Isto é verdade em uma visão estritamente militar, mas não é assim que os eventos históricos devem ser analisados. A dimensão política não pode ser esquecida, e politicamente a Alemanha não queria lutar contra a Inglaterra, e achava que exterminar seu exército da forma como poderia ter feito em Dunquerque seria considerado como uma ofensa imperdoável que impediria a paz.Túlio escreveu:Não foi bem assim, BOURNE: os Generais quase ficaram malucos, tinham suas forças posicionadas contra um inimigo desmoralizado e encurralado. Tinham domínio completo do ar.
Quem estragou tudo foi o cabo da Boêmia...
O fato é que Hitler e seus nazistas não queriam nem mesmo uma guerra contra a França, foram os franceses e ingleses que declararam guerra à Alemanha em apoio à Polônia. Depois foi um plano dos generais e almirantes (Reader) que levou ao ataque da Dinamarca e da Noruega, seguido pela ofensiva contra a França e os países baixos. Nada disso constava nos planos do governo Alemão de antes da guerra, e só veio a ser executado porque a facilidade e velocidade das vitórias iniciais deixou os alemães meio bêbados de euforia.
Mas tanto o governo nazista quanto os generais sabiam perfeitamnete que uma guerra fora do território continental europeu (e a Inglaterra é uma ilha) seria outra coisa completamente diferente, e por isso nenhum dos dois queria de fato que os combates continuassem. A Batalha da Inglaterra entre a Luftwaffe e a RAF foi uma última tentativa de dobrar os ingleses e forçá-los a aceitar a paz nos termos da Alemanha, mas após seu fracasso os alemães simplesmente desistiram de dobrar os ingleses e voltaram ao seu plano original, achando que o ataque a Rússia convenceria a Inglaterra de que a Alemanha já não a via como inimiga e que a paz viria com o tempo. E depois os alemães poderiam de fato desocupar a Europa ocidental e se concentrar na conquista dos territórios do oriente, como disse o Bourne.
Só que Churchil enxergava mais além, e não aceitaria uma Europa dominada pelos Alemães (a Inglaterra não aceita isso até hoje), porque sabia que cedo ou tarde ela suplantaria o império britânico. Por isso continuou tentando atrapalhar os exércitos nazistas onde lhe foi possível, na Grécia, no norte da África e até dando apoio aos bolcheviques.
Aí deu no que deu.
Leandro G. Card