Luís Henrique escreveu:FCarvalho escreveu:
Luis, quantas guerras Israel já perdeu desde 1948? E quantas não perderá visto as costas larguíssimas que possui?
abs
E quantas o Brasil perdeu???
Primeiro vamos olhar o lado prático da coisa, Luís.
De quantas guerras o Brasil participou no último 100 anos? Duas. Uma de forma simbólica e outra, somente com a ajuda - e que ajuda - de terceiros. Aqui um ponto de inferência: sem esta ajuda, não teríamos participado de guerra alguma, senão como alvos.
De quantas guerras Israel participou nos últimos 100 anos? Seis Guerras, e todas na defesa de seu território. Vejamos: 1948, 1956, 1967, 1973, 1982, 2006, fora as guerras de atrito com o Egito em 1970, e a constante guerra de fricção com os palestinos, já há mais de 50 anos.
Agora pare e pense. Quem tem forças armadas mais organizadas e operacionais? Quem tem ffaa's mais bem equipadas e adestradas? Quem tem ffaa's melhor condicionadas a pronta resposta para uma eventual guerra? As ffaa's do Brasil?
Agora vejamos o lado teórico da coisa. Podemos comparar os parlamentares em termos de disposição e integração das ffaa's com o poder político. O parlamento israelense possui somente 120 lugares. Será que há entre estes, alguma dúvida sobre o papel das ffaa's quanto a segurança do Estado de Israel? Creio que não. Há de se perguntar então: será que o governo israelense tergivera quanto à importância do preparo e da manutenção de forças militares totalmente operacionais e voltadas exclusivamente para o seu papel de defesa do país, ao contrário do que acontece em alguns lugares abaixo da linha do equador, onde os militares, e sua missão primária, são jogados para escanteio e/ou perseguidos/pressionados/julgados institucional e disciplinarmente como se bandidos fossem por seus próprios governos, ao invés de valorizados e incentivados?
Veja, não estou dizendo que nossas ffaa's não tenham qualidades ou que não sejam operacionais. Apenas estou dizendo que para nós pensarmos em qualquer tipo de resposta militar, seja contra Israel, seja contra qualquer um, antes de mais nada, precisamos de uma cultura de defesa, digo, de politica e mentalidade de defesa que não temos. Nem de parte do governo, e pior e principalmente, da própria sociedade que simplesmente ignora as ffaa's em seu papel/importância institucional para a defesa/segurança do país, seja por força de sua alienação e deseducação, seja por que o próprio Estado brasileiro é negligente, omisso e leniente.
De qualquer forma, é importante sabermos que nenhuma resposta militar é plausível de nossa parte, sob quaisquer circunstancias, não só porque a população brasileira é ideologicamente doutrinada, como a cultura e mentalidade, politicamente correta nacional, não consegue vislumbrar tal questão como possível. De outra forma, nossas cultura diplomática esmagadoramente influente no planalto quanto a decisões de cunho da política internacional conseguiria diluir quaisquer tentativa de uma opção militar, só para não comprometer seu próprio ego assim como não "manchar" lá fora, a ilusória imagem tão duramente construída do Brasil como país do "soft power".
Assim podemos perceber que para um país poder dar uma resposta militar a uma questão que se apresente, deve antes de mais nada contar com o comprometimento anterior e pleno de seus diversos estatamentos de poder com sua defesa, e que devem operar de forma únivoca e inequívoca.
Bem, ao que me cabe, não dispomos, infelizmente, de uma coisa e outra.
D'outra forma, já no caso de Israel...
abs