http://www.onu.org.br/dia-internacional ... o-de-2012/Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 27 de janeiro de 2012.
“Um milhão e meio de crianças judias morreram no Holocausto — vítimas da perseguição de nazistas e seus apoiadores. Dezenas de milhares de outras crianças também morreram. Isso incluía pessoas com deficiência assim como ciganos Romas e Sintos. Todos foram vítimas de uma ideologia inspirada pelo ódio que os classificou como “inferiores”.
Nesse ano, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é dedicado às crianças — meninas e meninos que tiveram que enfrentar o terror e o mal absoluto. Muitos ficaram órfãos da guerra ou foram arrancados de suas famílias. Muitas morreram de fome, doenças ou nas mãos de quem lhes maltratou. Nunca saberemos como essas crianças poderiam ter contribuído para o nosso mundo.
E entre os sobreviventes, muitos estavam demasiadamente abalados para contar suas histórias. Hoje, queremos dar voz a esses relatos. É por isso que as Nações Unidas continuam a transmitir os ensinamentos universais tirados do Holocausto. E é por isso que nós nos esforçamos para promover os direitos e as aspirações de todas as crianças todos os dias em todo o mundo.
É por isso também que continuaremos a nos inspirar no magnífico exemplo de quem se destacou por suas ações humanitárias como Raoul Wallenberg, neste ano em que celebramos o seu centenário de nascimento.
Hoje, ao recordar todos aqueles que perderam sua vida no Holocausto — desde crianças até adultos –, peço que todas as nações protejam os mais vulneráveis, independente de raça, cor, gênero ou religião.
As crianças são especialmente vulneráveis ao pior da humanidade. Devemos mostrar-lhes o melhor que este mundo tem para oferecer. Obrigado.”
Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
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Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Esse dia não pode ser passado em branco:
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Re: Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
http://noticias.bol.uol.com.br/internac ... austo.jhtmVaticano destaca importância do Dia da Memória das Vítimas do Holocausto
CIDADE DO VATICANO, 27 JAN (ANSA) - O porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi destacou hoje o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e alertou que "não podemos e não devemos" esquecer esta "atrocidade".
"[Há] 67 anos, em 27 de janeiro de 1945, teve fim a infâmia de Auschwitz. O Dia da Memória foi instituído nesta data, ligada ao local simbolicamente mais terrível da tragédia do Holocausto. Não podemos e não devemos esquecer. Se existiram homens capazes de chegar a tão absurda atrocidade, ninguém nos assegura que no futuro isso não possa se repetir", afirmou Lombardi, em um editorial publicado em uma revista católica.
De acordo com ele, "a geração das testemunhas em primeira pessoa, quem viveu os tempos e os horrores do Holocausto, está diminuindo rapidamente. É preciso compartilhar as preocupações de quem começa a temer o risco do esquecimento e, pior ainda, o da negação, alimentado não apenas pela ignorância, mas, às vezes, também por ódio de motivos políticos, étnicos ou religiosos".
Lombardi também destacou que a memória, para os crentes, "é também um 'lugar teológico' inevitável. É o lugar da pergunta mais radical sobre Deus e o mal. É o lugar da última seriedade de estar diante de Deus, das profundas perguntas que lhes fazemos, do silêncio diante do mistério".
"O Papa polonês [João Paulo II] e o Papa alemão [Bento XVI], em Auschwitz, lembraram das vítimas. Nós também continuaremos a fazer isso neste dia, em solidariedade, em primeiro lugar, ao povo de Israel e a todas as vítimas do absurdo ódio homicida, negação de sua dignidade, de qualquer povo ou língua a que tenham pertencido e pertencem", finalizou Lombardi.
[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
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Re: Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15698644,00.htmlAlemanha relembra Holocausto no dia da libertação de Auschwitz
Desde 1996, o 27 de janeiro foi estabelecido na Alemanha como dia em memória das vítimas do nazismo. Foi este o dia em que o campo de concentração de Auschwitz foi libertado pelas tropas soviéticas, em 1945.
Com voz trêmula e visivelmente debilitado fisicamente, o crítico literário Marcel Reich-Ranicki, de 91 anos, fez nesta sexta-feira (27/01) um discurso perante o Parlamento alemão, em memória das vítimas do Holocausto. Reich-Ranicki enfatizou que seu depoimento é baseado em testemunhos diretos e não em sua condição de historiador e descreveu suas amargas lembranças da deportação do Gueto de Varsóvia.
Como tradutor de alemão no que se chamava de "Conselho dos Judeus" dentro do Gueto, Reich-Ranicki lembrou ter protocolado sentenças de morte, que haviam sido determinadas pela SS para os judeus de Varsóvia. Ele lembrou detalhadamente o início da deportação dos judeus.
Apenas uma meta: a morte dos judeus
O Gueto de Varsóvia começou a ser evacuado no dia 22 de julho de 1942 e seus moradores foram enviados a campos de concentração, sobretudo a Treblinka. "O que era chamado de 'realocamento' dos judeus foi simplesmente a expulsão de Varsóvia, visando apenas uma meta e com um só objetivo: a morte", lembra Reich-Ranicki.
Do Gueto de Varsóvia foram levados pelo menos 500 mil judeus, apenas alguns milhares sobreviveram. Durante a Segunda Guerra Mundial, aproximadamente seis milhões de judeus foram assassinados pelo regime nazista. Criado em uma família de origens alemã e polonesa, Reich-Ranicki é uma das últimas testemunhas vivas do Gueto de Varsóvia. Seu irmão e seus pais foram mortos pelos nazistas.
Preocupação com antissemitismo latente
Durante a cerimônia em lembrança às vítimas do nazismo, o presidente do Parlamento alemão, Norbert Lammert, conclamou a população alemã, diante da recente série de assassinatos cometidos por neonazistas no país, a se opor, com coragem, a qualquer tipo de extremismo de direita ou antissemitismo.
Lammert elogiou o comportamento daqueles que "dão exemplo de coragem" no país e se empenham contra o extremismo. "Trata-se daquelas pessoas que vão às ruas quando os extremistas de direita resolvem marchar pelas cidades, deixando claro: 'não tolaramos suas difamações nem seu ódio'", completou Lammert.
O presidente do Bundestag mencionou com preocupação um relatório do Bundestag (câmera baixa do Parlamento alemão), apresentado no início desta semana, segundo o qual aproximadamente 20% da população alemã apresenta um "antissemitismo latente". Uma percentagem "muito alta para Alemanha", salientou Lammert. A premiê Angela Merkel também participou da cerimônia no Parlamento.
O presidente do Conselho dos Judeus na Alemanha, Dieter Graumann, elogiou as cerimônias em memória das vítimas do nazismo como "exemplares". Segundo ele, tais rituais de lembrança são um sinal importante e bem visto fora da Alemanha, sobretudo em Israel. Segundo ele, é importante saber "quais lições devem ser aprendidas" da história.
http://www.diariodarussia.com.br/fatos/ ... olocausto/Rússia homenageou as vítimas do Holocausto
A Rússia celebrou nesta sexta-feira, 27, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, recordando a data em que, há 67 anos, o Exército Vermelho da então União Soviética libertou os prisioneiros judeus do campo de concentração de Auschwitz, montado pelos nazistas na Polônia.
Na capital russa, as solenidades aconteceram no Centro Comunitário Judaico e na Grande Sinagoga de Moscou. As celebrações pelo Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto foram estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para a data de 27 de janeiro para marcar a tomada de um dos campos de concentração em que os nazistas cometeram as maiores atrocidades contra judeus, negros, ciganos e pessoas portadoras de deficiências físicas e mentais.
Auschwitz chegou a reunir mais de 4 milhões de prisioneiros. 2,5 milhões deles morreram nas câmaras de gás e 500 mil morreram das mais variadas doenças, a maioria delas inoculadas pelos nazistas que utilizavam os prisioneiros em inúmeras experiências científicas.
Na tarde de 27 de janeiro de 1945, um sábado, o Exército Vermelho da União Soviética tomou Auschwitz e encontrou, apenas, três mil prisioneiros. Os nazistas, sabedores que os soviéticos haviam desencadeado ofensiva para tomar seus campos de concentração nos países eslavos, determinaram a sua desativação e o massacre do maior número possível de prisioneiros para que não fossem encontrados vestígios das suas atrocidades. Auschwitz foi apontado como o maior e mais terrível campo de extermínio do regime de Adolf Hitler. No auge do Holocausto, em 1944, eram assassinadas seis mil pessoas por dia. Auschwitz-Birkenau foi criado em 1940, a cerca de 60Km da cidade polonesa de Cracóvia. Concebido inicialmente como centro para prisioneiros políticos, o complexo foi ampliado em 1941 para que fossem eliminadas todas as pessoas que os nazistas consideravam impuras tais como judeus, negros, ciganos e portadores de deficiências.
Para matar os prisioneiros, os nazistas os concentravam em câmaras nas quais colocavam o gás altamente tóxico Zyklon B, usado para matar ratos e desinfetar navios. Quando liberado e entrando em contato com o ar, libera substâncias que matam em minutos as vítimas da sua inoculação.
[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
Re: Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Há muitos outros genícidios que precisam ser lembrados também...
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Romênia: deportação de ciganos em 1942, uma tragédia esquecida
Em maio de 1942, o marechal romeno Ion Antonescu ordenou a deportação para a Transnistria dos ciganos "nômades, sem ocupação ou delinquentes": quase 70 anos depois, os poucos sobreviventes evocam essa tragédia esquecida, um estigma indelével para tanta gente.
"Eles nos detiveram numa rua de Bucareste, colocando-nos numa carroça puxada por cavalos e nos diziam que seríamos levados a um lugar onde receberíamos terras", conta à AFP Marin Safta, de 89 anos de idade, que perdeu a mãe e um irmão durante os dois anos passados na Transnistria, uma região controlada, então, pelo regime pró-nazista de Antonescu.
"Deportaram-nos para nos matar, mas, como podem ver, eu não morri", diz o velho homem, que vive numa pequena casa escura, sem nunca ter sido indenizado.
A tragédia ainda está bem viva, e será também recordada nesta sexta-feira, Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto.
Dos 208 mil ciganos que viviam no país em 1942 25.000, isto é 12%, foram deportados, segundo o informe sobre o Holocausto na Romênia, redigido por uma comissão internacional de historiadores liderada pelo Prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel. Onze mil morreram.
Entre 280 mil e 380 mil judeus romenos e ucranianos também vieram a falecer nos territórios administrados por Bucareste.
"A deportação de ciganos gerou vários abusos. Também tiveram o mesmo destino famílias de romenos pobres, de húngaros e turcos, e pessoas que tinham mesmo um trabalho ou terras", segundo a comissão.
Gheorghe Stana tinha 7 anos quando chegou a ordem de deportação. "Tínhamos uma casa, meu pai trabalhava como jornaleiro, mas nada adiantou. Fomos todos levados, minha mãe, minha irmã...", conta Stana à AFP. Ele nasceu em Vedea (sul).
A falta de alimentos, as enfermidades e o trabalho forçado dizimaram os deportados. "Milhares de pessoas morreram ali. Os corpos eram jogados numa fossa, como animais. Ainda tenho diante de meus olhos essas imagens", diz.
"Quando a guerra acabou, nos deixaram ir embora", conta Safta, narrando como voltou de trem até a fronteira atual entre a Moldávia e a Romênia, seguindo, depois, a pé, até Bucareste.
Os dois homens dizem que "falaram muito pouco" a seus filhos sobre essa tragédia, porque tentavam eles próprios não pensar mais nela.
O fato de a ordem oficial de deportação só dizer respeito a algumas categorias de ciganos "tem implicações profundas na mentalidade" da comunidade, explica o sociólogo Nicolae Furtuna.
Muitas vítimas sentem "vergonha de dizer que foram deportadas, é um estigma", explica o sociólogo, que compara a situação deles com a das mulheres estupradas.
Furtuna, que ouviu dezenas de sobreviventes, conta depoimentos terríveis. "Me disseram que alguns chegaram a comer carne humana, outros esconderam em casa o corpo de um parente morto para continuar recebendo sua ração de comida", diz, lamentando a falta de documentos escritos sobre esses acontecimentos.
"São esses detalhes, mais que os números, que nos fazem viver esse período triste", diz, destacando ser "um dever moral transmitir essas experiências" aos jovens, sejam ciganos ou não.
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Romênia: deportação de ciganos em 1942, uma tragédia esquecida
Em maio de 1942, o marechal romeno Ion Antonescu ordenou a deportação para a Transnistria dos ciganos "nômades, sem ocupação ou delinquentes": quase 70 anos depois, os poucos sobreviventes evocam essa tragédia esquecida, um estigma indelével para tanta gente.
"Eles nos detiveram numa rua de Bucareste, colocando-nos numa carroça puxada por cavalos e nos diziam que seríamos levados a um lugar onde receberíamos terras", conta à AFP Marin Safta, de 89 anos de idade, que perdeu a mãe e um irmão durante os dois anos passados na Transnistria, uma região controlada, então, pelo regime pró-nazista de Antonescu.
"Deportaram-nos para nos matar, mas, como podem ver, eu não morri", diz o velho homem, que vive numa pequena casa escura, sem nunca ter sido indenizado.
A tragédia ainda está bem viva, e será também recordada nesta sexta-feira, Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto.
Dos 208 mil ciganos que viviam no país em 1942 25.000, isto é 12%, foram deportados, segundo o informe sobre o Holocausto na Romênia, redigido por uma comissão internacional de historiadores liderada pelo Prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel. Onze mil morreram.
Entre 280 mil e 380 mil judeus romenos e ucranianos também vieram a falecer nos territórios administrados por Bucareste.
"A deportação de ciganos gerou vários abusos. Também tiveram o mesmo destino famílias de romenos pobres, de húngaros e turcos, e pessoas que tinham mesmo um trabalho ou terras", segundo a comissão.
Gheorghe Stana tinha 7 anos quando chegou a ordem de deportação. "Tínhamos uma casa, meu pai trabalhava como jornaleiro, mas nada adiantou. Fomos todos levados, minha mãe, minha irmã...", conta Stana à AFP. Ele nasceu em Vedea (sul).
A falta de alimentos, as enfermidades e o trabalho forçado dizimaram os deportados. "Milhares de pessoas morreram ali. Os corpos eram jogados numa fossa, como animais. Ainda tenho diante de meus olhos essas imagens", diz.
"Quando a guerra acabou, nos deixaram ir embora", conta Safta, narrando como voltou de trem até a fronteira atual entre a Moldávia e a Romênia, seguindo, depois, a pé, até Bucareste.
Os dois homens dizem que "falaram muito pouco" a seus filhos sobre essa tragédia, porque tentavam eles próprios não pensar mais nela.
O fato de a ordem oficial de deportação só dizer respeito a algumas categorias de ciganos "tem implicações profundas na mentalidade" da comunidade, explica o sociólogo Nicolae Furtuna.
Muitas vítimas sentem "vergonha de dizer que foram deportadas, é um estigma", explica o sociólogo, que compara a situação deles com a das mulheres estupradas.
Furtuna, que ouviu dezenas de sobreviventes, conta depoimentos terríveis. "Me disseram que alguns chegaram a comer carne humana, outros esconderam em casa o corpo de um parente morto para continuar recebendo sua ração de comida", diz, lamentando a falta de documentos escritos sobre esses acontecimentos.
"São esses detalhes, mais que os números, que nos fazem viver esse período triste", diz, destacando ser "um dever moral transmitir essas experiências" aos jovens, sejam ciganos ou não.