"Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#46 Mensagem por LeandroGCard » Dom Mai 13, 2012 9:54 am

Bourne escreveu:Grandes planos. Porém poderiam começar com algo mais realista como notebook especiais para usos extremos.

Também não é muito seguro achar que as FA's vão comprar e, se adquirirem algumas unidades, vai demorar. Ainda tem o lobby sagrado e outros determinantes.
Quando você fala em notebooks especiais está pensando em uma "caixa" ou "reforço" para algum modelo já existente não? Porque se for mesmo um notebook novo com a estrutura reforçada só o custo dos ferramentais de injeção de prástico vai ficar na faixa de R$500 mil para começar. Já o protótipo por exemplo de um motor-foguete híbrido de médio porte (200-300Kg) poderia ficar em menos de R$10 mil, e o do míssil de apoio à infantaria em menos de R$1.000,00 se não contarmos o sistema de controle remoto (que já tenho disponível). Esta discrepância na faixa de custos vem da diferença que já expliquei em um post antigo de outro tópico entre "fabricar" e "construir".

Com relação ao seu outro ponto, pelo menos na área de sistemas de aplicações aéreas especiais (VANT´s, alvos aéreos, etc...) as empresas abaixo ignoraram estas questões de lobby e falta de compras e estão indo até bastante bem... .

http://www.flightsolutions.com.br/

http://www.uav.com.br/

http://www.brasilaircrafts.com.br/index.html
(Esta aqui nem eu conhecia, e já usa uma das ideias que postei :cry: )


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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#47 Mensagem por LeandroGCard » Dom Mai 13, 2012 2:13 pm

Uma outra idéia, agora na área civil. Um carro simplificado de 3 rodas, talvez com propulsão elétrica. A idéia é competir com os scooters mais sofisticados no tranporte pessoal de curta-distância (tipo de casa para o trabalho). Alguns exemplos são os das imagens abaixo:

Imagem

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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#48 Mensagem por Túlio » Seg Mai 14, 2012 12:51 am

Há coisas que não entendo neste tópico:

:arrow: O Glauber criou e sumiu, virando em pouco mais que um debate entre eu e o Leandro, com pequenas mas importantes contribuições do Boss, Rodrigoiano, Tupi e Bourne.

:arrow: Sobre o Bourne, o Leandro diz que o note dele seria caro demais. Logo a seguir propõe um veículo MUITO mais caro de desenvolver e produzir e ainda por cima com concorrência já estabelecida. E com possibilidade de propulsão elétrica ainda por cima, o que exigiria caras alterações em milhares de postos de abastecimento, além do que botar gasolina é uma coisa, leva uns minutinhos, botar GNV já demora mais, agora recarregar baterias elétricas leva BEM mais tempo, além de a energia estar caríssima...

:arrow: O foguetinho guiado de infantaria: sodas de colar. Para atacar um ninho de metralhadora se usa outra Mtr, Fz Mtr, Sniper/DM e, claro, fogo e manobra. Se nada disso funcionar, chama-se os Mrts, a Artilharia ou a Aviação e tchau metraca. O GUERRA discorreria melhor sobre isso, creio.

Há anos atrás, assistindo filminhos no YT sobre a insurgência no Iraque, tinha pensado: "que desperdício usar um enorme e pesado RPG-7 (mais de 6 kg o lançador, outro tanto a munição) para atacar alvos em sua maioria não-blindados ou levemente blindados, não seria legal desenvolver um mini-lançador tipo LAW em torno de um SBAT-37, botar uma pequena ogiva "Shaped Charge" e fazer o mesmo serviço com uma arma muito menor e mais leve?" Depois pensei: "não, o EB nunca aceitaria, seria uma arma especializada demais e não faria nada que um LG não fizesse e por menos $$$". Acabei concordando, pois a insurgência usa o que tem, no que NÃO se insere um lança-granadas com carga AC decente...

:arrow: Sobre o alvo aéreo. Pesquisei de monte. A concorrência é pesadíssima. Mas não é invencível.

Sobre o motor, seu grande problema é o baixíssimo thrust-to-weight rate, no máximo 2:1. Daí entendi a razão de ter que usar aquelas enormes asas delta, ou se maximiza a sustentação minimizando o peso da parte não-propulsora ou nem decola.

A fonte mais potente de radiação IR é a câmara de combustão e a curva que leva ao escape (e que ficam lá na frente), escape este onde o calor deve ser bem menor. Como o calor irradia para cima, se botasse a propulsão embaixo do drone acabaria derretendo ele.

Então pensei numa solução de compromisso: lançamento por catapulta para dar velocidade inicial; escape bem mais curto, gerando apenas a energia necessária para se manter em voo após lançado; superfícies de controle de voo otimizadas para apenas manter a trajetória, nada de manobras mais radicais, que levariam a uma inaceitável perda de energia e possível queda do engenho; ponteira do escape feita, por exemplo, de alumínio, material que é leve e excelente condutor de calor, o que, usando-se uma forma mais "engargalada", aumentaria este efeito de imagem termal; a fuselagem seria bem modificada, mantendo-se as leves asas de alta sustentação mas apenas ao redor do motor, preso a elas por material leve e isolante térmico que desconheço mas o Leandro deve conhecer. O motor então ficaria num "buraco", metade abaixo, metade acima da fuselagem mas sem tocá-la nem ficar perto o suficiente para danificá-la, podendo ser detectado tanto por cima quanto por baixo pela AAAe; o delta então seria com cauda, tipo dupla e de materiais levíssimos, para manter o equilíbrio do engenho em voo, já que o CG foi alterado pelo motor mais para trás. Finalmente, para se ter um desempenho melhor (como volta e meia digo, busco sempre DIFERENCIAIS):

1) novo combustível, bem mais "venenoso" que propano e que, por ser líquido, não exigiria os pesados depósitos de gás. Um simples tanque de plástico longe do motor e com mangueira termicamente isolada resolveria, creio.

2) Adoção de um ramjet bem simplificado (sem peças móveis) a alguma distância do escape e com alimentação independente. Bem projetado aumentaria significativamente a pífia potência disponível (mais velocidade) e a assinatura IR na popa. Não iria aumentar isso tudo de potência por estar operando bem abaixo do seu mínimo mas ajudaria tanto com alguma potência extra quanto com aumento de detectabilidade a sistemas IR.

3) Os dois juntos, preferencialmente.

Renovo outra vez minhas desculpas por não saber desenhar. :oops:

Era isso por hoje. 8-]




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#49 Mensagem por Glauber Prestes » Seg Mai 14, 2012 1:16 am

Desculpe gente, surgiram algun problemas que foram sanados somente hoje. Estou de volta ao debate, e e em algumas horas eu devo emitir minhas opiniões e responder à algumas coisas. Desculpem a minha ausência!




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#50 Mensagem por Túlio » Seg Mai 14, 2012 1:19 am

Em uma EMPRESA não se dá desculpa, se vai ao trabalho e se dá duro! O DRH - a ser entregue ao TALHARIM - já vai botar uns descontinhos no teu contracheque para aprenderes a ser relapso... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:


SÉRIO AGORA: já pararam para pensar se seria uma empresa que desenvolveria os produtos, licenciando-os a outras quando prontos e homologados, ou se trata também de PRODUZIR o que se desenvolver? Alguém faz idéia dos custos para uma e outra opção?




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#51 Mensagem por Glauber Prestes » Seg Mai 14, 2012 4:08 am

Túlio escreveu: :arrow: Sobre o Bourne, o Leandro diz que o note dele seria caro demais. Logo a seguir propõe um veículo MUITO mais caro de desenvolver e produzir e ainda por cima com concorrência já estabelecida. E com possibilidade de propulsão elétrica ainda por cima, o que exigiria caras alterações em milhares de postos de abastecimento, além do que botar gasolina é uma coisa, leva uns minutinhos, botar GNV já demora mais, agora recarregar baterias elétricas leva BEM mais tempo, além de a energia estar caríssima...
Existe uma iniciativa nacional, chamado Carcará, que pensa num trike esportivo, quase uma cópia do americano T-Rex.

Com relação ao míssil de Infantaria já citado, pesquisei um pouco, e vi que ele tem o alcance semelhante ao do ERYX francês e do M47 Dragon, só que sem a capacidade antitanque. Com um baixo valor de aquisição, seria muito interessante um lançador múltiplo a ser instalado no montante da .50 em praticamente qualquer veículo. Desde um Marruá, uma voadeira, e até um Leopard, depende da oportunidade.
:arrow: Sobre o alvo aéreo. Pesquisei de monte. A concorrência é pesadíssima. Mas não é invencível.

Sobre o motor, seu grande problema é o baixíssimo thrust-to-weight rate, no máximo 2:1. Daí entendi a razão de ter que usar aquelas enormes asas delta, ou se maximiza a sustentação minimizando o peso da parte não-propulsora ou nem decola.

A fonte mais potente de radiação IR é a câmara de combustão e a curva que leva ao escape (e que ficam lá na frente), escape este onde o calor deve ser bem menor. Como o calor irradia para cima, se botasse a propulsão embaixo do drone acabaria derretendo ele.

Então pensei numa solução de compromisso: lançamento por catapulta para dar velocidade inicial; escape bem mais curto, gerando apenas a energia necessária para se manter em voo após lançado; superfícies de controle de voo otimizadas para apenas manter a trajetória, nada de manobras mais radicais, que levariam a uma inaceitável perda de energia e possível queda do engenho; ponteira do escape feita, por exemplo, de alumínio, material que é leve e excelente condutor de calor, o que, usando-se uma forma mais "engargalada", aumentaria este efeito de imagem termal; a fuselagem seria bem modificada, mantendo-se as leves asas de alta sustentação mas apenas ao redor do motor, preso a elas por material leve e isolante térmico que desconheço mas o Leandro deve conhecer. O motor então ficaria num "buraco", metade abaixo, metade acima da fuselagem mas sem tocá-la nem ficar perto o suficiente para danificá-la, podendo ser detectado tanto por cima quanto por baixo pela AAAe; o delta então seria com cauda, tipo dupla e de materiais levíssimos, para manter o equilíbrio do engenho em voo, já que o CG foi alterado pelo motor mais para trás. Finalmente, para se ter um desempenho melhor (como volta e meia digo, busco sempre DIFERENCIAIS):

1) novo combustível, bem mais "venenoso" que propano e que, por ser líquido, não exigiria os pesados depósitos de gás. Um simples tanque de plástico longe do motor e com mangueira termicamente isolada resolveria, creio.

2) Adoção de um ramjet bem simplificado (sem peças móveis) a alguma distância do escape e com alimentação independente. Bem projetado aumentaria significativamente a pífia potência disponível (mais velocidade) e a assinatura IR na popa. Não iria aumentar isso tudo de potência por estar operando bem abaixo do seu mínimo mas ajudaria tanto com alguma potência extra quanto com aumento de detectabilidade a sistemas IR.

3) Os dois juntos, preferencialmente.

Renovo outra vez minhas desculpas por não saber desenhar. :oops:

Era isso por hoje. 8-]
Concordo com a maior parte do que está escrito, só que um motor pulso-jato é até eficiente, depende do correto dimensionamento das peças, de modo que ele não fique muito pesado. O design dele na minha cabeça, seria semelhante ao do Chuckar BQM-74, só que com a parte traseira descoberta para o motor irradiar melhor o calor. Uma antena maior para melhor utilização do alvo em grandes distâncias, e até uma câmera onboard para melhor guiagem também seriam interessantes. O alcance de cerca de 5km está dentro do que eu pensaria, mas novamente, a utilização de uma antena maior para enviar os comandos seria muito interessante. Talvez uma pequena torre.

Pensemos no porte. Talvez cerca de 2-3 metros de comprimento, e 1-1,5 metros de largura. Perfil de míssil mesmo. E o peso?




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#52 Mensagem por LeandroGCard » Seg Mai 14, 2012 10:52 am

Túlio escreveu:Sobre o Bourne, o Leandro diz que o note dele seria caro demais. Logo a seguir propõe um veículo MUITO mais caro de desenvolver e produzir e ainda por cima com concorrência já estabelecida. E com possibilidade de propulsão elétrica ainda por cima, o que exigiria caras alterações em milhares de postos de abastecimento, além do que botar gasolina é uma coisa, leva uns minutinhos, botar GNV já demora mais, agora recarregar baterias elétricas leva BEM mais tempo, além de a energia estar caríssima...
Túlio, a diferença aqui está novamente na questão de fabricar x construir. Para que uma empresa de produtos como notebooks possa sobreviver ela precisaria vender uma quantidade razoável de produtos por mês (pois o lucro potencial por cada produto é baixo, na faixa de no máximo umas poucas centenas de reais, ou o produto fica comercialmente inviável). Para alcançar estes níveis de produção é necessário utilizar métodos altamente produtivos de manufatura das peças (carcaça, bases estruturais, botões, etc...) como injeção de plásticos, forjamento ou estampagem, e estes métodos exigem o uso de máquinas específicas (injetoras, prensas, etc...) e de moldes especiais. Mesmo que se terceirize a fabricação das peças para quem já possui as máquinas os moldes são sempre específicos e devem ser desenvolvidos um para cada componente. No caso de peças de notebook reforçado seriam necessários pelo menos dois moldes de injeção, um para cada lado da "caixa" de reforço, e cada molde destes custaria entre 150 e 200 mil reais. Portanto algo entre 300 e 400 mil reais seria o investimento mínimo só para começar a pensar no assunto. Como a ideia é testar justamente a resistência das novas peças a rigor elas teriam que ser fabricadas com o processo final de produção, então fica difícil construir um protótipo apenas para testes sem fazer este investimento inicial nos moldes. Mas talvez fosse possível, dependendo de se ter uma ideia exata do que se quer resistir. Para identificar isso o Bourne teria que detalhar melhor a ideia dele.

Já na área de veículos fora-de-série e outras do mesmo tipo (barcos, ultraleves, mini-submarinos, etc...) os produtos tem margem potencial de lucro elevada (até dezenas de milhares de reais para aeronaves e minisubs, alguns milhares para carros), e dependendo de como é a estrutura da empresa apenas umas poucas unidades (ou mesmo uma só) entregues por mês já justificam a montagem da empresa. A infra-estrutura de construção são moldes de resina laminada sobre modelos de madeira e gabaritos construídos por serralheria, que tem custo baixíssimo (me dê os materiais e principalmente espaço e eu mesmo sei fazer ambos). Por isso os projetos são bem mais viáveis. Para você ter uma ideia, outro dia eu vi um destes three-wheelers rodando aqui perto de casa em S.B. do Campo e fui atrás com o meu carro até o camarada parar e eu poder conversar com ele. Ele era um mecânico de automóveis sem nenhuma formação acadêmica, e me contou que constrói os veículos de forma artesanal na própria garagem usando estrutura de tubos de aço soldados e revestimento de fibra (como um alguns bugues de praia), e as peças mecânicas ele compra a maioria em ferros-velhos. Só que já tinha vendido (informalmente) três unidades, e estava concluindo a encomenda de mais uma (depois cada comprador cuidava do licenciamento, parece que existe uma categoria especial para este tipo de veículo de colecionador ou experimental)! Como engenheiro consigo projetar algo bem melhor do que o veículo deste cara, posso te garantir.

A propulsão elétrica seria apenas mais uma opção, mas o mais fácil mesmo seria usar um conjunto motriz de motocicleta.

O foguetinho guiado de infantaria: sodas de colar. Para atacar um ninho de metralhadora se usa outra Mtr, Fz Mtr, Sniper/DM e, claro, fogo e manobra. Se nada disso funcionar, chama-se os Mrts, a Artilharia ou a Aviação e tchau metraca. O GUERRA discorreria melhor sobre isso, creio.

Há anos atrás, assistindo filminhos no YT sobre a insurgência no Iraque, tinha pensado: "que desperdício usar um enorme e pesado RPG-7 (mais de 6 kg o lançador, outro tanto a munição) para atacar alvos em sua maioria não-blindados ou levemente blindados, não seria legal desenvolver um mini-lançador tipo LAW em torno de um SBAT-37, botar uma pequena ogiva "Shaped Charge" e fazer o mesmo serviço com uma arma muito menor e mais leve?" Depois pensei: "não, o EB nunca aceitaria, seria uma arma especializada demais e não faria nada que um LG não fizesse e por menos $$$". Acabei concordando, pois a insurgência usa o que tem, no que NÃO se insere um lança-granadas com carga AC decente...
Aqui eu já tive esta mesma discussão com o Guerra, que insistia em que o alcance proposto 2 km era até exagerado, que unidades de infantaria só combatem em distâncias de até 1.000 m. Mas ele não questionou o conceito em si do pequeno míssil leve e barato para uso por soldados a pé ou veículos leves. A ideia é poupar tempo e homens quando o avanço da infantaria encontrar algum empecilho, sem ter que arriscar manobras de envolvimento ou aguardar a resposta da artilharia ou do apoio aéreo. Saca-se um controle menor que um I-Pad, coloca-se no chão uma maletinha de uns 5 Kg (mais leve que uma Mtr e sua munição) que estava presa na cintura ou na mochila e dispara-se uma ogiva de 1 a 1,5 kg com precisão centimétrica e capacidade de tiro indireto (mantendo a tropa protegida).

Tecnicamente é bem factível, taticamente de fato não tenho certeza de se valeria à pena, com a palavra o nosso pessoal com experiência na infantaria.

:arrow: Sobre o alvo aéreo. Pesquisei de monte. A concorrência é pesadíssima. Mas não é invencível.

Sobre o motor, seu grande problema é o baixíssimo thrust-to-weight rate, no máximo 2:1. Daí entendi a razão de ter que usar aquelas enormes asas delta, ou se maximiza a sustentação minimizando o peso da parte não-propulsora ou nem decola.

A fonte mais potente de radiação IR é a câmara de combustão e a curva que leva ao escape (e que ficam lá na frente), escape este onde o calor deve ser bem menor. Como o calor irradia para cima, se botasse a propulsão embaixo do drone acabaria derretendo ele.

Então pensei numa solução de compromisso: lançamento por catapulta para dar velocidade inicial; escape bem mais curto, gerando apenas a energia necessária para se manter em voo após lançado; superfícies de controle de voo otimizadas para apenas manter a trajetória, nada de manobras mais radicais, que levariam a uma inaceitável perda de energia e possível queda do engenho; ponteira do escape feita, por exemplo, de alumínio, material que é leve e excelente condutor de calor, o que, usando-se uma forma mais "engargalada", aumentaria este efeito de imagem termal; a fuselagem seria bem modificada, mantendo-se as leves asas de alta sustentação mas apenas ao redor do motor, preso a elas por material leve e isolante térmico que desconheço mas o Leandro deve conhecer. O motor então ficaria num "buraco", metade abaixo, metade acima da fuselagem mas sem tocá-la nem ficar perto o suficiente para danificá-la, podendo ser detectado tanto por cima quanto por baixo pela AAAe; o delta então seria com cauda, tipo dupla e de materiais levíssimos, para manter o equilíbrio do engenho em voo, já que o CG foi alterado pelo motor mais para trás. Finalmente, para se ter um desempenho melhor (como volta e meia digo, busco sempre DIFERENCIAIS):
1) novo combustível, bem mais "venenoso" que propano e que, por ser líquido, não exigiria os pesados depósitos de gás. Um simples tanque de plástico longe do motor e com mangueira termicamente isolada resolveria, creio.

2) Adoção de um ramjet bem simplificado (sem peças móveis) a alguma distância do escape e com alimentação independente. Bem projetado aumentaria significativamente a pífia potência disponível (mais velocidade) e a assinatura IR na popa. Não iria aumentar isso tudo de potência por estar operando bem abaixo do seu mínimo mas ajudaria tanto com alguma potência extra quanto com aumento de detectabilidade a sistemas IR.

3) Os dois juntos, preferencialmente.
Aqui de fato existem já diversos concorrentes no mercado, e o motor pulse-jet tem mesmo baixa potência específica. Mas é o caso de estudar os detalhes. Algumas de suas sugestões são boas, como o lançamento por catapulta e o combustível líquido, e algumas críticas nem são tão graves assim (pode-se desenhar uma estrutura com o motor embaixo sem que o calor a afete). Só o ramjet é que é complicado, ele só funciona acima de mach 1 (preferencialmente acima de mach 2). No mais é sentar e começar a desenhar, e nisso eu sou bom tanto no papel quanto em CAD 3D. O único problema é que não encontrei até agora informações que permitissem o dimensionamento do motor em si para um dado empuxo desejado. Mas em último caso é brincar de construir protótipos e testar, com acesso a uma oficina básica que tenha recursos de serralheria um motor destes pode custar tão pouco quanto umas poucas dezenas de reais.

Grande abraço,


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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#53 Mensagem por Túlio » Seg Mai 14, 2012 11:29 am

Estamos falando do mesmo assunto, GLAUBER? O Chuckar é um TURBOJATO cuja primeira versão possuía um propulsor de 121 lbs para um peso de menos de 30 lbs. Logo, o thrust-to-weight ratio ficava em pouco mais de 4:1, "apenas" acima do dobro do melhor PULSOJATO que se poderia desenvolver a baixo custo, e é disso que temos falado. Se vamos trocar de propulsão saibamos que desenvolver uma TURBINA é bem mais caro, bem como fabricá-la e portanto, na hora da venda, fica mais complicado. Ademais, qual das FFAA do Brasil iria adquirir um alvo tão caro para apenas destruí-lo? Assim, agora falamos de um caro REBOCADOR DE BIRUTA/FLARE...

O que estava em discussão antes era sobre um uma estrutura e fuselagem leve e barata com um propulsor leve e barato, mesmo com pífio desempenho e que como emite muita radiação IR seria o próprio alvo. Pintando-o com tinta à base de alumínio, por exemplo, se tornaria altamente reflexivo ao radar, podendo ser indistintamente usado para treinar guarnições de MANPADS, canhões antiáereos e mesmo mísseis de guiagem diferente do IR. Mais por menos. Dado o baixo custo e a versatilidade, compensaria.

Decidam. 8-]




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#54 Mensagem por Túlio » Seg Mai 14, 2012 11:49 am

LEANDRO, eu não sabia NADA sobre pulsojatos até aventares o assunto. Fiz o que sempre faço em casos assim, saí a pesquisar e achei ESTA página:

http://www.pulsejetengines.com/pt/

Aí vais achar desde tutoriais "how-to-make" até pulsojatos impulsionando ramjets, pulsojatos com pós-combustão, empuxo vetorado e até - de pasmar - pulsojatos para decolagem vertical. Tem de tudo para todos os gostos. Dezenas de vídeos. Plantas em PDF. Tudo freeware. Só após entender o que é e como funciona é que passei a postar, aliás, o que tenho postado a respeito vem daí. Não sou "achista", pesquiso a sério para SABER do que estou falando, cupincha. Mesmo sem ser Engenheiro nem saber desenhar e ainda por cima uma negação em matemática, dou meus pulinhos nesse campo... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Então, se te digo que dá para melhorar um pulsojato sem levar seus custos à estratorfera é por que VI que dá. :wink: 8-]




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#55 Mensagem por LeandroGCard » Seg Mai 14, 2012 11:55 am

Túlio escreveu:Estamos falando do mesmo assunto, GLAUBER? O Chuckar é um TURBOJATO cuja primeira versão possuía um propulsor de 121 lbs para um peso de menos de 30 lbs. Logo, o thrust-to-weight ratio ficava em pouco mais de 4:1, "apenas" acima do dobro do melhor PULSOJATO que se poderia desenvolver a baixo custo, e é disso que temos falado. Se vamos trocar de propulsão saibamos que desenvolver uma TURBINA é bem mais caro, bem como fabricá-la e portanto, na hora da venda, fica mais complicado. Ademais, qual das FFAA do Brasil iria adquirir um alvo tão caro para apenas destruí-lo? Assim, agora falamos de um caro REBOCADOR DE BIRUTA/FLARE...

O que estava em discussão antes era sobre um uma estrutura e fuselagem leve e barata com um propulsor leve e barato, mesmo com pífio desempenho e que como emite muita radiação IR seria o próprio alvo. Pintando-o com tinta à base de alumínio, por exemplo, se tornaria altamente reflexivo ao radar, podendo ser indistintamente usado para treinar guarnições de MANPADS, canhões antiáereos e mesmo mísseis de guiagem diferente do IR. Mais por menos. Dado o baixo custo e a versatilidade, compensaria.

Decidam. 8-]
Acho que quando o Glauber fala no Chuckar ele se refere ao porte, e não ao conceito de uso e engenharia. É apenas para diferenciar destes aeromodelos lançados à mão como o da foto que eu postei. Mas na verdade eu tambémpensava em algo maior, como este antigo "torpedo aéreo" desenvolvido pelos suecos:

Imagem


O motor fica totalmente exposto e a construção é inteiramente metálica (que se feita de alumínio seria ainda bem leve), e daria um alvo excelente para qualquer sistema. Ele usava um pulse-jet com persiana, mais complexo, mas também carregava uma ogiva pesada. Tirando-se ambos chegamos ao alvo barato e eficiente.


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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#56 Mensagem por LeandroGCard » Seg Mai 14, 2012 12:28 pm

Alguns "casos de estudo" para ilustrar como pode funcionar esta história de abrir uma pequena empresa:

http://pme.estadao.com.br/noticias/noti ... 1747,0.htm


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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#57 Mensagem por Túlio » Seg Mai 14, 2012 12:48 pm

Vamos tentar de novo. No desenvolvimento de um produto - mais especificamente, de um como o que estudamos, ou seja, de uso militar - há três visões diferentes e que devem ser conciliadas. Quanto melhor isso for feito, maiores as chances de sucesso:

:arrow: A VISÃO DO ENGENHEIRO - ele quer inovar, fazer algo que dê prazer em olhar e saber que saiu da cabeça dele, de seus desenhos e cálculos. De preferência, superar tudo o que já foi feito por outros Engenheiros.

:arrow: A VISÃO DO COMPRADOR - ele quer obter o máximo pelo mínimo. Quanto mais barato, melhor, desde que funcione.

:arrow: A VISÃO DO USUÁRIO - ele quer algo que funcione muito bem para suas necessidades, não apresente problemas de confiabilidade e que seja simples de operar e manutenir. É o cara do KISS (Keep It Simple Stupid).

É da conciliação dessa três visões que se traz à luz um produto de sucesso.

Até onde vejo, estou contrapondo uma visão típica de usuário/comprador (que quer algo bem simples e confiável para fazer um trabalho bem simples e que custe pouco) às típicas de dois engenheiros (que preferem as inovações e firulas tecnológicas sem se importar muito com o custo final do produto nem com sua praticidade, e poderia quotar exemplos disso).

Ademais, há a chamada Visão de Mercado: estamos debruçados sobre um produto com uso potencialmente dual, ou seja, daria para fazer uma versão civil (aeromodelo completo/apenas propulsor de aeromodelo) e outra militar (alvo aéreo). Mas noto que apenas a versão militar está sendo cogitada, o que me parece um desperdício. Estamos olhando de ângulos muito diferentes para o mesmo tipo de produto.

Ou conciliamos isso ou vai dar em nada, apenas discussões estéreis...




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#58 Mensagem por LeandroGCard » Seg Mai 14, 2012 1:48 pm

Túlio escreveu:Vamos tentar de novo. No desenvolvimento de um produto - mais especificamente, de um como o que estudamos, ou seja, de uso militar - há três visões diferentes e que devem ser conciliadas. Quanto melhor isso for feito, maiores as chances de sucesso:

:arrow: A VISÃO DO ENGENHEIRO - ele quer inovar, fazer algo que dê prazer em olhar e saber que saiu da cabeça dele, de seus desenhos e cálculos. De preferência, superar tudo o que já foi feito por outros Engenheiros.

:arrow: A VISÃO DO COMPRADOR - ele quer obter o máximo pelo mínimo. Quanto mais barato, melhor, desde que funcione.

:arrow: A VISÃO DO USUÁRIO - ele quer algo que funcione muito bem para suas necessidades, não apresente problemas de confiabilidade e que seja simples de operar e manutenir. É o cara do KISS (Keep It Simple Stupid).

É da conciliação dessa três visões que se traz à luz um produto de sucesso.

Até onde vejo, estou contrapondo uma visão típica de usuário/comprador (que quer algo bem simples e confiável para fazer um trabalho bem simples e que custe pouco) às típicas de dois engenheiros (que preferem as inovações e firulas tecnológicas sem se importar muito com o custo final do produto nem com sua praticidade, e poderia quotar exemplos disso).

Ademais, há a chamada Visão de Mercado: estamos debruçados sobre um produto com uso potencialmente dual, ou seja, daria para fazer uma versão civil (aeromodelo completo/apenas propulsor de aeromodelo) e outra militar (alvo aéreo). Mas noto que apenas a versão militar está sendo cogitada, o que me parece um desperdício. Estamos olhando de ângulos muito diferentes para o mesmo tipo de produto.

Ou conciliamos isso ou vai dar em nada, apenas discussões estéreis...
Só para confirmar, este seu post se refere exclusivamente à ideia do alvo aéreo com motor pulse-jet, certo? Se for isso OK, estamos indo para a etapa do desenvolvimento de uma ideia específica (etapa seguinte ao da compilação das várias ideias possíveis).

Suas colocações estão corretas, é agora importante definir exatamente o escopo desta ideia do alvo aéreo. Na minha concepção o que se buscaria seria exatamente algo simples e barato, que pudesse servir especificamente como alvo (sacrificando desempenho e versatilidade por simplicidade e custo, até para reduzir o investimento inicial). Por isso o uso de motores pulse-jet estáticos, que apresentam rendimento baixo mas com custos bem mais em conta. No meu entender o uso deste tipo de propulsor não permite nem desempenho nem autonomia para a aplicações em aeronaves civis tipo VANT’s, no máximo em simples brinquedos como aeromodelos, um mercado até viável mas já bastante concorrido.

As questões que ficam para discutir seriam então (minha lista, mais ideias podem ser acrescentadas):

1- Parâmetros de desempenho geral como altitude, velocidade, autonomia, alcance e potência IR irradiada (no caso de alvos aéreos).
2- Porte, definido em parte pelos parâmetros acima e em parte por decisão de projeto levando em conta as aplicações imaginadas.
3- Materiais e técnicas construtivas, que sofrem influência dos parâmetros de desempenho, da aplicação desejada e do nível de investimentos que se planeja fazer.
4- Valor estimado, que determinará a viabilidade do projeto enquanto negócio.

A definição dos parâmetros acima vai indicar o nível de complexidade do projeto e se ele teria aplicações duais ou não. Para uso militar custo e porte não são tão críticos, pois para testar um Igla ou Mistral que sozinho já custa dezenas de milhares de dólares pode-se gastar meia dúzia de milhares de reais, e pode-se também formar uma equipe completa e equipada para transportar os alvos, lançá-los e operá-los. Mas o número de aeromodelistas que poderia bancar um brinquedo tão caro assim dificilmente justificaria o desenvolvimento do produto. Por outro lado, um motor pequeno e barato que pudesse interessar aos aeromodelistas talvez não atenda às especificações das FA’s com relação a desempenho e emissão de IR. Outro ponto é o alcance, um rádio de aeromodelo dificilmente alcançaria mais do que 2 ou 3 km de distância, e é inútil pensar em motores para aeromodelos com mais alcance do que isso. Mas pode ser que um alvo aéreo precise de um alcance maior (um Igla por exemplo pode atingir alvos a mais de 3,5km de altitude em distâncias de mais de 5 km, então é provável que o eventual operador dos alvos queira alcances nesta faixa, levando à necessidade de motores maiores para levar um rádio-comando dedicado.

Pense um pouco e veja quais valores você pensa que seriam adequados para os parâmetros acima, e acrescente os seus próprios se tiver mais alguma ideia.


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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#59 Mensagem por Bolovo » Seg Mai 14, 2012 3:00 pm

A idéia é muito boa. Quero ser chefe do departamento que irá fazer um fz 556! :mrgreen:




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#60 Mensagem por LeandroGCard » Seg Mai 14, 2012 3:08 pm

Olha só o que achei. Este da imagem é um alvo aéreo chinês com um motor pulse-jet sem válvula em um display de exibição.

Imagem

Mas ainda acho o modelo mais complexo do que precisa, e o motor na parte de cima não é o ideal, em aeromodelos faz muito sentido (facilita cuidar do motor e dar a partida), mas para alvos pode ser um problema. Quando chegar em casa vou ver se desenho um mais simples para ilustrar minha idéia e posto depois.


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