LeandroGCard escreveu: O fato é que para deixarmos na mão apenas dos utilizadores finais (no caso as FA´s) a definição das especificações de quaisquer sistemas teríamos que garantir que elas (as FA´s) tem a capacidade de "olhar para a frente", buscando a cada passo não apenas satisfazer as necessidades atuais (ou no caso brasileiro, até já bem antigas), mas sim tentando prever as necessidades futuras. Isso é fundamental, pois todo e qualquer desenvolvimento de sistemas um pouco mais complexos, como armamentos, sensores, etc... demora um certo tempo, e se a especificação inicial estiver perfeitamente alinhada com as necessidades correntes no momento em que for estabelecida quando o produto final estiver pronto o mais certo é que ele já esteja obsoleto se comparado ao estado-da-arte internacional (o que não significa necessariamente que o material seja inútil, mas acaba por limitar o seu mercado potencial apenas às nossas próprias FA´s e às dos países sobre os quais tivermos ascendência política ou seja, nenhum ).
Sapao escreveu: As FFAA já tem hoje o planejamento no nivel estrátegico até 2031. Qual a capacidade que se deseja, a missão a ser executado e o nivel de seus equipamentos. Mas como disse, planejar não significa que está autorizado a sua execução.
Infelizmente, por uma série de razões, nossas FA´s não parecem hoje ter esta capacidade de se preparar para os combates do futuro, elas mal e mal tentam estar prontas para o que já foi visto no passado não muito distante. Por isso saem especificações como as do Piranha, do MAN-1, do MSS-1.2, dos substitutos do FAL e outros programas assim, que ao serem estabelecidos já condenam os produtos finais à obsolescência antes mesmo de iniciado o seu desenvolvimento. E aí nossas próprias FA´s relutam depois em adquirir estes mesmos produtos... .
Sapao escreveu: Em que nivel de preparação vc está falando? Porque os projetos que vc citou visam capacitar a industria nacional. Maior capacitação que essa para um combate não existe.
Qualquer coisa diferente disso teria que vir de um investimento prioritario do GF (que não existe para todas as areas) ou de uma parceria (que jamais vai haver com alguem que estaria criando um concorrente). E qualquer um dos 4 produtos que vc citou é muito melhor do que se tem hoje no nosso arsenal, e não existe a minima relutancia em adquirir o produto.
Até porque vc esqueceu de citar como exemplos o E/R-99, A-29, KC-390; citando somente os da FAB.
Já as empresas terão sempre o olho no mercado, e se bem dirigidas saberão que para ganhar realmente dinheiro terão que ter acesso aos clientes internacionais (nossas FA´s não tem e dificilmente terão consumo para sustentar ninguém no médio/longo prazo, fora um ou outro setor específico), e para isso ou desenvolvem produtos no estado da arte e com diferenciais competitivos ou é melhor nem começarem. Daí é que podem vir as boas surpresas. Pelo menos até que nossas FA´s mudem.
Sapao escreveu: Agora vc está correto. O capital privado vai sempre visar o lucro, já o Estado não necessariamente, pois existem outros objetivos.
Em alguns casos os interesses são convergentes (A-29/KC-390), em outros não (A-1). Então a partir do momento que se deixar o mercado ditar as regras do que seria o "ideal" para a guerra do futuro, vamos ter que aceitar o que os "especialistas" do setor privado sugerirem como ideal, e não o que nossas FFAA acham que é o ideal, coisa que acontece muito.
E toda industria de Defesa no mundo visa primeiramente o mercado interno, pois com rarissimas exceções produtos não utilizados pelas FFAA de seu pais de origem tem algum suceso no mercado externo.
A questão de preparação para o futuro começa, a grosso modo, na ponta da lança.
A unidade operadora percebe uma necessidade operacional que a impede de cumprir a missão em um cenario (nivel tatico), e envia essa necessidade para seu comando operacional (nivel operacional). Dentro das tarefas atribuidas, o comando analisa a necessidade e envia para seu comando superior (nivel estrategico), que dentro das missão da FAB analisa novamente as necessidades e faz uma pesquisa de mercado de maneira a identificar quais as soluções possiveis (compra direta, offset, produção local) e envia todos esses documentos para o MD (nivel politico). Ali a decisão e tomada, e caso autorizada a compra todo o processo tem inicio.
Fiz um resumo bem rapido, pois estou preparando (na verdade copiando) uma surpresa agradevel para quem tiver interesse de conhecer o sistema de gestão de projetos na FAB. Quando tiver pronto vou colocar no DB e ai a gente discute melhor o assunto.
abs
Leandro G. Card
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Re: Projeto VANT
[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Projeto VANT
Muito legal mesmo Thicogo!thicogo escreveu:Interresante
http://www.finep.gov.br/imprensa/revist ... defesa.pdf
Gostei de ver a turbina! E que ótimo que pelo visto está funcionando, pois achei que o projeto já tinha morrido! Muito bom!
abraços]
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Re: Projeto VANT
Até que enfim uma foto da dita, inteira...
E legal a intenção do grupo em criar maiores, para aeronaves tripuladas.
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Re: Projeto VANT
O texto diz que a turbina esta sendo testada no DCTA. Interessante que foi mostrada recentemente uma foto do novo(?) laboratorio de testes de turbinas.
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Re: Projeto VANT
Problema é não protegerem essa TGM dentro das regras de empresa estratégica, etc... Daí vai uma GE da vida e compra, e todo o governo fica com uma cara de corno que não sabia de nada...
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Re: Projeto VANT
Huummm...corretissimo Boss...mas fico um pouco mais tranquilo, porque pelo que conheço da TGM, ela esta muito bem e dificilmente será vendida...mas o governo deveria mesmo protege-la de alguma forma.Boss escreveu:Problema é não protegerem essa TGM dentro das regras de empresa estratégica, etc... Daí vai uma GE da vida e compra, e todo o governo fica com uma cara de corno que não sabia de nada...
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Re: Projeto VANT
Em um a país que não compra quase porra nenhuma em meteria de defesa, eu acho que empresas consideradas estratégicas, deveriam ter isenção total de impostos
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Re: Projeto VANT
Achei a turbina um tanto quanto grande. Vcs não acharam?
Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.
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Re: Projeto VANT
É pouca coisa maior do que a média, até mesmo porque é mais potente que as microturbinas habituais, mas nada fora do normal também. Há similares de tamanho semelhante. Cabe certinho dentro de um VANT estratégico ou um míssil de cruzeiro. Para um alvo aéreo e ter de ser destruída acho que acaba sendo sofisticada demais.pampa_01 escreveu:Achei a turbina um tanto quanto grande. Vcs não acharam?
E aliás, o fato dela estar mais perto da câmera do que os oficiais ao fundo aumenta a sensação de que ela é meio grande.
abraços]
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Re: Projeto VANT
Não achei não.pampa_01 escreveu:Achei a turbina um tanto quanto grande. Vcs não acharam?
Na realidade, esta é a nossa segunda turbina aeronáutica para emprego em Vants. A primeira foi a TJ-2 que foi utilizada no BQM-1BR da CBT (Companhia Brasileira de Tratores)
A TJ-2 teria 320N de empuxo e é de 1983. Este aviãozinho aí testou ela em São Carlos-SP.
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Re: Projeto VANT
brisa escreveu:Não achei não.pampa_01 escreveu:Achei a turbina um tanto quanto grande. Vcs não acharam?
Na realidade, esta é a nossa segunda turbina aeronáutica para emprego em Vants. A primeira foi a TJ-2 que foi utilizada no BQM-1BR da CBT (Companhia Brasileira de Tratores)
A TJ-2 teria 320N de empuxo e é de 1983. Este aviãozinho aí testou ela em São Carlos-SP.
Brisa, se não estiver enganado, no ultimo numero da RFA, tem uma materia sobre a situação atual dos VANTs na america latina, e la diz que o BQM-1BR nunca chegou a decolar.
Você tem alguma informação sobre estes testes?
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Re: Projeto VANT
Boss escreveu:Problema é não protegerem essa TGM dentro das regras de empresa estratégica, etc... Daí vai uma GE da vida e compra, e todo o governo fica com uma cara de corno que não sabia de nada...
Isso NÃO vai acontecer.
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Re: Projeto VANT
É verdade..... o BQM-1BR, somente fez corridas na pista com esta turbina.....coisa de gente pobre que não queria "acreditava" nos equipamentos.....e não tinham dinheiro para reposição ....sabe como é..... pesquisa no BrasilMILEO escreveu:brisa escreveu: Não achei não.
Na realidade, esta é a nossa segunda turbina aeronáutica para emprego em Vants. A primeira foi a TJ-2 que foi utilizada no BQM-1BR da CBT (Companhia Brasileira de Tratores)
A TJ-2 teria 320N de empuxo e é de 1983. Este aviãozinho aí testou ela em São Carlos-SP.
Brisa, se não estiver enganado, no ultimo numero da RFA, tem uma materia sobre a situação atual dos VANTs na america latina, e la diz que o BQM-1BR nunca chegou a decolar.
Você tem alguma informação sobre estes testes?
Minha analogia.....
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Re: Projeto VANT
brisa escreveu:É verdade..... o BQM-1BR, somente fez corridas na pista com esta turbina.....coisa de gente pobre que não queria "acreditava" nos equipamentos.....e não tinham dinheiro para reposição ....sabe como é..... pesquisa no BrasilMILEO escreveu:
Brisa, se não estiver enganado, no ultimo numero da RFA, tem uma materia sobre a situação atual dos VANTs na america latina, e la diz que o BQM-1BR nunca chegou a decolar.
Você tem alguma informação sobre estes testes?
Minha analogia.....
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Pois é caro Brisa, um fim melancolico como teve a propria CBT. Acho que o predio na rod. Washington Luis tá abandonado ate hoje.