Putin promete Rússia forte no cenário mundial
Declaração foi feita durante discurso durante Parada do Dia da Vitória, que marca a vitória sobre a Alemanha Nazista em 1945
Foto: AP Presidente russo, Vladimir Putin (no centro, à esq.) e o premiê Dmitri Medvedev (no centro, à dir.) participam do Dia da Vitória ao lado de veteranos da 2ª Guerra
Dois dias depois de tomar posse para um mandato presidencial de seis anos, Putin usou seu pronunciamento a soldados e veteranos de guerra, durante o desfile militar anual na praça mais simbólica de Moscou, para reforçar seus apelos por unidade nacional - que ficou abalada depois dos protestos iniciados em 2011 contra a hegemonia política de Putin.
"A Rússia consistentemente se ergue determinadamente por nossas posições, porque nosso país sofreu o golpe do nazismo", disse Putin sob as muralhas vermelhas do Kremlin, ao lado de generais cobertos de condecorações.
"Os bárbaros tramavam destruir nações inteiras. O inevitável aconteceu - a responsabilidade e a resolução comum prevaleceram sobre o mal", acrescentou.
Putin, de 59 anos, costuma usar uma retórica agressiva em questões de política externa para atrair o apoio dos russos. Ele recorreu a declarações antiamericanas antes da eleição presidencial de 4 de março, numa tática que também era usada por líderes soviéticos, especialmente em feriados nacionais como o Dia da Vitória na Europa.
Durante a campanha eleitoral, Putin acusou a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, de estimular protestos contra os seus 12 anos de domínio político no país.
Ao tomar posse nesta semana, porém, Putin disse que pretende melhorar as relações com os EUA, principal inimigo da Rússia na época da Guerra Fria. Ele deixou claro, no entanto, que não aceitará interferências em assuntos domésticos, e que a relação com Washington deve acontecer em pé de igualdade.
No palanque da Praça Vermelha estava também o ex-presidente Dmitri Medvedev, afilhado político de Putin, que na véspera teve seu nome aprovado pelo Parlamento para assumir o cargo de primeiro-ministro. Na prática, houve uma troca de lugar com Putin, que passou os últimos anos como premiê, depois de cumprir dois mandatos presidenciais (2000-2008).
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