviously that didn't last long, and since the police murdered 15-year-old Alexandros Grigoropoulos in 2008, left-wing groups have been re-radicalizing. One of those groups is the aforementioned Conspiracy of Fire Nuclei, most famous for attempting to mail-bomb the presidents of France and Italy back in 2010.
cont.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: ascensão das tensões étnicas na Europa
O texto também critica as razões da BBC...
http://www.vice.com/es/read/los-inglese ... a-eurocopa
LOS DEMONIOS DEL DEPORTE: LOS INGLESES ODIAN ESTA EUROCOPA
By Miguel Pazcabrales
“Si eres negro o asiático, no vayas a la Euro, lo más probable es que regreses en un ataúd”, dice el documental del programa Panorama de la BBC de Inglaterra en su última emisión de la semana pasada titulada “Stadiums of Hate” (Estadios del odio).
La Eurocopa 2012 se acerca, y con ella las emociones que conlleva un gran evento de fútbol. Hay gente que incluso dice que la Eurocopa es un mundial donde sólo faltan Brasil y Argentina. El nivel es alto, hay muchas pasiones, sobre todo en México, donde casi se vive como un mundial y cada quien apoya a su país favorito: España, Italia, Alemania o de donde te creas que tienes orígenes, y haces porras cual hooligan escocés.
cont.
http://www.vice.com/es/read/los-inglese ... a-eurocopa
LOS DEMONIOS DEL DEPORTE: LOS INGLESES ODIAN ESTA EUROCOPA
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“Si eres negro o asiático, no vayas a la Euro, lo más probable es que regreses en un ataúd”, dice el documental del programa Panorama de la BBC de Inglaterra en su última emisión de la semana pasada titulada “Stadiums of Hate” (Estadios del odio).
La Eurocopa 2012 se acerca, y con ella las emociones que conlleva un gran evento de fútbol. Hay gente que incluso dice que la Eurocopa es un mundial donde sólo faltan Brasil y Argentina. El nivel es alto, hay muchas pasiones, sobre todo en México, donde casi se vive como un mundial y cada quien apoya a su país favorito: España, Italia, Alemania o de donde te creas que tienes orígenes, y haces porras cual hooligan escocés.
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Re: ascensão das tensões na Europa
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1106 ... rega.shtml
Duas granadas foram lançadas por desconhecidos neste domingo contra o prédio onde fica uma emissora de TV e um jornal em Atenas, mas os artefatos não chegaram a explodir, no que foi até agora o incidente mais grave da jornada eleitoral na Grécia.
Athanasios Kokolakis, porta-voz do Ministério de Proteção ao Cidadão, confirmou à agência Efe que duas granadas foram lançadas em frente à entrada do prédio da emissora "Skai" e do jornal "Kathimerini" e estão sendo analisadas pelo esquadrão antibomba da polícia.
Segundo o jornal "Ekathimerini", um guarda testemunhou duas pessoas de moto lançarem as granadas. A Polícia interditou a área e o prédio foi esvaziado.
"Algumas pessoas tentam perturbar o processo eleitoral. Mas a democracia não pode ser aterrorizada", declarou Dimitris Tsiodras, porta-voz do governo, ao comentar o incidente.
A própria emissora também denunciou o fato como uma tentativa de intimidar a imprensa.
Os principais partidos políticos que concorrem às eleições deste domingo condenaram o ataque, com exceção da legenda neonazista Aurora Dourada.
Outro incidente grave deste domingo de eleições na Grécia ocorreu na ilha de Zante, no Mar Jônico. Um jovem se aproximou de um colégio eleitoral armado com uma escopeta e deu dois tiros para o ar na rua, antes de fugir.
Já em Salônica, um pai e seu filho destruíram uma urna após a assessora jurídica lhes pedir para preencher a cédula eleitoral atrás de um biombo para cumprir a obrigatoriedade do voto secreto. A votação no local foi interrompida durante várias horas até o conserto da urna danificada. Os dois agressores foram detidos.
Os colégios eleitorais abriram à 1h (horário de Brasília) e devem fechar às 13h (horário de Brasília).
Duas granadas foram lançadas por desconhecidos neste domingo contra o prédio onde fica uma emissora de TV e um jornal em Atenas, mas os artefatos não chegaram a explodir, no que foi até agora o incidente mais grave da jornada eleitoral na Grécia.
Athanasios Kokolakis, porta-voz do Ministério de Proteção ao Cidadão, confirmou à agência Efe que duas granadas foram lançadas em frente à entrada do prédio da emissora "Skai" e do jornal "Kathimerini" e estão sendo analisadas pelo esquadrão antibomba da polícia.
Segundo o jornal "Ekathimerini", um guarda testemunhou duas pessoas de moto lançarem as granadas. A Polícia interditou a área e o prédio foi esvaziado.
"Algumas pessoas tentam perturbar o processo eleitoral. Mas a democracia não pode ser aterrorizada", declarou Dimitris Tsiodras, porta-voz do governo, ao comentar o incidente.
A própria emissora também denunciou o fato como uma tentativa de intimidar a imprensa.
Os principais partidos políticos que concorrem às eleições deste domingo condenaram o ataque, com exceção da legenda neonazista Aurora Dourada.
Outro incidente grave deste domingo de eleições na Grécia ocorreu na ilha de Zante, no Mar Jônico. Um jovem se aproximou de um colégio eleitoral armado com uma escopeta e deu dois tiros para o ar na rua, antes de fugir.
Já em Salônica, um pai e seu filho destruíram uma urna após a assessora jurídica lhes pedir para preencher a cédula eleitoral atrás de um biombo para cumprir a obrigatoriedade do voto secreto. A votação no local foi interrompida durante várias horas até o conserto da urna danificada. Os dois agressores foram detidos.
Os colégios eleitorais abriram à 1h (horário de Brasília) e devem fechar às 13h (horário de Brasília).
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Re: ascensão das tensões na Europa
Chefe dos espiões alemães 'obrigado' a demitir-se
Destruição de provas contra neonazis está na origem da saída de Heinz Fromm dos serviços secretos da Alemanha.
O chefe dos serviços secretos internos alemães - Verfassungsschutz - viu hoje aceite o seu pedido de demissão apresentado ao ministro federal do Interior, Hans-Peter Friedrich.
Heinz Fromm, que ocupava o cargo desde 2000, era há algum tempo objeto de críticas ao modo como conduziu a investigação às atividades de uma célula do grupo neo-nazi conhecido pela sigla NSU (Nationalsozialisticher Untergrund, nacional-socialistas na clandestinidade).
A agência noticiosa alemã DPA adiantou que Fromm tinha posto o cargo à disposição ainda no final do mês do mês passado.
Ataques terroristas
Desde quarta-feira 27 de junho que Fromm era objeto de pressão, quando se descobriu que elementos da sua agência tinham destruído documentos referentes à célula Zwickau (nome da cidade onde operava) da NSU, cujos elementos, em fuga há mais de dez anos, foram responsáveis por nove atentados mortais a empresários estrangeiros residentes no país (turcos e gregos).
A célula foi descoberta em novembro de 2011 na sequência de um assalto falhado que permitiu à polícia descobrir um dos esconderijos da célula. Os sete ficheiros que foram destruídos continham detalhes sobre uma operação secreta levada a cabo contra a Sociedade de Proteção da Turíngia, um grupo de extrema direita que esteve na origem da NSU.
Os documentos foram destruídos em Colónia, em novembro de 2011, e a polícia alemã ainda alegou, imediatamente a seguir, que eles tinham sido eliminados de acordo com os procedimentos de rotina policial, o que não era o caso, de acordo com o "SpiegelOnline". A destruição seguiu-se ao momento em que se tornou evidente que os neonazis tinham sido responsáveis pelos crimes cometidos entre 2000 e 2007.
Perda de confiança
O sítio do "Spiegel" publicou hoje uma declaração de Fromm anterior à sua demissão em que o chefe dos serviços de segurança admitia ter sido cometida uma série de erros relativamente aos documentos destruídos: "O facto causou uma profunda perda de confiança e prejudicou seriamente a reputação do gabinete".
As autoridades aconselharam uma revisão organizacional da Verfassungsschutz com o objetivo de melhorar a cooperação regional e nacional dos serviços, de acordo com o "SpiegelOnline".
Heinz Fromm é o responsável com cargo mais alto na hierarquia da organização que já tinha assistido, em janeiro, à demissão do chefe do departamento de combate ao extremismo de direita, Artur Hertiwig.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/chefe-dos-espio ... z1zUKy5cCz

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Re: ascensão das tensões na Europa
Europe is in more danger than at any time since the 1930s. One nationalist demagogue could cause an earthquake
O nosso é um continente complacente. Apesar eventos iminentes que teria precipitado uma revolução em quase qualquer outro lugar em quase todo o tempo na história - ou um colapso da moeda ou a secessão completa do controlo orçamental a um órgão supra-natural na UE - esperamos que o tecido de sociedade europeia de suportar sem grandes alterações. Eu acho que estamos errados.
Há uma presunção de paz perpétua na Europa, que repousa, por sua vez em uma presunção da perpetuidade das nossas estruturas de capital existentes. Uma vez que o último é desrespeitada, a primeira é posta em causa.
As grandes guerras da era secular têm sido travadas entre ideologias que buscam reestruturar a relação entre capital e as pessoas. Como cresce o apoio popular para esses planos, a Europa Ocidental está entrando em sua fase mais perigosa desde 1930.
Como no início dos anos 1930, a decisão sobre o destino de ordem financeira no continente repousa com os países devedores que admitem culpa por sua dívida . E, mais uma vez, a fé está sendo colocada no sistema de tratados para manter a ordem. Para empurrar a analogia, acredito que a forma dominante de organização política na próxima década será o nacionalismo. Somos um líder carismático longe de um completo reordenamento do continente.
O problema com as reparações, parou sob o Partido Nazista em 1933, não era que os alemães não foram capazes de pagar uma dívida que ascendia a 83pc do PIB em 1923 : pelo contrário, eles foram (eu recomendo Origins AJP Taylor da Segunda Guerra Mundial sobre este ponto). Em vez disso, foi que nem a Alemanha nem pré-Anschluss Áustria reconheceu a "guerra culpa" cláusula no Tratado de Versalhes, que justifica tais pagamentos.
Não só os devedores acreditam que as dívidas injusto, assim como os credores. Parecer sofisticado na Grã-Bretanha, compartilhada pelo Gabinete ministros e Keynes, declarou que os termos de paz foram indevidamente duras sobre os alemães e causaria a privação desnecessária. Esta combinação de teimosia e simpatia garantiu que quando as dívidas eventualmente não foram pagos, nenhuma nação interveio para apoiar o sistema financeiro existente.
Há aqui um paralelo com as dívidas atuais do Club Med estados, embora as suas dívidas são maiores - e se dirigiu para 170pc do PIB, segundo a Fitch .
cont.
http://blogs.telegraph.co.uk/finance/th ... arthquake/
O nosso é um continente complacente. Apesar eventos iminentes que teria precipitado uma revolução em quase qualquer outro lugar em quase todo o tempo na história - ou um colapso da moeda ou a secessão completa do controlo orçamental a um órgão supra-natural na UE - esperamos que o tecido de sociedade europeia de suportar sem grandes alterações. Eu acho que estamos errados.
Há uma presunção de paz perpétua na Europa, que repousa, por sua vez em uma presunção da perpetuidade das nossas estruturas de capital existentes. Uma vez que o último é desrespeitada, a primeira é posta em causa.
As grandes guerras da era secular têm sido travadas entre ideologias que buscam reestruturar a relação entre capital e as pessoas. Como cresce o apoio popular para esses planos, a Europa Ocidental está entrando em sua fase mais perigosa desde 1930.
Como no início dos anos 1930, a decisão sobre o destino de ordem financeira no continente repousa com os países devedores que admitem culpa por sua dívida . E, mais uma vez, a fé está sendo colocada no sistema de tratados para manter a ordem. Para empurrar a analogia, acredito que a forma dominante de organização política na próxima década será o nacionalismo. Somos um líder carismático longe de um completo reordenamento do continente.
O problema com as reparações, parou sob o Partido Nazista em 1933, não era que os alemães não foram capazes de pagar uma dívida que ascendia a 83pc do PIB em 1923 : pelo contrário, eles foram (eu recomendo Origins AJP Taylor da Segunda Guerra Mundial sobre este ponto). Em vez disso, foi que nem a Alemanha nem pré-Anschluss Áustria reconheceu a "guerra culpa" cláusula no Tratado de Versalhes, que justifica tais pagamentos.
Não só os devedores acreditam que as dívidas injusto, assim como os credores. Parecer sofisticado na Grã-Bretanha, compartilhada pelo Gabinete ministros e Keynes, declarou que os termos de paz foram indevidamente duras sobre os alemães e causaria a privação desnecessária. Esta combinação de teimosia e simpatia garantiu que quando as dívidas eventualmente não foram pagos, nenhuma nação interveio para apoiar o sistema financeiro existente.
Há aqui um paralelo com as dívidas atuais do Club Med estados, embora as suas dívidas são maiores - e se dirigiu para 170pc do PIB, segundo a Fitch .
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Re: ascensão das tensões na Europa
Romênia é a nova ovelha negra da Europa
A ofensiva do chefe do governo romeno para tomar o poder aumenta a preocupação sobre um retrocesso democrático no sudeste do continente.
http://2.bp.blogspot.com/-0ZjVzQlUw0Y/U ... +Ponta.jpg
O premiê da Romênia, Victor Ponta, usou a artilharia pesada para deixar Basescu fora do jogo
A crise desencadeada pelo primeiro-ministro romeno, Victor Ponta, vai além da costumeira instabilidade política no país - ele é o terceiro primeiro-ministro nomeado este ano. O objetivo era conseguir a suspensão como presidente de seu arqui-inimigo, o conservador Traian Basescu. Agora que já é um fato, será submetida a referendo em 29 de julho. Sorin Ionita, presidente do Expert Forum, um grupo de pensadores de Bucareste especializado em governança, considera que há na Romênia hoje "um estado de suspensão constitucional". A Alemanha criticou Bucareste, assim como Bruxelas, que teme o nascimento de uma nova ovelha negra, depois da Hungria.
O mecanismo da ofensiva institucional consistiu em eliminar, várias vezes por meio de decreto, qualquer obstáculo possível. O presidente do Senado é por lei quem substitui o presidente do país quando este é suspenso? Elimina-se o que há e coloca-se um semelhante, Crin Antonescu, para que, depois da votação de suspensão, seja o próximo presidente interino - como ocorreu. O presidente da Câmara baixa pode impedir que se vote em sessão extraordinária a suspensão de Basescu? Destitui-se. O Defensor do Povo é o único capaz de vetar um decreto de urgência do governo, como o que corta poderes do Tribunal Constitucional? Coloca-se outro que não proteste. Pode ser preciso acelerar algum decreto? Assume-se o controle do equivalente o romeno do Diário Oficial - até duas semanas atrás supervisionado pelo Parlamento - e como as medidas só entram em vigor quando são publicadas, isso ocorre quando o governo quiser.
A confusão e a incerteza sobrevoam todo o processo, que repercutiu em diversas depreciações da moeda do país, o leu, em um momento de recessão e quando os cidadãos sofrem severos cortes. Em princípio, Ponta usou a artilharia pesada para deixar Basescu fora do jogo, que acusa de interferir no dia a dia da política, abusando de suas atribuições. O presidente, na Romênia, tem um poder considerável, já que além de exercer a alta representação exterior do país pode vetar as candidaturas a promotor geral e propor o chefe do serviço secreto, por exemplo.
No entanto, há quem acredite que o governo romeno não empregou manobras semelhantes só para suspender o presidente. Interpretam que por trás está a corrupção, muito enraizada no país, e remontam o início da crise a 20 de junho. Nesse dia, Adrian Nastase, que completava 62 anos, se deu um tiro perto da garganta em uma tentativa de suicídio que ficou em feridas. O primeiro-ministro (2000-2004) com que a Romênia entrou na Otan e negociou a adesão à UE havia sido condenado a dois anos de prisão por corrupção em março, e nesse dia seria executada a ordem de prisão, que ele já cumpre.
"Essa condenação foi como uma descarga elétrica para toda a classe política", explica Sorin Ionita. "Nos últimos cinco anos, houve avanços na luta contra a corrupção. Antes os políticos tinham uma forte sensação de impunidade, e com esta decisão ela saltou pelos ares. Há vários casos de corrupção pendentes próximos do governo, e, pressionado por membros de seu partido e de seus aliados, Ponta tinha de agir agora, antes das eleições de novembro." Cristina Guseth, da Freedom House na Romênia, concorda com essa análise e argumenta que "o objetivo último dessas manobras é controlar a justiça".
A crise romena lembra o recente conflito da Hungria com a UE, apesar de na Romênia a Constituição não ter sido alterada. Budapeste aprovou uma nova Carta Magna que solapava os princípios democráticos e leis que atentavam contra a liberdade de imprensa e minavam a independência da autoridade de proteção de dados e a do banco central. Esta última norma acabou com a paciência de Bruxelas, que em dezembro suspendeu as negociações com a Hungria para lhe dar, junto com o FMI, um crédito de 20 bilhões de euros até que se garanta a independência do banco. Depois de meses de tensão, a UE se deu por satisfeita com as reformas legais de Budapeste.
O processo de adesão da Romênia à UE, que culminou em 2007, já foi em si espinhoso, sobretudo por causa da corrupção. O último relatório da Transparência Internacional, de dezembro passado, constata a fragilidade das instituições democráticas e indica que resta muito a fazer nesse sentido em um país que ainda luta por se desligar da cultura política herdada do comunismo. Para Cristina Guseth, o que aconteceu é que "a antiga 'nomenklatura' se transformou em 'cleptoklatura'".
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... uropa.html
A ofensiva do chefe do governo romeno para tomar o poder aumenta a preocupação sobre um retrocesso democrático no sudeste do continente.
http://2.bp.blogspot.com/-0ZjVzQlUw0Y/U ... +Ponta.jpg
O premiê da Romênia, Victor Ponta, usou a artilharia pesada para deixar Basescu fora do jogo
A crise desencadeada pelo primeiro-ministro romeno, Victor Ponta, vai além da costumeira instabilidade política no país - ele é o terceiro primeiro-ministro nomeado este ano. O objetivo era conseguir a suspensão como presidente de seu arqui-inimigo, o conservador Traian Basescu. Agora que já é um fato, será submetida a referendo em 29 de julho. Sorin Ionita, presidente do Expert Forum, um grupo de pensadores de Bucareste especializado em governança, considera que há na Romênia hoje "um estado de suspensão constitucional". A Alemanha criticou Bucareste, assim como Bruxelas, que teme o nascimento de uma nova ovelha negra, depois da Hungria.
O mecanismo da ofensiva institucional consistiu em eliminar, várias vezes por meio de decreto, qualquer obstáculo possível. O presidente do Senado é por lei quem substitui o presidente do país quando este é suspenso? Elimina-se o que há e coloca-se um semelhante, Crin Antonescu, para que, depois da votação de suspensão, seja o próximo presidente interino - como ocorreu. O presidente da Câmara baixa pode impedir que se vote em sessão extraordinária a suspensão de Basescu? Destitui-se. O Defensor do Povo é o único capaz de vetar um decreto de urgência do governo, como o que corta poderes do Tribunal Constitucional? Coloca-se outro que não proteste. Pode ser preciso acelerar algum decreto? Assume-se o controle do equivalente o romeno do Diário Oficial - até duas semanas atrás supervisionado pelo Parlamento - e como as medidas só entram em vigor quando são publicadas, isso ocorre quando o governo quiser.
A confusão e a incerteza sobrevoam todo o processo, que repercutiu em diversas depreciações da moeda do país, o leu, em um momento de recessão e quando os cidadãos sofrem severos cortes. Em princípio, Ponta usou a artilharia pesada para deixar Basescu fora do jogo, que acusa de interferir no dia a dia da política, abusando de suas atribuições. O presidente, na Romênia, tem um poder considerável, já que além de exercer a alta representação exterior do país pode vetar as candidaturas a promotor geral e propor o chefe do serviço secreto, por exemplo.
No entanto, há quem acredite que o governo romeno não empregou manobras semelhantes só para suspender o presidente. Interpretam que por trás está a corrupção, muito enraizada no país, e remontam o início da crise a 20 de junho. Nesse dia, Adrian Nastase, que completava 62 anos, se deu um tiro perto da garganta em uma tentativa de suicídio que ficou em feridas. O primeiro-ministro (2000-2004) com que a Romênia entrou na Otan e negociou a adesão à UE havia sido condenado a dois anos de prisão por corrupção em março, e nesse dia seria executada a ordem de prisão, que ele já cumpre.
"Essa condenação foi como uma descarga elétrica para toda a classe política", explica Sorin Ionita. "Nos últimos cinco anos, houve avanços na luta contra a corrupção. Antes os políticos tinham uma forte sensação de impunidade, e com esta decisão ela saltou pelos ares. Há vários casos de corrupção pendentes próximos do governo, e, pressionado por membros de seu partido e de seus aliados, Ponta tinha de agir agora, antes das eleições de novembro." Cristina Guseth, da Freedom House na Romênia, concorda com essa análise e argumenta que "o objetivo último dessas manobras é controlar a justiça".
A crise romena lembra o recente conflito da Hungria com a UE, apesar de na Romênia a Constituição não ter sido alterada. Budapeste aprovou uma nova Carta Magna que solapava os princípios democráticos e leis que atentavam contra a liberdade de imprensa e minavam a independência da autoridade de proteção de dados e a do banco central. Esta última norma acabou com a paciência de Bruxelas, que em dezembro suspendeu as negociações com a Hungria para lhe dar, junto com o FMI, um crédito de 20 bilhões de euros até que se garanta a independência do banco. Depois de meses de tensão, a UE se deu por satisfeita com as reformas legais de Budapeste.
O processo de adesão da Romênia à UE, que culminou em 2007, já foi em si espinhoso, sobretudo por causa da corrupção. O último relatório da Transparência Internacional, de dezembro passado, constata a fragilidade das instituições democráticas e indica que resta muito a fazer nesse sentido em um país que ainda luta por se desligar da cultura política herdada do comunismo. Para Cristina Guseth, o que aconteceu é que "a antiga 'nomenklatura' se transformou em 'cleptoklatura'".
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Re: ascensão das tensões na Europa
Bávaros fartos de financiar regiões pobres da Alemanha.
O Governo da Baviera decidiu contestar, no Tribunal Constitucional, o sistema existente na Alemanha, de acordo com o qual este Estado se vê obrigado a prestar ajuda a outros Estados alemães mais pobres.
Em 2011, a Baviera destinou 3,66 bilhões de euros para pagar dotações a outras regiões. O total da ajuda financeira aos Estados “atrasados” constituiu 7,3 bilhões de euros. Outros Estados-doadores – Hessen e Baden-Vurtemberga – declararam apoiar as exigências dos bávaros, considerando-as justas, mas na altura não estavam dispostos a dirigir-se à corte.
As intenções da Baviera provocaram uma reação nitidamente negativa dos Estados pobres. Segundo eles, os bávaros põem em perigo os ideais de solidariedade nacional e provocam discórdias no país. Além disto, lembraram à Baviera que também este Estado durante décadas recebeu ajuda do Governo central.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_17/81902292/
O Governo da Baviera decidiu contestar, no Tribunal Constitucional, o sistema existente na Alemanha, de acordo com o qual este Estado se vê obrigado a prestar ajuda a outros Estados alemães mais pobres.
Em 2011, a Baviera destinou 3,66 bilhões de euros para pagar dotações a outras regiões. O total da ajuda financeira aos Estados “atrasados” constituiu 7,3 bilhões de euros. Outros Estados-doadores – Hessen e Baden-Vurtemberga – declararam apoiar as exigências dos bávaros, considerando-as justas, mas na altura não estavam dispostos a dirigir-se à corte.
As intenções da Baviera provocaram uma reação nitidamente negativa dos Estados pobres. Segundo eles, os bávaros põem em perigo os ideais de solidariedade nacional e provocam discórdias no país. Além disto, lembraram à Baviera que também este Estado durante décadas recebeu ajuda do Governo central.
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Re: ascensão das tensões na Europa
Chefes do serviço de espionagem mantiveram "contato estreito" com traficantes de dados na Espanha.
Vários dos envolvidos na rede de tráfico de dados desarticulada pela polícia em maio passado aparecem ligados a espiões do Centro Nacional de Inteligência (CNI), o órgão público responsável por fornecer ao chefe de governo informações de interesse para o Estado. Ao longo das mais de 16 mil páginas do sumário da "Operação Pitiusa", aparecem contatos com agentes do CNI, aos quais um grupo de suspeitos se refere pelo codinome de "as rãs".
Os estreitos laços que os integrantes da trama mantinham com agentes do CNI também foram confirmados quando estes últimos contataram a polícia para se inteirar das acusações contra seus amigos detidos. O que não fica claro é que tipo de relação havia entre uns e outros, embora haja indícios de que os espiões do CNI usavam os detetives e colaboradores que formavam o imenso comércio de dados secretos.
As investigações realizadas durante um ano pela Unidade Territorial de Segurança Privada de Barcelona culminaram em maio passado. Em consequência da operação, há mais de 150 imputados, entre eles detetives particulares, funcionários da Fazenda, do Censo, da Seguridade Social, guardas-civis e colaboradores de todo tipo.
Entre eles manipulavam uma "enorme" quantidade de dados secretos que supostamente vendiam para empresas e particulares, além de fazer trabalhos por encomenda, como invadir o computador de uma pessoa para roubar todo o conteúdo de seu disco rígido.
A conexão do CNI com essa trama é palpável, por exemplo, nas conversas telefônicas gravadas pela polícia entre o detetive Aitor Gómez e um tal "Tino", em relação a uma operação destinada a descobrir uma rede de contrabando de cigarros. Gómez é o homem da agência Winterman em Bilbao, enquanto Tino parece uma espécie de colaborador deste em Ourense.
Ao se referir a um infiltrado que vão usar para esse fim, Tino diz a seu companheiro: "Temo que ele possa nos manipular a todos. É um líder". Tino, preocupado porque vai se meter "em um merengue muito gordo", admite que tem um "problema" por causa de alguns antecedentes por falsidade ideológica, e acrescenta que prefere não pedir "um segundo favor" a seu primo, codinome com que designa seu contato do CNI na Galícia, segundo fontes policiais.
Dos grampos telefônicos se depreende que a Guarda Civil e o CNI investigaram o contrabando graças a seus contatos com detetives, que vigiavam um tal Songo e uma mulher. Estes importavam 20 contêineres de Marlboro por mês. A mercadoria ilícita entrava pelo porto de Valência. A companhia Philip Morris --proprietária de marcas como Marlboro, Chesterfield e L&M --quis pôr fim a essa situação e supostamente solicitou a investigação a uma agência de detetives.
Aitor e Tino tiveram uma reunião em um hotel de Madri da qual participaram comandantes da Guarda Civil (os "verdes", como aparece no sumário) e membros do CNI em Vigo, que apelidam de "as rãs". Ambos estão preocupados e conscientes da "importância" do caso. Aitor discute com um homem não identificado sobre a data da reunião. "Espere, deixe-me verificar se a Guarda Civil me diz que sim com certeza. Porque não sei, homem", diz esse interlocutor anônimo que às vezes lhe telefona do Comando de Vitória.
Aitor explica a esse interlocutor, membro da Guarda Civil, que é uma "operação do CESID" [antigo nome do CNI] e que será esse serviço que "decidirá quem vai arrebentar, se o arrebenta a Polícia Nacional, os verdes ou nossa gente". Entretanto, Aitor Gómez insiste em que "quem vai levar a voz cantante" é o CNI. O próprio guarda-civil reconhece que o corpo estava atrás desse assunto há um ano e meio e que se dirigiu a Aitor para "ter mais dados".
"Se vierem os do centro é para dar cobertura ao informante, não para que organizem nada. (...) É simplesmente de proteção, porque não confiam na Guarda Civil, como você me disse", aponta o guarda ao detetive.
Depois da reunião, Aitor e Tino mostram-se preocupados sobre se o caso está "judicializado" ou não. "Disso depende que possamos levar adiante nosso assunto com a informação que temos", salienta Aitor em uma conversa.
Outro dos imputados que mantém contatos com o CNI é Matías Bevilacqua-Brechbuhler, que desempenha um papel fundamental na trama de tráfico de dados. Bevilacqua, um hacker de 36 anos de origem argentina, faz trabalhos para dois dos detetives que caíram na batida policial: Sara Dionisio e Juan Manuel Olivera. Todos eles haviam trabalhado na mesma época que o policial local Sergio Corcoles na empresa Cybex.
Ao ser detido, Bevilacqua já avisou aos policiais de Barcelona que fazia trabalhos delicados para o serviço de inteligência espanhol. Como prova disso, deu um número de telefone e o codinome "Don Aquiles", o oficial de ligação do CNI para o qual trabalhava. Don Aquiles corroborou depois sua versão.
No sumário judicial há um terceiro vínculo que revela os contatos da trama de tráfico de dados com o CNI: a ligação telefônica de José Moraga, de Madri, para Sergio Corcoles, policial de Santa María de Palautordera (Barcelona), cuja intensa atividade supostamente ilegal foi a origem da investigação. Moraga lhe diz que conseguiu seu número de telefone através de "um amiguinho do CNI". Daí se deduz que Corcoles tinha contatos com membros do CNI com os quais supostamente trocava informações, segundo fontes policiais.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... nagem.html
Vários dos envolvidos na rede de tráfico de dados desarticulada pela polícia em maio passado aparecem ligados a espiões do Centro Nacional de Inteligência (CNI), o órgão público responsável por fornecer ao chefe de governo informações de interesse para o Estado. Ao longo das mais de 16 mil páginas do sumário da "Operação Pitiusa", aparecem contatos com agentes do CNI, aos quais um grupo de suspeitos se refere pelo codinome de "as rãs".
Os estreitos laços que os integrantes da trama mantinham com agentes do CNI também foram confirmados quando estes últimos contataram a polícia para se inteirar das acusações contra seus amigos detidos. O que não fica claro é que tipo de relação havia entre uns e outros, embora haja indícios de que os espiões do CNI usavam os detetives e colaboradores que formavam o imenso comércio de dados secretos.
As investigações realizadas durante um ano pela Unidade Territorial de Segurança Privada de Barcelona culminaram em maio passado. Em consequência da operação, há mais de 150 imputados, entre eles detetives particulares, funcionários da Fazenda, do Censo, da Seguridade Social, guardas-civis e colaboradores de todo tipo.
Entre eles manipulavam uma "enorme" quantidade de dados secretos que supostamente vendiam para empresas e particulares, além de fazer trabalhos por encomenda, como invadir o computador de uma pessoa para roubar todo o conteúdo de seu disco rígido.
A conexão do CNI com essa trama é palpável, por exemplo, nas conversas telefônicas gravadas pela polícia entre o detetive Aitor Gómez e um tal "Tino", em relação a uma operação destinada a descobrir uma rede de contrabando de cigarros. Gómez é o homem da agência Winterman em Bilbao, enquanto Tino parece uma espécie de colaborador deste em Ourense.
Ao se referir a um infiltrado que vão usar para esse fim, Tino diz a seu companheiro: "Temo que ele possa nos manipular a todos. É um líder". Tino, preocupado porque vai se meter "em um merengue muito gordo", admite que tem um "problema" por causa de alguns antecedentes por falsidade ideológica, e acrescenta que prefere não pedir "um segundo favor" a seu primo, codinome com que designa seu contato do CNI na Galícia, segundo fontes policiais.
Dos grampos telefônicos se depreende que a Guarda Civil e o CNI investigaram o contrabando graças a seus contatos com detetives, que vigiavam um tal Songo e uma mulher. Estes importavam 20 contêineres de Marlboro por mês. A mercadoria ilícita entrava pelo porto de Valência. A companhia Philip Morris --proprietária de marcas como Marlboro, Chesterfield e L&M --quis pôr fim a essa situação e supostamente solicitou a investigação a uma agência de detetives.
Aitor e Tino tiveram uma reunião em um hotel de Madri da qual participaram comandantes da Guarda Civil (os "verdes", como aparece no sumário) e membros do CNI em Vigo, que apelidam de "as rãs". Ambos estão preocupados e conscientes da "importância" do caso. Aitor discute com um homem não identificado sobre a data da reunião. "Espere, deixe-me verificar se a Guarda Civil me diz que sim com certeza. Porque não sei, homem", diz esse interlocutor anônimo que às vezes lhe telefona do Comando de Vitória.
Aitor explica a esse interlocutor, membro da Guarda Civil, que é uma "operação do CESID" [antigo nome do CNI] e que será esse serviço que "decidirá quem vai arrebentar, se o arrebenta a Polícia Nacional, os verdes ou nossa gente". Entretanto, Aitor Gómez insiste em que "quem vai levar a voz cantante" é o CNI. O próprio guarda-civil reconhece que o corpo estava atrás desse assunto há um ano e meio e que se dirigiu a Aitor para "ter mais dados".
"Se vierem os do centro é para dar cobertura ao informante, não para que organizem nada. (...) É simplesmente de proteção, porque não confiam na Guarda Civil, como você me disse", aponta o guarda ao detetive.
Depois da reunião, Aitor e Tino mostram-se preocupados sobre se o caso está "judicializado" ou não. "Disso depende que possamos levar adiante nosso assunto com a informação que temos", salienta Aitor em uma conversa.
Outro dos imputados que mantém contatos com o CNI é Matías Bevilacqua-Brechbuhler, que desempenha um papel fundamental na trama de tráfico de dados. Bevilacqua, um hacker de 36 anos de origem argentina, faz trabalhos para dois dos detetives que caíram na batida policial: Sara Dionisio e Juan Manuel Olivera. Todos eles haviam trabalhado na mesma época que o policial local Sergio Corcoles na empresa Cybex.
Ao ser detido, Bevilacqua já avisou aos policiais de Barcelona que fazia trabalhos delicados para o serviço de inteligência espanhol. Como prova disso, deu um número de telefone e o codinome "Don Aquiles", o oficial de ligação do CNI para o qual trabalhava. Don Aquiles corroborou depois sua versão.
No sumário judicial há um terceiro vínculo que revela os contatos da trama de tráfico de dados com o CNI: a ligação telefônica de José Moraga, de Madri, para Sergio Corcoles, policial de Santa María de Palautordera (Barcelona), cuja intensa atividade supostamente ilegal foi a origem da investigação. Moraga lhe diz que conseguiu seu número de telefone através de "um amiguinho do CNI". Daí se deduz que Corcoles tinha contatos com membros do CNI com os quais supostamente trocava informações, segundo fontes policiais.
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Re: ascensão das tensões na Europa
Schmidt: Europa não está sendo uma potência mundial.
http://m.ruvr.ru/data/2012/07/17/129969 ... 724390.jpg
Mostrar mais energia, racionalismo e paciência, foi isso que o ex-chanceler alemão Helmut Schmidt pediu aos compatriotas nas páginas do jornal Die Zeit.
Não sonhe com uma Europa que desempenha papel de grande potência. Entender as ameaças e desafios que atingem o continente na era da globalização e da explosão da natalidade no mundo. Se sacrificar, ajudando aos vizinhos, ajudá-los com os problemas de dívida e desemprego em massa: combate à crise financeira que cada país sozinho está condenado ao fracasso. Diante disso não se pode falar sobre a prioridade dos interesses alemães em uma Europa unificada. O tema tem continuidade com o observador Serguei Guk.
Vida fácil, mesmo no caso de seus mandamentos, Helmut Schmidt é que uma autoridade mundial reconhecida em política e economia não faz promessas aos seus compatriotas. Ele prevê que em meados do século a população mundial será de 9 bilhões. A percentagem global de europeus até então cairá até sete por cento e a produção de bens materiais para 10 por cento. A cultura e economia europeia estão agora mesmo sob o risco de marginalização. Todos os caminhos de saída da crise inevitavelmente levam à integração. O importante é que a conscientização sobre isso chegue tarde demais. Há apenas duas opções – se unir ou se espalhar pelos apartamentos nacionais.
Uma pergunta ao nosso especialista, distinto diplomata-humanista, doutor em Ciências históricas, Valentin Falin: qual das duas tendências possui mais chance de ser realizada?
"Eu acho que nem um nem o outro. Por que em primeiro lugar países como a França e Inglaterra não vão concordar com a ideia de criar a Federação da Europa, e não confederação. Isso não cativa a simpatia da Suécia e da Itália, pois num sistema federativo como esse é a Alemanha que vai se manifestar com força total. Eu acho que é necessário mais algum tempo e flexibilidade por parte dos alemães, e por parte dos outros."
Hoje, a Alemanha como o principal credor pode mostrar seu caráter. Por exemplo, existe tal modelo. Você reconhece que a nossa fatia do orçamento da UE deve ser não 40, mas 32 por cento. Mas a diferença é que a Alemanha está pronta para os próximos 10 anos pagar dívidas e liquidar os processos negativos na Europa. Mas me parece que por enquanto os alemães não estão com essa flexibilidade. Porém o desejo de transformar os alemães em uma vaca de dinheiro, não só não diminui, mas vai crescendo em cada rodada de negociações.
Quando Schmidt diz tão pessimista, acho que resume recorre à experiência passada. Mas ele subestima: a Alemanha, como a França, não se dissolve no espaço europeu. Cedo ou tarde ela concretizar seu sonho e não somente tocar o primeiro violino nos concertos de Beethoven - mas recordar e rever toda a partitura".
Depois de meio século desde o início da integração europeia, Helmut Schmidt constata a existência de "crise profunda de quase todas as instituições" da UE. O motivo: falta de liderança política clara. Assim, crises bancárias e de dívidas vão tornando mais forte o desequilíbrio no nível de economias nacionais da zona do euro. Os órgãos europeus, se eles reagem aos acontecimentos negativos, sempre fazem isso com atraso. O ex chanceler vê o futuro na conscientização da comunidade europeia do seu próprio destino. Ao mesmo tempo - na preservação da identidade nacional. Este é o programa máximo: um acordo ambicioso, mas claramente - nada simples.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_17/sc ... por-agora/
http://m.ruvr.ru/data/2012/07/17/129969 ... 724390.jpg
Mostrar mais energia, racionalismo e paciência, foi isso que o ex-chanceler alemão Helmut Schmidt pediu aos compatriotas nas páginas do jornal Die Zeit.
Não sonhe com uma Europa que desempenha papel de grande potência. Entender as ameaças e desafios que atingem o continente na era da globalização e da explosão da natalidade no mundo. Se sacrificar, ajudando aos vizinhos, ajudá-los com os problemas de dívida e desemprego em massa: combate à crise financeira que cada país sozinho está condenado ao fracasso. Diante disso não se pode falar sobre a prioridade dos interesses alemães em uma Europa unificada. O tema tem continuidade com o observador Serguei Guk.
Vida fácil, mesmo no caso de seus mandamentos, Helmut Schmidt é que uma autoridade mundial reconhecida em política e economia não faz promessas aos seus compatriotas. Ele prevê que em meados do século a população mundial será de 9 bilhões. A percentagem global de europeus até então cairá até sete por cento e a produção de bens materiais para 10 por cento. A cultura e economia europeia estão agora mesmo sob o risco de marginalização. Todos os caminhos de saída da crise inevitavelmente levam à integração. O importante é que a conscientização sobre isso chegue tarde demais. Há apenas duas opções – se unir ou se espalhar pelos apartamentos nacionais.
Uma pergunta ao nosso especialista, distinto diplomata-humanista, doutor em Ciências históricas, Valentin Falin: qual das duas tendências possui mais chance de ser realizada?
"Eu acho que nem um nem o outro. Por que em primeiro lugar países como a França e Inglaterra não vão concordar com a ideia de criar a Federação da Europa, e não confederação. Isso não cativa a simpatia da Suécia e da Itália, pois num sistema federativo como esse é a Alemanha que vai se manifestar com força total. Eu acho que é necessário mais algum tempo e flexibilidade por parte dos alemães, e por parte dos outros."
Hoje, a Alemanha como o principal credor pode mostrar seu caráter. Por exemplo, existe tal modelo. Você reconhece que a nossa fatia do orçamento da UE deve ser não 40, mas 32 por cento. Mas a diferença é que a Alemanha está pronta para os próximos 10 anos pagar dívidas e liquidar os processos negativos na Europa. Mas me parece que por enquanto os alemães não estão com essa flexibilidade. Porém o desejo de transformar os alemães em uma vaca de dinheiro, não só não diminui, mas vai crescendo em cada rodada de negociações.
Quando Schmidt diz tão pessimista, acho que resume recorre à experiência passada. Mas ele subestima: a Alemanha, como a França, não se dissolve no espaço europeu. Cedo ou tarde ela concretizar seu sonho e não somente tocar o primeiro violino nos concertos de Beethoven - mas recordar e rever toda a partitura".
Depois de meio século desde o início da integração europeia, Helmut Schmidt constata a existência de "crise profunda de quase todas as instituições" da UE. O motivo: falta de liderança política clara. Assim, crises bancárias e de dívidas vão tornando mais forte o desequilíbrio no nível de economias nacionais da zona do euro. Os órgãos europeus, se eles reagem aos acontecimentos negativos, sempre fazem isso com atraso. O ex chanceler vê o futuro na conscientização da comunidade europeia do seu próprio destino. Ao mesmo tempo - na preservação da identidade nacional. Este é o programa máximo: um acordo ambicioso, mas claramente - nada simples.
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Re: ascensão das tensões na Europa
França irá reconsiderar suas relações com a OTAN.
François Hollande pediu ao ex-ministro das Relações Exteriores Hubert Vedrine para preparar uma revisão do papel da França no Comando Militar Conjunto da OTAN.
Segundo os observadores, a avaliação da parceria da França com a OTAN poderá conduzir a que Paris decida novamente sair das estruturas militares da Organização do Tratado do Atlântico-Norte.
Vedrine também irá avaliar toda a gama das relações entre os EUA e a França. Ele deve apresentar seu relatório ao Chefe de Estado no final de outubro.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_19/Fr ... coes-OTAN/
François Hollande pediu ao ex-ministro das Relações Exteriores Hubert Vedrine para preparar uma revisão do papel da França no Comando Militar Conjunto da OTAN.
Segundo os observadores, a avaliação da parceria da França com a OTAN poderá conduzir a que Paris decida novamente sair das estruturas militares da Organização do Tratado do Atlântico-Norte.
Vedrine também irá avaliar toda a gama das relações entre os EUA e a França. Ele deve apresentar seu relatório ao Chefe de Estado no final de outubro.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_19/Fr ... coes-OTAN/
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Re: ascensão das tensões na Europa
Islamitas alemães desiludidos abandonam a jihad.
http://2.bp.blogspot.com/-9cwU5FnHptI/U ... n-2010.jpg
Dia de Jerusalém em Berlin
O bairro de Kumkapi, em Istambul, é normalmente o tipo de lugar onde dançarinas do ventre podem ser encontradas balançando seus quadris diante de clientes bêbados. Para Peter B., que está atualmente preso em uma cela em Kumkapi, é o local onde Deus o está testando para o paraíso.
A prisão turca para os detidos que aguardam deportação é um prédio bege de arenito. Câmeras de vigilância monitoram os três andares, e guardas armados com submetralhadoras estão posicionados na entrada. Em uma sala no térreo, Peter B. está ajoelhado no piso branco diante de seu filho de 3 anos, Uwais. O menino pergunta ao pai: “Por que a polícia prendeu você?” Acariciando o rosto de seu pai, ele acrescenta: “Se você rezar bastante, eles deixarão você sair”.
Um guarda armado monitora a reunião de família atrás das grades. Peter B. coloca sua mão na nuca de seu filho e recita um verso do Corão. Ele visa protegê-lo de shaitan, o diabo. “Eu parti do Paquistão para que os cérebros dos meus filhos não ficassem entorpecidos”, ele diz. Ele ficou decepcionado com seus irmãos muçulmanos, cujas mensagens de vídeo o atraíram até o Waziristão, uma parte montanhosa da região do Hindu Kush e uma fortaleza do Taleban e da Al-Qaeda.
Eles prometiam que haveria escolas e hospitais lá, ele diz, acrescentando: “Você confia em seus irmãos e acha que eles não mentirão”. Ele ergue sua sobrancelha esquerda e diz: “Não havia nada lá, exceto aeronaves não tripuladas”.
Uma reversão da tendência
Por anos, a região montanhosa na fronteira entre o Afeganistão e Paquistão parecia uma espécie de Meca para os militantes. Mais de 200 voluntários partiram da Alemanha, viajando sozinhos e com suas famílias, com destino ao Waziristão. Aqueles que foram primeiro apareciam em vídeos pela Internet para recrutar mais voluntários. Eles prometiam um paraíso na Terra, ou ao menos o precursor dele. Para as autoridades alemãs, os combatentes eram um pesadelo, e eram vistos como a maior ameaça à segurança doméstica.
Mas essa tendência pode estar revertendo há algum tempo. O número de voluntários está caindo, enquanto o número daqueles voltando para casa está crescendo.
As condições de vida nas montanhas são mais duras do que o retratado nos vídeos promocionais. A morte chove constantemente do céu, na forma dos mísseis das aeronaves não tripuladas americanas. Uma dúzia de combatentes da Alemanha já morreu.
As rotas de volta para casa costumam passar pela Turquia e o eixo é Istambul. Agentes da inteligência turca, americana e alemã lotam a metrópole, que se transformou em um dos locais mais monitorados do mundo. Todos estão tentando rastrear quem chega e quem sai.
Thomas U., que já posou como combatente em um filme de propaganda, foi preso em Istambul. Faith T., nascido em Berlim e supostamente o líder do subgrupo Mujahedeen Taleban Alemão, foi preso no início de junho.
O suposto jihadista preso mais recentemente foi Peter B., após o gabinete do promotor público da cidade de Stuttgart, no sudoeste da Alemanha, ter expedido um mandado de prisão contra ele. B. é acusado de ser membro de uma organização criminosa e ter recrutado combatentes para a jihad. Os agentes de contraterrorismo turcos prenderam B. em 27 de junho, e ele foi extraditado para a Alemanha no início da semana passada.
Aparecendo no radar das autoridades
A jornada de Peter B. e sua esposa é típica para uma geração de jovens muçulmanos que se radicalizaram na Alemanha, partiram para a guerra e agora estão nas garras das autoridades.
Peter B., 31 anos, atende pelo seu nome islâmico de “Ammar”. Em um vídeo na Internet, ele explicou que se converteu ao Islã após a morte de um amigo. Ele trabalhava em uma loja de celulares e estudava à noite, para conseguir um diploma que lhe permitiria cursar a universidade. Na época ele morava em Ulm, onde se desenvolveu uma cena radical vibrante. Islamitas locais se encontravam no “Centro de Informação Islâmica de Ulm”, onde B. era o secretário e tesoureiro do grupo.
Em 2004, o gabinete do promotor público de Munique deu início a uma investigação preliminar contra B., sob suspeita de formar uma organização criminosa e recrutar combatentes. Em questão estava uma publicação islamita chamada “Pense Islâmico”, da qual B. servia como editor. As autoridades alegaram que a publicação incitava o uso de violência para fins políticos. B. foi um dos alvos do processo, mas as acusações contra ele acabaram sendo retiradas. B. alega que estava apenas realizando dawah, ou pregando o Islã.
Mas então o nome de B. apareceu em uma investigação contra a chamada Célula de Sauerland, um grupo de terroristas que preparava um ataque contra a Alemanha. Um dos réus estava dirigindo a Mercedes de B. e a polícia encontrou um detector de grampos enquanto revistava o veículo. Desde então, B. passou a ser mencionado nos arquivos como “contato”, mas os investigadores ainda não conseguiam provar que ele era mais que um conhecido casual dos supostos terroristas.
B. aparentemente estava caminhando sobre uma linha tênue, mantendo relações tanto com muçulmanos militantes quanto pacíficos. Mas então o gabinete do Procurador-Geral da Alemanha começou a estudar acusações potenciais contra B. por apoio a uma organização terrorista.
Os detalhes dados por Ahmad Sidiqi à polícia alemã acabaram sendo mais sérios. Em 2010, os militares americanos detiveram Sidiqi, um alemão de descendência afegã que vivia em Hamburgo, em Cabul. Sidiqi alegou que Peter B. pretendia originalmente se juntar ao Movimento Islâmico do Uzbequistão, mas que Sidiqi o dissuadiu de fazê-lo. Segundo Sidiqi, Peter B., Faith T. e um alemão de descendência turca passaram uma noite na casa dele em Mir Ali, a capital não oficial do Waziristão, onde pistolas e rifles AK-47 fazem parte da vida diária.
Fugindo assustado
No centro de deportação em Istambul, B. se ajoelha no chão enquanto conta seu lado da história. A longa barba com que ele é visto nas fotos de procurado foi substituída por uma barba de três dias. Falando suavemente, ele diz: “Eu amo os mujahedeen, mas não queria ter nada a ver com essas organizações”.
A uma curta caminhada da cela de B., sua esposa, Sara, 23 anos, está sentada no pátio da Mesquita de Fatih. Ela fica em um bairro islâmico ortodoxo de Istambul, conhecido como “Pequeno Irã”. As mulheres usam o véu facial pleno conhecido como niqab, e os homens vestem uma túnica até a altura do tornozelo, conhecida como jalabiya. Sara gosta daqui. “Eu não gosto de ver muita pele”, ela diz, enquanto amamenta sua filha sob suas roupas.
O marido dela alega que o mandado de prisão alemão os fez fugir do Egito, onde viviam em um conjunto habitacional isolado em Alexandria, para a região do Hindu Kush. B. diz que só soube sobre o mandado de prisão quando estavam no Egito. “Eu sou humano, então fiquei apavorado”, ele diz, notando que fugiram naquela mesma noite.
“Quando fui informada sobre irmos para o Paquistão, meus olhos quase pularam fora da minha cabeça”, diz Sara. “Eu nem mesmo sabia se encontraríamos fraldas Pampers lá.”
Nada como o lar
B. diz que o Waziristão é o único local onde os mandados de prisão alemães não valem nada. “Eu queria viver uma vida islâmica lá”, ele diz. Ele descreve os primeiros meses como difíceis. Ele e sua família se mudaram para um apartamento assim que chegaram, mas não demorou muito para serem expulsos por membros da Al-Qaeda, supostamente porque “Ammar” se recusava a se juntar aos combatentes.
Há 30 organizações diferentes na área, diz B., e todas elas brigam entre si. A família foi forçada a dormir na rua por dias. Mas então a salvação chegou na forma de dinheiro de sua mãe na Alemanha. Ele comprou uma casa de adobe por 350 euros e uma moto por 450 euros. O novo mundo deles era cercado por um muro de pedra.
Quando sentiam saudade de casa, eles iam passear até as “lojas europeias” na cidade, que vendem produtos alemães, como Nutella, mousse para cabelo Nivea e chocolate quente para as crianças - além de Pepsi. Quando B. pensa a respeito, ele se recorda de como a garota na loja explicou para ele que uma Pepsi custava 20 rupias. “Primeiro, ela contou os dedos das mãos, depois os dedos dos pés”, ele diz. “Eu não queria que meu filho fosse tão estúpido.”
Quando uma torneira quebra no Waziristão, diz B., ela permanece quebrada. Quando o ônibus supostamente deve chegar às 8h da manhã, ele nunca aparece. “Eles simplesmente não têm um sistema organizacional como nós”, ele explica. Certa vez, ele acrescenta, ele levou Sara consigo ao mercado. Por dias, os vizinhos o criticaram por deixar sua esposa sair de casa. B. diz que sua esposa não é um animal, algo que precisa ser mantido trancado. Eles se sentiam desconfortáveis na cidade, mas mesmo assim permaneceram por um ano. “Se você quiser partir imediatamente, eles pensarão que você é um espião”, ele diz.
Em Mir Ali e arredores, o silvo sutil das aeronaves não tripuladas fazia parte do dia a dia. Quando os mísseis atacavam ao longe, eles podiam ver uma nuvem de fumaça. Quando um míssil atingiu um prédio vizinho, a terra tremia. Quando isso aconteceu, B. saiu correndo para ajudar as vítimas, e quando ele voltou ele descreveu as cenas de pernas e braços amputados, e crianças órfãs vagando a esmo pelas ruas estreitas. B. tinha dificuldade para dormir e quando sua esposa peneirava farinha durante o dia para remover as larvas, ela frequentemente pensava no que aconteceria se uma aeronave não tripulada levasse seu marido e filhos.
Na época, Sara estava grávida de sete meses. B. a levou para um local chamado de hospital. A ala de maternidade era um longo corredor com portas abertas e mulheres gritando, onde fluido amniótico misturado com sangue e fezes era lavado para um esgoto a céu aberto. “Era como a Idade Média”, diz Sara. “Quando vi aquilo, eu jurei a mim mesma que não daria à luz ali.”
Fuga e extradição
Logo após o nascimento - e apesar do mandado de prisão - o casal decidiu partir do Waziristão. A jornada deles para casa começou em um micro-ônibus caindo aos pedaços, usado por traficantes de drogas. Sara descreve a experiência como envolvendo “homens fumando maconha, fedorentos, que nos trataram como sacos de farinha e ignoravam os horários de oração”. Então veio a jornada a pé pelas montanhas iranianas e o nascimento da filha mais nova deles, Shaheeda (“mártir”), assim que cruzaram a fronteira iraniana.
B. não queria voltar para a Alemanha, onde temia que as pessoas chamariam sua esposa de “terrorista” ou “pinguim” se fosse ao supermercado de véu. “Eu não quero ser um problema para a Alemanha”, ele diz, “assim como não quero que a Alemanha seja um problema para mim”.
Durante a detenção em Istambul, B. contratou advogados e assinou uma petição pedindo que a ONU bloqueasse sua extradição para a Alemanha - em vão. Na última segunda-feira (17), as autoridades turcas o colocaram em um voo para Frankfurt. Sua esposa e filhos o seguiram dois dias depois. B. agora está na prisão aguardando julgamento - ou liberdade, é claro, se houver evidência insuficiente para condená-lo.
No Waziristão, ele prometeu para sua esposa que se voltassem a viver na Alemanha de novo, eles voariam para as Maldivas. Ele chama o Estado insular no Oceano Índico de o lugar mais bonito depois de Meca. E, é claro, depois do paraíso.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... donam.html
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Dia de Jerusalém em Berlin
O bairro de Kumkapi, em Istambul, é normalmente o tipo de lugar onde dançarinas do ventre podem ser encontradas balançando seus quadris diante de clientes bêbados. Para Peter B., que está atualmente preso em uma cela em Kumkapi, é o local onde Deus o está testando para o paraíso.
A prisão turca para os detidos que aguardam deportação é um prédio bege de arenito. Câmeras de vigilância monitoram os três andares, e guardas armados com submetralhadoras estão posicionados na entrada. Em uma sala no térreo, Peter B. está ajoelhado no piso branco diante de seu filho de 3 anos, Uwais. O menino pergunta ao pai: “Por que a polícia prendeu você?” Acariciando o rosto de seu pai, ele acrescenta: “Se você rezar bastante, eles deixarão você sair”.
Um guarda armado monitora a reunião de família atrás das grades. Peter B. coloca sua mão na nuca de seu filho e recita um verso do Corão. Ele visa protegê-lo de shaitan, o diabo. “Eu parti do Paquistão para que os cérebros dos meus filhos não ficassem entorpecidos”, ele diz. Ele ficou decepcionado com seus irmãos muçulmanos, cujas mensagens de vídeo o atraíram até o Waziristão, uma parte montanhosa da região do Hindu Kush e uma fortaleza do Taleban e da Al-Qaeda.
Eles prometiam que haveria escolas e hospitais lá, ele diz, acrescentando: “Você confia em seus irmãos e acha que eles não mentirão”. Ele ergue sua sobrancelha esquerda e diz: “Não havia nada lá, exceto aeronaves não tripuladas”.
Uma reversão da tendência
Por anos, a região montanhosa na fronteira entre o Afeganistão e Paquistão parecia uma espécie de Meca para os militantes. Mais de 200 voluntários partiram da Alemanha, viajando sozinhos e com suas famílias, com destino ao Waziristão. Aqueles que foram primeiro apareciam em vídeos pela Internet para recrutar mais voluntários. Eles prometiam um paraíso na Terra, ou ao menos o precursor dele. Para as autoridades alemãs, os combatentes eram um pesadelo, e eram vistos como a maior ameaça à segurança doméstica.
Mas essa tendência pode estar revertendo há algum tempo. O número de voluntários está caindo, enquanto o número daqueles voltando para casa está crescendo.
As condições de vida nas montanhas são mais duras do que o retratado nos vídeos promocionais. A morte chove constantemente do céu, na forma dos mísseis das aeronaves não tripuladas americanas. Uma dúzia de combatentes da Alemanha já morreu.
As rotas de volta para casa costumam passar pela Turquia e o eixo é Istambul. Agentes da inteligência turca, americana e alemã lotam a metrópole, que se transformou em um dos locais mais monitorados do mundo. Todos estão tentando rastrear quem chega e quem sai.
Thomas U., que já posou como combatente em um filme de propaganda, foi preso em Istambul. Faith T., nascido em Berlim e supostamente o líder do subgrupo Mujahedeen Taleban Alemão, foi preso no início de junho.
O suposto jihadista preso mais recentemente foi Peter B., após o gabinete do promotor público da cidade de Stuttgart, no sudoeste da Alemanha, ter expedido um mandado de prisão contra ele. B. é acusado de ser membro de uma organização criminosa e ter recrutado combatentes para a jihad. Os agentes de contraterrorismo turcos prenderam B. em 27 de junho, e ele foi extraditado para a Alemanha no início da semana passada.
Aparecendo no radar das autoridades
A jornada de Peter B. e sua esposa é típica para uma geração de jovens muçulmanos que se radicalizaram na Alemanha, partiram para a guerra e agora estão nas garras das autoridades.
Peter B., 31 anos, atende pelo seu nome islâmico de “Ammar”. Em um vídeo na Internet, ele explicou que se converteu ao Islã após a morte de um amigo. Ele trabalhava em uma loja de celulares e estudava à noite, para conseguir um diploma que lhe permitiria cursar a universidade. Na época ele morava em Ulm, onde se desenvolveu uma cena radical vibrante. Islamitas locais se encontravam no “Centro de Informação Islâmica de Ulm”, onde B. era o secretário e tesoureiro do grupo.
Em 2004, o gabinete do promotor público de Munique deu início a uma investigação preliminar contra B., sob suspeita de formar uma organização criminosa e recrutar combatentes. Em questão estava uma publicação islamita chamada “Pense Islâmico”, da qual B. servia como editor. As autoridades alegaram que a publicação incitava o uso de violência para fins políticos. B. foi um dos alvos do processo, mas as acusações contra ele acabaram sendo retiradas. B. alega que estava apenas realizando dawah, ou pregando o Islã.
Mas então o nome de B. apareceu em uma investigação contra a chamada Célula de Sauerland, um grupo de terroristas que preparava um ataque contra a Alemanha. Um dos réus estava dirigindo a Mercedes de B. e a polícia encontrou um detector de grampos enquanto revistava o veículo. Desde então, B. passou a ser mencionado nos arquivos como “contato”, mas os investigadores ainda não conseguiam provar que ele era mais que um conhecido casual dos supostos terroristas.
B. aparentemente estava caminhando sobre uma linha tênue, mantendo relações tanto com muçulmanos militantes quanto pacíficos. Mas então o gabinete do Procurador-Geral da Alemanha começou a estudar acusações potenciais contra B. por apoio a uma organização terrorista.
Os detalhes dados por Ahmad Sidiqi à polícia alemã acabaram sendo mais sérios. Em 2010, os militares americanos detiveram Sidiqi, um alemão de descendência afegã que vivia em Hamburgo, em Cabul. Sidiqi alegou que Peter B. pretendia originalmente se juntar ao Movimento Islâmico do Uzbequistão, mas que Sidiqi o dissuadiu de fazê-lo. Segundo Sidiqi, Peter B., Faith T. e um alemão de descendência turca passaram uma noite na casa dele em Mir Ali, a capital não oficial do Waziristão, onde pistolas e rifles AK-47 fazem parte da vida diária.
Fugindo assustado
No centro de deportação em Istambul, B. se ajoelha no chão enquanto conta seu lado da história. A longa barba com que ele é visto nas fotos de procurado foi substituída por uma barba de três dias. Falando suavemente, ele diz: “Eu amo os mujahedeen, mas não queria ter nada a ver com essas organizações”.
A uma curta caminhada da cela de B., sua esposa, Sara, 23 anos, está sentada no pátio da Mesquita de Fatih. Ela fica em um bairro islâmico ortodoxo de Istambul, conhecido como “Pequeno Irã”. As mulheres usam o véu facial pleno conhecido como niqab, e os homens vestem uma túnica até a altura do tornozelo, conhecida como jalabiya. Sara gosta daqui. “Eu não gosto de ver muita pele”, ela diz, enquanto amamenta sua filha sob suas roupas.
O marido dela alega que o mandado de prisão alemão os fez fugir do Egito, onde viviam em um conjunto habitacional isolado em Alexandria, para a região do Hindu Kush. B. diz que só soube sobre o mandado de prisão quando estavam no Egito. “Eu sou humano, então fiquei apavorado”, ele diz, notando que fugiram naquela mesma noite.
“Quando fui informada sobre irmos para o Paquistão, meus olhos quase pularam fora da minha cabeça”, diz Sara. “Eu nem mesmo sabia se encontraríamos fraldas Pampers lá.”
Nada como o lar
B. diz que o Waziristão é o único local onde os mandados de prisão alemães não valem nada. “Eu queria viver uma vida islâmica lá”, ele diz. Ele descreve os primeiros meses como difíceis. Ele e sua família se mudaram para um apartamento assim que chegaram, mas não demorou muito para serem expulsos por membros da Al-Qaeda, supostamente porque “Ammar” se recusava a se juntar aos combatentes.
Há 30 organizações diferentes na área, diz B., e todas elas brigam entre si. A família foi forçada a dormir na rua por dias. Mas então a salvação chegou na forma de dinheiro de sua mãe na Alemanha. Ele comprou uma casa de adobe por 350 euros e uma moto por 450 euros. O novo mundo deles era cercado por um muro de pedra.
Quando sentiam saudade de casa, eles iam passear até as “lojas europeias” na cidade, que vendem produtos alemães, como Nutella, mousse para cabelo Nivea e chocolate quente para as crianças - além de Pepsi. Quando B. pensa a respeito, ele se recorda de como a garota na loja explicou para ele que uma Pepsi custava 20 rupias. “Primeiro, ela contou os dedos das mãos, depois os dedos dos pés”, ele diz. “Eu não queria que meu filho fosse tão estúpido.”
Quando uma torneira quebra no Waziristão, diz B., ela permanece quebrada. Quando o ônibus supostamente deve chegar às 8h da manhã, ele nunca aparece. “Eles simplesmente não têm um sistema organizacional como nós”, ele explica. Certa vez, ele acrescenta, ele levou Sara consigo ao mercado. Por dias, os vizinhos o criticaram por deixar sua esposa sair de casa. B. diz que sua esposa não é um animal, algo que precisa ser mantido trancado. Eles se sentiam desconfortáveis na cidade, mas mesmo assim permaneceram por um ano. “Se você quiser partir imediatamente, eles pensarão que você é um espião”, ele diz.
Em Mir Ali e arredores, o silvo sutil das aeronaves não tripuladas fazia parte do dia a dia. Quando os mísseis atacavam ao longe, eles podiam ver uma nuvem de fumaça. Quando um míssil atingiu um prédio vizinho, a terra tremia. Quando isso aconteceu, B. saiu correndo para ajudar as vítimas, e quando ele voltou ele descreveu as cenas de pernas e braços amputados, e crianças órfãs vagando a esmo pelas ruas estreitas. B. tinha dificuldade para dormir e quando sua esposa peneirava farinha durante o dia para remover as larvas, ela frequentemente pensava no que aconteceria se uma aeronave não tripulada levasse seu marido e filhos.
Na época, Sara estava grávida de sete meses. B. a levou para um local chamado de hospital. A ala de maternidade era um longo corredor com portas abertas e mulheres gritando, onde fluido amniótico misturado com sangue e fezes era lavado para um esgoto a céu aberto. “Era como a Idade Média”, diz Sara. “Quando vi aquilo, eu jurei a mim mesma que não daria à luz ali.”
Fuga e extradição
Logo após o nascimento - e apesar do mandado de prisão - o casal decidiu partir do Waziristão. A jornada deles para casa começou em um micro-ônibus caindo aos pedaços, usado por traficantes de drogas. Sara descreve a experiência como envolvendo “homens fumando maconha, fedorentos, que nos trataram como sacos de farinha e ignoravam os horários de oração”. Então veio a jornada a pé pelas montanhas iranianas e o nascimento da filha mais nova deles, Shaheeda (“mártir”), assim que cruzaram a fronteira iraniana.
B. não queria voltar para a Alemanha, onde temia que as pessoas chamariam sua esposa de “terrorista” ou “pinguim” se fosse ao supermercado de véu. “Eu não quero ser um problema para a Alemanha”, ele diz, “assim como não quero que a Alemanha seja um problema para mim”.
Durante a detenção em Istambul, B. contratou advogados e assinou uma petição pedindo que a ONU bloqueasse sua extradição para a Alemanha - em vão. Na última segunda-feira (17), as autoridades turcas o colocaram em um voo para Frankfurt. Sua esposa e filhos o seguiram dois dias depois. B. agora está na prisão aguardando julgamento - ou liberdade, é claro, se houver evidência insuficiente para condená-lo.
No Waziristão, ele prometeu para sua esposa que se voltassem a viver na Alemanha de novo, eles voariam para as Maldivas. Ele chama o Estado insular no Oceano Índico de o lugar mais bonito depois de Meca. E, é claro, depois do paraíso.
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Re: ascensão das tensões na Europa
Seguidores do partido da extrema direita da Grécia, o Aurora Dourada, entregaram pacotes com alimentos na frente do Parlamento grego nesta quarta-feira, mas garantiram para que apenas populares gregos, e não imigrantes ou estrangeiros, recebessem a comida. Centenas de populares fizeram fila na praça Syntagma para receber as doações. Os voluntários neonazistas, vestidos com roupas negras, entregaram os pacotes, com leite, macarrão, batatas e azeite de oliva. A Grécia entrou no quinto ano seguido de recessão e a taxa de desemprego atinge mais de 20% da força de trabalho.
Os partidários da Aurora Dourada são acusados de atacarem estrangeiros e imigrantes, enquanto alguns dos seus líderes disseram admirar o ditador alemão Adolf Hitler. O partido rejeitou essas declarações. Os neonazistas gregos são acusados de liderar uma campanha de espancamentos contra imigrantes africanos e asiáticos nas maiores cidades gregas. Seus partidários negam os ataques.
"A Aurora Dourada é um partido nacionalista e acima de tudo nos preocupamos com os gregos", disse o parlamentar Nikolaos Michos, do partido. O Aurora Dourada emergiu como a quarta maior força política da Grécia em 17 de junho, quando conseguiu eleger 18 deputados no Parlamento de 300.
"De dia, eles entregam comida. À noite, espancam as pessoas", disse o vereador de esquerda Petros Constantinou, de Atenas. "Eles estão explorando a miséria em troca de votos. Isso é degradante", disse Constantinou.
http://economia.estadao.com.br/noticias ... 1594,0.htm
Os partidários da Aurora Dourada são acusados de atacarem estrangeiros e imigrantes, enquanto alguns dos seus líderes disseram admirar o ditador alemão Adolf Hitler. O partido rejeitou essas declarações. Os neonazistas gregos são acusados de liderar uma campanha de espancamentos contra imigrantes africanos e asiáticos nas maiores cidades gregas. Seus partidários negam os ataques.
"A Aurora Dourada é um partido nacionalista e acima de tudo nos preocupamos com os gregos", disse o parlamentar Nikolaos Michos, do partido. O Aurora Dourada emergiu como a quarta maior força política da Grécia em 17 de junho, quando conseguiu eleger 18 deputados no Parlamento de 300.
"De dia, eles entregam comida. À noite, espancam as pessoas", disse o vereador de esquerda Petros Constantinou, de Atenas. "Eles estão explorando a miséria em troca de votos. Isso é degradante", disse Constantinou.
http://economia.estadao.com.br/noticias ... 1594,0.htm
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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- rodrigo
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Re: ascensão das tensões na Europa
http://www.cartacapital.com.br/internacional/autoridades-prendem-6-mil-imigrantes-no-fim-de-semana/
Autoridades prendem 6 mil imigrantes no fim de semana
Arrasada pela crise econômica e forçada a adotar intensas medidas de austeridade, a Grécia agora se volta contra os imigrantes ilegais para combater o que o governo diz ser “uma invasão pré-histórica”. Autoridades gregas estão realizando rondas contra pessoas suspeitas de estarem em condição irregular no país, o ponto mais comum de entrada de pessoas da África e Ásia na Europa.
A polícia grega revelou nesta segunda-feira 6 ter prendido 6 mil pessoas em Atenas durante o fim de semana em uma operação massiva apelidada de Zeus, ironicamente o Deus da hospitalidade.
Os oficiais foram vistos parando africanos e asiáticos nas ruas para confirmar seu status no país, sendo a maioria detida brevemente. Outros 1,6 mil foram, porém, presos por entrarem ilegalmente na Grécia e enviados a centros de detenção onde devem aguardar para serem deportados.
Estimativas apontam que cerca de 100 mil imigrantes entram ilegalmente na Europa por ano pela Grécia. A maioria deles vem da Turquia e cerca de 1 milhão vivem em terras gregas, que possuem 10 milhões de habitantes.
O ministro de Ordem Publica Nikos Dendias afirmou que os imigrantes vão ser detidos temporariamente em prédios da academia de polícia no norte da Grécia, fechados para o verão, e em um centro de detenção fora de Atenas. Até o fim do ano, o país vai poder prender 10 mil pessoais que serão deportadas.
Com um elevado nível de desemprego (22,5% em abril, atrás apenas da Espanha), a retórica contra os imigrantes aumenta em um momento onde há um crescimento da violência no país. Os partidos de esquerda manifestaram temor com a decisão e o ACNUR , órgão da ONU para refugiados, teme que pessoas em fuga de guerras e solicitantes de asilo sofram com a medida.
Crise
A Grécia precisou de duas eleições parlamentares para formar um governo de coalizão de acordo com as medidas de austeridade. Ainda em desconfiança se o país irá cumprir o acordo de reformas prometidas em troca do resgate de 240 bilhões de euros que permitiu a sobrevivência de sua economia nos últimos dois anos, União Europeia, FMI e Banco Central Europeu liberam aos poucos as parcelas do pacote de ajuda.
O país ainda precisa cortar 11,5 bilhões de euros como parte do compromisso, que já eliminou mais de 15 mil empregos no setor público e reduziu pensões e salários, até o final de agosto. Enquanto isso, a próxima parcela de ajuda da troika não deve sair antes de setembro.
http://www.cartacapital.com.br/internac ... de-semana/
Autoridades prendem 6 mil imigrantes no fim de semana
Arrasada pela crise econômica e forçada a adotar intensas medidas de austeridade, a Grécia agora se volta contra os imigrantes ilegais para combater o que o governo diz ser “uma invasão pré-histórica”. Autoridades gregas estão realizando rondas contra pessoas suspeitas de estarem em condição irregular no país, o ponto mais comum de entrada de pessoas da África e Ásia na Europa.
A polícia grega revelou nesta segunda-feira 6 ter prendido 6 mil pessoas em Atenas durante o fim de semana em uma operação massiva apelidada de Zeus, ironicamente o Deus da hospitalidade.
Os oficiais foram vistos parando africanos e asiáticos nas ruas para confirmar seu status no país, sendo a maioria detida brevemente. Outros 1,6 mil foram, porém, presos por entrarem ilegalmente na Grécia e enviados a centros de detenção onde devem aguardar para serem deportados.
Estimativas apontam que cerca de 100 mil imigrantes entram ilegalmente na Europa por ano pela Grécia. A maioria deles vem da Turquia e cerca de 1 milhão vivem em terras gregas, que possuem 10 milhões de habitantes.
O ministro de Ordem Publica Nikos Dendias afirmou que os imigrantes vão ser detidos temporariamente em prédios da academia de polícia no norte da Grécia, fechados para o verão, e em um centro de detenção fora de Atenas. Até o fim do ano, o país vai poder prender 10 mil pessoais que serão deportadas.
Com um elevado nível de desemprego (22,5% em abril, atrás apenas da Espanha), a retórica contra os imigrantes aumenta em um momento onde há um crescimento da violência no país. Os partidos de esquerda manifestaram temor com a decisão e o ACNUR , órgão da ONU para refugiados, teme que pessoas em fuga de guerras e solicitantes de asilo sofram com a medida.
Crise
A Grécia precisou de duas eleições parlamentares para formar um governo de coalizão de acordo com as medidas de austeridade. Ainda em desconfiança se o país irá cumprir o acordo de reformas prometidas em troca do resgate de 240 bilhões de euros que permitiu a sobrevivência de sua economia nos últimos dois anos, União Europeia, FMI e Banco Central Europeu liberam aos poucos as parcelas do pacote de ajuda.
O país ainda precisa cortar 11,5 bilhões de euros como parte do compromisso, que já eliminou mais de 15 mil empregos no setor público e reduziu pensões e salários, até o final de agosto. Enquanto isso, a próxima parcela de ajuda da troika não deve sair antes de setembro.
http://www.cartacapital.com.br/internac ... de-semana/
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa