Paquistão: Conjuntura Contemporânea

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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#226 Mensagem por Túlio » Qui Jan 12, 2012 10:47 am

Paquistão: presidente viaja e crise com militares se agrava


12 de janeiro de 2012 • 09h49 • atualizado às 10h07
O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari viajou nesta quinta-feira para Dubai, onde ficará somente por um dia, disseram fontes ligadas a ele, num momento de crescente tensão por causa de um memorando que pedia ajuda dos EUA na prevenção de um golpe militar no Paquistão.
A situação causa preocupações com a estabilidade do Paquistão, um aliado complicado, mas vital, nos esforços dos EUA para combater a militância islâmica no vizinho Afeganistão.
Zardari esteve em Dubai para tratamento médico no mês passado, o que desencadeou especulações de que os militares estariam prestes a assumir o poder. Ele voltou a Islamabad cerca de duas semanas depois.
As relações entre o governo e as poderosas Forças Armadas estão no pior nível desde o golpe de Estado de 1999. Fontes paquistanesas no Golfo Pérsico disseram que Zardari viajou para fazer exames médicos, mas um dirigente do Partido do Povo Paquistanês (PPP, governista) afirmou que o presidente foi assistir a um casamento. Não houve confirmação oficial imediata sobre nenhuma das versões.
A situação política no Paquistão é delicada desde que estourou o escândalo do memorando aos EUA, em outubro. Na quarta-feira, as Forças Armadas - que governaram o Paquistão durante mais de metade dos seus 64 anos de vida independente - alertaram para as "funestas consequências" de supostos comentários do primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani, acusando os militares de agirem inconstitucionalmente no contexto do escândalo.
Agravando a crise, Gilani posteriormente demitiu o principal chefe militar do país por "flagrante desvio de conduta e ação ilegal" - que não foi especificada.
O memorando foi revelado num artigo no jornal Financial Times, de autoria do empresário paquistanês Mansoor Ijaz, que teria sido o portador do pedido de ajuda do governo paquistanês ao Pentágono.
Depois, Ijaz revelou que o autor do memorando era o diplomata Husain Haqqani, aliado de Zardari que na época era embaixador em Washington, e renunciou devido ao caso.
Zardari pode ser submetido a processo de impeachment se uma comissão da Suprema Corte apontar um vínculo dele com o memorando.
http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... litar.html




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#227 Mensagem por marcelo l. » Dom Jan 15, 2012 3:15 pm

Hakimullah Mehsud, serial killer e líder talibã pode ter sido mortos por um ataque de drone.

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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#228 Mensagem por EDSON » Seg Jan 16, 2012 5:39 pm

O Talibã tem centenas de lideres.




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#229 Mensagem por Túlio » Seg Jan 16, 2012 8:14 pm

É mais ou menos como as FARC, então... 8-]




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#230 Mensagem por FoxTroop » Ter Jan 17, 2012 8:45 am

marcelo l. escreveu:Hakimullah Mehsud, serial killer e líder talibã pode ter sido mortos por um ataque de drone.

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Serial Killer, porque? Então não é um "freedom fighter"? Ou será que só ganha esse "titulo" se estiver na Libia, Egipto ou na Síria? :roll:




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#231 Mensagem por tflash » Ter Jan 17, 2012 8:49 am

Para ser serial killer teria que matar pessoal dele por prazer. Se mata inimigos é guerrilheiro. Seria terrorista se matasse civis.




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#232 Mensagem por suntsé » Ter Jan 17, 2012 8:53 am

Se não lutar ao lado a bandeirinha listada e estrelada ou patronicada por ela, é serial killer e PONTO FINAL :lol: :lol: :lol: !




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#233 Mensagem por marcelo l. » Ter Jan 17, 2012 10:11 am

Bom, ao que eu saiba, ele era comandante do Tehreek-i-Taliban Pakistan (TTP) ou seja, decapitamento de vários policiais no mesmo país, atentados a bomba em Quetta nas procissões xiitas, mesquitas sufis etc.

É claro ele prometeu atacar os EUA em vingança a morte de Bin Laiden, vamos canonizar os dois por serem contra os americanos :twisted:




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#234 Mensagem por FoxTroop » Ter Jan 17, 2012 10:52 am

Porque não? Não foi o meu caro que andou a colocar "belíssimos e imparciais" textos a glorificar e canonizar uns "freedom fighters" na Líbia, que por acaso, mas só por acaso, até estiveram no Afeganistão a combater ao lado deste "cereal killer"? Se me conseguir explicar a diferença entre o que este fez e o que os seus "canonizados" fizeram (e continuam a fazer), eu retrato-me aqui desde já.




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#235 Mensagem por FoxHound » Qui Jan 19, 2012 10:35 am

Paquistão abrirá fronteiras para OTAN.
O Paquistão torna a permitir o trânsito de cargas para o contingente militar da OTAN no Afeganistão. Como se sabe, o trânsito foi suspenso quando em novembro passado, em resultado de um ataque de helicópteros da Aliança foram mortos 24 guarda-fronteiras paquistaneses. Doravante, o governo do Paquistão irá cobrar pelas despesas referentes ao trânsito de cargas. No entanto, não se conhece a data do reinício deste último.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/01/19/64172920.html




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#236 Mensagem por marcelo l. » Qui Jan 19, 2012 11:00 pm

http://latimesblogs.latimes.com/world_n ... -case.html

REPORTING FROM ISLAMABAD, PAKISTAN -- Prime Minister Yusaf Raza Gilani appeared before a Supreme Court panel Thursday to defend himself in contempt-of-court proceedings, succeeding in staving off an immediate ruling in a high-stakes case that could lead to his ouster and jeopardize his party's hold on government.

Earlier this week, the high court initiated contempt proceedings against Gilani, contending he had deliberately ignored its frequent demands to pursue a long-standing corruption case against his boss, President Asif Ali Zardari. That case, a money-laundering charge in Switzerland against Zardari and his late wife, former Prime Minister Benazir Bhutto, was dropped by Swiss authorities at the request of the Pakistani government in 2008.

Since 2009, Pakistan's high court has repeatedly ordered the government to write a letter to Swiss authorities asking that the case against Zardari be reopened. Gilani and other government lawyers have maintained they cannot write that letter because Zardari, as president, has constitutional immunity that shields him from prosecution.

In issuing its ruling this week, the high court ordered Gilani to appear and explain why he has ignored the requests for action. The prime minister's appearance in court Thursday gripped the nation, in part because of what was at stake -- if convicted of contempt, Gilani would be disqualified from office and could be sentenced to up to six months in jail.
A conviction of Zardari's prime minister would also deal a severe blow to the ruling Pakistan People's Party at a time when it finds itself under siege from the court, the country's powerful military and opposition leaders urging early elections.

To better position itself against what it sees as a hostile high court, the government chose as Gilani's lawyer Aitzaz Ahsan, a leader of the so-called Lawyers Movement that successfully fought for the reinstatement of Supreme Court justices ousted from the bench by Gen. Pervez Musharraf when he was the country's military ruler.

Ahsan told the seven-judge panel hearing the case that Gilani has never acquiesced to the court's insistence to write the letter to Swiss authorities because he has always earnestly believed that Zardari was protected by constitutional immunity.

Ahsan said he needed more time to pore through two years of documents to research the immunity issue, so that he return to court and explain why Gilani's belief was justified.

The court continued the case until Feb. 1, giving Ahsan two weeks to build a case for Zardari's immunity.

Outside court, Ahsan would not say if the government would relent and write to Swiss authorities if it lost its debate with the high court over the immunity issue. Instead, Ahsan said he was confident he could convince Supreme Court justices that Zardari cannot be prosecuted while president.

"As long as he is president, he has sovereign immunity," Ahsan said.




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#237 Mensagem por FoxHound » Qua Fev 01, 2012 8:00 pm

Obama admite pela 1ª vez ataques com drones no Paquistão.
presidente Barack Obama admitiu, nesta segunda-feira, que os Estados Unidos realizam ataques com aviões não tripulados contra a Al-Qaeda no Paquistão, operações que vinham, até agora, sendo negadas pelo governo americano.

Ouvido sobre a utilização de aviões não tripulados ("drones") num diálogo com internautas nos sites Google+ e Youtube, Obama justificou as ações. "Evidentemente, muitos desses ataques ocorreram nas FATA (em inglês "Áreas Tribais Federais Administradas", no noroeste do Paquistão)", disse Obama. "Na maior parte, foram ataques muito precisos contra a Al-Qaeda e seus seguidores, e estamos sendo muito cuidadosos em relação a isso", afirmou.

Funcionários do governo americano dizem que o cinturão tribal do Paquistão é local de refúgio dos talibãs que há 10 anos lutam no Afeganistão, de grupos da Al-Qaeda que planejam ataques no Ocidente, e de talibãs paquistaneses que habitualmente atacam e realizam atentados em seu país.

Um total de 64 ataques com mísseis americanos foram registrados na região tribal semiautônoma do Paquistão no ano passado, contra 101 em 2010, segundo contagem da AFP.

"Este é um esforço especializado centralizado nas pessoas que estão na lista de terroristas ativos, que tentam entrar nos Estados Unidos e atacar os americanos, golpeando as instalações e as bases americanas, e assim sucessivamente", acrescentou.

Muitos ataques foram realizados "contra efetivos da Al-Qaeda em locais onde a capacidade militar paquistanesa não pode alcancá-los", disse Obama, confirmando que a zona tribal fora da lei do Paquistão era um alvo. "Conseguir derrotá-los de outra maneira representaria, para nós, provavelmente, uma ação militar muito mais intrusiva", destacou.

O governo dos Estados Unidos anunciou, em dezembro, que sua relação com o Paquistão era "muito importante" para permitir que fracassasse. No entanto, as relações entre os dois governos vieram se deteriorando continuamente ao longo de 2011, desde a ação americana para matar o líder da Al-Qaeda Osama bin Laden, em maio.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... -Paquistao




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#238 Mensagem por FoxHound » Qua Fev 01, 2012 8:01 pm

Paquistão adverte aos EUA que ataques de aviões espiões são "inaceitáveis".
O Governo paquistanês classificou nesta terça-feira como "inaceitáveis" os ataques com aviões não-tripulados americanos em seu território depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconhecesse publicamente pela primeira vez sua existência.

"São ilegais, polêmicos e, portanto, inaceitáveis", escreveu à Agência Efe por mensagem de texto o porta-voz das Relações Exteriores paquistanês, Abdul Basit, sobre os chamados "drones" (zangões).

Anos atrás existia uma cooperação para lançar estes ataques contra alvos talibãs e da rede terrorista Al Qaeda, porém desde 2011 os "drones" são um motivo de discórdia entre Washington e Islamabad.

"Não podemos consentir a violação de nossa soberania", advertiu Basit.

Em conversa com internautas, Obama admitiu pela primeira vez na última segunda-feira o uso de "drones" em ataques a supostos militantes da Al Qaeda e de redes jihadistas presentes nas áreas tribais paquistanesas que fazem fronteira com o Afeganistão.

O presidente disse que os aviões não-tripulados "não fizeram um grande número de vítimas civis" e que os ataques são precisos, algo discutido por algumas organizações de direitos humanos.

Os EUA bombardeiam com esses equipamentos áreas do Paquistão e, com menos frequência, outros países com os quais também não está tecnicamente em guerra, como o Iêmen e a Somália.

A postura oficial do Paquistão é que os ataques, mesmo eliminando alvos insurgentes, representam um fracasso estratégico, pois geram ressentimento popular.

Os "drones" são uma das armas mais usadas por Obama na luta antiterrorista: em 2010 foram 118 ataques só no Paquistão, frente a 70 do ano passado, um reflexo das turbulentas relações diplomáticas entre ambos os países.

Fontes de inteligência paquistanesas e ocidentais consultadas pela Efe acreditam que os ataques são precisos e ao longo dos anos têm se aperfeiçoado.

Organizações de direitos humanos denunciam que eles são feitos aproveitando a brecha na lei e acabam matando civis.

Tais estimativas, no entanto, não podem ser comprovadas porque a imprensa tem pouco acesso às fortificações talibãs paquistanesas, onde os insurgentes enterram os mortos sem que as autoridades possam identificá-los.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... ceitaveis-




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#239 Mensagem por FoxHound » Qui Fev 02, 2012 10:44 am

Relatório da Otan aponta laços entre Taleban e governo paquistanês

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DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O grupo extremista islâmico Taleban no Afeganistão está sendo ajudado por forças de segurança do Paquistão, apontou um relatório secreto da Otan, a aliança militar do Ocidente, segundo a emissora britânica de TV BBC e o jornal "The Times".

De acordo com os veículos, o relatório foi produzido com base em informações obtidas com insurgentes detidos e foi entregue aos comandantes da Otan no Afeganistão no mês passado. O documento vazado afirma que o Taleban continua forte e possui grande apoio entre o povo afegão.

Citado pela agência de notícias Associated Press, um funcionário da aliança disse que os presos apontaram ainda ter confiança de que voltarão ao poder no país, após a coalizão liderada pelos Estados Unidos retirar suas tropas em 2014.

O governo do Paquistão rebateu as conclusões do relatório secreto, com o Ministério de Relações Exteriores chamando as acusações de "ridículas".

"Desenvolvemos uma política de não interferência no Afeganistão e esperamos que os outros países respeitem estritamente este princípio", declarou o porta-voz do ministério, Abdul Basit. "Nosso interesse está em ter um Afeganistão estável e em paz. Não podemos apoiar uma atividade que nos leve para longe desse objetivo".

DOCUMENTO

O relatório foi feito com base em um material colhido durante 27 mil entrevistas e interrogatórios com mais de 4.000 pessoas capturados por envolvimento com o Taleban, a rede terrorista Al Qaeda e outras milícias e organizações terroristas internacionais.

De acordo com a BBC, o documento expõe pela primeira vez as relações entre o grupo extremista e o ISI, o serviço de inteligência do Paquistão --que, inclusive, saberia onde moram os principais líderes talebans. Alguns deles morariam nos arredores da sede do órgão em Islamabad.

Um ex-membro da Al Qaeda é citado dizendo que "o Paquistão sabe tudo. Eles controlam tudo. Não posso subir em uma árvore em Kunar sem que eles observem". E continua: "O Taleban não é o Islã. O Taleban é Islamabad".

Após a reação do governo paquistanês, a Força da Otan no Afeganistão (Isaf) minimizou o relatório e afirmou que o documento é apenas uma "compilação de comentários a partir do qual não se devem tirar conclusões" precipitadas.

INFLUÊNCIA

Mesmo com a estratégia da Otan em garantir a segurança do país com as forças afegãs, o relatório levanta suspeitas de que há uma grande colaboração entre insurgentes e o Exército e a polícia do Afeganistão.

"Há muito tempo estamos preocupados em relação aos laços entre elementos do serviço de inteligência do Paquistão e algumas redes sociais de extremistas", afirmou o porta-voz do Pentágono, o capitão John Kirby, acrescentando que o Departamento de Defesa americano ainda não viu o relatório.

O documento aponta um aprofundamento do apoio da população do país ao Taleban, e mostra sua influência crescendo, enquanto a da Al Qaeda diminui.

O Taleban já recuperou o controle sobre boa parte do território afegão e desfruta do apoio de muitos afegãos revoltados com as mortes de civis provocadas por tropas americanas e ocidentais.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1042 ... anes.shtml




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Re: Paquistão: Conjuntura Contemporânea

#240 Mensagem por FoxHound » Qui Fev 02, 2012 10:48 am

Paquistão rejeita relatório da Otan sobre laços com Taleban afegão.
A ministra das Relações Exteriores do Paquistão, Hina Rabbani Khar, afirmou nesta quarta-feira que seu país não tem nenhum assunto tratado em segredo com o Afeganistão, em resposta ao relatório da Otan, a aliança militar do Ocidente, indicando que Islamabad possuía relações com o Taleban afegão.

Segundo Khar, as informações do documento vazado --divulgadas nesta quarta-feira pela imprensa britânica-- são "um vinho velho dentro de uma garrafa ainda mais velha".

O relatório secreto apontou, de acordo com a emissora britânica de TV BBC e o jornal "The Times", que o grupo extremista islâmico Taleban no Afeganistão está sendo ajudado pelo governo paquistanês, em especial por suas forças de segurança.

"Essas alegações já vieram à tona muitas e muitas vezes. O Paquistão defende qualquer iniciativa que o governo afegão tome pela paz", disse a ministra.

Mais cedo, o governo do Paquistão já havia rebatido as conclusões do relatório, com o Ministério de Relações Exteriores chamando as acusações de "ridículas".

"Desenvolvemos uma política de não interferência no Afeganistão e esperamos que os outros países respeitem estritamente este princípio", declarou o porta-voz do ministério, Abdul Basit. "Nosso interesse está em ter um Afeganistão estável e em paz. Não podemos apoiar uma atividade que nos leve para longe desse objetivo".

O relatório foi feito com base em um material colhido durante 27 mil entrevistas e interrogatórios com mais de 4.000 pessoas capturados por envolvimento com o Taleban, a rede terrorista Al Qaeda e outras milícias e organizações terroristas internacionais.

Após a reação do governo paquistanês, a Força da Otan no Afeganistão (Isaf) minimizou o relatório e afirmou que o documento é apenas uma "compilação de comentários a partir do qual não se devem tirar conclusões" precipitadas.

RELATÓRIO

De acordo com os veículos britânicos, o relatório foi produzido com base em informações obtidas com insurgentes detidos e foi entregue aos comandantes da Otan no Afeganistão no mês passado. O documento vazado afirma ainda que o Taleban continua forte e possui grande apoio entre o povo afegão.

Citado pela agência de notícias Associated Press, um funcionário da aliança disse que os presos apontaram ainda ter confiança de que voltarão ao poder no país, após a coalizão liderada pelos Estados Unidos retirar suas tropas em 2014.
De acordo com a BBC, o documento expõe pela primeira vez as relações entre o grupo extremista e o ISI, o serviço de inteligência do Paquistão --que, inclusive, saberia onde moram os principais líderes talebans. Alguns deles morariam nos arredores da sede do órgão em Islamabad.

Um ex-membro da Al Qaeda é citado dizendo que "o Paquistão sabe tudo. Eles controlam tudo. Não posso subir em uma árvore em Kunar sem que eles observem". E continua: "O Taleban não é o Islã. O Taleban é Islamabad".

INFLUÊNCIA

Mesmo com a estratégia da Otan em garantir a segurança do país com as forças afegãs, o relatório levanta suspeitas de que há uma grande colaboração entre insurgentes e o Exército e a polícia do Afeganistão.

"Há muito tempo estamos preocupados em relação aos laços entre elementos do serviço de inteligência do Paquistão e algumas redes sociais de extremistas", afirmou o porta-voz do Pentágono, o capitão John Kirby.

O documento aponta um aprofundamento do apoio da população do país ao Taleban, e mostra sua influência crescendo, enquanto a da Al Qaeda diminui.

O Taleban já recuperou o controle sobre boa parte do território afegão e desfruta do apoio de muitos afegãos revoltados com as mortes de civis provocadas por tropas americanas e ocidentais.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1042 ... egao.shtml




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