É claro que precisaremos de uma força de águas azuis para garantir a capacidade da MB de proteger nossos interesses mesmo em locais distantes, mas não é isso que estamos discutindo e sim a necessidade de em qualquer situação termos navios que ficassem aqui para proteger o país. Sinceramente não acredito que em nenhuma circunstância o governo brasileiro ou a MB arriscariam enviar todas as suas unidades uma missão de guerra em águas distantes deixando nossa costa, nossas cidade e nossa população expostas a um ataque de retaliação. Alguns navios sempre ficariam aqui, no mínimo para dar tranquilidade ao público.Luís Henrique escreveu: 1) Eu não disse que temos que proteger 100% do atlântico sul.
Você mesmo disse que o Brasil pode ter interesses em qualquer parte do globo.
Assim uma marinha de águas azuis, com escoltas de grande porte é uma proposta mais flexível.
Podem nos defender em QUALQUER lugar do mundo.
2) Entendo que quanto mais próximo o combate, teremos maior apoio. Da FAB, do EB, etc. Porém, quanto mais próximo o combate, o inimigo terá um maior número de alvos para atingir.
Se a frota inimiga chegar a menos de 500 km de nossa costa a chuva de tomahawk começa.
Também entendo que contra uma força marítima muito mais poderosa, existem táticas de concentração de forças. Mas também existe o oposto. Outros meios defendem a costa e os escoltas atacam as linhas de suprimento. etc. etc.
Como eu disse, não sou estrategista e creio que você também não seja, mas concorda comigo que um escolta maior é mais flexível?
Se os estrategistas julgarem que devem travar o combate junto à costa. Muito bem.
Mas se julgarem que o combate deve ser mais longe?
A corveta será efetiva?
Também quero deixar claro que uma Fragata como a La Fayette ou algo do gênero não entra no meu questionamento. Eu questionei Corvetas como as Inhaúma.
3) existem duas formas de reduzir custos. Esta mais drástica que você comenta: Em vez de comprar uma fragata de 6.000T, compra uma corveta.
E você pode comprar uma fragata de 6.000T porém menos armada.
Em um eventual conflito, você pode ARMA-LA. Já a corveta você também poderá armá-la mas continuará ou aumentará suas limitações de navegabilidade.
E aí vem o ponto, porque gastar recursos nestes navios que sempre ficarão próximos a nós para dar-lhes uma capacidade que não usariam, ao invés de utilizá-los para equipar melhor os navios que serão realmente enviados para longe? Porque contruir uma enorme série de navios médios dos quais muitos jamais terão de fato a chance de mostrar o seu potencial e sua pretensa versatilidade, ao invés de contruir por exemplo mais duas classes melhor equipadas para funções específicas? E eliminar também assim o risco de acabarmos com uma frota imensa de "navios pato" (que nada, anda e voa, mas não faz nada disso bem feito)?
Se podemos ter uma marinha com 18 fragatas de 6.000 ton bem equipadas, porque não ter uma com 8 destas, mais 4 destroyers de 9.000 tons equipados ainda melhor e 6 corvetas (ou fragatas leves) de 3.000 ton perfeitamente aptas e mais adequadas à nossa proteção próxima, e assim diminuir os riscos de ficar com um só projeto, permitindo ainda a continuidade dos trabalhos de engenharia além de criar maiores possibilidades de exportação?
Leandro G. Card