Lord Nauta escreveu:
Planos de Articulação e Equipamentos....não são planos?
Tem um brigadeiro, que era lotado no MD, que durante o PROSUPER em 2011 ficou colocando ''picuinha'' no processo.
Talvez, esperar que navios alcancem a idade de 40/45 anos para serem substituídos não seja de fato postergação.
Bem resumindo o que penso sobre o FX.2, PROSUPER, Defesa AAé.... que se dane. Vou me dedicar ao que faço e não sofrer mais ...estou cansado. Deveria ter nascido nos EUA.
O problema é que o Plano de Articulação e de Equipamentos nunca foi, realmente, implementado. Unir requerimentos comuns resultará em economia de escala e de manutenção. Quanto ao brigadeiro, que passou para a reserva em dezembro, ele queria que a Marinha usasse o mesmo sistema da FAB de formalizar RFI e RFP. Em nenhum momento discutiu requerimentos da força. O MD fez ouvidos moucos e tudo seguiu seu curso.
Vc grita, mas esquece que o orçamento da Defesa é maior que o da Saúde e o da Educação. Se tem problemas, isso se deve a questões corporativas que só serão corrigidas, em função das normas jurídicas, daqui a 30 anos.
Forças Armadas são importantes? Sim, mas não podem comprometer o crescimento do país num momento de crise internacional. Além disso, alguns programas necessitam de correção de curso depois da ação irresponsável da imprensa movida por lobbies agressivos. Ressalto que a Marinha, até o momento, conseguiu evitá-los com habilidade.
Damos passos dentro do que podemos, enfrentando enormes distorções estruturais e corporativas, algumas herdadas da Guerra do Paraguai. Não se consertam 200 anos de erros em segundos. O MD ainda está em fase de implantação e o trabalho está no início. Obviamente, podíamos usar compras de oportunidade e encher a esquadra com navios equipados com mísseis fora de linha e sistemas próximo da obsolescência. Em lugar de navios com 40 anos, teríamos outros com 35... Fariam bonito em paradas navais, mas de pouco serviriam num futuro próximo.
Isso não é solução. Seria o mesmo caso de uma família de subúrbio que compra um Mitsubishi 1990 para mostrar status e economiza no feijão para poder passear nos fins-de-semana. É melhor seguir o exemplo de gente humilde que anda de ônibus e economiza em casa para completar o ensino superior ou tocar um pequeno negócio para melhorar de vida no futuro.
Se não pensa assim, paciência.
Claro, se vc tivesse nascido nos EUA, não discutiríamos problemas de defesa. Recentemente, o GAO descobriu um rombo de US$ 20 bi na Marinha. Obviamente, lá ninguém comenta isso, porque o excesso de patriotismo mal dirigido ofusca o mau uso de dinheiro público. Lá ninguém fala sobre corrupção no governo...
A economia também está atolada de problemas por irresponsabilidade fiscal, exacerbados por duas guerras, uma delas sem qualquer justificativa, mas tudo bem. Enquanto 1% da população estiver ganhando bilhões sem pagar impostos a lógica capitalista estará valendo, mesmo que cresça a população de sem-tetos morando em barracas. Pobre Obama que contesta esse sistema!
A propósito, aceitam imigrantes. O formulário está disponível na página da Embaixada dos EUA. Se não me engano, vc mora no Rio. Pode buscá-lo no Consulado, um belo prédio no Centro que todos os cariocas conhecem bem. Está perto da Academia Brasileira de Letras e fica em frente à sede da Shell.
Não acho que seja o seu caso, caro Paulo Maia. Não há soluções imediatas que não drenem recursos que podem ser melhor usados. Espero que pense nisso.
Abraços
Pepê