Super Tucano News
Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Super Tucano News
Cancelamento favorece França
O cancelamento do contrato fortalece a França na disputa com americanos e suecos para a venda do novo caça de múltiplo emprego da Força Aérea Brasileira (FAB). Essa é a avaliação interna feita, nesta quarta-feira, por alguns setores do governo que, embora tenham lamentado o episódio nos bastidores, evitaram comentar a decisão, alegando seu caráter puramente comercial.
Por enquanto, não se espera que a Embraer leve o caso a alguma corte internacional. O caminho mais natural, segundo pessoas próximas à empresa, será pressionar o governo brasileiro a entrar na briga e cobrar uma explicação ao governo Obama. Procurada oficialmente, a companhia disse que não faria novos comentários além do que foi informado em nota distribuída na própria terça-feira, na qual disse “lamentar” o cancelamento e que aguardaria os desdobramentos do caso para decidir “os próximos passos”.
Segundo um graduado funcionário do governo, na questão dos caças, há pelo menos dois fatores a favor dos franceses: a maior previsibilidade e a promessa de compra de dez KC-390 produzidos pela indústria brasileira de aeronaves, com valor total estimado em US$ 1,2 bilhão, ou seja, mais do que os US$ 355 milhões perdidos pela Embraer nos EUA.
Ainda não há decisão sobre qual será o fornecedor de 36 caças para a FAB — operação que custará aos cofres públicos algo entre US$ 4 bilhões e US$ 6,5 bilhões. A diretriz escolhida será conhecida este ano, assegurou um técnico envolvido no assunto.
Segundo a fonte, a possível preferência pelo francês Rafale não seria uma retaliação contra os EUA no caso da Embraer. Mas o episódio serve como advertência às próprias autoridades brasileiras de que não é possível confiar plenamente no mercado americano.
Além disso, a posição francesa é reforçada porque o pacote de vantagens em troca da compra inclui a venda do KC-390 — projeto de aeronave para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo, previsto para começar a voar a partir de 2014. É também chamado de avião de assalto, capaz de pousar no campo de batalha, introduzindo tropas e carros de combate perto da zona de conflito.
A França oferece o Rafale, produzido pela Dassault, enquanto os EUA tentam emplacar o F-18, da Boeing. Já os suecos têm o Gripan, da Saab.
No governo anterior, o ex-presidente Lula chegou sinalizar, ao receber no Brasil o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que a preferência era pelo Rafale. Dias depois, o governo esclareceu que ainda não havia decisão a respeito.
Um documento interno mostra que os investimentos do Brasil nessa área tendem a despertar cada vez mais a cobiça dos parceiros internacionais. Existe uma projeção de que, em 2025, a FAB terá 1.200 caças de novas gerações para a defesa aérea do país, que atuarão com o apoio de aeronaves de inteligência de combate. Em comparação com os EUA, atualmente aquele país possui cerca de 2.400 aeronaves.
Outro ponto relevante é que, com a transferência da administração de aeroportos civis, o controle aéreo e o transporte de autoridades (à exceção do presidente da República), a FAB terá como função primordial a defesa aérea do país, a partir de 2025. Daí a necessidade de se investir em aeronaves inteligentes de combate.
A venda do Super Tucano para o governo dos EUA era vista como estratégica pela Embraer para ampliar as receitas do seu braço de defesa e segurança, que responde hoje por cerca de 14% do seu faturamento líquido. A vitrine americana poderia abrir espaço para negócios com outros países, como os da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O cancelamento do contrato fortalece a França na disputa com americanos e suecos para a venda do novo caça de múltiplo emprego da Força Aérea Brasileira (FAB). Essa é a avaliação interna feita, nesta quarta-feira, por alguns setores do governo que, embora tenham lamentado o episódio nos bastidores, evitaram comentar a decisão, alegando seu caráter puramente comercial.
Por enquanto, não se espera que a Embraer leve o caso a alguma corte internacional. O caminho mais natural, segundo pessoas próximas à empresa, será pressionar o governo brasileiro a entrar na briga e cobrar uma explicação ao governo Obama. Procurada oficialmente, a companhia disse que não faria novos comentários além do que foi informado em nota distribuída na própria terça-feira, na qual disse “lamentar” o cancelamento e que aguardaria os desdobramentos do caso para decidir “os próximos passos”.
Segundo um graduado funcionário do governo, na questão dos caças, há pelo menos dois fatores a favor dos franceses: a maior previsibilidade e a promessa de compra de dez KC-390 produzidos pela indústria brasileira de aeronaves, com valor total estimado em US$ 1,2 bilhão, ou seja, mais do que os US$ 355 milhões perdidos pela Embraer nos EUA.
Ainda não há decisão sobre qual será o fornecedor de 36 caças para a FAB — operação que custará aos cofres públicos algo entre US$ 4 bilhões e US$ 6,5 bilhões. A diretriz escolhida será conhecida este ano, assegurou um técnico envolvido no assunto.
Segundo a fonte, a possível preferência pelo francês Rafale não seria uma retaliação contra os EUA no caso da Embraer. Mas o episódio serve como advertência às próprias autoridades brasileiras de que não é possível confiar plenamente no mercado americano.
Além disso, a posição francesa é reforçada porque o pacote de vantagens em troca da compra inclui a venda do KC-390 — projeto de aeronave para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo, previsto para começar a voar a partir de 2014. É também chamado de avião de assalto, capaz de pousar no campo de batalha, introduzindo tropas e carros de combate perto da zona de conflito.
A França oferece o Rafale, produzido pela Dassault, enquanto os EUA tentam emplacar o F-18, da Boeing. Já os suecos têm o Gripan, da Saab.
No governo anterior, o ex-presidente Lula chegou sinalizar, ao receber no Brasil o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que a preferência era pelo Rafale. Dias depois, o governo esclareceu que ainda não havia decisão a respeito.
Um documento interno mostra que os investimentos do Brasil nessa área tendem a despertar cada vez mais a cobiça dos parceiros internacionais. Existe uma projeção de que, em 2025, a FAB terá 1.200 caças de novas gerações para a defesa aérea do país, que atuarão com o apoio de aeronaves de inteligência de combate. Em comparação com os EUA, atualmente aquele país possui cerca de 2.400 aeronaves.
Outro ponto relevante é que, com a transferência da administração de aeroportos civis, o controle aéreo e o transporte de autoridades (à exceção do presidente da República), a FAB terá como função primordial a defesa aérea do país, a partir de 2025. Daí a necessidade de se investir em aeronaves inteligentes de combate.
A venda do Super Tucano para o governo dos EUA era vista como estratégica pela Embraer para ampliar as receitas do seu braço de defesa e segurança, que responde hoje por cerca de 14% do seu faturamento líquido. A vitrine americana poderia abrir espaço para negócios com outros países, como os da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Super Tucano News
Estou usando um iPad e tentando copiar e colar.
O texto acima é parte de uma reportagem do Globo.
O texto acima é parte de uma reportagem do Globo.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Super Tucano News
Sei que tudo mudou. Mas espero não temer que isso venha a ser a falência da Embraer!
- Juliano Lisboa
- Avançado
- Mensagens: 636
- Registrado em: Sex Jul 07, 2006 11:46 am
- Localização: Anápolis - GO
- Agradeceu: 20 vezes
- Agradeceram: 197 vezes
Re: Super Tucano News
Nem de longe isso vai afetar as finanças da Embraer... Nada ainda estava assinado.gil eanes escreveu:Sei que tudo mudou. Mas espero não temer que isso venha a ser a falência da Embraer!
- Boss
- Sênior
- Mensagens: 4136
- Registrado em: Ter Ago 10, 2010 11:26 pm
- Agradeceu: 103 vezes
- Agradeceram: 356 vezes
Re: Super Tucano News
2025 aA (após o Apocalipse).faterra escreveu:Vixe! 1200 caças de novas gerações em 2025?
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- Makenshi
- Intermediário
- Mensagens: 133
- Registrado em: Dom Dez 20, 2009 12:45 am
- Localização: Feira de Santana-BA
- Agradeceu: 26 vezes
- Agradeceram: 5 vezes
Re: Super Tucano News
Pode ser erro de digitação; o plano não era de os 36 caças serem apenas os iniciais, sendo produzidos outros por aqui até chegar à marca de 120 caças? De repente digitaram um zero a mais.
- Sávio Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 2990
- Registrado em: Ter Mai 01, 2007 10:55 am
- Localização: Conceição das Alagoas-MG
- Agradeceu: 128 vezes
- Agradeceram: 181 vezes
- Contato:
Re: Super Tucano News
gil eanes escreveu:Sei que tudo mudou. Mas espero não temer que isso venha a ser a falência da Embraer!
Quero acreditar que não li isso...
Nada a ver amigo Gil
Re: Super Tucano News
É pegadinha do Malandro. iee iee!!!faterra escreveu:Vixe! 1200 caças de novas gerações em 2025?
Um grande abraço a todos os amigos!!!
- Bourne
- Sênior
- Mensagens: 21087
- Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
- Localização: Campina Grande do Sul
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 21 vezes
Re: Super Tucano News
É o plano secreto da FAB. Por isso que existe tanta discussão a respeito do FX. Os 1200 caças podem alterar o equilíbrio geopolítico mundial.
Ou, na hipótese mais simples, culpa o estagiário.
Ou, na hipótese mais simples, culpa o estagiário.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Super Tucano News
Extrato de uma matéria no Valor Econômico:
O caso da Embraer, pelo menos por enquanto, tem menor potencial de aumentar atritos entre os dois governos. No Planalto e no Itamaraty, o cancelamento da licitação é visto como consequência da disputa interna entre a Boeing, que quer vender caças ao Brasil, e a Lockheed, cuja subsidiária compete com a Embraer no mercado americano. Segundo um assessor de Dilma, o Brasil passará a denunciar publicamente como má-fé dos EUA, se a Força Aérea americana rejeitar a Embraer sob bases frágeis, como o fato de que o governo brasileiro tem uma "golden share" na empresa.
O caso da Embraer, pelo menos por enquanto, tem menor potencial de aumentar atritos entre os dois governos. No Planalto e no Itamaraty, o cancelamento da licitação é visto como consequência da disputa interna entre a Boeing, que quer vender caças ao Brasil, e a Lockheed, cuja subsidiária compete com a Embraer no mercado americano. Segundo um assessor de Dilma, o Brasil passará a denunciar publicamente como má-fé dos EUA, se a Força Aérea americana rejeitar a Embraer sob bases frágeis, como o fato de que o governo brasileiro tem uma "golden share" na empresa.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- guilhermecn
- Sênior
- Mensagens: 853
- Registrado em: Seg Ago 03, 2009 6:03 pm
- Localização: São Paulo, Brasil
- Agradeceu: 61 vezes
- Agradeceram: 4 vezes
Re: Super Tucano News
Putz, 300 tava bom jáluisdmrx escreveu:É pegadinha do Malandro. iee iee!!!faterra escreveu:Vixe! 1200 caças de novas gerações em 2025?
"You have enemies? Good. That means you've stood up for something, sometime in your life."
Winston Churchill
Winston Churchill
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Super Tucano News
Nova licitação da força aérea americana não está definida
Itamaraty vê problemas no Afeganistão como causa do cancelamento do processo de compra
vencido pela Embraer
DENISE CHRISPIM MARIN, CORRESPONDENTE / WASHINGTON - O Estado de S.Paulo
A decisão da Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf) de cancelar a compra de 20 aviões A-29
Super Tucano, da Embraer, foi comemorada ontem pela concorrente americana Hawker Beechcraft, por
dar-lhe chance de vitória numa nova licitação.
A abertura de um novo processo de escolha, entretanto, não é considerado provável pelo
Itamaraty. Para a diplomacia brasileira, o cancelamento se deveu a uma mudança recente na decisão do
governo americano de entregar os aviões ao Afeganistão.
Internamente, circulou no Itamaraty a versão de que o aumento da insegurança para as forças
americanas no Afeganistão, desde o incidente da queima de exemplares do Alcorão, levara Washington
a suspender seu compromisso de entregar 20 aviões à força aérea afegã, ainda em fase de formação.
Dois militares americanos que atuavam como consultores em ministérios do Afeganistão foram
mortos, e outros sete foram feridos por causa do incidente. Os EUA retiraram todo o seu pessoal de
apoio no governo afegão na semana passada.
A leitura do Itamaraty, se confirmada, será como um balde de água fria nas ambições das duas
concorrentes à venda de aviões leves de ataque para a Usaf. A Embraer prepara-se para revidar ao final
da investigação aberta pela força aérea americana sobre o processo de licitação. Teria como apoio, nos
EUA, o lobby do governo da Flórida, onde está atualmente instalada para a produção local de jatos
executivos. A Hawker, desqualificada nessa concorrência por não cumprir requisitos, vê-se fortalecida
pelo lobby político do Kansas, Estado onde produziria os 20 aviões.
"Nós elogiamos a Força Aérea por essa decisão e acreditamos fortemente que foi a coisa certa
para a força aérea, os contribuintes e as pessoas da Hawker Beechcraft", afirmou Bill Boisture,
presidente da companhia, em nota. "Esperamos competir por esse contrato assim que essa iniciativa
avançar."
Boisture deixou claro ser essa licitação bem mais ambiciosa do que a venda de 20 aviões. O
contrato tenderia a ser estendido para a encomenda de mais aparelhos, em um valor total de US$ 1
bilhão. "Isso envolve a habilidade de a Usaf construir relação com os parceiros dos EUA mundo afora
para a próxima geração. Nós continuamos a acreditar que o AT-6, fabricado na América, é a aeronave
correta para essa missão crítica dos EUA."
O argumento da geração de empregos, suscetível ao discurso e às ambições políticas neste ano
eleitoral, também teria pesado na decisão da Usaf. A decisão da Hawker de contestar sua
desqualificação na concorrência na Corte Federal de Apelação foi acompanhada pela movimentação da
bancada de Kansas no Congresso e por seu lobby no governo de Barack Obama.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Super Tucano News
Acho que não foi por causa da insegurança do Afeganistão foi lobby mesmo da Hawker, mas uma nova licitação da força aérea americana para comprar caças a Kabul não faz muito sentido com a saída dos americanos aquilo tem tudo para ser tomado pelo Talibã antes de chegarem os STs nessa nova licitação que vai ser uma guerra comercial daquelas.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant