Os Super Navios da Vale
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Re: Os Super Navios da Vale
Em linhas gerais NÃO. Mas há assuntos que enchem, além de desvirtuar tópicos...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Os Super Navios da Vale
Dizem que a verdade sempre incomoda. Ninguém aqui é seu dono e talvez ela seja até mutável, filosoficamente falando. Porém, não é possível restringir a opinião sobre fatos tão importantes para nosso país, havendo ou não ônus para partido ou corrente política 'a', 'b' ou 'c'. Limitar o debate sob o argumento sugerido é também um tipo de censura, já que o tema é pertinente.
E encheção por encheção, tem um que é medalha de ouro, mas este, prestigiado que é, não parece ter problemas por "encher" e "desvirtuar" tópicos.
No mais, fica tranquilo, não vou poluir com "bobagens", apesar de os espaços para essas "bobagens" estarem fechados. Vou só observando como as opiniões têm mudado.
E encheção por encheção, tem um que é medalha de ouro, mas este, prestigiado que é, não parece ter problemas por "encher" e "desvirtuar" tópicos.
No mais, fica tranquilo, não vou poluir com "bobagens", apesar de os espaços para essas "bobagens" estarem fechados. Vou só observando como as opiniões têm mudado.
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Re: Os Super Navios da Vale
Legal.
Apenas lembrando que a Verdade só incomoda quem é por ela atingido ou tenta fabricá-la (o que convenhamos, termina dando na mesma).
Fiques bem.
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Re: Os Super Navios da Vale
Deixa eu ver se eu entendi BEM: a culpa das falhas é da "iniciativa privada"? Benza Deus, silogismo no olho dos outros é refresco, bixo...
Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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Re: Os Super Navios da Vale
Quanto drama.Carlos Lima escreveu:
Enfim... desculpem o off-topic, mas esses navios rachados e a nossa atitude de correr atrás com o pires para cima dos chineses que fazem o que querem, mostra a nossa vocação para mulambo mesmo .
[]s
CB_Lima
Quem está correndo com o pires para cima dos chineses ? A Vale ? Porque não li nada do GF comprar a briga dela e chorar que os navios não estão chegando lá. O que vi foi o GF pedir para a Vale construir mais siderúrgicas e exportar o aço.
Uma das causas para derrubar o "Santo Agnelli", fora a demissão massiva em temos de crise e as encomendas de navios no exterior.
O "vocação de mulambo" e o restante meu estômago não permite responder.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: Os Super Navios da Vale
Amigo... estamos exportando Commodities... e comprando o aço de volta.
E esse é um problema sérissimo...
[]s
CB_Lima
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CB_Lima
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Re: Os Super Navios da Vale
Eu não exporto nada. Quem exporta é a Vale, MMX, etc. Empresas privadas que fazem o que quiser com seus negócios. Se acham mais lucrativo vender o ferro, o fazem.
O governo até tenta mexer (vide interferência na Vale), mas daí recebe as críticas vistas neste mesmo tópico e em vários outros espaços, até na grande mídia.
Se não faz nada para parar a exportação de ferro ao invés do aço, é um governo medíocre que nos quer ver eternamente deitados no bercinho.
Se o faz, é um esquerdista canalha discípulo de Hugo Chavez que está tentando afetar as lucrativas empresas do empresariado nacional.
Então, que sigam o barco.
O governo até tenta mexer (vide interferência na Vale), mas daí recebe as críticas vistas neste mesmo tópico e em vários outros espaços, até na grande mídia.
Se não faz nada para parar a exportação de ferro ao invés do aço, é um governo medíocre que nos quer ver eternamente deitados no bercinho.
Se o faz, é um esquerdista canalha discípulo de Hugo Chavez que está tentando afetar as lucrativas empresas do empresariado nacional.
Então, que sigam o barco.
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Re: Os Super Navio da Vale
O cerne da questão...PRick escreveu:Supercargueiros têm sido fonte de problemas para a Vale
Depois de ser proibida de usar navios na China, mineradora brasileira decide que vai colocar à venda toda a frota antes mesmo de embarcações terem saído dos estaleiros
Yan Boechat e Dubes Sônego, iG São Paulo | 15/12/2011 05:00
Texto:
Foto: AFPAmpliar
Murilo Ferreira já recomendou ao conselho de administração da Vale a venda de todos os navios encomendados pela empresa
A tremenda dor de cabeça que o supercargueiro Vale Beijing está causando à mineradora brasileira Vale é apenas o último de uma série de problemas que a companhia vem enfrentando desde que decidiu fazer ela própria todo o transporte de minério de ferro que exporta para os quatro cantos do mundo. Considerado por muitos analistas como um erro estratégico, o ambicioso plano de ter uma frota de 35 supercargueiros a sua disposição – sendo 19 próprios – parece estar mostrando sinais de fadiga. Na semana passada, em uma entrevista ao jornal O Globo, o presidente da companhia, Murilo Ferreira, afirmou que pretende vender todos os navios que a companhia encomendou aos estaleiros sul-coreanos e chineses e que só serão entregues em sua totalidade em 2013.
A decisão de se desfazer de ativos que ainda nem recebeu mostra que a gestão atual da Vale diverge profundamente da estratégia desenhada por Roger Agnelli, o ex-presidente da companhia. Em 2008, com o preço do frete batendo na casa dos US$ 100 a tonelada, Agnelli decidiu que a companhia deveria voltar a ter uma frota própria, desmantelada pelo próprio executivo sete anos antes com a venda de todos os navios da Docenave. Para tanto, a Vale decidiu que uma nova categoria de supercargueiros deveria ser construída apenas para servi-la. As embarcações eram tão distintas de tudo que havia no mercado que ganharam uma categoria própria: Valemax.
Não é necessário ser um especialista em navegação para entender o porquê de esses navios terem uma categoria só deles. Tudo nos Valemax é superlativo, a começar por sua capacidade de transporte: entre 380 e 400 mil toneladas. O maior navio capaz de navegar pelo canal do Panamá, por exemplo, consegue carregar, no máximo 80 mil toneladas. Em tamanho eles são praticamente as maiores coisas que podem flutuar no mundo. O Vale Beijing, por exemplo, tem 365 metros de comprimento. Se colocado em posição vertical, é maior que a Torre Eiffel. Sua capacidade de carga é tão grande que seriam necessárias mais de 11 mil viagens de caminhão para carregá-lo. A quantidade de minério que cabe em seus sete porões é tem a capacidade de produzir aço para construir mais de três pontes como a Golden Gate, em São Francisco, nos Estados Unidos.
Apesar de tantos números impressionantes, até agora os Valemax – a Vale já tem seis deles em operação - ainda não conseguiram cumprir sua principal missão: transportar minério do Brasil para a China. Por conta de um lobby dos armadores chineses, que acusam a Vale de monopólio e de derrubar o preço do frete, o governo de Pequim ainda não autorizou os Valemax a aportarem em seus terminais. A justificativa, até agora, é que os portos chineses não têm capacidade para lidar com as 400 mil toneladas que os navios transportam.
Em junho, quando a Vale ainda comemorava a primeira viagem de um desses navios, a embarcação teve que simplesmente dar meia volta quando cruzava o Cabo da Boa Esperança, na costa africana. Tudo porque a companhia foi pega de surpresa pela decisão chinesa de não permitir que o navio atracasse. Por conta disso, a embarcação foi desviada para a Itália, onde conseguiu descarregar o minério. Agora, com uma frota de supernavios, a Vale pretende usar uma espécie de centro de distribuição na Malásia para, dali, reembarcar o minério em navios menores e levar para a China.
O caso surpreendeu até os mais céticos dos analistas. É difícil imaginar que uma companhia do tamanho da Vale investiria mais de US$ 6 bilhões em uma frota de supernavios sem antes entrar em acordo com seu principal cliente. Mas, ao que parece, foi isso que aconteceu. “A empresa poderia ter negociado essa questão antes, mas como não fez isso, agora não consegue desembarcar o minério de seus próprios navios – muitos deles, inclusive, fabricados na própria China. O momento não é favorável para a Vale”, diz Lika Takahasi, estrategista-chefe do Banco Fator.
Além dos problemas legais, a Vale enfrenta agora um problema de ordem econômica. Com uma queda acentuada do valor do frete, que saiu de US$ 100 a tonelada em 2008 para os atuais US$ 30, o retorno do gigantesco investimento que a companhia fez nos navios parece ficar mais distante. Na entrevista que deu ao Globo, Murilo Ferreira deixou isso claro. “Eles estavam onerando demais o capital da empresa. A companhia tem que focar seus investimentos em níquel, minério de ferro, cobre, carvão e fertilizantes, que é o que ela faz bem.”, afirmou ele. Apesar disso, a companhia diz que pretende manter a estratégia de uso dos Valemax. Murilo Ferreira afirma que só venderá os navios para uma companhia que aceite fazer contratos de longo prazo com a Vale.
A estratégia de vender os navios está acelerada e, se concretizada, vai reduzir os custos financeiros da companhia. Mas é quase certo também, acreditam analistas que acompanham o setor, que a Vale perderá dinheiro na operação. “É praticamente impossível que isso não aconteça”, diz Victor Penna, analista do Banco do Brasil. “A Vale se viu sem saída, a melhor solução é vender os 19 navios mesmo”, diz ele.
E em meio a tudo isso há o Vale Beijing. Este navio especificamente não é da Vale. Pertence ao armador sul coreano STX Panocean, que tem um contrato de 25 anos com a companhia brasileira. Mas, mesmo assim, o incidente levanta uma série de dúvidas sobre os Valemax, que só agora estão entrando em operação.
(Colaborou Olívia Alonso, iG São Paulo)
http://economia.ig.com.br/supercargueir ... 96196.html
Por conta de um lobby dos armadores chineses, que acusam a Vale de monopólio e de derrubar o preço do frete, o governo de Pequim ainda não autorizou os Valemax a aportarem em seus terminais. A justificativa, até agora, é que os portos chineses não têm capacidade para lidar com as 400 mil toneladas que os navios transportam. <isso é a desculpa. Balela.>
Em junho, quando a Vale ainda comemorava a primeira viagem de um desses navios, a embarcação teve que simplesmente dar meia volta quando cruzava o Cabo da Boa Esperança, na costa africana. Tudo porque a companhia foi pega de surpresa pela decisão chinesa de não permitir que o navio atracasse. Por conta disso, a embarcação foi desviada para a Itália, onde conseguiu descarregar o minério. Agora, com uma frota de supernavios, a Vale pretende usar uma espécie de centro de distribuição na Malásia para, dali, reembarcar o minério em navios menores e levar para a China.
O caso surpreendeu até os mais céticos dos analistas. É difícil imaginar que uma companhia do tamanho da Vale investiria mais de US$ 6 bilhões em uma frota de supernavios sem antes entrar em acordo com seu principal cliente. <inacreditavel realmente!> Mas, ao que parece, foi isso que aconteceu. “A empresa poderia ter negociado essa questão antes, mas como não fez isso, agora não consegue desembarcar o minério de seus próprios navios – muitos deles, inclusive, fabricados na própria China. O momento não é favorável para a Vale”, diz Lika Takahasi, estrategista-chefe do Banco Fator.
Editado pela última vez por Penguin em Qua Jan 04, 2012 8:13 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Os Super Navios da Vale
Melhor seguir o barco mesmo, pois ninguém aqui falou nada que 'voce' exporta alguma coisa.
Na minha opinião não deveríamos exportar commoditie e é o que eu sempre achei. Se tem pessoas que apreciam isso, cada um na sua, mas normalmente acaba sendo uma coisa ruim considerando que compramos de volta o nosso próprio aço a um preço muito maior que poderia ser feito em casa.
No fim, cada um com a sua maneira de ver as coisas.
[]s
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Re: Os Super Navios da Vale
SiderurgiaCarlos Lima escreveu:
Melhor seguir o barco mesmo, pois ninguém aqui falou nada que 'voce' exporta alguma coisa.
Na minha opinião não deveríamos exportar commoditie e é o que eu sempre achei. Se tem pessoas que apreciam isso, cada um na sua, mas normalmente acaba sendo uma coisa ruim considerando que compramos de volta o nosso próprio aço a um preço muito maior que poderia ser feito em casa.
No fim, cada um com a sua maneira de ver as coisas.
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Gerdau: “Hoje está mais barato produzir aço nos EUA”
http://www.brasileconomico.com.br/notic ... 94315.html
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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Os Super Navios da Vale
Algumas coisas deve ficar claras. A Vale tem 51% de capital direto ou indireto do GF.
A Vale e uma empresa estrativista não cria tecnologia. Trabalha basicamente em na extração e na logística. Além e claro da divisão dos lucros.
Se o GF não é apto para gerenciar pois não é "natural" gerenciar empresas de mineração, o Bradesco também não o é!
As empresas da China não estão exatamente "no mercado" . Elas representam sem questionamento os interesses do governo chinês.
No Brasil e que temos este problema. Quem poderia mandar até pelas regras societárias não manda. Ou vocês tem dúvidas que o interesse do GF (o nosso a princípio) seria da construção aqui dos tais navios.
Outros interesses levaram os navios da Vale a ter bandeira de conveniência e contas em paraísos fiscais.
Aí vocês dirá "Pô agora a Vale vale mais" . Claro é valor de bolsa critério que vale nos Eua, onde o capitalismo é totalmente diferente ...
SUNDAO
A Vale e uma empresa estrativista não cria tecnologia. Trabalha basicamente em na extração e na logística. Além e claro da divisão dos lucros.
Se o GF não é apto para gerenciar pois não é "natural" gerenciar empresas de mineração, o Bradesco também não o é!
As empresas da China não estão exatamente "no mercado" . Elas representam sem questionamento os interesses do governo chinês.
No Brasil e que temos este problema. Quem poderia mandar até pelas regras societárias não manda. Ou vocês tem dúvidas que o interesse do GF (o nosso a princípio) seria da construção aqui dos tais navios.
Outros interesses levaram os navios da Vale a ter bandeira de conveniência e contas em paraísos fiscais.
Aí vocês dirá "Pô agora a Vale vale mais" . Claro é valor de bolsa critério que vale nos Eua, onde o capitalismo é totalmente diferente ...
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Re: Os Super Navios da Vale
A questão é que a Vale vende o ferro, mas não compra o aço. Se fosse tudo estatal aqui, tanto a empresa que vende o ferro quanto a que compra o aço, seria realmente patético. Mas não é assim, nesse setor quem manda são os acionistas.Carlos Lima escreveu:
Melhor seguir o barco mesmo, pois ninguém aqui falou nada que 'voce' exporta alguma coisa.
Na minha opinião não deveríamos exportar commoditie e é o que eu sempre achei. Se tem pessoas que apreciam isso, cada um na sua, mas normalmente acaba sendo uma coisa ruim considerando que compramos de volta o nosso próprio aço a um preço muito maior que poderia ser feito em casa.
No fim, cada um com a sua maneira de ver as coisas.
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A Vale tem forte presença estatal, tem 12 (não sei por que 12 e não 1) golden shares, participação do BNDESPar, da Previ, Petros... Mas a maioria dos acionistas são privados. O que o governo fez tentando mudar o rumo (como eu disse, o caso das siderúrgicas, navios, etc), além de ser tratado como ilegal na mídia, ainda precisou de autorização do Bradesco (que participa da Vale pela Bradespar).
Não podemos fazer nada. No máximo, torcer para reformas tributárias, trabalhistas, etc, mas mesmo assim, cairia no fim, a decisão final nas mãos dos acionistas.
A Austrália por exemplo, país dos mais desenvolvidos, é pior que a gente nessa de exportar commodities (principalmente para a China). Exportam mais que o Brasil com um PIB menor. Será que lá os impostos e derivados são tão diabólicos como aqui ? Ou foi tudo decisão dos capitalistas, privados ?
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Re: Os Super Navios da Vale
mauri escreveu:Na China, Singapura e Coreia da Sul nos estaleiros China Rongsheng Heavy Industries Group Holdings Ltd, STX Offshore, Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co.
Acontece que estas críticas a Roger Agnelli são infundadas e injustas, frutos de poder de fogo da cúpula do PT, todo esse problema com os cargueiras é consequência do pragmatismo e corporativismo dos chineses, que quando estavam construindo em seus estaleiro, beleza, mas guando foi pra entrar na concorrência no transporte, ai a conversa mudou.
Os chineses estão colocando o ferro bruto da Austrália nas siderurgias locais a preço mais competitivos devido justamente ao frete mais em conta e a Vale não tinha escolha, ou formava sua própria frota ou ficava fora do mercado.
Mauri
Lord Nauta escreveu:Estes super navios estão sendo construídos em qual país, mesmo?
Sds
Lord Nauta
Ótimo. Meu foco e o navio novíssimo, construído em estaleiro da Coreia do Sul. País super construtor de navios em tempo record. Estaleiros altamente especializados que conseguem produzir navios com maior rapidez do que seus congeneres americanos, ingleses, holandeses, alemães, franceses... etc. Parabéns a Vale por encomendar o seu super navio , talvez por bom preço, ao eficiente estaleiro sul coreano. PARABÉNS!
Cuidado MB com o PROSUPER. Olho nos coreanos. Minha opinião.
Sds
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Re: Os Super Navios da Vale
China recusa supercargueiros da Vale
Autor(es): CLÁUDIA TREVISAN, CORRESPONDENTE /
O Estado de S. Paulo - 24/11/2011
Logística. Empresa enfrenta o lobby de transportadores chineses, que, com medo de perderem mercado para a mineradora brasileira - que já encomendou 19 cargueiros gigantes -, pressionam o governo do país a não permitir sua utilização nos portos locais
A Vale recebeu seu primeiro supercargueiro em maio, mas até hoje o navio não teve autorização para atracar em portos da China, destino de quase metade das exportações da empresa. Concebidos principalmente para atender ao que é o maior mercado de minério de ferro do mundo, os navios enfrentam a resistência dos transportadores marítimos chineses, que pressionam o governo de Pequim a não permitir sua utilização no país.
"Todos esperávamos que esses navios fossem servir ao mercado chinês e é estranho que não saibamos até agora se eles poderão operar na China", disse ao Estado Ralph Leszczynski, da empresa italiana Banchero Costa, que faz a intermediação entre donos de cargas e de navios.
Maior cargueiro do mundo, o primeiro Valemax saiu do Brasil no dia 24 de maio com destino à China, mas nunca chegou ao país. Em junho, foi desviado para o porto de Taranto, na Itália, porque não tinha autorização para atracar na cidade chinesa de Dalian. O navio chegou até o Cabo da Boa Esperança, deu meia volta e retornou ao Atlântico. "Eles não deveriam ter checado antes se havia aprovação técnica para a embarcação?", pergunta Leszczynski. Procurada, a Vale disse que não iria comentar o assunto.
O problema não é só o primeiro navio, mas todo o investimento estratégico de US$ 2,35 bilhões feito pela empresa para atender o mercado asiático e, em especial, a China. Os recursos foram destinados à construção de uma frota de 19 dos maiores cargueiros do mundo, cada um com capacidade para transportar 400 mil toneladas do produto, quase três vezes mais que as 160 mil toneladas carregadas pelas embarcações comuns. Quatro deles serão entregues neste ano e o restante, até 2013. Além disso, outras 16 embarcações serão contratadas com exclusividade de armadores.
Clientes. Além do lobby dos armadores, a Vale enfrenta a má vontade das siderúrgicas, com as quais trava constantes embates em torno da cotação do minério de ferro. A menos que a empresa decida transferir ao preço do produto a economia no frete trazida pela nova embarcação, há poucos incentivos econômicos para as siderúrgicas verem sua utilização com simpatia. "Ninguém na China quer que a frota da Vale venha", disse à agência Bloomberg Chang Tao, analista da Merchants Securities.
A Vale anunciou a construção dos supercargueiros em 2008, antes do estouro da crise financeira global. Os navios foram encomendadas em um momento de boom econômico, mas começaram a ser entregues neste ano, quando há excesso de capacidade no transporte marítimo, afetado pela desaceleração econômica mundial. "O movimento da Vale foi visto como um gesto de confronto e provocou reação dos donos de navios em todo o mundo", disse Leszczynski.
A ofensiva contra a Vale é capitaneada pela Associação de Proprietários de Navios da China (CSA, na sigla em inglês) e a COSCO (China Ocean Shipping Company), a gigantesca estatal que é uma das maiores empresas de transporte marítimo do mundo. "A Vale está tentando controlar o mercado de frete, assim como fez com o preço do minério de ferro", disse à Bloomberg o vice-presidente da CSA, Zhang Shouguo, em entrevista concedida em agosto. Segundo ele, as regras em vigor na China não permitem que nenhum porto do país receba navios com mais de 300 mil toneladas, por questões de segurança e ambientais.
O estaleiro chinês Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries é responsável pela construção de 12 dos 19 supercargueiros da Vale, em um contrato de US$ 1,6 bilhão. Os outros 7 foram encomendados à Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, por US$ 748 milhões.
Autor(es): CLÁUDIA TREVISAN, CORRESPONDENTE /
O Estado de S. Paulo - 24/11/2011
Logística. Empresa enfrenta o lobby de transportadores chineses, que, com medo de perderem mercado para a mineradora brasileira - que já encomendou 19 cargueiros gigantes -, pressionam o governo do país a não permitir sua utilização nos portos locais
A Vale recebeu seu primeiro supercargueiro em maio, mas até hoje o navio não teve autorização para atracar em portos da China, destino de quase metade das exportações da empresa. Concebidos principalmente para atender ao que é o maior mercado de minério de ferro do mundo, os navios enfrentam a resistência dos transportadores marítimos chineses, que pressionam o governo de Pequim a não permitir sua utilização no país.
"Todos esperávamos que esses navios fossem servir ao mercado chinês e é estranho que não saibamos até agora se eles poderão operar na China", disse ao Estado Ralph Leszczynski, da empresa italiana Banchero Costa, que faz a intermediação entre donos de cargas e de navios.
Maior cargueiro do mundo, o primeiro Valemax saiu do Brasil no dia 24 de maio com destino à China, mas nunca chegou ao país. Em junho, foi desviado para o porto de Taranto, na Itália, porque não tinha autorização para atracar na cidade chinesa de Dalian. O navio chegou até o Cabo da Boa Esperança, deu meia volta e retornou ao Atlântico. "Eles não deveriam ter checado antes se havia aprovação técnica para a embarcação?", pergunta Leszczynski. Procurada, a Vale disse que não iria comentar o assunto.
O problema não é só o primeiro navio, mas todo o investimento estratégico de US$ 2,35 bilhões feito pela empresa para atender o mercado asiático e, em especial, a China. Os recursos foram destinados à construção de uma frota de 19 dos maiores cargueiros do mundo, cada um com capacidade para transportar 400 mil toneladas do produto, quase três vezes mais que as 160 mil toneladas carregadas pelas embarcações comuns. Quatro deles serão entregues neste ano e o restante, até 2013. Além disso, outras 16 embarcações serão contratadas com exclusividade de armadores.
Clientes. Além do lobby dos armadores, a Vale enfrenta a má vontade das siderúrgicas, com as quais trava constantes embates em torno da cotação do minério de ferro. A menos que a empresa decida transferir ao preço do produto a economia no frete trazida pela nova embarcação, há poucos incentivos econômicos para as siderúrgicas verem sua utilização com simpatia. "Ninguém na China quer que a frota da Vale venha", disse à agência Bloomberg Chang Tao, analista da Merchants Securities.
A Vale anunciou a construção dos supercargueiros em 2008, antes do estouro da crise financeira global. Os navios foram encomendadas em um momento de boom econômico, mas começaram a ser entregues neste ano, quando há excesso de capacidade no transporte marítimo, afetado pela desaceleração econômica mundial. "O movimento da Vale foi visto como um gesto de confronto e provocou reação dos donos de navios em todo o mundo", disse Leszczynski.
A ofensiva contra a Vale é capitaneada pela Associação de Proprietários de Navios da China (CSA, na sigla em inglês) e a COSCO (China Ocean Shipping Company), a gigantesca estatal que é uma das maiores empresas de transporte marítimo do mundo. "A Vale está tentando controlar o mercado de frete, assim como fez com o preço do minério de ferro", disse à Bloomberg o vice-presidente da CSA, Zhang Shouguo, em entrevista concedida em agosto. Segundo ele, as regras em vigor na China não permitem que nenhum porto do país receba navios com mais de 300 mil toneladas, por questões de segurança e ambientais.
O estaleiro chinês Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries é responsável pela construção de 12 dos 19 supercargueiros da Vale, em um contrato de US$ 1,6 bilhão. Os outros 7 foram encomendados à Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, por US$ 748 milhões.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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