Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.
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Boss
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#2089
Mensagem
por Boss » Qui Mai 31, 2012 2:23 am
WalterGaudério escreveu:FCarvalho escreveu:
Alguém sabe dizer se os mísseis do sistema Buk-M2, no caso o 9M317 Shtil(400mm) poderiam ser "encaixados" no "conteiner" de lançamento do Astros tal qual os foguetes SS-60/80, já que o diâmetro dos mesmos é praticamente quase o mesmo?
Ainda, a mesma situação se aplicaria /aos mísseis do sistema S-300, no caso os: 5V55RUD(450mm) e 9M96M(250mm) que também teriam esta capacidade com pequenas adaptações do "conteiner" de lançamento do Astros
abs.
teria que ter um conteiner diferente. Mas o principal sseria o chassis. Teria que ser um 8X8 bem mais comprido. E dependendo do peso, um 10X10.
Essa possibilidade, com as soluções que eu listei acima, já foram estudadas desde 2010. Em CONJUNTO COM OS RUSSOS...
Dependendo da escolha da nova antiaérea do EB, então...
No entanto, a nova anti-aérea virá de outra fonte.
Então quer dizer que esse treco com os russos já foi pro saco pela antiaérea ser de outra fonte ?
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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FCarvalho
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#2091
Mensagem
por FCarvalho » Qui Mai 31, 2012 12:12 pm
WalterGaudério escreveu:teria que ter um conteiner diferente. Mas o principal sseria o chassis. Teria que ser um 8X8 bem mais comprido. E dependendo do peso, um 10X10.
Essa possibilidade, com as soluções que eu listei acima, já foram estudadas desde 2010. Em CONJUNTO COM OS RUSSOS...
Dependendo da escolha da nova antiaérea do EB, então...
No entanto, a nova anti-aérea virá de outra fonte.
No caso dos chassis, a Avibrás já tem alguma coisa em mente com o 8x8 da versão Astros III. Penso que mesmo um 10x10 também não seria problema, já que a TATRA possui ambas opções de conjunto mecânico e respectivas motorizações, como pode ser visto nesta reportagem do Plano Brasil:
http://planobrasil.com/2011/05/a-gigante-tatra/
Quanto ao conteiner, tu dizes da necessidade de reprojeto em função das medidas do atual não comportarem os mísseis russos em largura/comprimento? Presumo que se for o caso, como disse anteriormente, pode-se ao invés de projetar um novo conteiner, reprojetar o atual de acordo com as medidas do mísseis a serem usados e adaptá-los novamente ao chassis escolhido como visto nas imagens disponíveis do Astros III. A mesma família poderia inclusive ser utilizada como base para todos os veículos auxiliares dos dois sistemas.
Não creio que a questão do desenvolvimento de tal versão em conjunto com os russos possa estar de todo descartada visto que o atual planejamento para a aquisição de meios AAe é muito mais em função dos compromissos assumidos pelo GF ante Copa e Olimpíadas do que propriamente um projeo de reestruturação da nossa defesa AAe que deverá, em momento mais oportuno ser objeto de avaliação mais séria.
A vermos no que vai dar.
abs.
Carpe Diem
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Lord Nauta
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#2092
Mensagem
por Lord Nauta » Sex Jun 01, 2012 7:11 pm
Prezados Colegas,
Em relação a artilharia da Força Terrestre Eu, sou da opinião que poderiam ser tomadas as seguintes providências para a modernização e ampliação da mesma. As ações propostas ocorreriam em médio e longo prazo.
1) Mobiliar cada um dos Comandos de Área com um Grupo Lançador de Foguetes Multiplos.Atualmente o único grupo existente esta localizado na área do Comando Militar do Planalto. Esta ação demandaria no esforço de criação de mais seis grupos deste sistema de armas;
2) Definir o sistema (FH77 BWL52, Caesar 155 mm, M777, SLWH Pegasus...etc) e iniciar o processo de substituição dos antigos obuses de 155;
3) Definir o sistema (FZH 2000 ou M109 A6) e substituir todos os M108 atualmente em serviço.
Havendo escala seria fundamental no caso dos itens 2 e 3 ocorrer ToT para a produção local de componentes/sobressalentes dos sistemas escolhidos, além de munições coma a Excalibur empregada pelo sueco FH77 BWL52.
Sds
Lord Nauta
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Reginaldo Bacchi
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#2093
Mensagem
por Reginaldo Bacchi » Sex Jun 01, 2012 7:21 pm
Lord Nauta escreveu:Prezados Colegas,
Em relação a artilharia da Força Terrestre Eu, sou da opinião que poderiam ser tomadas as seguintes providências para a modernização e ampliação da mesma. As ações propostas ocorreriam em médio e longo prazo.
1) Mobiliar cada um dos Comandos de Área com um Grupo Lançador de Foguetes Multiplos.Atualmente o único grupo existente esta localizado na área do Comando Militar do Planalto. Esta ação demandaria no esforço de criação de mais seis grupos deste sistema de armas;
2) Definir o sistema (FH77 BWL52, Caesar 155 mm, M777, SLWH Pegasus...etc) e iniciar o processo de substituição dos antigos obuses de 155;
3) Definir o sistema (FZH 2000 ou M109 A6) e substituir todos os M108 atualmente em serviço.
Havendo escala seria fundamental no caso dos itens 2 e 3 ocorrer ToT para a produção local de componentes/sobressalentes dos sistemas escolhidos, além de munições coma a Excalibur empregada pelo sueco FH77 BWL52.
Sds
Lord Nauta
Muito bom!
Mostra um profundo conhecimento do material disponivel atualmente, e das necessidades do EB!
Precisamos de mais mensagens como esta!!!
Abraços
Bacchi
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Lord Nauta
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#2094
Mensagem
por Lord Nauta » Sex Jun 01, 2012 8:06 pm
Prezado Mestre Bacchi
Grato pela mensagem fraterna e motivadora.Acredito que nós que comungamos neste fórum algum dia poderemos ter nossas opiniões validadas pelas pessoas que decidem quanto ao futuro de nossas FFAA's. Penso que constituímos um nobre grupo de cidadãos que pensam um Brasil grande e melhor em todas as dimensões de uma nação prospera e soberana.
Forte abraço,
Lord Nauta
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FCarvalho
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#2095
Mensagem
por FCarvalho » Sex Jun 01, 2012 8:21 pm
Lord Nauta escreveu:Prezados Colegas,
Em relação a artilharia da Força Terrestre Eu, sou da opinião que poderiam ser tomadas as seguintes providências para a modernização e ampliação da mesma. As ações propostas ocorreriam em médio e longo prazo.
1) Mobiliar cada um dos Comandos de Área com um Grupo Lançador de Foguetes Multiplos.Atualmente o único grupo existente esta localizado na área do Comando Militar do Planalto. Esta ação demandaria no esforço de criação de mais seis grupos deste sistema de armas;
Concordo integralmente com esta opção. Imagino contudo que estes grupos também poderiam ser usados como Art de Costa ao longo do CM pertinentes ao litoral brasileiro.
2) Definir o sistema (FH77 BWL52, Caesar 155 mm, M777, SLWH Pegasus...etc) e iniciar o processo de substituição dos antigos obuses de 155;
Sou de opinião quanto a esta questão que enquanto o EB não definir o tipo de apoio que deverá dar as futuras Bgdas de Inf Mec, e por conseguinte, o calibre a ser adotado, estaremos longe de definir qual melhor obuseiro. A depender desta escolha, também será afetada a substituição dos M-114 nas AD's. Até o presente momento não me parece que o EB queira, estranhamente, abrir mão de obuseiros pesados AR nas AD's, mesmo neste tempos de mecanização da força.
3) Definir o sistema (FZH 2000 ou M109 A6) e substituir todos os M108 atualmente em serviço.
Havendo escala seria fundamental no caso dos itens 2 e 3 ocorrer ToT para a produção local de componentes/sobressalentes dos sistemas escolhidos, além de munições coma a Excalibur empregada pelo sueco FH77 BWL52.
Aqui, me permito abrir mão de uma compra de oportunidade ou no exterior, para investirmos no projeto e produção autóctone e/ou produção sob licença de um projeto novo de obuseiro AP, sob um derivado SL dos VBTP-MR. Particularmente, sou de opinião que poderíamos adotar, como meio de ganho de tempo, recursos e tecnologia, a torre T-6/52 AP da Denel sul-africana, sobre o chassis dos Leo 1Be e/ou derivado, também como forma de ampliar de imediato nossas capacidades nas AD's e nas bgdas bldas.
Penso que seria interessante, e importante, darmos massa de manobra à produção de materiais bélicos à BID onde e quando possível, já que sem esta massa, a industria não poderá desenvolver-se de todo e nem captar as tecnologias necessárias a enormidade de geração de novos produtos, que tão necessariamente agora se fazem precisos na om's das ffaa's. Oportunidades de negócios não faltam. Interesse e dinheiro já é uma outra conversa.
Sds
Lord Nauta
abs.
Carpe Diem
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Lord Nauta
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#2096
Mensagem
por Lord Nauta » Sex Jun 01, 2012 8:35 pm
Perfeito!
Quando mencionei a questão da artilharia de campanha pensei de forma muito simples na Missão Geral da mesma que é:
''A Artilharia de Campanha tem por missão apoiar a força pelo fogo,
destruindo ou neutralizando os alvos que ameacem o êxito da operacão. Ao
cumprir essa missão, a Artilharia de Campanha realiza as seguintes ações:
- apóia os elementos de manobra com fogos sobre os escalões avançados do inimigo;
- realiza fogos de contrabateria dentro do alcance de suas armas;
- dá profundidade ao combate, pela aplicação de fogos sobre instalações
de comando, logísticas e de comunicações, sobre reservas e outros alvos
situados na zona de ação da força.''
Quando mencionei os PZH 2000 e o M109A6 para substituir os M108 o fiz a luz das dificuldades em avançar em um projeto de AP na velocidade necessária para modernização deste segmento do EB.
Todos nós temos conhecimento do longo tempo de maturação, em nosso país, deste tipo de ação.
Entretanto mencionei em um primeiro tempo a ToT para equipamentos/sobressalentes do sistema escolhido o que poderia redundar em uma etapa seguinte a produção local.
Sds
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Guerra
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#2097
Mensagem
por Guerra » Sáb Jun 02, 2012 1:18 pm
FCarvalho escreveu:Sou de opinião quanto a esta questão que enquanto o EB não definir o tipo de apoio que deverá dar as futuras Bgdas de Inf Mec, e por conseguinte, o calibre a ser adotado, estaremos longe de definir qual melhor obuseiro.
Mas o que falta definir? O calibre é o 155. E até pela logica tem que ser sobre rodas.
A depender desta escolha, também será afetada a substituição dos M-114 nas AD's. Até o presente momento não me parece que o EB queira, estranhamente, abrir mão de obuseiros pesados AR nas AD's, mesmo neste tempos de mecanização da força.
Mas o EB nunca disse que vai substituir as tropas blindadas por mecanizadas. O que esta rolando é que as tropas mecanizadas vão ser um cmplemento da blindada como sempre foi.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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osolamaalua
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#2098
Mensagem
por osolamaalua » Sáb Jun 02, 2012 3:45 pm
Pessoal, não sei muito de artilharia de campanha, mas vou falar pelo pouco que sei. O que sei e é fato, é que está ocorrendo um estudo e provavelmente deste estudo vão ocorrer mudanças na doutrina e por conseguinte em material. Acredita-se que o material de fogo auto rebocado tem que ser em menor quantidade e com mais mobilidade, tipo o M777. E bastante peças auto-propulsadas. Ai começa um dilema, o EB caminha para forças mecanizadas e não blindadas. A tendência são peças sobre rodas e não lagartas, com algo em lagartas. Acredita-se que teremos alguns M-109 modernizados, existe um projeto israelense apresentado. E os sobre rodas a definir. Porém existe uma grande demora nestas aprovações doutrinárias o que por vezes deixa que oportunidades de aquisição de material se percam.
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Lord Nauta
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#2099
Mensagem
por Lord Nauta » Sáb Jun 02, 2012 4:59 pm
osolamaalua escreveu:Pessoal, não sei muito de artilharia de campanha, mas vou falar pelo pouco que sei. O que sei e é fato, é que está ocorrendo um estudo e provavelmente deste estudo vão ocorrer mudanças na doutrina e por conseguinte em material. Acredita-se que o material de fogo auto rebocado tem que ser em menor quantidade e com mais mobilidade, tipo o M777. E bastante peças auto-propulsadas. Ai começa um dilema, o EB caminha para forças mecanizadas e não blindadas. A tendência são peças sobre rodas e não lagartas, com algo em lagartas. Acredita-se que teremos alguns M-109 modernizados, existe um projeto israelense apresentado. E os sobre rodas a definir. Porém existe uma grande demora nestas aprovações doutrinárias o que por vezes deixa que oportunidades de aquisição de material se percam.
Considerando a missão da artilharia não vejo problema no emprego da mesma autopropulsada por veículos blindados, independente da infantaria ser mecanizada ou não.
Sds
Lord Nauta
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stan
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#2100
Mensagem
por stan » Sáb Jun 02, 2012 5:29 pm
Srs,
Para inteirar na discussão... Se de fato é isto vale a reflexão.
Não vi postado em nenhum lugar esta informação. Abaixo o link.
http://www.nucleomilitarblog.com/2012/0 ... enses.html
A artilharia israelense vai substituir seus obuseiros M109 de 155mm (na imagem) por lança-foguetes de última geração. A mudança derivou de estudos feitos sobre ataques contra o Hezbollah, que mostraram que os projéteis do M109 foram ineficazes contra os abrigos nos quais os militantes se protegiam. Pelo contrário, os estudos sobre os efeitos dos foguetes de 227mm norte-americanos lançados contra o inimigo tanto no Iraque quanto no Afeganistão demonstraram que os projéteis foram altamente eficazes, causando grande destruição. Israel optou então por desenvolver um foguete de 160mm, tomando como base o modelo LAR-160 da Israel Defense Industries, com uma ogiva 35 quilos e um círculo de probabilidade de acerto de cerca de 10 metros. Todavia, um sistema de guiagem por GPS instalado em uma parte dos foguetes produzidos deve melhorar consideravelmente esse valor de acerto, tornando a arma ainda mais letal. Uma das razões para a implementação do sistema de precisão apenas em uma fração da produção é o alto custo envolvido, e a disponibilidade de outras armas, como bombas guiadas, que podem executar tarefas similares com custos similares ou mais acessíveis, e que já estão nos estoques das Forças de Defesa de Israel.
abraço
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