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Mensagem
por Marino » Seg Abr 30, 2012 12:08 pm
Não sei se vão se lembrar, mas eu já havia comentado há muito aqui no DB sobre o Alte Othon.
Como cientista, engenheiro nuclear, ele é incontestável.
Mas sendo engenheiro, não tendo cursado a EGN e não tendo feito cursos de Política e Estratégia, suas posições nestes assuntos são muito frágeis.
Ele estava a frente do maior programa da MB e esta era sua vida.
Ao inicio o programa recebia verbas do governo, em sua maioria, e a MB complementava com seu orçamento.
Isto, com o tempo, foi se invertendo chegando ao ponto da MB arcar sozinha com o programa.
A situação ficou a tal ponto que passou a comprometer a MB, a manutenção de seus meios, o programa de reaparelhamento, etc.
Para ele tudo podia parar, a MB não devia mais comprar meios de superfície, o comentário dele sobre navios de oportunidade se referiam as T-22 adquiridas na Inglaterra, a MB deveria ter somente navios patrulha e submarinos.
Todo o orcamento da MB deveria ter sido alocado ao programa e o resto que se danasse.
Evidente que os Almirantes não concordavam e o programa entrou em uma fase vegetativa até que a MB conseguiu convencer o governo de que ele deveria ser um programa de Estado, o que acontece hoje.
Mas ele tem esta mágoa até hoje, e não conseguenrevisar sua posição.
A fragilidade de seus argumentos estratégicos é tão evidente que não conseguiu no programa explicar Negação do Uso do Mar, falou que os SSN deveriam ter somente mísseis e que omuso de torpedos hoje em dia seria um absurdo.
Qualquer um aqui argumentaria melhor que ele nestes assuntos.
Mas não há como negar a importância dele na história da MB.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco