VENEZUELA
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cassiosemasas
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FoxHound
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Re: CHAVEZ: de novo.
Chávez chama candidato da oposição de "porco" na Venezuela.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou a criticar nesta quinta-feira a oposição e o rival nas eleições de 7 de outubro, Henrique Capriles. O mandatário chamou o adversário de "porco" e "perdedor" e reiterou sua confiança em uma vitória no pleito.
"Você tem rabo de porco, orelha de porco, cheira como um porco, você é um porco que tem pouca vida. Você é um porco, não tente esconder isso", afirmou o presidente.
Desde que foi eleito o candidato da oposição nas prévias do último domingo,Henrique Capriles vem recebendo ataques verbais de Chávez. Na quarta (15), o mandatário disse que a oposição quer se parecer com ele, e pediu para que os adversários se fantasiassem de "chavinho" no Carnaval.
Membros do governo venezuelano ainda criticaram as origens do rival, que é descendente de judeus, e questionaram sua sexualidade, além de chamá-lo de "filhote dos Estados Unidos".
NÃO RESPONDER
Capriles foi orientado pelo comando da coalizão opositora a não responder aos ataques de Chávez e se concentrar nos problemas diários dos venezuelanos, como a inflação, o desemprego e a insegurança. O presidente criticou a estratégia.
"O perdedor está me evitando. Seus assessores dizem para ele não entrar em confronto comigo. Você tem que me enfrentar ou desista".
Chávez também pediu para que o opositor "tirasse sua máscara", sobre os programas de governo que o rival está apresentando que, segundo Capriles, são inspirados no governo do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
"O único lugar que você vai governar é a ilha do Tarzan e sua macaca Chita".
SEAN PENN
O presidente venezuelano recebeu o ator americano Sean Penn, que faz uma visita à América do Sul em tarefas para conseguir apoio para solucionar a crise no Haiti.
Chávez brincou com Penn, dizendo que o artista já é membro da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba).
"Eu acho que Sean Penn já é da Alba", destacou Chávez em um ato de formação de médicos do qual também participou o ator, com o qual disse que tinha pensado tomar um café posteriormente no palácio de Governo.
O presidente venezuelano lembrou que Penn é "embaixador itinerante" do Haiti e "anda cumprindo essa tarefa humanitária pela América Latina", ao mencionar as visitas do ator à Argentina, Uruguai e Bolívia.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1049 ... uela.shtml
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou a criticar nesta quinta-feira a oposição e o rival nas eleições de 7 de outubro, Henrique Capriles. O mandatário chamou o adversário de "porco" e "perdedor" e reiterou sua confiança em uma vitória no pleito.
"Você tem rabo de porco, orelha de porco, cheira como um porco, você é um porco que tem pouca vida. Você é um porco, não tente esconder isso", afirmou o presidente.
Desde que foi eleito o candidato da oposição nas prévias do último domingo,Henrique Capriles vem recebendo ataques verbais de Chávez. Na quarta (15), o mandatário disse que a oposição quer se parecer com ele, e pediu para que os adversários se fantasiassem de "chavinho" no Carnaval.
Membros do governo venezuelano ainda criticaram as origens do rival, que é descendente de judeus, e questionaram sua sexualidade, além de chamá-lo de "filhote dos Estados Unidos".
NÃO RESPONDER
Capriles foi orientado pelo comando da coalizão opositora a não responder aos ataques de Chávez e se concentrar nos problemas diários dos venezuelanos, como a inflação, o desemprego e a insegurança. O presidente criticou a estratégia.
"O perdedor está me evitando. Seus assessores dizem para ele não entrar em confronto comigo. Você tem que me enfrentar ou desista".
Chávez também pediu para que o opositor "tirasse sua máscara", sobre os programas de governo que o rival está apresentando que, segundo Capriles, são inspirados no governo do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
"O único lugar que você vai governar é a ilha do Tarzan e sua macaca Chita".
SEAN PENN
O presidente venezuelano recebeu o ator americano Sean Penn, que faz uma visita à América do Sul em tarefas para conseguir apoio para solucionar a crise no Haiti.
Chávez brincou com Penn, dizendo que o artista já é membro da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba).
"Eu acho que Sean Penn já é da Alba", destacou Chávez em um ato de formação de médicos do qual também participou o ator, com o qual disse que tinha pensado tomar um café posteriormente no palácio de Governo.
O presidente venezuelano lembrou que Penn é "embaixador itinerante" do Haiti e "anda cumprindo essa tarefa humanitária pela América Latina", ao mencionar as visitas do ator à Argentina, Uruguai e Bolívia.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1049 ... uela.shtml
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Re: CHAVEZ: de novo.
Chávez chafurda
Um artigo publicado no site da Rádio Nacional da Venezuela, abrigado no portal do governo venezuelano, diz que Henrique Capriles, o candidato que o presidente Hugo Chávez enfrentará na eleição de outubro, é representante da “burguesia sionista”.
Como o artigo saiu sob os auspícios do “Ministério do Poder Popular para a Comunicação e a Informação”, que é o nome chavista para o Ministério das Comunicações, é lícito supor que tem o aval do governo.
O artigo diz que Capriles, embora seja católico praticante, é de família judia, “ligada à oligarquia empresarial do país”. Depois de reiterar as supostas ligações do candidato com a TFP e a Opus Dei, o autor do texto elabora, enfim, sua ideia central – já que o texto é intitulado “O inimigo é o sionismo”. Ele diz que o sionismo usa o discurso religioso e nacionalista para esconder “seu caráter colonialista e suas pretensões políticas de superioridade racial e profundamente hegemônicas”. Afirma que é uma “ideologia do terror, dos sentimentos mais putrefatos que representam a humanidade”, movida por “ímpeto supostamente patriota baseado na ganância” e que segue a lógica de que “todo nacionalismo sem pátria é, por necessidade, uma empresa de conquista”.
Depois de dizer que os “sionistas” assassinaram “milhões” de palestinos e “construíram um campo de concentração em pleno século 21”, isto é, Gaza, o autor do texto põe a cereja no bolo: “O sionismo é o dono da maioria das instituições financeiras do planeta, controla quase 80% da economia mundial e da indústria de comunicações em quase sua totalidade, além de manter posições dentro do Departamento de Estado estadunidense e das potências europeias”.
Raras vezes se vê hoje em dia – salvo no mundo árabe, onde isso é comum – um texto publicado com tantos clichês antissemitas juntos em tão poucas linhas. Lá estão a “ganância”, o judeu “sem pátria”, o “putrefato”, o “controlador da mídia e dos bancos”, o “assassino” dos pobres palestinos. Coisas assim eram mais comuns na Alemanha dos anos 30.
Nesta quinta-feira, Chávez adicionou ainda mais elegância ao debate, ao igualar o “sionista” Capriles a um porco, sabendo obviamente o que isso significa no imaginário antissemita – como fizeram Lutero e os nazistas e como fazem até hoje os supremacistas raciais americanos e os fundamentalistas islâmicos.
“Você tem rabo de porco, orelhas de porco, grunhe como porco, você é um porco medíocre, é um porco, não se disfarce”, disse Chávez sobre seu oponente. “O senhor que vá governar o território de Tarzan e da macaca Chita, porque aqui não.
http://blogs.estadao.com.br/marcos-guterman/
Um artigo publicado no site da Rádio Nacional da Venezuela, abrigado no portal do governo venezuelano, diz que Henrique Capriles, o candidato que o presidente Hugo Chávez enfrentará na eleição de outubro, é representante da “burguesia sionista”.
Como o artigo saiu sob os auspícios do “Ministério do Poder Popular para a Comunicação e a Informação”, que é o nome chavista para o Ministério das Comunicações, é lícito supor que tem o aval do governo.
O artigo diz que Capriles, embora seja católico praticante, é de família judia, “ligada à oligarquia empresarial do país”. Depois de reiterar as supostas ligações do candidato com a TFP e a Opus Dei, o autor do texto elabora, enfim, sua ideia central – já que o texto é intitulado “O inimigo é o sionismo”. Ele diz que o sionismo usa o discurso religioso e nacionalista para esconder “seu caráter colonialista e suas pretensões políticas de superioridade racial e profundamente hegemônicas”. Afirma que é uma “ideologia do terror, dos sentimentos mais putrefatos que representam a humanidade”, movida por “ímpeto supostamente patriota baseado na ganância” e que segue a lógica de que “todo nacionalismo sem pátria é, por necessidade, uma empresa de conquista”.
Depois de dizer que os “sionistas” assassinaram “milhões” de palestinos e “construíram um campo de concentração em pleno século 21”, isto é, Gaza, o autor do texto põe a cereja no bolo: “O sionismo é o dono da maioria das instituições financeiras do planeta, controla quase 80% da economia mundial e da indústria de comunicações em quase sua totalidade, além de manter posições dentro do Departamento de Estado estadunidense e das potências europeias”.
Raras vezes se vê hoje em dia – salvo no mundo árabe, onde isso é comum – um texto publicado com tantos clichês antissemitas juntos em tão poucas linhas. Lá estão a “ganância”, o judeu “sem pátria”, o “putrefato”, o “controlador da mídia e dos bancos”, o “assassino” dos pobres palestinos. Coisas assim eram mais comuns na Alemanha dos anos 30.
Nesta quinta-feira, Chávez adicionou ainda mais elegância ao debate, ao igualar o “sionista” Capriles a um porco, sabendo obviamente o que isso significa no imaginário antissemita – como fizeram Lutero e os nazistas e como fazem até hoje os supremacistas raciais americanos e os fundamentalistas islâmicos.
“Você tem rabo de porco, orelhas de porco, grunhe como porco, você é um porco medíocre, é um porco, não se disfarce”, disse Chávez sobre seu oponente. “O senhor que vá governar o território de Tarzan e da macaca Chita, porque aqui não.
http://blogs.estadao.com.br/marcos-guterman/
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marcelo l.
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Re: CHAVEZ: de novo.
Parece que tem eleição em algum lugar do mundo, tem marketing brasileiro lá.
http://oglobo.globo.com/mundo/marketing ... ez-4016870
RIO e SÃO PAULO — A democracia consolidada, uma estrela chamada Luiz Inácio Lula da Silva, os bons profissionais e os anos de possibilidade de se adquirir know-how veiculando propaganda eleitoral gratuitamente fizeram o Brasil começar a exportar marketing político para a América Latina. E na Venezuela, que deve enfrentar até o dia 7 de outubro a campanha presidencial mais agitada e incerta do ano na região, duelarão dois brasileiros: o baiano João Santana, marqueteiro de Lula e Dilma, e o carioca Renato Pereira, responsável pelas campanhas do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. Santana deve desembarcar em Caracas esta semana para fechar contrato e começar a trabalhar com o presidente Hugo Chávez — e rumores dão conta de que o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, irá auxiliá-lo. Mas, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO na capital venezuelana, uma equipe do marqueteiro já dá expediente no país. Já o rival de Chávez, Henrique Capriles, contratou a dupla Renato Pereira e Chico Mendez para criar sua estratégia de comunicação.
— O slogan escolhido foi "Há um caminho", para frisar que os venezuelanos têm uma alternativa a Chávez. Nossa estratégia é a da não confrontação: Henrique valoriza o que presidente fez de bom, mas diz que ele pode fazer melhor, tanto que usamos muito também outras frases: "Arriba Venezuela", "Alguma coisa boa está passando". Daí, o conceito do material de campanha foi sendo criado a partir disso — conta Pereira, lembrando que, ao contrário do Brasil, a propaganda política é paga na Venezuela.
Relatos vindos de Caracas dão conta das dificuldades que qualquer opositor tem para enfrentar o forte aparato chavista de comunicação, que controla dezenas de emissoras de TV e rádio, além de contar com milhões de dólares excedentes toda vez que o preço do barril do petróleo aumenta. É impossível, por exemplo, anunciar nas redes públicas. A campanha de Capriles, no entanto, pôde — durante a campanha das primárias da semana passada — anunciar na Venevisión, TV do magnata Gustavo Cisneros. De crítico a Chávez, Cisneros passou a adotar uma política não combativa ao governo para, segundo rumores, sua emissora, a de maior audiência da Venezuela, não ter o mesmo destino da RCTV, cuja licença foi cassada. A dúvida é se Capriles vai continuar podendo anunciar na Venevisión à medida que a campanha esquentar: o prazo de renovação para a licença da TV expira em maio.
Na semana passada, Chávez falou sobre o rival. Disse que iria "varrê-lo" e chamou-o de "porco". Declarações como esta, segundo especialistas, representam um desafio para Santana, pois apenas atraem os já fieis ao chavismo, e não os indecisos que escolherão o próximo presidente do país.
— Os mais de 30% dos venezuelanos que ainda não sabem em quem votar querem ver propostas e não verborragia — comenta o analista Carlos Romero, para quem Capriles age corretamente ao não rebater os xingamentos.
Dilma e Lula aconselhados a esclarecer câncer
O desafio mais importante, no entanto, é esclarecer a condição de saúde do líder venezuelano, que desde o ano passado se trata de um câncer que, segundo fontes diversas, teria evoluído para uma metástase. Chávez é acusado de não tratar a doença com transparência. Embora tenha enviado um emissário ao Brasil para consultar os médicos que cuidam do ex-presidente Lula, o venezuelano optou por tratar-se em Cuba, aumentando o sigilo em torno da doença. É uma conduta oposta à da presidente Dilma Rousseff quando foi diagnosticada com câncer linfático um ano antes da eleição, e do próprio Lula. Santana foi um dos nomes que aconselharam os dois petistas a lidar com a situação oferecendo o máximo de informações à população.
Outro ponto polêmico é a projeção de Chávez tanto nacional quanto internacionalmente. Em campanhas recentes, como a do presidente de El Salvador, Maurício Funes, e de Medina, na República Dominicana, João Santana ajudou a construir a imagem de candidatos modernos, conciliadores, muito parecidos com o Lula apresentado nas campanhas eleitorais, assim como a própria Dilma. Essa versão "lulinha" tem repercutido nas campanhas da América Latina, como na eleição de Ollanta Humala, no Peru. Brasileiros que fizeram a campanha peruana se esforçaram para apontar as diferenças entre Humala e Chávez e suas semelhanças com o ex-presidente petista.
A oposição na Venezuela cresce, principalmente entre a juventude. Publicitários consultados pelo GLOBO explicaram que Santana terá dificuldade de empolgar essa geração, que desde criança conhece o país governado por Chávez e não está contente com sua gestão em questões como segurança, economia, liberdade de expressão. Nas primárias da semana passada, observou-se muitos jovens nos centros de votação, o certamente beneficia Capriles, que tem 39 anos e anda de motocicleta por todo o país.
Os filmes de campanha do candidato da oposição carregam na emoção: mostram seu lado humano, como o governador energético que esteve ao lado da população com água até os joelhos durante as enchentes que devastaram o estado de Miranda, em 2010. Mostram que ele, apesar de ser preso num caso obscuro — de perseguição política, segundo seus aliados — decidiu não fugir da Venezuela.
Por outro lado, a comunicação chavista é considerada por profissionais como confusa, e caberá a Santana organizá-la. Opiniões dão conta de que se o lado humano, "mítico" e carismático de Chávez vier melhor à tona, aliado a um discurso mais moderado, ficará mais difícil para a oposição vencê-lo nas urnas em outubro. Se a saúde ajudar e ele resolver aparecer como um vencedor do câncer, então...
— Os marqueteiros brasileiros terão muito o que fazer até outubro — avalia Teodoro Petkoff , diretor do jornal "Tal Cual".
Carlos Romero conta que, assim como muitos venezuelanos, gostaria de ver Chávez sentado à mesa, frente a frente com Capriles, num debate televisionado pelas emissoras de TV, inclusive as estatais.
— É isso o que aconteceria em qualquer democracia. Mas aqui é muito difícil, a não ser que Chávez caia muitos nas pesquisas e se "desespere". Os profissionais brasileiros que fazem campanha aqui precisam entender as particularidades da política venezuelana — acredita.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/marketing ... z1mwAgSGGG
© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
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RIO e SÃO PAULO — A democracia consolidada, uma estrela chamada Luiz Inácio Lula da Silva, os bons profissionais e os anos de possibilidade de se adquirir know-how veiculando propaganda eleitoral gratuitamente fizeram o Brasil começar a exportar marketing político para a América Latina. E na Venezuela, que deve enfrentar até o dia 7 de outubro a campanha presidencial mais agitada e incerta do ano na região, duelarão dois brasileiros: o baiano João Santana, marqueteiro de Lula e Dilma, e o carioca Renato Pereira, responsável pelas campanhas do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. Santana deve desembarcar em Caracas esta semana para fechar contrato e começar a trabalhar com o presidente Hugo Chávez — e rumores dão conta de que o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, irá auxiliá-lo. Mas, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO na capital venezuelana, uma equipe do marqueteiro já dá expediente no país. Já o rival de Chávez, Henrique Capriles, contratou a dupla Renato Pereira e Chico Mendez para criar sua estratégia de comunicação.
— O slogan escolhido foi "Há um caminho", para frisar que os venezuelanos têm uma alternativa a Chávez. Nossa estratégia é a da não confrontação: Henrique valoriza o que presidente fez de bom, mas diz que ele pode fazer melhor, tanto que usamos muito também outras frases: "Arriba Venezuela", "Alguma coisa boa está passando". Daí, o conceito do material de campanha foi sendo criado a partir disso — conta Pereira, lembrando que, ao contrário do Brasil, a propaganda política é paga na Venezuela.
Relatos vindos de Caracas dão conta das dificuldades que qualquer opositor tem para enfrentar o forte aparato chavista de comunicação, que controla dezenas de emissoras de TV e rádio, além de contar com milhões de dólares excedentes toda vez que o preço do barril do petróleo aumenta. É impossível, por exemplo, anunciar nas redes públicas. A campanha de Capriles, no entanto, pôde — durante a campanha das primárias da semana passada — anunciar na Venevisión, TV do magnata Gustavo Cisneros. De crítico a Chávez, Cisneros passou a adotar uma política não combativa ao governo para, segundo rumores, sua emissora, a de maior audiência da Venezuela, não ter o mesmo destino da RCTV, cuja licença foi cassada. A dúvida é se Capriles vai continuar podendo anunciar na Venevisión à medida que a campanha esquentar: o prazo de renovação para a licença da TV expira em maio.
Na semana passada, Chávez falou sobre o rival. Disse que iria "varrê-lo" e chamou-o de "porco". Declarações como esta, segundo especialistas, representam um desafio para Santana, pois apenas atraem os já fieis ao chavismo, e não os indecisos que escolherão o próximo presidente do país.
— Os mais de 30% dos venezuelanos que ainda não sabem em quem votar querem ver propostas e não verborragia — comenta o analista Carlos Romero, para quem Capriles age corretamente ao não rebater os xingamentos.
Dilma e Lula aconselhados a esclarecer câncer
O desafio mais importante, no entanto, é esclarecer a condição de saúde do líder venezuelano, que desde o ano passado se trata de um câncer que, segundo fontes diversas, teria evoluído para uma metástase. Chávez é acusado de não tratar a doença com transparência. Embora tenha enviado um emissário ao Brasil para consultar os médicos que cuidam do ex-presidente Lula, o venezuelano optou por tratar-se em Cuba, aumentando o sigilo em torno da doença. É uma conduta oposta à da presidente Dilma Rousseff quando foi diagnosticada com câncer linfático um ano antes da eleição, e do próprio Lula. Santana foi um dos nomes que aconselharam os dois petistas a lidar com a situação oferecendo o máximo de informações à população.
Outro ponto polêmico é a projeção de Chávez tanto nacional quanto internacionalmente. Em campanhas recentes, como a do presidente de El Salvador, Maurício Funes, e de Medina, na República Dominicana, João Santana ajudou a construir a imagem de candidatos modernos, conciliadores, muito parecidos com o Lula apresentado nas campanhas eleitorais, assim como a própria Dilma. Essa versão "lulinha" tem repercutido nas campanhas da América Latina, como na eleição de Ollanta Humala, no Peru. Brasileiros que fizeram a campanha peruana se esforçaram para apontar as diferenças entre Humala e Chávez e suas semelhanças com o ex-presidente petista.
A oposição na Venezuela cresce, principalmente entre a juventude. Publicitários consultados pelo GLOBO explicaram que Santana terá dificuldade de empolgar essa geração, que desde criança conhece o país governado por Chávez e não está contente com sua gestão em questões como segurança, economia, liberdade de expressão. Nas primárias da semana passada, observou-se muitos jovens nos centros de votação, o certamente beneficia Capriles, que tem 39 anos e anda de motocicleta por todo o país.
Os filmes de campanha do candidato da oposição carregam na emoção: mostram seu lado humano, como o governador energético que esteve ao lado da população com água até os joelhos durante as enchentes que devastaram o estado de Miranda, em 2010. Mostram que ele, apesar de ser preso num caso obscuro — de perseguição política, segundo seus aliados — decidiu não fugir da Venezuela.
Por outro lado, a comunicação chavista é considerada por profissionais como confusa, e caberá a Santana organizá-la. Opiniões dão conta de que se o lado humano, "mítico" e carismático de Chávez vier melhor à tona, aliado a um discurso mais moderado, ficará mais difícil para a oposição vencê-lo nas urnas em outubro. Se a saúde ajudar e ele resolver aparecer como um vencedor do câncer, então...
— Os marqueteiros brasileiros terão muito o que fazer até outubro — avalia Teodoro Petkoff , diretor do jornal "Tal Cual".
Carlos Romero conta que, assim como muitos venezuelanos, gostaria de ver Chávez sentado à mesa, frente a frente com Capriles, num debate televisionado pelas emissoras de TV, inclusive as estatais.
— É isso o que aconteceria em qualquer democracia. Mas aqui é muito difícil, a não ser que Chávez caia muitos nas pesquisas e se "desespere". Os profissionais brasileiros que fazem campanha aqui precisam entender as particularidades da política venezuelana — acredita.
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"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: CHAVEZ: de novo.
Chavez Says He Needs Another Operation in Battle With Cancer
Read more: http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.c ... z1n4SMFnK0
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"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: CHAVEZ: de novo.
Saúde de Chávez causa incertezas políticas na Venezuela
Por KEJAL VYAS e JOSÉ DE CÓRDOBA, DE CARACAS
Uma nova onda de incerteza sobre a saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaça motivar uma briga pelo poder entre as facções do seu movimento político e dá esperanças à sua revigorada oposição, antes das eleições presidenciais do fim do ano.
Após passar meses minimizando sua doença, Chávez deu corda à especulação de que não conseguirá exercer sua liderança política ou talvez até tentar a reeleição. Numa divagadora entrevista, transmitida ao vivo na noite de terça-feira, o presidente foi vago como de hábito sobre seus planos de ser operado pela terceira vez devido a um câncer que ele não identificou, mas indicou que está levando os problemas de saúde mais a sério agora.
"Infelizmente, você não me verá tanto […] não poderei continuar no mesmo ritmo acelerado", disse Chávez num telefonema para uma emissora de TV venezuelana. Se o tumor encontrado por médicos cubanos em Havana no fim de semana for maligno, disse Chávez, "terei que lidar com as novas circunstâncias, repensar minha agenda, tomar conta de mim e enfrentar o que precisar ser enfrentado".
"Independentemente do meu destino, esta revolução já ganhou vida própria e não será interrompida por nada ou ninguém", disse ele. Chávez então prometeu continuar lutando pelo povo venezuelano "até o último dia da minha vida".
Chávez, de 57 anos, disse que viajará a Havana este fim de semana para a operação. Em junho, médicos cubanos retiraram um tumor "do tamanho de uma bola de beisebol" da sua pelve. Chávez então anunciou que estava curado após quatro sessões de quimioterapia.
Os temores renovados ressaltam a fragilidade do seu regime e a falta de um óbvio sucessor, depois de seus 13 anos liderando o país com as maiores reservas de petróleo do mundo. "Não há ninguém comparável a Chávez", disse Raul Salazar, que foi ministro da Defesa de Chávez até 2000. "Não existe um plano de governo, tudo se resume a uma pessoa."
Os colegas de Chávez insistem que ele sobreviverá aos problemas de saúde e derrotará o candidato da oposição, Henrique Capriles, um governador de 39 anos escolhido este mês em eleições primárias que atraíram muitos eleitores.
"Dizemos aos nossos militantes, que por algum motivo possam estar abatidos, que eles devem reunir suas forças e redobrar seus esforços", disse Diosdado Cabello, presidente do Congresso da Venezuela. Cabello, que os analistas dizem ser o favorito para substituir Chávez se o presidente ficar incapacitado, disse que Chávez continua tendo o apoio total do governo.
Chávez iniciou em dezembro uma mudança total no gabinete e orientou seus principais assessores — como o vice-presidente, Elías Jaua — a deixar seus cargos e disputar as eleições para governador deste ano. A decisão tirou da disputa pela sua sucessão Jaua e outros possíveis pretendentes.
Chávez também promoveu Cabello, um ex-militar influente, para comandar o partido do governo, o PSUV. Ele nomeou como ministro da Defesa o general Henry Rangel Silva, um militar venezuelano de alto escalão que está numa lista negra do governo americano, acusado de envolvimento com o tráfico de drogas.
As mudanças foram vistas como uma tentativa de Chávez de consolidar seu apoio entre os militares, que os políticos da oposição têm alertado podem ter um papel importante nas eleições e depois delas.
Os líderes da oposição têm cuidadosamente evitado salientar os problemas de saúde de Chávez, e já disseram esperar uma campanha disputada no campo das ideias. "Para meu oponente, como filho de Deus, desejo uma operação bem-sucedida, uma recuperação rápida e uma vida longa", escreveu Capriles no Twitter, na quarta-feira.
(Calaborou Ezequiel Minaya.)
http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... _portugues
Por KEJAL VYAS e JOSÉ DE CÓRDOBA, DE CARACAS
Uma nova onda de incerteza sobre a saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaça motivar uma briga pelo poder entre as facções do seu movimento político e dá esperanças à sua revigorada oposição, antes das eleições presidenciais do fim do ano.
Após passar meses minimizando sua doença, Chávez deu corda à especulação de que não conseguirá exercer sua liderança política ou talvez até tentar a reeleição. Numa divagadora entrevista, transmitida ao vivo na noite de terça-feira, o presidente foi vago como de hábito sobre seus planos de ser operado pela terceira vez devido a um câncer que ele não identificou, mas indicou que está levando os problemas de saúde mais a sério agora.
"Infelizmente, você não me verá tanto […] não poderei continuar no mesmo ritmo acelerado", disse Chávez num telefonema para uma emissora de TV venezuelana. Se o tumor encontrado por médicos cubanos em Havana no fim de semana for maligno, disse Chávez, "terei que lidar com as novas circunstâncias, repensar minha agenda, tomar conta de mim e enfrentar o que precisar ser enfrentado".
"Independentemente do meu destino, esta revolução já ganhou vida própria e não será interrompida por nada ou ninguém", disse ele. Chávez então prometeu continuar lutando pelo povo venezuelano "até o último dia da minha vida".
Chávez, de 57 anos, disse que viajará a Havana este fim de semana para a operação. Em junho, médicos cubanos retiraram um tumor "do tamanho de uma bola de beisebol" da sua pelve. Chávez então anunciou que estava curado após quatro sessões de quimioterapia.
Os temores renovados ressaltam a fragilidade do seu regime e a falta de um óbvio sucessor, depois de seus 13 anos liderando o país com as maiores reservas de petróleo do mundo. "Não há ninguém comparável a Chávez", disse Raul Salazar, que foi ministro da Defesa de Chávez até 2000. "Não existe um plano de governo, tudo se resume a uma pessoa."
Os colegas de Chávez insistem que ele sobreviverá aos problemas de saúde e derrotará o candidato da oposição, Henrique Capriles, um governador de 39 anos escolhido este mês em eleições primárias que atraíram muitos eleitores.
"Dizemos aos nossos militantes, que por algum motivo possam estar abatidos, que eles devem reunir suas forças e redobrar seus esforços", disse Diosdado Cabello, presidente do Congresso da Venezuela. Cabello, que os analistas dizem ser o favorito para substituir Chávez se o presidente ficar incapacitado, disse que Chávez continua tendo o apoio total do governo.
Chávez iniciou em dezembro uma mudança total no gabinete e orientou seus principais assessores — como o vice-presidente, Elías Jaua — a deixar seus cargos e disputar as eleições para governador deste ano. A decisão tirou da disputa pela sua sucessão Jaua e outros possíveis pretendentes.
Chávez também promoveu Cabello, um ex-militar influente, para comandar o partido do governo, o PSUV. Ele nomeou como ministro da Defesa o general Henry Rangel Silva, um militar venezuelano de alto escalão que está numa lista negra do governo americano, acusado de envolvimento com o tráfico de drogas.
As mudanças foram vistas como uma tentativa de Chávez de consolidar seu apoio entre os militares, que os políticos da oposição têm alertado podem ter um papel importante nas eleições e depois delas.
Os líderes da oposição têm cuidadosamente evitado salientar os problemas de saúde de Chávez, e já disseram esperar uma campanha disputada no campo das ideias. "Para meu oponente, como filho de Deus, desejo uma operação bem-sucedida, uma recuperação rápida e uma vida longa", escreveu Capriles no Twitter, na quarta-feira.
(Calaborou Ezequiel Minaya.)
http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... _portugues
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Re: CHAVEZ: de novo.
E ele apesar de ter ido para Cuba ser operado, não passou o poder ao vice... ![[005]](./images/smilies/005.gif)
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Túlio
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Re: CHAVEZ: de novo.
Por mais que digam que NÃO, isso é típico de ditaduras: por medo de golpe, os ditadores JAMAIS dão espaço ao surgimento de sucessores, pelo contrário, cuidadosamente os suprimem. Desculpem os Crentes mas isso é História... 
![8-]](./images/smilies/icon_cool.gif "Cool")
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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suntsé
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Re: CHAVEZ: de novo.
Engraçado né. Ditadura que tem eleição.Paisano escreveu:Ditador eleito??
Eu não sou nenhum fã do Chaves, mas dessa vez o colega Tulia viajou um pouco.
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Túlio
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Re: CHAVEZ: de novo.
Como falei, amigos, por mais que digam que NÃO, os fatos estão aí: se morre El Mariscal e não se tem quem o suceda, o que temos emntão? DEMOCRACIA? Na URSS se votava também, até nas fábricas e fazendas havia eleição para isso e aquilo mas...
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delmar
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Re: CHAVEZ: de novo.
Existe uma eleição programada, com candidatos e tudo o mais. O que não existe é uma condição de todos disputarem em relativa igualdade. Chavez está, ou estava até ir para Cuba, usando todo o poder e os aparato de estado para fazer sua campanha e intimidar os adversários. Aqui seria considerado um abuso do poder econômico e político, fato que já levou à cassação de governadores, prefeitos e vereadores aqui no Brasil.Paisano escreveu:Mas já há uma eleição marcada (neste ano ou no próximo) na Venezuela.
Chavez usa as emissoras oficiais e as cadeias obrigatórias de rádio e TV para chamar os adversários de todo tipo de impropérios (porcos, capivaras, etc) e declarar-se o único capaz de governar. Agora se um concorrente resolver revidar e chamar Chavez de "Anta" ou "Macaco vermelho" irá preso e será proibido de concorrer por ter ofendido a honra do presidente. Ainda assim, com todas restrições, a oposição tem real chance de vencer.
PS. Não esquecer, no Iraque havia eleições regulares e Sadam costumava vence-las com cerca de 95% dos votos. Em Cuba também há eleições regulares e os comunistas sempre ganham com muita folga.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Túlio
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Re: CHAVEZ: de novo.
Não adianta, CRENÇA é CRENÇA... 
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tflash
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Re: CHAVEZ: de novo.
Só falta o bigodinho à la "Charles Chaplin" para completar. Não sei se se recordam mas ouve um certo utilizador desse estilo que também foi eleito.
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