CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
18/01/2012 - 12h10
Diplomatas europeus pedem sanções contra colônias de Israel
DA EFE, EM JERUSALÉM
Os representantes diplomáticos europeus enviados a Jerusalém e Ramallah, na Cisjordânia, recomendaram à União Europeia a reforçar o apoio a instituições palestinas em Jerusalém Oriental e o veto econômico às colônias judaicas na parte ocupada da cidade.
Em documento que a agência de notícias Efe teve acesso, os diplomatas alertam pela piora da situação na região palestina. Eles denunciam o "sistemático" crescimento das colônias que "enterra a solução dos dois Estados" e lembram a necessidade "urgente" de tomar medidas contra o que chamam de "inadimissível" aquisição do território pela força.
O estudo analisa os principais problemas dos palestinos de Jerusalém, que representam 37% da população da cidade, atribuídas à política israelense, considerada uma "ameaça à diversidade religiosa" que alimenta os radicalismos.
SANÇÕES
Os representantes pedem que os países membros promovam o restabelecimento das representações políticas palestinas em Jerusalém Oriental. Caso Israel impeça as reuniões dos grupos árabes, os países europeus cederiam instalações e residências oficiais para receber representantes de alto escalão para atos culturais e sociais.
Os diplomatas pediram à Comissão Europeia que estudem uma legislação que impeça o apoio financeiro às atividades dos colonos judeus, como a ocupação de hóspede em território palestino ocupado ou serviços e produtos de empresas de colônias.
O grupo lembra que, caso o bloco não aja, a atividade colonizadora crescerá em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, ameaçando acordos de paz.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1036 ... rael.shtml
Diplomatas europeus pedem sanções contra colônias de Israel
DA EFE, EM JERUSALÉM
Os representantes diplomáticos europeus enviados a Jerusalém e Ramallah, na Cisjordânia, recomendaram à União Europeia a reforçar o apoio a instituições palestinas em Jerusalém Oriental e o veto econômico às colônias judaicas na parte ocupada da cidade.
Em documento que a agência de notícias Efe teve acesso, os diplomatas alertam pela piora da situação na região palestina. Eles denunciam o "sistemático" crescimento das colônias que "enterra a solução dos dois Estados" e lembram a necessidade "urgente" de tomar medidas contra o que chamam de "inadimissível" aquisição do território pela força.
O estudo analisa os principais problemas dos palestinos de Jerusalém, que representam 37% da população da cidade, atribuídas à política israelense, considerada uma "ameaça à diversidade religiosa" que alimenta os radicalismos.
SANÇÕES
Os representantes pedem que os países membros promovam o restabelecimento das representações políticas palestinas em Jerusalém Oriental. Caso Israel impeça as reuniões dos grupos árabes, os países europeus cederiam instalações e residências oficiais para receber representantes de alto escalão para atos culturais e sociais.
Os diplomatas pediram à Comissão Europeia que estudem uma legislação que impeça o apoio financeiro às atividades dos colonos judeus, como a ocupação de hóspede em território palestino ocupado ou serviços e produtos de empresas de colônias.
O grupo lembra que, caso o bloco não aja, a atividade colonizadora crescerá em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, ameaçando acordos de paz.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1036 ... rael.shtml
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
terra.com.br
Israel destrói centro palestino construído com ajuda espanhola
24 de janeiro de 2012 • 11h41 • atualizado às 12h06
O Exército israelense demoliu nesta terça-feira uma dezena de imóveis palestinos na localidade de Anata, na Cisjordânia, entre eles um centro comunitário e uma casa construídos por voluntários espanhóis com financiamento da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).
A demolição foi efetuada nesta madrugada em Anata, ao nordeste de Jerusalém, confirmaram à agência EFE fontes diplomáticas e do Comitê Israelense Contra a Demolição de Casas (ICAHD, na sigla em inglês).
Em uma das casas destruídas, vivia uma família de 17 pessoas, que foi desalojada e deixada na rua no meio da noite, enquanto a outra é conhecida como Beit Arabiya (Casa Árabe), o "Centro da Paz" onde o ICAHD realiza atividades de defesa dos direitos humanos, disse à Efe Itay Epshtein, codiretor da ONG.
Dezenas de voluntários estrangeiros irão a Beit Arabiya nos próximos meses para colaborar na reconstrução de casas destruídas por Israel em território palestino ocupado, em um projeto financiado pela AECID.
"Este ato faz parte da perseguição sistemática que os movimentos de direitos humanos sofrem neste país, onde reina a lei da selva", declarou à Efe Meir Margalit, cofundador da ONG e vereador de Jerusalém pelo partido pacifista Meretz.
Epshtein explicou que a Beit Arabiya "é uma casa emblemática que acolhe atividades pela paz, conferências, encontros entre israelenses e palestinos e ativistas de todo o mundo". "É a quinta vez que esta instituição é demolida e voltaremos a reerguê-la", afirmou.
Quanto ao outro imóvel, relatou: "Os soldados entraram à meia-noite, acordaram as crianças, as tiraram das camas, as jogaram no frio do inverno e destruíram sua casa na frente de seus próprios olhos. É difícil encontrar palavras para descrever a crueldade de uma ação desta índole".
Além destes dois imóveis construídos com ajuda espanhola, o Exército israelense também demoliu uma dezena de casas e construções do povoado beduíno vizinho.
De acordo com o ICAHD, as demolições obedecem ao "plano sistemático para deslocar os palestinos da Área C (cerca de 60% da Jordânia, controlada por Israel) e transferi-los para a Área A (controlada pela Autoridade Nacional Palestina)".
O porta-voz da Administração Civil israelense (organismo militar que coordena a ocupação), Guy Inbar, confirmou à Efe que "cinco casas construídas sem a permissão necessária foram demolidas". "Havia ordens para que eles próprios parassem as construções e demolissem as casas, mas não o fizeram", disse o representante.
O militar declarou que os ocupantes "também não compareceram à audiência convocada para que provassem que tinham as permissões necessárias" e afirmou que após todos esses passos as casas foram demolidas.
Questionado sobre a quase impossibilidade dos palestinos de obter permissões de construção na Área C, Inbar respondeu que no último ano foram aprovados alguns pedidos de construção, "mas se tal permissão não for recebida, isso não significa que podem construir contra a lei".
Israel destrói centro palestino construído com ajuda espanhola
24 de janeiro de 2012 • 11h41 • atualizado às 12h06
O Exército israelense demoliu nesta terça-feira uma dezena de imóveis palestinos na localidade de Anata, na Cisjordânia, entre eles um centro comunitário e uma casa construídos por voluntários espanhóis com financiamento da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).
A demolição foi efetuada nesta madrugada em Anata, ao nordeste de Jerusalém, confirmaram à agência EFE fontes diplomáticas e do Comitê Israelense Contra a Demolição de Casas (ICAHD, na sigla em inglês).
Em uma das casas destruídas, vivia uma família de 17 pessoas, que foi desalojada e deixada na rua no meio da noite, enquanto a outra é conhecida como Beit Arabiya (Casa Árabe), o "Centro da Paz" onde o ICAHD realiza atividades de defesa dos direitos humanos, disse à Efe Itay Epshtein, codiretor da ONG.
Dezenas de voluntários estrangeiros irão a Beit Arabiya nos próximos meses para colaborar na reconstrução de casas destruídas por Israel em território palestino ocupado, em um projeto financiado pela AECID.
"Este ato faz parte da perseguição sistemática que os movimentos de direitos humanos sofrem neste país, onde reina a lei da selva", declarou à Efe Meir Margalit, cofundador da ONG e vereador de Jerusalém pelo partido pacifista Meretz.
Epshtein explicou que a Beit Arabiya "é uma casa emblemática que acolhe atividades pela paz, conferências, encontros entre israelenses e palestinos e ativistas de todo o mundo". "É a quinta vez que esta instituição é demolida e voltaremos a reerguê-la", afirmou.
Quanto ao outro imóvel, relatou: "Os soldados entraram à meia-noite, acordaram as crianças, as tiraram das camas, as jogaram no frio do inverno e destruíram sua casa na frente de seus próprios olhos. É difícil encontrar palavras para descrever a crueldade de uma ação desta índole".
Além destes dois imóveis construídos com ajuda espanhola, o Exército israelense também demoliu uma dezena de casas e construções do povoado beduíno vizinho.
De acordo com o ICAHD, as demolições obedecem ao "plano sistemático para deslocar os palestinos da Área C (cerca de 60% da Jordânia, controlada por Israel) e transferi-los para a Área A (controlada pela Autoridade Nacional Palestina)".
O porta-voz da Administração Civil israelense (organismo militar que coordena a ocupação), Guy Inbar, confirmou à Efe que "cinco casas construídas sem a permissão necessária foram demolidas". "Havia ordens para que eles próprios parassem as construções e demolissem as casas, mas não o fizeram", disse o representante.
O militar declarou que os ocupantes "também não compareceram à audiência convocada para que provassem que tinham as permissões necessárias" e afirmou que após todos esses passos as casas foram demolidas.
Questionado sobre a quase impossibilidade dos palestinos de obter permissões de construção na Área C, Inbar respondeu que no último ano foram aprovados alguns pedidos de construção, "mas se tal permissão não for recebida, isso não significa que podem construir contra a lei".
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
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Manifestantes atacam comboio de Ban ki-Moon em Gaza
02 de fevereiro de 2012 • 07h32 • atualizado às 08h31
Manifestantes palestinos cercam o comboio de Ban Ki-moon na fronteira entre Israel e Gaza, na localidade de Erez. Foto: Reuters
Manifestantes palestinos cercam o comboio de Ban Ki-moon na fronteira entre Israel e Gaza, na localidade de Erez
Foto: Reuters
Comentar 1
Manifestantes palestinos lançaram sapatos e pedras contra os veículos do comboio do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na Faixa de de Gaza, que é governada pelo movimento islamita Hamas.
Dezenas de manifestantes, que se reuniram na entrada do território palestino, atacaram a comitiva em protesto contra a decisão do secretário-geral de não reunir-se com os parentes de palestinos detidos em Israel.
"A atitude de Ban não é moral nem humana", declarou Abdallah Qandil, porta-voz das famílias dos prisioneiros. Alguns exibiam cartazes com a frase, em inglês, "Ban Ki-moon, chega de tomar partido de Israel".
O comboio foi retardado, mas conseguiu seguir viagem para Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, onde o secretário-geral deve visitar uma escola e um projeto de casas financiados pelo Japão. Ban Ki-moon não se reunirá com dirigentes do Hamas, movimento boicotado pela comunidade internacional.
Nesta quinta-feira, o secretário-geral da ONU encerra uma visita de três dias a Jordânia, Israel e aos territórios palestinos durante a qual estimulou as duas partes a retomar as conversações "exploratórias" iniciadas com a mediação da Jordânia e do Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, Rússia, União Europeia, ONU).
Manifestantes atacam comboio de Ban ki-Moon em Gaza
02 de fevereiro de 2012 • 07h32 • atualizado às 08h31
Manifestantes palestinos cercam o comboio de Ban Ki-moon na fronteira entre Israel e Gaza, na localidade de Erez. Foto: Reuters
Manifestantes palestinos cercam o comboio de Ban Ki-moon na fronteira entre Israel e Gaza, na localidade de Erez
Foto: Reuters
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Manifestantes palestinos lançaram sapatos e pedras contra os veículos do comboio do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na Faixa de de Gaza, que é governada pelo movimento islamita Hamas.
Dezenas de manifestantes, que se reuniram na entrada do território palestino, atacaram a comitiva em protesto contra a decisão do secretário-geral de não reunir-se com os parentes de palestinos detidos em Israel.
"A atitude de Ban não é moral nem humana", declarou Abdallah Qandil, porta-voz das famílias dos prisioneiros. Alguns exibiam cartazes com a frase, em inglês, "Ban Ki-moon, chega de tomar partido de Israel".
O comboio foi retardado, mas conseguiu seguir viagem para Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, onde o secretário-geral deve visitar uma escola e um projeto de casas financiados pelo Japão. Ban Ki-moon não se reunirá com dirigentes do Hamas, movimento boicotado pela comunidade internacional.
Nesta quinta-feira, o secretário-geral da ONU encerra uma visita de três dias a Jordânia, Israel e aos territórios palestinos durante a qual estimulou as duas partes a retomar as conversações "exploratórias" iniciadas com a mediação da Jordânia e do Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, Rússia, União Europeia, ONU).
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
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Soldado israelense "esquecido" é devolvido pelos palestinos
02 de fevereiro de 2012 • 06h54 • atualizado às 07h14
O Exército israelense "esqueceu" um soldado durante uma operação na região de Ramallah, no território ocupado da Cisjordânia, e conseguiu recuperá-lo graças aos palestinos, segundo a imprensa de Israel.
As forças israelenses entraram na quarta-feira a bordo de um comboio em um vilarejo ao norte de Ramallah. Na saída deixaram um militar no local.
De acordo com a imprensa, os palestinos da localidade cercaram o oficial e o tranquilizaram, antes de acompanhá-lo até um posto militar israelense, onde se reuniu com os soldados de sua unidade que haviam sido advertidos sobre o incidente.
O Exército israelense abriu uma investigação sobre o episódio.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Ban Ki Moon atacado em Gaza
Graça Andrade Ramos 02 Fev, 2012, 17:14 / atualizado em 02 Fev, 2012, 17:30
O secretário-geral da ONU foi vaiado e os veículos da ONU recebidos com pedras, paus e sapatos, atirados por cerca de 40 palestinianos, em fúria pelo facto de Ban Ki Moon ter recusado reunir-se “sem justificação” com as famílias dos palestinianos detidos em Israel. Os manifestantes tentaram impedir o comboio de veículos da ONU de entrar em Gaza mas foram afastados pela segurança palestiniana. Representantes da sociedade civil em Gaza anularam, igualmente em protesto, um almoço com Ban Ki Moon.
Além de atirar projeteis contra os carros da ONU, os manifestantes empunhavam cartazes em árabe e em inglês, com a frase “Ban Ki Moon, já basta de favorecer Israel”.
“Esperávamos que ele mostrasse a sua preocupação com o sofrimento de mais de 5.000 palestinianos [detidos] nas prisões israelitas” explicaram dois militantes dos Direitos do Homem.
Iyad Sarraj e Raji Sourani lembraram os múltiplos encontros entre Ban Ki Moon e os pais do soldado israelita Gilad Shalit, detido em Gaza mais de cinco anos e que foi libertado em 2011 numa troca de prisioneiros.
“Recebemos uma resposta negativa injustificada, indicativa da recusa do secretário-geral de se encontrar com representantes das famílias dos detidos, dentro da nossa delegação”, relatou um comunicado dos representantes da sociedade civil a explicar a anulação do almoço com Ban Ki Moon.
Ao recusar o convite para o encontro com as famílias, o secretário-geral da ONU assegurou que se “preocupa com a situação dos prisioneiros palestinianos”, sublinhando que se “reuniu na noite passada com o ministro palestiniano encarregado do dossier dos prisioneiros”.
Ninguém ficou ferido no protesto e as testemunhas ignoram se o carro em que viajava Ban Ki Moon foi atingido.
Apelos a Israel e ao Hamas
Ban Ki Moon está a terminar uma visita à Jordânia, Israel e territórios palestinianos, durante a quel tentou relançar as conversações israelo-palestianas e que termina hoje na Faixa de Gaza, um território dominado pelo grupo islamita Hamas, que jurou destruir Israel.
“Os habitantes de Gaza têm de parar de disparar sobre Israel”, afirmou o secretário-geral da ONU numa conferência de imprensa em Khan Younis, no sul de Gaza, pouco depois da receção hostil na fronteira. Ontem várias granadas de morteiro foram lançadas a partir de Gaza contra o sul de Israel, sem provocar vítimas.
Ban Ki Moon apelou igualmente Israel a “fazer mais” para aligeirar o bloqueio a Gaza, em particular a “abertura dos pontos de passagem do território às exportações.” E exortou Jerusalém a “gestos de boa vontade” que permitam o seguimento de discussões “exploratórias” com os palestinianos.
Aligeirar o bloqueio
ONU, Estados Unidos e o enviado do Quarteto para o Médio Oriente, Tony Blair, estarão a pressionar o primeiro ministro israelita Benjamin Netanyahu para anuir a medidas que “restabeleçam a confiança” com a Autoridade Palestiniana, segundo o jornal israelita Maariv .
Parte das medidas, propostas num documento assinado por Tony Blair, seriam aplicadas de imediato e as outras em Março.
Uma dessas medidas seria um reforço do papel das forças de segurança palestinianas na Cisjordânia. É proposto também o lançamento de projetos de construção em zonas sob controlo israelita e a emissão de mais 5.000 vistos de trabalho para palestinianos em Israel.
Quanto ao bloqueio a Gaza, Israel iria permitir a importação de materiais de construção destinados a mil casas e instituições educativas, além de autorizar a exportação de produtos têxteis e de móveis para a Cisjordânia.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49
Graça Andrade Ramos 02 Fev, 2012, 17:14 / atualizado em 02 Fev, 2012, 17:30
O secretário-geral da ONU foi vaiado e os veículos da ONU recebidos com pedras, paus e sapatos, atirados por cerca de 40 palestinianos, em fúria pelo facto de Ban Ki Moon ter recusado reunir-se “sem justificação” com as famílias dos palestinianos detidos em Israel. Os manifestantes tentaram impedir o comboio de veículos da ONU de entrar em Gaza mas foram afastados pela segurança palestiniana. Representantes da sociedade civil em Gaza anularam, igualmente em protesto, um almoço com Ban Ki Moon.
Além de atirar projeteis contra os carros da ONU, os manifestantes empunhavam cartazes em árabe e em inglês, com a frase “Ban Ki Moon, já basta de favorecer Israel”.
“Esperávamos que ele mostrasse a sua preocupação com o sofrimento de mais de 5.000 palestinianos [detidos] nas prisões israelitas” explicaram dois militantes dos Direitos do Homem.
Iyad Sarraj e Raji Sourani lembraram os múltiplos encontros entre Ban Ki Moon e os pais do soldado israelita Gilad Shalit, detido em Gaza mais de cinco anos e que foi libertado em 2011 numa troca de prisioneiros.
“Recebemos uma resposta negativa injustificada, indicativa da recusa do secretário-geral de se encontrar com representantes das famílias dos detidos, dentro da nossa delegação”, relatou um comunicado dos representantes da sociedade civil a explicar a anulação do almoço com Ban Ki Moon.
Ao recusar o convite para o encontro com as famílias, o secretário-geral da ONU assegurou que se “preocupa com a situação dos prisioneiros palestinianos”, sublinhando que se “reuniu na noite passada com o ministro palestiniano encarregado do dossier dos prisioneiros”.
Ninguém ficou ferido no protesto e as testemunhas ignoram se o carro em que viajava Ban Ki Moon foi atingido.
Apelos a Israel e ao Hamas
Ban Ki Moon está a terminar uma visita à Jordânia, Israel e territórios palestinianos, durante a quel tentou relançar as conversações israelo-palestianas e que termina hoje na Faixa de Gaza, um território dominado pelo grupo islamita Hamas, que jurou destruir Israel.
“Os habitantes de Gaza têm de parar de disparar sobre Israel”, afirmou o secretário-geral da ONU numa conferência de imprensa em Khan Younis, no sul de Gaza, pouco depois da receção hostil na fronteira. Ontem várias granadas de morteiro foram lançadas a partir de Gaza contra o sul de Israel, sem provocar vítimas.
Ban Ki Moon apelou igualmente Israel a “fazer mais” para aligeirar o bloqueio a Gaza, em particular a “abertura dos pontos de passagem do território às exportações.” E exortou Jerusalém a “gestos de boa vontade” que permitam o seguimento de discussões “exploratórias” com os palestinianos.
Aligeirar o bloqueio
ONU, Estados Unidos e o enviado do Quarteto para o Médio Oriente, Tony Blair, estarão a pressionar o primeiro ministro israelita Benjamin Netanyahu para anuir a medidas que “restabeleçam a confiança” com a Autoridade Palestiniana, segundo o jornal israelita Maariv .
Parte das medidas, propostas num documento assinado por Tony Blair, seriam aplicadas de imediato e as outras em Março.
Uma dessas medidas seria um reforço do papel das forças de segurança palestinianas na Cisjordânia. É proposto também o lançamento de projetos de construção em zonas sob controlo israelita e a emissão de mais 5.000 vistos de trabalho para palestinianos em Israel.
Quanto ao bloqueio a Gaza, Israel iria permitir a importação de materiais de construção destinados a mil casas e instituições educativas, além de autorizar a exportação de produtos têxteis e de móveis para a Cisjordânia.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49
Triste sina ter nascido português
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Próximo da Arábia Saudita, Hamas deve se distanciar do Irã
Israel pode dizer que o Hamas é aliado do Irã. Mas, na verdade, o mundo mudou no último ano. O grupo palestino integra esta nova onda de governos e movimentos apoiados pelo Qatar e pela Arábia Saudita, como a Irmandade Muçulmana, que estão redesenhando o mapa do Oriente Médio com o aval de Barack Obama.
Na Tunísia, os movimentos islâmicos já chegaram ao poder. Na Líbia, idem. No Egito, estão cada vez mais fortes. Recebem apoio dos EUA e dos europeus na Síria para lutar contra Bashar al Assad. São justamente os adversários do regime de Teerã, e não seus aliados. Mais importante, têm financiamento justamente dos dois países árabes mais poderosos no Ocidente. Veja o que está escrito na camisa do Barcelona para ter uma idéia.
O Qatar está reconstruindo Gaza e suplantará qualquer corte na ajuda dos EUA e de Israel. Mais importante, passarão a usar seu lobby em Washington, junto com os sauditas, para patrocinar os palestinos e, em especial, o Hamas. A contrapartida é a organização palestina abdicar de ações terroristas e lançamentos de foguetes, conforme já vem acontecendo. O discurso agressivo de líderes do Hamas são mais populistas do que realistas.
Portanto o Hamas hoje não deve ser mais descrito como pró-Irã. Esta aliança sempre foi meio bizarra e se deveu a um erros israelense anos atrás, quando libertaram membros da organização para irem ao sul do Líbano. Na época, eles foram treinados pelo Hezbollah.
Porém, no fundo, o Hamas sempre foi uma organização sunita radical, nos moldes da Irmandade Muçulmana (mas bem mais moderada do que os salafistas) O Irã é xiita. Hoje, no Oriente Médio, estão em lados antagônicos. Os palestinos cada vez mais passam para o lado da Arábia Saudita e do Qatar, não do Irã. Para Israel, não é tão ruim. O inimigo de Riad está em Teerã, não em Jerusalém.
http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/
Israel pode dizer que o Hamas é aliado do Irã. Mas, na verdade, o mundo mudou no último ano. O grupo palestino integra esta nova onda de governos e movimentos apoiados pelo Qatar e pela Arábia Saudita, como a Irmandade Muçulmana, que estão redesenhando o mapa do Oriente Médio com o aval de Barack Obama.
Na Tunísia, os movimentos islâmicos já chegaram ao poder. Na Líbia, idem. No Egito, estão cada vez mais fortes. Recebem apoio dos EUA e dos europeus na Síria para lutar contra Bashar al Assad. São justamente os adversários do regime de Teerã, e não seus aliados. Mais importante, têm financiamento justamente dos dois países árabes mais poderosos no Ocidente. Veja o que está escrito na camisa do Barcelona para ter uma idéia.
O Qatar está reconstruindo Gaza e suplantará qualquer corte na ajuda dos EUA e de Israel. Mais importante, passarão a usar seu lobby em Washington, junto com os sauditas, para patrocinar os palestinos e, em especial, o Hamas. A contrapartida é a organização palestina abdicar de ações terroristas e lançamentos de foguetes, conforme já vem acontecendo. O discurso agressivo de líderes do Hamas são mais populistas do que realistas.
Portanto o Hamas hoje não deve ser mais descrito como pró-Irã. Esta aliança sempre foi meio bizarra e se deveu a um erros israelense anos atrás, quando libertaram membros da organização para irem ao sul do Líbano. Na época, eles foram treinados pelo Hezbollah.
Porém, no fundo, o Hamas sempre foi uma organização sunita radical, nos moldes da Irmandade Muçulmana (mas bem mais moderada do que os salafistas) O Irã é xiita. Hoje, no Oriente Médio, estão em lados antagônicos. Os palestinos cada vez mais passam para o lado da Arábia Saudita e do Qatar, não do Irã. Para Israel, não é tão ruim. O inimigo de Riad está em Teerã, não em Jerusalém.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Vamos ver o quanto esta "pacificação" dos palestinos pelos sunitas vai resistir à ampliação da ocupação dos territórios da palestina por Israel. Ainda mais se os israelitas se sentirem seguros com o fim dos ataques dos radicais palestinos e aproveitarem para ampliar ainda mais a velocidade em que estão ocupando de fato o território.FoxHound escreveu:Próximo da Arábia Saudita, Hamas deve se distanciar do Irã
Israel pode dizer que o Hamas é aliado do Irã. Mas, na verdade, o mundo mudou no último ano. O grupo palestino integra esta nova onda de governos e movimentos apoiados pelo Qatar e pela Arábia Saudita, como a Irmandade Muçulmana, que estão redesenhando o mapa do Oriente Médio com o aval de Barack Obama.
Na Tunísia, os movimentos islâmicos já chegaram ao poder. Na Líbia, idem. No Egito, estão cada vez mais fortes. Recebem apoio dos EUA e dos europeus na Síria para lutar contra Bashar al Assad. São justamente os adversários do regime de Teerã, e não seus aliados. Mais importante, têm financiamento justamente dos dois países árabes mais poderosos no Ocidente. Veja o que está escrito na camisa do Barcelona para ter uma idéia.
O Qatar está reconstruindo Gaza e suplantará qualquer corte na ajuda dos EUA e de Israel. Mais importante, passarão a usar seu lobby em Washington, junto com os sauditas, para patrocinar os palestinos e, em especial, o Hamas. A contrapartida é a organização palestina abdicar de ações terroristas e lançamentos de foguetes, conforme já vem acontecendo. O discurso agressivo de líderes do Hamas são mais populistas do que realistas.
Portanto o Hamas hoje não deve ser mais descrito como pró-Irã. Esta aliança sempre foi meio bizarra e se deveu a um erros israelense anos atrás, quando libertaram membros da organização para irem ao sul do Líbano. Na época, eles foram treinados pelo Hezbollah.
Porém, no fundo, o Hamas sempre foi uma organização sunita radical, nos moldes da Irmandade Muçulmana (mas bem mais moderada do que os salafistas) O Irã é xiita. Hoje, no Oriente Médio, estão em lados antagônicos. Os palestinos cada vez mais passam para o lado da Arábia Saudita e do Qatar, não do Irã. Para Israel, não é tão ruim. O inimigo de Riad está em Teerã, não em Jerusalém.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Hamas evacua-se de Síria.
http://m.ruvr.ru/data/2012/02/09/124968 ... 878858.jpg
A sede do movimento radical palestiniano Hamas mudou-se da Síria para o Qatar. Esta decisão foi tomada pelo líder do movimento, Khaled Meshaal. Também vai se instalar no Qatar.
A sede do movimento Hamas, durante décadas, localizou-se em Damasco e desfrutou do patrocínio das autoridades sírias. Agora, no entanto, Mashaal não está certo de que o presidente Bashar al-Assad continue no poder. Outros altos representantes do Hamas também se mudaram ou para a Faixa de Gaza, que controla o próprio movimento, ou para o Egito.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/09/65707307.html
http://m.ruvr.ru/data/2012/02/09/124968 ... 878858.jpg
A sede do movimento radical palestiniano Hamas mudou-se da Síria para o Qatar. Esta decisão foi tomada pelo líder do movimento, Khaled Meshaal. Também vai se instalar no Qatar.
A sede do movimento Hamas, durante décadas, localizou-se em Damasco e desfrutou do patrocínio das autoridades sírias. Agora, no entanto, Mashaal não está certo de que o presidente Bashar al-Assad continue no poder. Outros altos representantes do Hamas também se mudaram ou para a Faixa de Gaza, que controla o próprio movimento, ou para o Egito.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/09/65707307.html
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
E o Qatar numa velocidade incrivel tem conseguido mecher toda a geopolitica do oriente medio com seu dinheiro.
Vejamos como a coisa vai ficar dpois que as peças forem movidas, isso se o catar não der um passo errado mechendo com quem não deve, por enquanto so tão caindo em cima de governos enfraquecidos.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
ONU pressiona Israel por preso palestino em greve de fome.
O relator especial da ONU para os Direitos Humanos nos territórios ocupados palestinos, Richard Falk, fez um apelo nesta quarta-feira à comunidade internacional para que intervenha "urgentemente" junto ao governo israelense em nome de um prisioneiro palestino em greve de fome.
O palestino Khader Adnan mantém uma greve de fome há 60 dias em protesto por sua detenção administrativa sem que tenha sido acusado de nenhum crime, lembra o analista da ONU em comunicado.
Segundo Falk, a vida do detido "está em perigo" e o relator reivindica de Israel "medidas imediatas e eficazes" para salvar a vida de Adnan e garantir seus direitos.
"Faço um chamado à comunidade internacional, especialmente aqueles Estados com relações com Israel, que peçam ao governo israelense para cumprir suas responsabilidades com a lei internacional, mais urgentemente no que diz respeito ao caso de Adnan", acrescenta a nota.
Falk também fez um apelo ao governo de Israel para que cumpra suas obrigações legais para com os milhares de palestinos presos.
"O tratamento inadequado dos milhares de prisioneiros palestinos pelo governo de Israel deveria ser motivo de grande preocupação para a comunidade internacional, e é um problema que estou prestando muita atenção durante minha atual visita à região", afirmou Falk.
O relator especial da ONU para os Direitos Humanos nos territórios ocupados palestinos, Richard Falk, fez um apelo nesta quarta-feira à comunidade internacional para que intervenha "urgentemente" junto ao governo israelense em nome de um prisioneiro palestino em greve de fome.
O palestino Khader Adnan mantém uma greve de fome há 60 dias em protesto por sua detenção administrativa sem que tenha sido acusado de nenhum crime, lembra o analista da ONU em comunicado.
Segundo Falk, a vida do detido "está em perigo" e o relator reivindica de Israel "medidas imediatas e eficazes" para salvar a vida de Adnan e garantir seus direitos.
"Faço um chamado à comunidade internacional, especialmente aqueles Estados com relações com Israel, que peçam ao governo israelense para cumprir suas responsabilidades com a lei internacional, mais urgentemente no que diz respeito ao caso de Adnan", acrescenta a nota.
Falk também fez um apelo ao governo de Israel para que cumpra suas obrigações legais para com os milhares de palestinos presos.
"O tratamento inadequado dos milhares de prisioneiros palestinos pelo governo de Israel deveria ser motivo de grande preocupação para a comunidade internacional, e é um problema que estou prestando muita atenção durante minha atual visita à região", afirmou Falk.
- rodrigo
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Na hora em que o patrocinador precisou de ajuda, fugiram correndo...A sede do movimento Hamas, durante décadas, localizou-se em Damasco e desfrutou do patrocínio das autoridades sírias. Agora, no entanto, Mashaal não está certo de que o presidente Bashar al-Assad continue no poder. Outros altos representantes do Hamas também se mudaram ou para a Faixa de Gaza, que controla o próprio movimento, ou para o Egito.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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- suntsé
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Extremo ato de covardia desse movimento.rodrigo escreveu:Na hora em que o patrocinador precisou de ajuda, fugiram correndo...A sede do movimento Hamas, durante décadas, localizou-se em Damasco e desfrutou do patrocínio das autoridades sírias. Agora, no entanto, Mashaal não está certo de que o presidente Bashar al-Assad continue no poder. Outros altos representantes do Hamas também se mudaram ou para a Faixa de Gaza, que controla o próprio movimento, ou para o Egito.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Os limites éticos da “guerra ao terror”
O palestino Khader Adnan, membro do grupo terrorista Jihad Islâmica, passou 66 dias em greve de fome para protestar contra sua prisão em Israel. Ele voltou a comer nesta terça-feira, depois que as autoridades israelenses aceitaram soltá-lo antes do tempo previsto – ele sairá em abril, e não mais em maio. A pressão por causa de seu estado de saúde era evidente: a morte de Adnan na prisão certamente seria o estopim de uma revolta dos palestinos. O caso, porém, é mais importante porque mostra os limites legais e éticos da chamada “guerra ao terror”, uma vez que Adnan estava preso sem acusação formal, com base numa lei israelense que permite deter suspeitos de terrorismo por seis meses, período renovável indefinidamente.
Países democráticos que sofrem com o terrorismo tiveram de elaborar uma legislação específica para lidar com o problema, por razões óbvias: sociedades cujos filhos morrem assassinados por homens-bomba quando estão em pizzarias ou discotecas demandam uma resposta excepcionalmente firme a essa covardia. O problema é que essa legislação com frequência se choca com direitos individuais consagrados no Estado democrático de direito, como o de ampla defesa e o da presunção da inocência.
Um exemplo paradigmático é o da prisão de Guantánamo, onde os EUA mantêm suspeitos de terrorismo presos indefinidamente, sem direito a julgamento e submetidos a tortura, enquanto se reúnem as evidências contra eles ou enquanto eles possam ser úteis para fornecer informações que ajudem a evitar atentados. Os presos vivem um limbo jurídico, uma vez que não são acusados formalmente de nada. É precisamente o caso de Adnan e de outras centenas de presos em Israel.
Adnan não é um santo. Já foi preso diversas vezes, inclusive pelos próprios palestinos. Contudo, Israel não revela o motivo pelo qual o deteve desta vez, sob o argumento de que as investigações correm em sigilo – e é esse o problema central.
Israel, assim como os EUA, o Reino Unido, a Espanha e outros países que são alvos de terroristas, entende que o combate a eles só pode se dar nas sombras, de modo assimétrico e irregular, porque eles não são criminosos comuns. Há uma boa dose de razão nessa estratégia, porque os terroristas são fanáticos que obedecem a regras completamente diferentes das regras da sociedade que atacam. O alvo considerado “legítimo” pelos terroristas é simplesmente qualquer um – crianças, mulheres e idosos, inclusive – porque o objetivo é disseminar o pânico de modo permanente.
No entanto, a legislação excepcional para lidar com o terrorismo, com todos os dilemas éticos que ela carrega, dá munição aos simpatizantes dos grupos radicais, que cinicamente fazem equivalência moral entre o terror e suas vítimas. Gente como Adnan acaba sendo objeto de campanhas humanitárias estridentes, com a óbvia intenção de constranger países ocidentais que são alvo de terrorismo, enquanto as vítimas inocentes dos terroristas recebem desses “humanistas” apenas o silêncio cínico.
Nada disso, porém, deve servir de desculpa para o fato de que, no frigir dos ovos, o palestino Adnan e outros tantos como ele, por mais assassinos frios e sanguinários que sejam, tiveram sonegados os direitos que são universais. Em nome da luta contra a barbárie, governos democráticos estão descendo ao nível dos bárbaros.
http://blogs.estadao.com.br/marcos-gute ... %E2%80%9D/
O palestino Khader Adnan, membro do grupo terrorista Jihad Islâmica, passou 66 dias em greve de fome para protestar contra sua prisão em Israel. Ele voltou a comer nesta terça-feira, depois que as autoridades israelenses aceitaram soltá-lo antes do tempo previsto – ele sairá em abril, e não mais em maio. A pressão por causa de seu estado de saúde era evidente: a morte de Adnan na prisão certamente seria o estopim de uma revolta dos palestinos. O caso, porém, é mais importante porque mostra os limites legais e éticos da chamada “guerra ao terror”, uma vez que Adnan estava preso sem acusação formal, com base numa lei israelense que permite deter suspeitos de terrorismo por seis meses, período renovável indefinidamente.
Países democráticos que sofrem com o terrorismo tiveram de elaborar uma legislação específica para lidar com o problema, por razões óbvias: sociedades cujos filhos morrem assassinados por homens-bomba quando estão em pizzarias ou discotecas demandam uma resposta excepcionalmente firme a essa covardia. O problema é que essa legislação com frequência se choca com direitos individuais consagrados no Estado democrático de direito, como o de ampla defesa e o da presunção da inocência.
Um exemplo paradigmático é o da prisão de Guantánamo, onde os EUA mantêm suspeitos de terrorismo presos indefinidamente, sem direito a julgamento e submetidos a tortura, enquanto se reúnem as evidências contra eles ou enquanto eles possam ser úteis para fornecer informações que ajudem a evitar atentados. Os presos vivem um limbo jurídico, uma vez que não são acusados formalmente de nada. É precisamente o caso de Adnan e de outras centenas de presos em Israel.
Adnan não é um santo. Já foi preso diversas vezes, inclusive pelos próprios palestinos. Contudo, Israel não revela o motivo pelo qual o deteve desta vez, sob o argumento de que as investigações correm em sigilo – e é esse o problema central.
Israel, assim como os EUA, o Reino Unido, a Espanha e outros países que são alvos de terroristas, entende que o combate a eles só pode se dar nas sombras, de modo assimétrico e irregular, porque eles não são criminosos comuns. Há uma boa dose de razão nessa estratégia, porque os terroristas são fanáticos que obedecem a regras completamente diferentes das regras da sociedade que atacam. O alvo considerado “legítimo” pelos terroristas é simplesmente qualquer um – crianças, mulheres e idosos, inclusive – porque o objetivo é disseminar o pânico de modo permanente.
No entanto, a legislação excepcional para lidar com o terrorismo, com todos os dilemas éticos que ela carrega, dá munição aos simpatizantes dos grupos radicais, que cinicamente fazem equivalência moral entre o terror e suas vítimas. Gente como Adnan acaba sendo objeto de campanhas humanitárias estridentes, com a óbvia intenção de constranger países ocidentais que são alvo de terrorismo, enquanto as vítimas inocentes dos terroristas recebem desses “humanistas” apenas o silêncio cínico.
Nada disso, porém, deve servir de desculpa para o fato de que, no frigir dos ovos, o palestino Adnan e outros tantos como ele, por mais assassinos frios e sanguinários que sejam, tiveram sonegados os direitos que são universais. Em nome da luta contra a barbárie, governos democráticos estão descendo ao nível dos bárbaros.
http://blogs.estadao.com.br/marcos-gute ... %E2%80%9D/
- marcelo l.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
http://www.juancole.com/2012/02/hamas-b ... Comment%29
The Muslim Fundamentalist Palestinian party-militia Hamas, based largely in the Gaza Strip has abruptly broken with its long-time patron, Syria.
The leadership has scattered from its offices in Syria to elsewhere in the region, especially Egypt and Qatar.
Hamas, although considered a terrorist group by Washington, is actually just an organized resistance movement on behalf of the Palestinians (who are stateless and rights-less).
The USG Open Source Center had translated an article on Hamas and Syria from the leftist Lebanese newspaper as-Safir; this article is suddenly outdated by Friday’s break between Netanyahu and Haniyeh.
“Al-Safir Cites HAMAS Leaders on Syrian Crisis, Internal Issues, Regional Changes
Report by Qasim Qasir: “HAMAS Reorganizes the Islamic House After the Arab Revolutions; What Is Happening in Syria Is Painful and There Is Coordination With Hizballah”
Al-Safir Online
Monday, February 20, 2012
Document Type: OSC Translated Text
Leaders in the HAMAS movement do not hide their concern about what is happening in the region despite their satisfaction with the fall of a number of Arab regimes and the arrival of the Islamic movements to advanced positions of power in a number of Arab countries, especially Morocco, Egypt, and Tunisia. They, however, believe that the battle “is continuing and the transitional period is going to be long and may take several years, and so it is premature to judge the new Islamic experience and its performance and positions.”
These HAMAS leaders are following “with pain what is happening in Syria” and they stress that they have not spared any effort to contribute to addressing the Syrian crisis over the past few months, but they have not received an adequate response. Nevertheless, they say “we are always ready to contribute to any effort that hastens an end to the crisis and puts things on the right track because the continuation of the Syrian crisis is in the interest of the United States while ending it as soon as possible is in the interest of the resistance forces.”
What draws attention here is that the movement’s leaders are still committed to the position expressed by the HAMAS leadership at the beginning of the Syrian crisis. That position emphasizes “the importance of the role played by Syria in supporting and embracing the resistance in Lebanon and Palestine” while stressing commitment to what the Syrian people decide in terms of reform and change. Therefore, they prefer not to announce any new positions on the level of the Syrian crisis, except for the recent positions expressed by Isma’il Haniyah, prime minister of the dismissed Palestinian government, who wished a quick end to the crisis…
With regard to the changes taking place in a number of Arab countries after the Islamists’ arrival to power and with regard to the position the Palestinian cause occupies in their programs, the HAMAS leaders say that during the past years these countries faced many problems on the level of development and economic conditions, loss of freedoms, and imbalance in building the political and constitutional institutions. Therefore, it was not strange that the Islamists in these countries gave priority during the first stage to the internal economic and social aspects and to the reorganization of their relations with other countries, but this will not be at the expense of the attention given to the Palestinian cause. Positions or statements inconsistent with the principled positions on the Palestinian cause and the Zionist entity may have been made, but efforts are currently under way to address these issues with the leaders of Arab countries that have witnessed change.
The movement’s leaders say that an integrated memorandum has recently been prepared on the position of the Islamic forces and movements on the Palestinian cause, adding that this memorandum has been circulated to all the Islamic forces and movements that have ties with the Muslim Brotherhood so that it will serve as the background from which to proceed when talking about the Palestinian cause as this will prevent the occurrence of any problems, especially in the wake of the changes taking place in a number of Arab countries.
The leading figures in the movement emphasize that “our relationship with Hizballah and the Islamic Republic of Iran continues and there is permanent coordination and cooperation on the level of the highest leadership positi ons. Dr Isma’il Haniyah’s visit to Tehran and his participation in celebrations on the anniversary of the victory of Islamic revolution and the positions he declared there are the most powerful response to all those who are trying to cast doubt on this relationship or to say that the movement is reorganizing its relations within new axes, although it is more correct to say that rearranging priorities is linked to the practical (technical) conditions and not to the firm political positions, especially on the resistance.”
On the recent agreement reached with PA President Mahmud Abbas (Abu-Mazin) in Qatar, the leaders in the movement say that this agreement “is the fruit of contacts and meetings that have continued for some time and it does not mean there are concessions but rather an attempt to strengthen the role of the resistance, address the Palestinian people’s suffering under the siege, and contribute to putting the Palestinian house in order in preparation for holding new parliamentary and presidential elections and reorganizing the status of the PLO. As for objection to this agreement by some HAMAS leaders, this will not lead to any problems because the issue will be addressed within the framework of the internal HAMAS house.”
The leading HAMAS figures confirmed what was recently published about the desire of Khalid Mish’al (Abu-al-Walid), head of the Political Bureau of the movement, not to run again for the post of head of the Political Bureau at the end of the current session as part of the effort to renew the leading cadres, but they explain that no practical measure has been taken so far and “all options are open and the issue is up to the leading institutions in the movement and this has nothing to do with changes in the region.”
The leaders of HAMAS say that the biggest risk facing the Arab revolutions and the countries of the region is sedition and, therefore, “work is needed to confront this sedition and prevent the occurrence of any sectarian or political differences, and search for an Arab and Islamic plan that is in harmony with the circumstances of the Arab countries without importing other models from abroad, but instead benefiting from all the Arab, Islamic, and historical experiences.”
In conclusion, the leaders of the movement say: “We are facing a variable phase, which may last several years and we must follow up what is happening carefully and accurately because the United States and the West have made several plans to prevent, disable, or absorb the revolutions. The Arab and Islamic forces should be aware of all the risks and respond to them with joint plans in order to protect the Arab interests, the role of the resistance, and the question of Palestine.”
(Description of Source: Beirut Al-Safir Online in Arabic —
The Muslim Fundamentalist Palestinian party-militia Hamas, based largely in the Gaza Strip has abruptly broken with its long-time patron, Syria.
The leadership has scattered from its offices in Syria to elsewhere in the region, especially Egypt and Qatar.
Hamas, although considered a terrorist group by Washington, is actually just an organized resistance movement on behalf of the Palestinians (who are stateless and rights-less).
The USG Open Source Center had translated an article on Hamas and Syria from the leftist Lebanese newspaper as-Safir; this article is suddenly outdated by Friday’s break between Netanyahu and Haniyeh.
“Al-Safir Cites HAMAS Leaders on Syrian Crisis, Internal Issues, Regional Changes
Report by Qasim Qasir: “HAMAS Reorganizes the Islamic House After the Arab Revolutions; What Is Happening in Syria Is Painful and There Is Coordination With Hizballah”
Al-Safir Online
Monday, February 20, 2012
Document Type: OSC Translated Text
Leaders in the HAMAS movement do not hide their concern about what is happening in the region despite their satisfaction with the fall of a number of Arab regimes and the arrival of the Islamic movements to advanced positions of power in a number of Arab countries, especially Morocco, Egypt, and Tunisia. They, however, believe that the battle “is continuing and the transitional period is going to be long and may take several years, and so it is premature to judge the new Islamic experience and its performance and positions.”
These HAMAS leaders are following “with pain what is happening in Syria” and they stress that they have not spared any effort to contribute to addressing the Syrian crisis over the past few months, but they have not received an adequate response. Nevertheless, they say “we are always ready to contribute to any effort that hastens an end to the crisis and puts things on the right track because the continuation of the Syrian crisis is in the interest of the United States while ending it as soon as possible is in the interest of the resistance forces.”
What draws attention here is that the movement’s leaders are still committed to the position expressed by the HAMAS leadership at the beginning of the Syrian crisis. That position emphasizes “the importance of the role played by Syria in supporting and embracing the resistance in Lebanon and Palestine” while stressing commitment to what the Syrian people decide in terms of reform and change. Therefore, they prefer not to announce any new positions on the level of the Syrian crisis, except for the recent positions expressed by Isma’il Haniyah, prime minister of the dismissed Palestinian government, who wished a quick end to the crisis…
With regard to the changes taking place in a number of Arab countries after the Islamists’ arrival to power and with regard to the position the Palestinian cause occupies in their programs, the HAMAS leaders say that during the past years these countries faced many problems on the level of development and economic conditions, loss of freedoms, and imbalance in building the political and constitutional institutions. Therefore, it was not strange that the Islamists in these countries gave priority during the first stage to the internal economic and social aspects and to the reorganization of their relations with other countries, but this will not be at the expense of the attention given to the Palestinian cause. Positions or statements inconsistent with the principled positions on the Palestinian cause and the Zionist entity may have been made, but efforts are currently under way to address these issues with the leaders of Arab countries that have witnessed change.
The movement’s leaders say that an integrated memorandum has recently been prepared on the position of the Islamic forces and movements on the Palestinian cause, adding that this memorandum has been circulated to all the Islamic forces and movements that have ties with the Muslim Brotherhood so that it will serve as the background from which to proceed when talking about the Palestinian cause as this will prevent the occurrence of any problems, especially in the wake of the changes taking place in a number of Arab countries.
The leading figures in the movement emphasize that “our relationship with Hizballah and the Islamic Republic of Iran continues and there is permanent coordination and cooperation on the level of the highest leadership positi ons. Dr Isma’il Haniyah’s visit to Tehran and his participation in celebrations on the anniversary of the victory of Islamic revolution and the positions he declared there are the most powerful response to all those who are trying to cast doubt on this relationship or to say that the movement is reorganizing its relations within new axes, although it is more correct to say that rearranging priorities is linked to the practical (technical) conditions and not to the firm political positions, especially on the resistance.”
On the recent agreement reached with PA President Mahmud Abbas (Abu-Mazin) in Qatar, the leaders in the movement say that this agreement “is the fruit of contacts and meetings that have continued for some time and it does not mean there are concessions but rather an attempt to strengthen the role of the resistance, address the Palestinian people’s suffering under the siege, and contribute to putting the Palestinian house in order in preparation for holding new parliamentary and presidential elections and reorganizing the status of the PLO. As for objection to this agreement by some HAMAS leaders, this will not lead to any problems because the issue will be addressed within the framework of the internal HAMAS house.”
The leading HAMAS figures confirmed what was recently published about the desire of Khalid Mish’al (Abu-al-Walid), head of the Political Bureau of the movement, not to run again for the post of head of the Political Bureau at the end of the current session as part of the effort to renew the leading cadres, but they explain that no practical measure has been taken so far and “all options are open and the issue is up to the leading institutions in the movement and this has nothing to do with changes in the region.”
The leaders of HAMAS say that the biggest risk facing the Arab revolutions and the countries of the region is sedition and, therefore, “work is needed to confront this sedition and prevent the occurrence of any sectarian or political differences, and search for an Arab and Islamic plan that is in harmony with the circumstances of the Arab countries without importing other models from abroad, but instead benefiting from all the Arab, Islamic, and historical experiences.”
In conclusion, the leaders of the movement say: “We are facing a variable phase, which may last several years and we must follow up what is happening carefully and accurately because the United States and the West have made several plans to prevent, disable, or absorb the revolutions. The Arab and Islamic forces should be aware of all the risks and respond to them with joint plans in order to protect the Arab interests, the role of the resistance, and the question of Palestine.”
(Description of Source: Beirut Al-Safir Online in Arabic —
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Tropas de Israel entram em confronto com palestinos.
Jerusalém, 25 - O exército de Israel afirmou que tropas entraram em conflito com palestinos no subúrbio de Jerusalém após o funeral de um palestino morto em um ataque israelense. Um porta-voz do exército disse que as tropas jogaram gás lacrimogêneo para dispersar dezenas de palestinos que atiravam pedras e garrafas nas forças israelenses no distrito de al-Ram, na Faixa de Gaza.
A violência começou depois que centenas de pessoas velaram Talat Ramia, um palestino de 23 anos que foi morto durante um conflito com as forças de Israel ontem. A tensão aumentou nos últimos dias em Jerusalém. A cidade é sagrada para muçulmanos, cristãos e judeus e os confrontos locais frequentemente fogem do controle. As informações são da Associated Press.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 0363,0.htm
Jerusalém, 25 - O exército de Israel afirmou que tropas entraram em conflito com palestinos no subúrbio de Jerusalém após o funeral de um palestino morto em um ataque israelense. Um porta-voz do exército disse que as tropas jogaram gás lacrimogêneo para dispersar dezenas de palestinos que atiravam pedras e garrafas nas forças israelenses no distrito de al-Ram, na Faixa de Gaza.
A violência começou depois que centenas de pessoas velaram Talat Ramia, um palestino de 23 anos que foi morto durante um conflito com as forças de Israel ontem. A tensão aumentou nos últimos dias em Jerusalém. A cidade é sagrada para muçulmanos, cristãos e judeus e os confrontos locais frequentemente fogem do controle. As informações são da Associated Press.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 0363,0.htm