Voltando a temática das metralhadoras de apoio, estive vendo essa semana na internet alguns videos de combates tanto no Afeganistão como no Iraque, dentre outros lugares em conflitos, e com tropas de diversos países, mormente da Otan/USA, russos, IDF e afins.
Em todas esses vídeos, é notória a capacidade de combate e o nível de poder de fogo dos pelotões de infantaria. No que compete às metralhadoras, é patente ver-se o uso não só de vários modelos, como a coexistência "fraterna" de vários calibres nas mesmas, com o 5,56 convivendo sem maiores problemas com o 7,62, além do que estas armas serem complementadas com fuzis equipados com lança-granadas, lança-rojões de diversos tipos e calibres, morteiros, veículos leves blds ou semi-bldos com metralhados .50 e mesmo rifles de precisão .50 em uso por tropas que não SOF. Isso tudo obviamente sem contar os materiais pessoais de auxilio ao combate, como coletes, Ovn's, etc...
Enfim, fica ressaltada cada vez mais, o desnível de equipamentos e recursos materiais a disposição da infantaria brasileira, inclusive, vexatoriamente, com a nossa própria infantaria que serve no Haiti. É um abismo desleal.
E pasmem, levamos mais que uma década para produzimos finalmente um substituto para o vestuto FAL, que nada mais é que um FAL recauchutado
com melhorias na ergonomia e trilhos para apetrechos variados.
Com tudo isso, fico cada vez mais descrente que possamos quiça aprender com os erros cometidos com o processo de substituição do FAL, e ao invés de adotarmos um modelo importado e comprarmos o seu direito de fabricação sob licença, com desdobramentos junto à manutenção e fabricação de peças e acessórios, assim como o desenvolvimento de versões e aperfeiçoamentos futuros, queiramos novamente reinventar a roda, e fabricarmos um do zero, sem se quer termos condições para isso.
A existência de variados modelos a disposição no mercado nos leva a crer que conseguir a licença de fabrico e manutenção de tais armas não seria de todo dificultosa. Exemplos de parcerias não faltam. Infelizmente o que falta, mas do que uma decisão politica, é o próprio EB decidir-se por modificar sua infantaria, a fim de que os planos saim em fim do papel. Mas, salvo não estou enganado, não existem planos para uma reorganização da infantaria no EB. A questão da reorganização quaternária afeta o organograma das bgdas, mas não vejo tal mudança atingir o seio das formações dos btls de infantaria em si. Quiça esta mudança não chegue aos mesmos, que se dirá da mudança de armamentos, onde hoje no mundo, tropas ditas convencionais se arvoram a equipar-se com armas que no Brasil é/são coisas só para FE's?
Quando é que veremos a infantaria no Brasil equipar-se verdadeiramente como o soldado da figura propagandística do PROFORÇA? Ou aquilo não é senão mais um dos mirabolantes planos de reequipamento do EB que vão entrar mais uma vez para o rol das boas intenções e tentativas frustadas de se ter e manter um exercito realmente com um braço forte?
Até o presente momento, parece que a resposta não é ou será a que queremos ou esperamos.
continuemos fazendo nossas orações.
abs