Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
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- joao fernando
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Agora, um satélite de 400 Kg dos anos 80, faz o mesmo que um satélite de 50 Kg de hoje
Sim ou não???
Sim ou não???
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- LeandroGCard
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Poderia dar mais detalhes deste erro de projeto?Anunnarca escreveu:150 kg ou 100 kg ?
Escutei falar que é 100kg
Um detalhe interessante, atualmente o VLS tem um problema crônico no projeto que apenas garante uma carga de 50kg (dos 400kg especificados). Eu tenho certeza que o VLS vai morrer sim, mas sabe-se la quando que o VLM vai estar pronto, daqui 20 anos ?
Quanto ao VLS morrer, ele já estava fadado a isso desde o início do seu projeto, todo mundo sabia que a configuração dele não era prática e um novo primeiro estágio bem maior deveria ter substituído o "cacho" de 4 motores logo após os primeiros lançamentos. O erro foi jamais terem começado a desenvolver este estágio maior e insistirem até agora na configuração do VLS. Se havia dinheiro que isso fosse feito de uma vez, não existiam motivos para esperar um VLS na configuração original voar. E se não havia dinheiro então que se passasse para o VLM, mas insistir no VLS por décadas foi um erro que custou muito caro ao Programa Espacial Brasileiro.
Leandro G. Card
Sim e não, depende do que você quer que o satélite faça.joao fernando escreveu:Agora, um satélite de 400 Kg dos anos 80, faz o mesmo que um satélite de 50 Kg de hoje
Sim ou não???
Se for um sartélite de aplicação basicamente eletrônica (retransmissão de dados, comunicações, teste de componentes eletrônicos, etc...) então sim, os componentes eletrônicos diminuíram muito em termos de tamanho, peso e consumo de energia, então dá para fazer um satélite bem menor. Mas se for alguma aplicação que exija componentes mecânicos ou ópticos (observação da Terra, experiências em microgravidade, testes de propulsores, etc...) então a diferença de massa pode ser muito crítica, pois muitos destes componentes não podem ser miniaturizados.
Leandro G. Card
- joao fernando
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Mas Leandro, o grosso no nosso caso seria comunicação 100% made in Brasil- tipo criptografada, e câmeras para sensoriamento remoto. Não me parece que seriam coisas enormes...
Alias, só de por em orbita o que desejarmos...
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- LeandroGCard
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
João,joao fernando escreveu:Mas Leandro, o grosso no nosso caso seria comunicação 100% made in Brasil- tipo criptografada, e câmeras para sensoriamento remoto. Não me parece que seriam coisas enormes...
Alias, só de por em orbita o que desejarmos...
um satélite de comunicações é uma coisa gigantesca, pois é feito para operar por muitos anos em órbita geoestacionária ou seja, a 36.000 quilômetros de distância da superfície da Terra. Nesta distância toda é necessário que seus sistemas possam trabalhar com grande potência tanto na recepção quanto na retransmissão, e para isso ele tem que possuir grandes painéis solares que possam abastecê-lo de energia. O resultado é que os satélites atuais para este fim pesam em torno de 4 ton ou mais, e para colocar este peso todo em órbita geoestacionária são necessários foguetes enormes, capazes de colocar de 8 a 10 ton LEO (Loe Earth Orbit, entre 200 e 1000 Km de altitude). Os satélites meteorológicos também operam em órbita geoestacionária e carregam várias câmeras (ou uma câmera com diversos receptores e filtros), e pesam entre 1,5 e duas toneladas.
No Brasil estamos falando de foguetes como o VLM (100 a 150Kg LEO) e VLS (até 400Kg LEO), estes foguetes não conseguiriam colocar sequer uma única grama em órbita geoestacionária, que dirá um satélite meteorológico ou de comunicações. Em termos de previsão do tempo teremos que adquirir satélites no estrangeiro (até hoje temos usado satélites antigos por empréstimo ou comprado os serviços), e o máximo que poderíamos fazer em termos de satélites de comunicação seria montar uma rede de pequenos retransmissores em baixa altura, mas eles poderiam operar apenas uma pequena quantidade de canais de frequência baixa, que mal dariam para transmitir as comunicações de dados entre as agências bancárias de uma única cidade grande, talvez nem isso.
Já no segmento de observação da Terra são necessárias câmeras com grandes espelhos, e estas não podem ser reduzidas. Além disso estes satélites precisam ser colocados em órbitas heliossíncronas, que também gastam mais energia que as órbitas baixas. O VLS talvez conseguisse colocar um satélite de uns 150 Kg nesta órbita, mas mesmo satélites de sensoriamento com resolução de imagem mediana como a série CERBS, contruído em parceria entre a China e o Brasil, pesam de 1,5 ton para cima, então seria necessário um foguete com pelo menos dez vezes a capacidade de carga do VLS.
Como você pode ver, o máximo que o VLM e o VLS permitirão ao Brasil será o lançamento de pequenos satélites experimentais e de pesquisa, com capacidades limitadas. Para satélites realmente aplicativos teremos que contar com foguetes estrangeiros, como o Cyclone-4.
Um abraço,
Leandro G. Card
- joao fernando
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Fechado Leandro, não tinha a noção atual de peso dos satélites de comunicação. Por esse lado, nosso amado VLS é um brinquedo caro apenas
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- Snowmeow
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Ou não. Será que a intenção do VLS é MESMO pôr um satélite em órbita?
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Para conhecer em detalhes a história do VLS quem tiver paciência pode ler meu artigo abaixo (já postei antes, mas não custa postar novamente ):Snowmeow escreveu:Ou não. Será que a intenção do VLS é MESMO pôr um satélite em órbita?
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2048074
Na verdade por trás de todo o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro do seu início até o governo Collor o objetivo era mesmo desenvolver tecnologias para a construção de mísseis de grande porte. Por isso a insistência no uso de combustível sólido (mesmo a certa altura tendo havido a oportunidade de se utilizar combustível líquido), e o fato do programa todo o tempo ter ficado sob os auspícios dos militares, ao invés de ter sido desenvolvido dentro de alguma universidade civil como foi feito por exemplo no Japão. E isso não é de se estranhar, pois praticamente todos os programas espaciais do mundo tiveram como objetivo inicial o desenvolvimento de mísseis.
Agora, o VLS em si nunca teve a pretensão de seu utilizado como míssil, seu motor principal S-43 ainda era pequeno demais para permitir o uso em um míssil com alcance suficiente para atingir qualquer alvo fora do continente Sul Americano, e dentro do continente nunca tivemos a necessidade de um míssil deste tipo. Ele foi concebido como um demonstrador de tecnologias, que mostraria que o país já dominava os conhecimnetos necessários para desenvolver foguetes maiores (lançadores de satélites ou mísseis) se e quando isso fosse julgado necessário. Um passo racional no processo de criação da capacitação espacial.
O irracional foi considerá-lo como um objetivo em si após o abandono da pretensão de se desenvolverem mísseis de verdade.
Leandro G. Card
Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Ola Leandro,
Até onde eu sei, com algumas revisões que fizeram no projeto, o coeficiente estrutural aumentou bastante, dai esse problema com a carga. Não tenho detalhes de onde erraram a mão.
Att.
Anunnarca
Até onde eu sei, com algumas revisões que fizeram no projeto, o coeficiente estrutural aumentou bastante, dai esse problema com a carga. Não tenho detalhes de onde erraram a mão.
Att.
Anunnarca
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Se o problema era estrutural acho que entendo onde estava. Provavelmente para minimizar a massa dos últimos estágios (ambos ou um só deles) fizeram o projeto para suportar uma carga pequena, que multiplicada pela aceleração que é grande acaba ficando nem tão pequena assim. Por isso o limite de carga menor do que o possível se avaliado apenas pelo lado da equação de Tsiolkovsky.Anunnarca escreveu:Ola Leandro,
Até onde eu sei, com algumas revisões que fizeram no projeto, o coeficiente estrutural aumentou bastante, dai esse problema com a carga. Não tenho detalhes de onde erraram a mão.
Att.
Anunnarca
O problema devia estar no estágio 3, pois o quatro é muito pequeno e se a carga aumentar de 50 para 300-400 kg acho que a aceleração cai bastante, eliminando o problema estrutural. Sendo no terceiro também é mais fácil corrigir, existe mais folga para reforçar a estrutura sem prejudicar demais a relação de massa.
Um abraço,
Leandro G. Card
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Projeto para lançar satélite de base no Maranhão trava
Parceria Brasil-Ucrânia não consegue pagar construtoras desde dezembro País já investiu R$ 400 milhões na empreitada; plano de participar do mercado comercial de lançamentos é incerto CLAUDIO ANGELO
A empresa binacional criada em 2007 por Brasil e Ucrânia para lançar satélites comerciais da base de Alcântara (MA) está caindo sem nunca ter decolado.
Desde dezembro, a ACS (Alcântara Cyclone Space) não paga as empreiteiras que executam as obras do sítio de lançamento do foguete ucraniano Cyclone-4.
A empresa tem R$ 40 milhões em caixa e uma dívida de R$ 50 milhões com os construtores.
Seu plano de negócios, que nem chegou a ser aprovado pelo conselho de administração, prevê que ela ficará deficitária por 20 anos.
E, mesmo assim, só vinga se conseguir fechar um acordo polêmico de proteção tecnológica que lhe dê acesso ao maior mercado de satélites privados, o dos EUA.
"Pode ser que, por questão de recursos, o projeto tenha de dar uma parada para se rearrumar", diz o diretor brasileiro da ACS, brigadeiro Reginaldo dos Santos.
AMEAÇA DE PARAR
Segundo o diretor ucraniano, Oleksandr Serdyuk, o consórcio formado por Camargo Corrêa e Odebrecht já cortou pela metade o número de operários nas obras em Alcântara. E disse que vai parar a construção se os pagamentos de R$ 30 milhões por mês não forem retomados.
"Não vamos conseguir fazer o primeiro lançamento em 2013, como solicitado pelos governos", declarou Serdyuk.
Para que os planos de lançamento sejam mantidos, a ACS está pedindo mais R$ 802 milhões, metade vindo do governo brasileiro. Isso além de R$ 135 milhões que o Brasil já havia se comprometido a depositar neste ano e que foram cortados no ajuste fiscal feito pelo governo.
À presidente Dilma Rousseff, portanto, caberá decidir até setembro -mês em que a ACS não terá dinheiro para mais nenhum contrato- se joga fora os US$ 197 milhões que o país já investiu na empresa ou se injeta mais R$ 536 milhões no projeto.
Serdyuk e Santos ressaltam o caráter estratégico do projeto. "O Brasil, em três anos e por US$ 500 milhões, está recebendo um centro de lançamento e acesso ao espaço", afirma Serdyuk. "Acho que não custa o preço de um estádio de futebol no Brasil."
"Não é um negócio em que se coloque a parte financeira em evidência", diz Santos.
PARA O ALTO E AVANTE
A perspectiva de ganhar dinheiro com lançamentos privados, porém, foi o mote usado pelo então ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral (PSB-CE) para convencer o presidente Lula a bancar o projeto da ACS.
Em 2007, quando a empresa foi fundada, a previsão de capital era de US$ 105 milhões, e o primeiro lançamento estava previsto para 2010.
Especialistas já então alertavam que os custos eram irreais e o mercado, incerto.
Amaral falava em seis ou sete lançamentos por ano, mas ninguém de fora da empresa jamais havia visto o plano de negócios da ACS.
Santos disse que a revisão do plano, que está sendo preparada, fala em cinco lançamentos por ano, no máximo.
"O plano ficou economicamente muito marginal."
O brigadeiro afirmou, ainda, que a dívida com as empreiteiras brasileiras é "amigável" e que os contratos com as empresas ucranianas estão sendo cumpridos.
Ele atribui a escalada nos custos e a demora ao fato de a ACS ser um projeto de desenvolvimento. "Não é um pacote fechado."
As contas da empresa até hoje são mantidas fora do escrutínio público. Por se tratar de uma binacional, o TCU (Tribunal de Contas da União) não pode auditá-la. "Não estou preocupado com o TCU. Tem de passar por mim primeiro", disse Santos.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Parceria Brasil-Ucrânia não consegue pagar construtoras desde dezembro País já investiu R$ 400 milhões na empreitada; plano de participar do mercado comercial de lançamentos é incerto CLAUDIO ANGELO
A empresa binacional criada em 2007 por Brasil e Ucrânia para lançar satélites comerciais da base de Alcântara (MA) está caindo sem nunca ter decolado.
Desde dezembro, a ACS (Alcântara Cyclone Space) não paga as empreiteiras que executam as obras do sítio de lançamento do foguete ucraniano Cyclone-4.
A empresa tem R$ 40 milhões em caixa e uma dívida de R$ 50 milhões com os construtores.
Seu plano de negócios, que nem chegou a ser aprovado pelo conselho de administração, prevê que ela ficará deficitária por 20 anos.
E, mesmo assim, só vinga se conseguir fechar um acordo polêmico de proteção tecnológica que lhe dê acesso ao maior mercado de satélites privados, o dos EUA.
"Pode ser que, por questão de recursos, o projeto tenha de dar uma parada para se rearrumar", diz o diretor brasileiro da ACS, brigadeiro Reginaldo dos Santos.
AMEAÇA DE PARAR
Segundo o diretor ucraniano, Oleksandr Serdyuk, o consórcio formado por Camargo Corrêa e Odebrecht já cortou pela metade o número de operários nas obras em Alcântara. E disse que vai parar a construção se os pagamentos de R$ 30 milhões por mês não forem retomados.
"Não vamos conseguir fazer o primeiro lançamento em 2013, como solicitado pelos governos", declarou Serdyuk.
Para que os planos de lançamento sejam mantidos, a ACS está pedindo mais R$ 802 milhões, metade vindo do governo brasileiro. Isso além de R$ 135 milhões que o Brasil já havia se comprometido a depositar neste ano e que foram cortados no ajuste fiscal feito pelo governo.
À presidente Dilma Rousseff, portanto, caberá decidir até setembro -mês em que a ACS não terá dinheiro para mais nenhum contrato- se joga fora os US$ 197 milhões que o país já investiu na empresa ou se injeta mais R$ 536 milhões no projeto.
Serdyuk e Santos ressaltam o caráter estratégico do projeto. "O Brasil, em três anos e por US$ 500 milhões, está recebendo um centro de lançamento e acesso ao espaço", afirma Serdyuk. "Acho que não custa o preço de um estádio de futebol no Brasil."
"Não é um negócio em que se coloque a parte financeira em evidência", diz Santos.
PARA O ALTO E AVANTE
A perspectiva de ganhar dinheiro com lançamentos privados, porém, foi o mote usado pelo então ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral (PSB-CE) para convencer o presidente Lula a bancar o projeto da ACS.
Em 2007, quando a empresa foi fundada, a previsão de capital era de US$ 105 milhões, e o primeiro lançamento estava previsto para 2010.
Especialistas já então alertavam que os custos eram irreais e o mercado, incerto.
Amaral falava em seis ou sete lançamentos por ano, mas ninguém de fora da empresa jamais havia visto o plano de negócios da ACS.
Santos disse que a revisão do plano, que está sendo preparada, fala em cinco lançamentos por ano, no máximo.
"O plano ficou economicamente muito marginal."
O brigadeiro afirmou, ainda, que a dívida com as empreiteiras brasileiras é "amigável" e que os contratos com as empresas ucranianas estão sendo cumpridos.
Ele atribui a escalada nos custos e a demora ao fato de a ACS ser um projeto de desenvolvimento. "Não é um pacote fechado."
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att, binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
REgistro Nacional de DOadores de MEdula nº 1.256.762
UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA. Sócrates
Depoimento ABRALE http://www.abrale.org.br/apoio_paciente ... php?id=771
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Até que ponto um projeto desses, com o foquete sendo lançado de um avião é válido contra um foquete lançado do solo?
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pegasus_(foguete)
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Simplifica algumas coisas, mas complica outras, e no final o ganho nem é tão grande assim.
Na minha opinião vale para casos específicos, no caso de cargas bem pequenas. Mas não tem nenhum potencial para substituir os lançadores convencionais. Tanto que nenhum outro sistema deste tipo está operacional hoje além do Pegasus.
Leandro G. Card
Na minha opinião vale para casos específicos, no caso de cargas bem pequenas. Mas não tem nenhum potencial para substituir os lançadores convencionais. Tanto que nenhum outro sistema deste tipo está operacional hoje além do Pegasus.
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Mas o lançador da Virgin Galactic também usa esse conceito, não?
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
O que a Virgin está desenvolvendo não é um lançador de satélites, mas sim um veículo de turismo sub-orbital, que tem requisitos muito diferentes.bcorreia escreveu:Mas o lançador da Virgin Galactic também usa esse conceito, não?
Para ficar em órbita um satélite tem que subir a 200 ou 300 Km de altitude (abaixo disso o atrito das poucas moléculas de ar ainda existentes derruba o satélite em muito pouco tempo) e atingir velocidades de 28 mil km/h. A nave da Virgin Galactic atingirá uma velocidade máxima abaixo dos 4 mil km/h e chegará a 100Km apenas, o que está muito longe de permitir a colocação de satélites em órbita. Por outro lado, por ter como "carga" turistas com um mínimo de condicionamento e treinamento ela possui requisitos de conforto incluindo formas de acesso, espaço interno, aceleração máxima, etc... que fazem com que esta configuração de lançamento por avião se torne bastante interessante. Por isso esta nave está sendo desenvolvida assim.
Agora, já que o avião lançador e toda a infra-estrutura para preparação do lançamento da nave estarão prontos e à disposição, passa a ser interessante também substituir a nave tripulada por um foguete de mesmo porte capaz aí sim de atingir a velocidade e a altitude necessárias para colocar pelo menos pequenos satélites em órbita. Neste caso, como eu já havia mencionado, esta configuração pode sim apresentar algumas vantagens, principalmente se o avião necessário não for muito grande e dispendioso (existem idéias de se utilizar caças para a tarefa, um velho Mirage-III por exemplo poderia ser empregado em um lançador de pico-satélites usando este conceito).
Mas desenvolver do zero um sistema de lançamento assim especificamente para satélites e ainda de maior porte seria mais complicadio e mais caro do que usando a técnica tradicional de lançamento à partir do solo.
Um grande abraço,
Leandro G. Card