Paquistão: Conjuntura Contemporânea

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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#256 Mensagem por Enlil » Sex Mai 11, 2012 12:40 pm

Paquistão responde com “Hatf” aos indianos “Agni”

May 11, 2012

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O Paquistão realizou hoje outro teste bem sucedido de mísseis balísticos de curto alcance Hatf III. O seu raio de ação é até 290 km, e o míssil é capaz de transportar uma ogiva nuclear de até 500 kg.

O lançamento teve lugar no âmbito da formação militar de duas semanas após o lançamento bem sucedido de um míssil balístico de médio alcance Hatf IV, com o raio de ação de 4.500 km, também capaz de transportar ogivas convencionais e nucleares.

Os testes foram uma resposta do Paquistão ao lançamento, no dia 19 de abril na Índia, do míssil balístico intercontinental Agni V, capaz de transportar ogivas nucleares à distância de 5.000 km.

Fonte: Voz da Rússia

http://planobrasil.com/2012/05/paquista ... anos-agni/



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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#257 Mensagem por suntsé » Sex Mai 11, 2012 2:09 pm

Enlil escreveu:Paquistão responde com “Hatf” aos indianos “Agni”

May 11, 2012

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O Paquistão realizou hoje outro teste bem sucedido de mísseis balísticos de curto alcance Hatf III. O seu raio de ação é até 290 km, e o míssil é capaz de transportar uma ogiva nuclear de até 500 kg.

O lançamento teve lugar no âmbito da formação militar de duas semanas após o lançamento bem sucedido de um míssil balístico de médio alcance Hatf IV, com o raio de ação de 4.500 km, também capaz de transportar ogivas convencionais e nucleares.

Os testes foram uma resposta do Paquistão ao lançamento, no dia 19 de abril na Índia, do míssil balístico intercontinental Agni V, capaz de transportar ogivas nucleares à distância de 5.000 km.

Fonte: Voz da Rússia

http://planobrasil.com/2012/05/paquista ... anos-agni/



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uma resposta bem michuruca.




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#258 Mensagem por marcelo l. » Sáb Mai 19, 2012 2:02 pm

Apesar da Times of India ter analises muito próprias e o Gary Ackerman que eles citam estar em via de aposentar, o que quer dizer que deve trabalhar para algum dos Lobbies, é um artigo que explicita o mal estar atual das relações EUA/Paquistão.

http://articles.timesofindia.indiatimes ... stani-soil

Pakistan is a black hole for US aid

WASHINGTON: legisladores Americna de ambos os partidos Democrata e Republicano já bateu o pedido da administração de Obama por US $ 2,4 bilhões para o Paquistão, chamando-o de um "buraco negro" onde os EUA têm "afundado" US $ 24 bilhões na última década.

"O Paquistão é como um buraco negro para a ajuda americana", Gary Ackerman, top democrata no painel casa de Relações Exteriores sobre o Oriente Médio e Sul da Ásia, disse durante uma audiência na quarta-feira.

"Nossos dólares de impostos em, nossos diplomatas ir - às vezes, os profissionais de nossa ajuda ir - às vezes, as nossas esperanças em vão, nossas orações ir", disse ele. "Nada de bom nunca sai."

Alegando que Islamabad continua a perseguir os seus interesses nacionais em detrimento dos Estados Unidos e de seus aliados, Ackerman disse: "O Paquistão continua a abrigar, diretamente apoiar e patrocinar terroristas reconhecendo oficialmente esse fato indiscutível pode ser grosseiramente imprudente;. Mas isso não o torna menos verdadeiro. "

Da mesma forma republicana Dana Rohrabacher criticou o apoio dos EUA para o presidente afegão, Hamid Karzai , a quem ele disse estava tomando "ordens de marcha" do Paquistão.

"Devemos cortar o Paquistão fora de cada centavo, porque ela tem sido usada para propósitos malignos, inclusive matando tropas americanas ", disse ele.

No entanto, um oficial do departamento de estado testemunhar na audiência sugeriu o corte da ajuda seria míope.

"Nossas discussões atuais com os paquistaneses sobre a melhor forma para perseguir os nossos interesses comuns vai levar tempo para resolver, e não é fácil agora para fornecer respostas satisfatórias para algumas perguntas", vice-representante especial para Afeganistão e Paquistão Daniel Feldman disse.

Mas "o fato da questão é, é que temos sido capazes de matar mais terroristas em solo paquistanês do que praticamente qualquer outro lugar", disse ele citando as palavras de Obama após a morte de Bin Laden em maio passado. "Nós não poderíamos ter feito isso sem a cooperação do Paquistão."

Outra voz de discordância foi levantado pelo deputado Robert Turner que disse. "À luz de recentes tensões entre o Paquistão eo nosso governo, eu acho que devemos reavaliar a natureza do que tem sido uma relação política fundamental estrangeira e seu benefício para nós."




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#259 Mensagem por NettoBR » Qua Mai 23, 2012 11:51 am

Médico paquistanês é condenado por ajudar CIA a achar Bin Laden

PESHAWAR, Paquistão, 23 Mai (Reuters) - Um médico paquistanês acusado de ajudar a CIA a localizar Osama bin Laden foi sentenciado a 33 anos de prisão por traição, segundo canais de TV e um funcionário do governo local.

Shakil Afridi foi acusado de promover uma falsa campanha de vacinação que teria ajudado a agência norte-americana de inteligência a localizar Bin Laden em uma cidade paquistanesa, onde ele foi morto em maio numa operação de forças especiais dos EUA.

A condenação do médico deve enfurecer os EUA num momento delicado, em que os dois países estão envolvidos numa complicada negociação para a reabertura das rotas de suprimento para as forças da Otan no vizinho Afeganistão.

Autoridades norte-americanas esperavam que o Paquistão, beneficiário de bilhões de dólares da ajuda norte-americana, fosse libertar Afridi, que havia sido preso depois da operação que matou Bin Laden e estremeceu as relações bilaterais.

Em janeiro, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse a uma TV que Afridi e sua equipe foram cruciais na localização de Bin Laden, mas insistiu que o médico não cometeu traição nem prejudicou o Paquistão.


Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =250333936




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#260 Mensagem por NettoBR » Qui Mai 24, 2012 10:12 am

Avião não tripulado dos EUA mata 10 no Paquistão
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 24/5/2012 9:34

MIRANSHAH, Paquistão - Um ataque de uma aeronave não tripulada dos Estados Unidos contra militantes islâmicos no noroeste do Paquistão matou 10 suspeitos nesta quinta-feira, afirmaram autoridades da inteligência paquistanesa.

O ataque provavelmente vai elevar as tensões no impasse vivido entre os governos dos EUA e do Paquistão sobre as rotas de fornecimento para tropas da Otan no Afeganistão.

A aeronave atacou um complexo em um vilarejo do Waziristão do Norte, um dia após um ataque similar que matou quatro militantes suspeitos na mesma região.

"O avião não tripulado disparou dois mísseis contra o complexo. Nós acreditamos que o local era usado por militantes", afirmou uma autoridade paquistanesa.

Os Estados Unidos têm pedido ao Paquistão para montar uma ofensiva no Waziristão do Norte para perseguir membros da rede militante Haqqani, um dos inimigos mais temidos do governo norte-americano no país vizinho, Afeganistão.

Os norte-americanos cobram do Paquistão a reabertura da rota de fornecimento para as forças da Otan no Afeganistão, em negociações difíceis que não mostram sinais de resolução em um tempo próximo.

O Paquistão fechou as rotas, que são encaradas como essenciais para a retirada planejada da maior parte das tropas do Afeganistão antes do final de 2014, em protesto contra o assassinato de 24 soldados paquistaneses, em novembro passado, em um ataque aéreo da Otan ao longo da fronteira afegã.

Ataques de aeronaves não tripuladas, os quais autoridades norte-americanas dizem ser altamente eficientes contra os militantes, alimentam sentimentos anti-americanos no Paquistão, por que são vistos como violações de soberania que causam vítimas civis.


Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =250405056




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#261 Mensagem por marcelo l. » Sex Mai 25, 2012 11:07 pm

http://www.vice.com/pt_br/read/os-outro ... istao-n1v6

O ponto de partida foi o Baluchistão, no Paquistão. Nossos anfitriões, uma patrulha de guerrilheiros balúchis, pediram que não fôssemos mais específicos que isso.

O motorista e seu passageiro estavam com os rostos cobertos, de forma que somente seus olhos apareciam. Antes que começássemos a jornada deserto adentro, Said (meu contato) e eu fomos vendados por “questões de segurança”. Por duas horas, seguimos viagem assim, com os olhos cobertos, em um 4x4 com vidros escuros. Paadha, Baloch, uma canção popular, tocava no som do carro o tempo todo: “Acordem, balúchis, estamos em guerra!”

Engolida pelo Paquistão em 1948, a região Leste do Baluchistão faz fronteira com—surpresa!—o Norte e o Oeste do Baluchistão. Mas o problema é o seguinte: essas duas regiões, Norte e Oeste, estão sob o controle afegão e iraniano, respectivamente, gerando uma mistura confusa de insurgentes furiosos. O Baluchistão não é mencionado com frequência na mídia, apesar do seu potencial gigantesco para os EUA em sua guerra decadente no Afeganistão, e sua reputação enquanto uma vasta fonte de energia potencial para qualquer político ou mercenário criativo que conseguir dominar o lugar. Sob os nossos pés havia quantidades invejáveis e inexplicáveis de urânio, petróleo, ouro e gás natural. O que, naturalmente, interessa aos norte-americanos, que têm esperanças de obter acesso ao oleoduto do TAPI (Turcomenistão-Afeganistão-Paquistão-Índia), que deve co- meçar a ser construído em 2010 e vai servir de “ponte de energia”, segundo relatórios, para fora do Irã. E tanto a Índia quanto o Irã estão interessados no gasoduto já aprovado, mas ainda não construído IPI (Irã-Paquistão-Índia). O IPI é conhecido como “gasoduto da paz”, pelo menos pelos três exércitos ansiosos que vai atender.

Aliás, a única coisa que parece tornar essa região interessante para a mídia é o fato de Quetta, capital da província paquistanesa do Baluchistão, também ser o lar de um rebelde digno de nota, o chefe talibã Mullah Mohammed Omar. Mas isso não significa muito para os insurgentes seculares balúchis orientais, cuja guerra é muito menos complicada do que a do Talibã: eles não querem fazer parte do Paquistão.

À uma da manhã fomos entregues para outro grupo de soldados, e juntos começamos a segunda parte da jornada: uma caminhada puxada de cinco horas, no meio da madrugada, num cenário de granito. “Cuidado por onde andam”, nosso guia preveniu, “a meia lua vermelha não virá atrás de vocês”. Não duvidamos dele. A noite estava tão escura que não seria difícil se perder do grupo e acabar morto—de fome, pela patrulha inimiga ou, pior ainda, por soldados do governo. Por motivos que envolvem tomar um tiro no meio da cara ou ter uma bomba arremessada em sua direção, é proibido carregar qualquer tipo de luz.

Quando chegamos ao nosso destino, vimos a sombra alta de um soldado rezando ao lado de um penhasco onde o sol estava nascendo. Dois guerrilheiros apareceram por trás de um bloco de rochas negras, nos saudando em balúchi (“Salaam, heriat, tik-tak”) enquanto apertavam nossas mãos. Outro soldado encheu o cantil com água do rio, misturada com açúcar e suco de limão, e nos ofereceu. O sol já estava alto o suficiente para mostrar o quão esparso era o acampamento deles—sem construções, cabanas ou mesmo uma caverna para servir como abrigo do frio ou de um ataque aéreo. Um soldado explicou que assim poderiam abandonar o acampamento com rapidez, deixando para trás apenas pedras escurecidas pelo fogo, que eles usam para gre-lhar carne de carneiro.

“Vocês podem descansar aqui”, nosso guia disse, apontando para um tapete balúchi estirado em uma pedra grande e plana. O barulho de crianças por perto despertou nossa curiosidade. Era uma família nômade. Um pastor vestindo kulla (o tradicional lenço vermelho balúchi) era seguido por dois camelos em fila. O primeiro camelo carregava alguns utensílios de cozinha e o pano preto de haima. O segundo camelo carregava uma mulher com um bebê nos braços. Quatro crianças davam água aos carneiros em um rio próximo. Mãe e filhas estavam vestidas com pashk coloridos, um vestido balúchi tradicional com rebites que indicam suas tribos.

“Por favor, não fotografem os pastores”, um dos guerrilheiros disse. Isso, claro, por medidas de segurança, mas também porque uma mulher balúchi fotografada causaria um falatório indesejável na cidade.

Era impossível dizer exatamente onde estávamos. Na verdade, também não estava muito claro a quem tínhamos nos juntado. O Baluchistão está cheio de grupos rebeldes nacionalistas. Os mais importantes são o Exército de Liberação Balúchi, o Exército Balúchi Republicano (BRA) e o Lashkar-e-Baluchistão (Exército do Baluchistão).




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#262 Mensagem por marcelo l. » Qui Jun 14, 2012 7:59 pm

http://www.vice.com/pt/read/karachi-mata-a-vice

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Um dos famosos autocarros decorativos do Paquistão é atingido pelos tumultos violentos em Karachi. Photo por Zia Mazhar/Associated Press


Entrevistar um “assassino de alvos” em Karachi foi provavelmente a coisa mais assustadora que já fiz em 17 anos a trabalhar na VICE. A arma dele estava pousada entre os meus pés, no banco de trás do nosso carro enquanto andávamos aos círculos na sua vizinhança. Depois da nossa conversa sobre matar pessoas como trabalho, apetecia-me vomitar durante três horas. Já tive a minha dose de conviver com violência e armas, mas estar sentado ao lado de alguém que já matou 35 pessoas por somas entre 550 e 1100 dólares (por cabeça), não me fez sentir muito bem.

Então e quem é que contrata pessoas destas? Segundo o hit man que entrevistei, os políticos contratam cerca de 80 por cento dos assassinatos na região e os outros 20 por cento estão relacionados com o crime organizado. Há vinte anos atrás, disse ele, havia um total de seis gajos nesta profissão. Hoje existem mais de 600 assassinos de alvos activos a operar em Karachi. De facto, muitos residentes especulam que o famoso caso Raymond Davis – onde um agente da CIA eliminou dois homens armados em Lahore no ano passado, consequentemente piorando a diplomacia entre os Estados Unidos e o Paquistão – foi um assassinato que correu mal e não uns putos aleatórios em motorizadas à procura de um roubo

Imagem
Nos arredores de Karachi, crianças vasculham por restos numa das maiores lixeiras do planeta, que é mesmo ao lado do que se diz ser um dos esconderijos favoritos da mafia para esconder vitimas raptadas, em Surjani.

cont.




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#263 Mensagem por FoxHound » Sáb Jun 16, 2012 1:23 pm

Bomba em mercado no Paquistão mata ao menos 15.
Ao menos 15 pessoas morreram e mais 40 ficaram feridas em uma explosão de uma bomba em um mercado de uma cidade na região tribal do Paquistão, próxima à fronteira com o Afeganistão.

A explosão ocorreu no principal moercado da cidade de Landi Kotal, no distrito tribal de Khiber, declarou um funcionário local, Arshad Khan. A bomba explodiu próxima de uma parada de ônibus.

Ninguém reivindicou o ataque, mas autoridades paquistanesas desconfiam de forças talebans. O Exército paquistanês tem conduzido diversas operações para expulsar militantes islâmicos da região, que é uma das duas rotas de abastecimento da Otan pela fronteira do Afeganistão.

Também neste sábado, violência explodiu na cidade de Kucklak, no sudoeste do país, após um homem supostamente ter tentado queimar uma cópia do Corão, livro sagrado dos mulçumanos.

Irritados com o incidente, moradores se reuniram e incendiaram uma delegacia de polícia e cinco veículos, segundo policiais. O acusado de tentar colocar fogo no Corão foi preso e a polícia tenta restaurar a ordem.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1105 ... s-15.shtml




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#264 Mensagem por FoxHound » Sáb Jun 16, 2012 1:29 pm

Liberais do Paquistão denunciam ameaças do aparelho de segurança.
As ameaças de morte no Paquistão à advogada e ativista dos direitos humanos Asma Jahangir são vistas dentro e fora do país como um novo ataque do aparelho de segurança contra os setores liberais da sociedade local.

Na segunda-feira passada, a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão (HRCP) presidida por Jahangir até 2010, informou sobre as ameaças após receber uma informação vazada por uma fonte "muito confiável", e acusou "atores estatais muito privilegiados".

A denúncia da HRCP contra o "establishment" de segurança paquistanês foi assinada por cerca de 40 intelectuais, jornalistas, advogados e inclusive ex-membros do governo e das Forças Armadas.

No dia seguinte à revelação das ameaças, a própria Jahangir acusou "autoridades de segurança de alto nível" e afirmou, com sua habitual eloquência, que os militares não decidiriam o futuro do Paquistão em vez dos cidadãos.

A advogada, que significou muito nas denúncias contra as violações de direitos humanos na conflituosa província do Baluchistão, disse que é preciso interromper o assassinato de intelectuais progressistas "a qualquer preço".

MEMOGATE

Jahangir também se viu envolvida no escândalo conhecido como "memogate", caso aberto pelo suposto pedido de ajuda do governo do Paquistão ao Pentágono - Departamento de Defesa dos Estados Unidos - diante do temor de um golpe de Estado militar no país asiático após a morte do líder terrorista Osama bin Laden no ano passado.

A advogada assumiu a defesa do principal réu do caso, o ex-embaixador paquistanês nos EUA Hussain Haqqani, que teria sido o transmissor da mensagem do governo às autoridades de Washington.

"Asma tocou em pontos muito sensíveis com temas como Baluchistão e o 'memogate'", disse à gência Efe a presidente da HRCP, Zohra Yusuf, para quem o aparelho militar e de segurança "foi longe demais".

Organizações internacionais de direitos humanos se uniram à denúncia. Até a alta representante das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, demonstrou apoio a Jahangir como símbolo da democracia em sua visita ao Paquistão na semana passada.

Pillay disse que casos como o da advogada paquistanesa transmitem a "triste mensagem" de que as reformas democráticas no país podem ser minadas facilmente "por forças estatais e não estatais que não se importam com a democracia".

"A democracia real só se consegue se todas as instituições do Estado respondem ao governo e a uma judicatura independente", declarou em entrevista coletiva a alta representante da ONU, que visitou pessoalmente Jahangir em sua casa na cidade de Lahore.

Nos últimos dois anos, houve outros casos de ameaças a pessoas vinculadas ao que no Paquistão se denomina "setor liberal" ou "progressista", um segmento da elite que defende uma visão integradora e democrática do país.

A democracia paquistanesa está ainda em processo de consolidação e os governos civis regeram menos da metade dos 65 anos de história da nação, enquanto o estamento militar e os serviços de inteligência mantêm amplas parcelas de poder.

"Como podem os progressistas atuarem no Paquistão se não têm a mínima proteção da lei e das instituições estatais?", lamentou o veterano professor universitário Hassan Mehdi, ex-presidente da HRCP e destacado defensor dos direitos humanos.

Mehdi lembrou que, em 2011, o então governador da província de Punjab e destacado liberal, Salmaan Taseer, e o então ministro de Minorias do governo, Shahbaz Bhatti morreram assassinados em casos praticamente não investigados.

Quem também recebeu ameaças de morte no ano passado foi a atual embaixadora paquistanesa nos EUA, Sherry Rehman, ex-jornalista e membro do mesmo círculo progressista - ela permaneceu reclusa sob estrita vigilância até ser destinada para fora do país.

"Há um conflito e vemos que as agências de segurança se alinhando com os extremistas religiosos contra os progressistas. É uma mistura muito perigosa", advertiu Zohra Yusuf.

O texto remitido pela HRCP indica que a perseguição contra Jahangir não significa apenas uma conspiração para matar um indivíduo, mas "um complô contra o futuro do Paquistão como Estado democrático".
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1105 ... anca.shtml




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#265 Mensagem por FoxHound » Ter Jul 31, 2012 2:09 pm

CIA minou combate à pólio no Paquistão



Casa de Bin Laden Abbottabad
O assassinato de Osama bin Laden pode ter feito uma vítima acidental: a campanha global pela erradicação da pólio.

No Paquistão, a decisão da CIA de usar uma equipe de vacinação para entrar no imóvel de Osama bin Laden e colher informações e amostras de DNA claramente afetou a campanha nacional contra a pólio. A questão é: quanto?

Depois que o ardil do médico Shakil Afridi foi revelado por um jornal britânico, há um ano, vacinadores legítimos foram expulsos de aldeias, acusados de serem espiões.

Em junho, comandantes do Taleban em dois distritos proibiram as equipes de vacinação até que os EUA parassem seus ataques com aviões teleguiados. Um deles citou Afridi, que cumpre pena de 33 anos imposta por um tribunal local, como exemplo de como a CIA poderia usar a campanha para acobertar espionagens.

"Foi um retrocesso, sem dúvida", admitiu Elias Durry, coordenador da Organização Mundial da Saúde para a poliomielite no Paquistão.

Mas ele e outros líderes da guerra global à pólio dizem que já se recuperaram de reveses piores. Nos dois distritos, os montanhosos Waziristão do Norte e do Sul, vivem apenas 278 mil crianças menores de 5 anos de idade -o público-alvo da vacinação. No norte da Nigéria, por outro lado, onde a pólio está sendo vencida após anos de resistência da opinião pública, há milhões e milhões de crianças.

Além disso, disse Durry, os vacinadores atingiram 225 mil crianças no Waziristão antes da proibição. Todas elas irão precisar de várias doses para ficarem protegidas, mas cada dose dada é um tempo ganho. A verdade provavelmente só se revelará após o pico de casos da pólio nos meses de verão.

Em julho de 2011, a indignação atingiu o auge, quando o jornal londrino "The Guardian" expôs a conexão da CIA. Ela foi confirmada em janeiro pelo secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta. Em maio, quando Afridi foi sentenciado, grupos humanitários protestaram junto a David Petraeus, diretor da CIA.

"Dificilmente poderia haver iniciativa mais estúpida e certamente haveria uma reação, especialmente no caso da pólio", disse Zulfiqar Bhutta, especialista em vacinas da Universidade Aga Khan, no Paquistão.

Bhutta, que também dirige o comitê de ética científica do governo, disse que Afridi e a CIA deveriam ser "processados ou algo pior". Para estabelecer sua credibilidade, as equipes vacinaram bairros inteiros em Abbottabad sem permissão.

Os casos de paralisia infantil no mundo todo despencaram de 350 mil, na década de 1980, para cerca de 600, atualmente. O Paquistão teve 198 casos, no ano passado. Para cada caso conhecido, há cerca de 200 portadores sem sintomas, acreditam os especialistas. Desde o começo do ano, foram detectados apenas 22 casos no Paquistão. Mas o vírus permanece nas amostras de esgoto, o que significa que as pessoas continuam a evacuá-lo.

Rumores sobre a vacina da pólio abundam: que é um complô ocidental para tornar as meninas estéreis, que não é considerada limpa perante a lei islâmica, que contém o vírus da Aids.

Há cinco anos, quando partidários do Taleban agrediram vacinadores no Afeganistão, a Unicef e a OMS convenceram o líder do Taleban, mulá Muhammad Omar, a expedir salvo-condutos para as equipes.

Agora as agências querem negociar com comandantes locais no Paquistão.

"Eles sabem que não temos nenhum controle sobre os ataques com aviões teleguiados", disse Bruce Aylward, chefe de erradicação da pólio da OMS. "E ainda não conheci um pai que prefira ter um filho paralisado."

Bhutta disse que ainda acredita que o Paquistão irá eliminar a pólio. "Por mais trágico que seja, estou confiante de que a resistência vai sumir", disse ele. "O 'establishment' religioso racional já está envolvido e a minoria lunática é apenas a minoria lunática."
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... istao.html




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#266 Mensagem por FoxHound » Qui Ago 16, 2012 2:43 pm

Paquistão: homens armados atacam base da Força Aérea.
Homens armados atacaram esta madrugada uma base da Força Aérea paquistanesa, o que despoletou uma intensa troca de tiros, anunciou o Exército do Paquistão em comunicado.
"Um grupo de terroristas atacou uma parte da base", refere a nota ao acrescentar que essa situação causou uma "troca de tiros entre as forças de segurança e os terroristas".

O ataque teve lugar às 02:00 locais e três horas depois ainda era registado um tiroteio no local, sem haver ainda registo de vítimas.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_08_16/Pa ... rca-Aerea/




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#267 Mensagem por marcelo l. » Sex Set 07, 2012 1:48 pm

July 2012 actions

Total CIA strikes in August: 7
Total killed in strikes in August: 29-65, of whom at least 2 were reportedly civilians


All actions 2004 – August 31 2012

Total Obama strikes: 291
Total US strikes since 2004: 343
Total reported killed: 2,558-3,319
Civilians reported killed: 474-881
Children reported killed: 176
Total reported injured: 1,226-1,359
For the Bureau’s full Pakistan http://www.thebureauinvestigates.com/20 ... 12-strikes




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#268 Mensagem por marcelo l. » Ter Out 09, 2012 8:53 am

A teenage Pakistani children's rights activist was shot in the head on Tuesday in an assassination attempt as she boarded a school bus in the former Taliban stronghold of Swat, officials said.
Malala Yousafzai, 14, won international prominence for highlighting Taliban atrocities in Swat by blogging for the BBC.

She received the first ever national peace award from the Pakistani government last year and was nominated for the International Children's Peace Prize by advocacy group KidsRights Foundation in 2011.

The shocking incident in broad daylight in Mingora, the main town of the once much-loved northwestern valley, raised serious questions about security more than three years after the army claimed to have crushed a Taliban insurgency.

Doctors at the Saidu Sharif Medical Complex in Mingora said that Malala was out of danger after the bullet penetrated her skull but missed her brain.

"A bullet struck her head, but the brain is safe," said Doctor Taj Mohammed.

"She is out of danger," he added.

Doctor Lal Noor, from the same hospital, confirmed that the bullet broke her skull but missed her brain.

"The bullet struck her skull and came out on the other side and hit her shoulder," he told AFP.

Police said one of Malala's friends, another schoolgirl, was also hurt.

"Malala was getting into her school bus after school when two gunmen opened fire on her, injuring her and one of her friends," police official Rasool Shah told AFP.

There was no immediate claim of responsibility for the shooting.

Provincial information minister Mian Iftikhar Hussain blamed the attack on terrorists and said Malala would be flown by helicopter to the northwestern city of Peshawar for further treatment.

The Pakistan army in 2009 effectively crushed a two-year Taliban insurgency in Swat where cleric Maulana Fazlullah presided over a brutal campaign of beheadings, violence and multiple attacks on girls' schools.

After fierce fighting displaced around two million people, the army declared the region back under control in July 2009.

Despite sporadic outbreaks of violence, the government has since tried to encourage tourism in Swat.

It had been popular with Pakistani and Western holidaymakers for its stunning mountains, balmy summer weather and winter skiing.

http://www.hurriyetdailynews.com/pakist ... sCatID=356

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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#269 Mensagem por Suetham » Ter Mar 14, 2023 11:56 pm

A coisa tá pegando fogo no Paquistão









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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#270 Mensagem por prp » Qua Mai 10, 2023 7:31 am

O Paquistão está pegando fogo.




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