Eurofighter

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
PRick

Re: Eurofighter

#601 Mensagem por PRick » Dom Dez 18, 2011 9:16 pm

Penguin escreveu:
PRick escreveu: Não sei como, afinal, o maior problema que dizem existir é o preço, e o Typhoon é mais caro, e não cumpre as especificações dos EAU, por sinal, ele cumpri bem menos que o Rafale, porque seu desenvolvimento está mais atrasado.

[]´s
Se fosse fácil determinar o mais barato entre o Rafale e o Typhoon, os indianos não estariam quebrando a cabeça...
Christmas gift?
New Delhi, December 17, 2011 | 13:46

The Defence ministry and air force officials are working hard, going through complex calculations to decide the lowest bidder for the 126 fighter jet contract.

Grapevine has it that the winner between the French contender Rafale and the European consortium's Eurofighter will be declared after Christmas. After all, the employees of the two contenders are keen to enjoy the holiday season.
http://indiatoday.intoday.in/story/winn ... 64683.html
Se você acreditar que a demora seja para calcular preços, seria a prova que não existe matemático e computadores na Índia! É evidente que agora o negócio é a dimensão política que manda mais que qualquer outra coisa. Com pitadas de ToT´s, entre outras coisas, nada haver com preços essa demora.

[]´s




Avatar do usuário
Luís Henrique
Sênior
Sênior
Mensagens: 8391
Registrado em: Sex Mai 07, 2004 12:25 pm
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 184 vezes

Re: Eurofighter

#602 Mensagem por Luís Henrique » Seg Dez 19, 2011 12:19 pm

Orestes, veja se faz sentido:

Se temos Rafale 300 unidades e Eurofighter 600 unidades.
O Eurofighter tem o dobro da demanda. Logo, presume que terá uma redução de custos devido a maior produção (economia de escala).

Mas se esta produção é FATIADA em 4 partes. (Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha) na verdade cada país produz cerca de 150 Eurofighter.

O custo com capacitação, ferramental, instalações, etc é bem maior.
Mesmo que não seja 4 linhas de montagem iguais, mesmo que seja produzido determinadas partes em um ou outro país, existe um custo adicional.

Creio que são 02 pontos que tornam o Eurofighter mais caro que o Rafale.

1) divisão da produção em 4 países
2) tecnologia um pouco atrás da francesa




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
orestespf
Sênior
Sênior
Mensagens: 11430
Registrado em: Ter Out 17, 2006 5:43 pm
Agradeceu: 2 vezes
Agradeceram: 1 vez

Re: Eurofighter

#603 Mensagem por orestespf » Seg Dez 19, 2011 9:55 pm

Olá Luís,

tudo bem?

Se me permite, comentarei brevemente "em azul".

Luís Henrique escreveu:Orestes, veja se faz sentido:

Se temos Rafale 300 unidades e Eurofighter 600 unidades.
O Eurofighter tem o dobro da demanda. Logo, presume que terá uma redução de custos devido a maior produção (economia de escala).
Em tese sim, na prática, não.

Mas se esta produção é FATIADA em 4 partes. (Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha) na verdade cada país produz cerca de 150 Eurofighter.
Em média (= estaticamente) sim.

O custo com capacitação, ferramental, instalações, etc é bem maior.
Não deveria ser o contrário? Maior esforço, menor custo.

Mesmo que não seja 4 linhas de montagem iguais, mesmo que seja produzido determinadas partes em um ou outro país, existe um custo adicional.
Se isto for verdade, então não deveriam seguir com o projeto: bastaria uma espécie de "pacto" para se comprar aquilo que foi elaborado por todos e produzido apenas por um.

Creio que são 02 pontos que tornam o Eurofighter mais caro que o Rafale.

1) divisão da produção em 4 países
2) tecnologia um pouco atrás da francesa
Posso estar errado, mas exibo a minha opinião (que tenho hoje, mas faço questão de mudar assim que encontrar melhores e sólidos argumentos): o consórcio "contava" com certas tecnologias que a França tinha, mas como a mesma saiu do programa, tiveram que gastar mais do que imaginavam, forçando os custos do projeto a subir mais do que o imaginado.

A França, muito provavelmente, contava com capacidades que o consórcio EF-2000 dispunha, mas teve que desenvolver por conta própria.
Leitura sobre Typhoon X Rafale: todos perderam; os caças ficaram mais caros do que o imaginado e "por pura vaidade" das partes.

Este tipo de vaidade é importante, não é luxo. Tecnologia é algo que se detém antes da guerra; a guerra é o local da comprovação da capacidade de desenvolvimento previamente construído.




Abração! :wink: :mrgreen: :mrgreen:




Avatar do usuário
Justin Case
Sênior
Sênior
Mensagens: 1762
Registrado em: Dom Jan 17, 2010 7:28 pm
Localização: Brasília-DF Brazil
Agradeceu: 146 vezes
Agradeceram: 230 vezes

Re: Eurofighter

#604 Mensagem por Justin Case » Seg Dez 19, 2011 10:34 pm

orestespf escreveu:
Leitura sobre Typhoon X Rafale: todos perderam; os caças ficaram mais caros do que o imaginado e "por pura vaidade" das partes.

Este tipo de vaidade é importante, não é luxo. Tecnologia é algo que se detém antes da guerra; a guerra é o local da comprovação da capacidade de desenvolvimento previamente construído.



Abração! :wink: :mrgreen: :mrgreen:
Orestes, boa noite.

É bom tê-lo de volta.

É claro que existem orgulhos e vaidades, mas tenho certeza que esse não foi o principal motivo para a separação.
A França queria um avião único para as suas forças, um avião que também fosse aeronaval, de reconhecimento e ataque.
Os outros queriam aviões que fossem focados na superioridade aérea, para operar como complemento ao Tornado, embora pudessem também executar algumas missões "complementares".
Os parceiros do Eurofighter não estavam dispostos a pagar por esses requisitos franceses.

Esse motivo faz mais sentido que a simples vaidade, não?
Abraço,

Justin




Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceu: 5 vezes
Agradeceram: 374 vezes

Re: Eurofighter

#605 Mensagem por Penguin » Seg Dez 19, 2011 11:05 pm

Luís Henrique escreveu:Orestes, veja se faz sentido:

Se temos Rafale 300 unidades e Eurofighter 600 unidades.
O Eurofighter tem o dobro da demanda. Logo, presume que terá uma redução de custos devido a maior produção (economia de escala).

Mas se esta produção é FATIADA em 4 partes. (Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha) na verdade cada país produz cerca de 150 Eurofighter.

O custo com capacitação, ferramental, instalações, etc é bem maior.
Mesmo que não seja 4 linhas de montagem iguais, mesmo que seja produzido determinadas partes em um ou outro país, existe um custo adicional.

Creio que são 02 pontos que tornam o Eurofighter mais caro que o Rafale.

1) divisão da produção em 4 países
2) tecnologia um pouco atrás da francesa
Os primeiros Typhoon começaram a ser entregues em 2003. Até hoje aproximadamente 300 foram produzidos.
Em 2011 a cadência de produção dos Typhoon atingiu 53/ano. Em 2012 devido aos efeitos da crise, a cadência será reduzida para 43/ano.

O Rafale foi introduzido em 2000 (3 anos antes do Typhoon). Até hoje foram produzidos aproximadamente 100. A Cadência tem se situado perigosamente no nível minimo para manter a linha de produção aberta: 11/ano.

Como disse antes, programas conjuntos têm desvantagens. Mas têm vantagens tb.

[]s




Editado pela última vez por Penguin em Seg Dez 19, 2011 11:45 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceu: 5 vezes
Agradeceram: 374 vezes

Re: Eurofighter

#606 Mensagem por Penguin » Seg Dez 19, 2011 11:08 pm

Justin Case escreveu:
orestespf escreveu:
Leitura sobre Typhoon X Rafale: todos perderam; os caças ficaram mais caros do que o imaginado e "por pura vaidade" das partes.

Este tipo de vaidade é importante, não é luxo. Tecnologia é algo que se detém antes da guerra; a guerra é o local da comprovação da capacidade de desenvolvimento previamente construído.



Abração! :wink: :mrgreen: :mrgreen:
Orestes, boa noite.

É bom tê-lo de volta.

É claro que existem orgulhos e vaidades, mas tenho certeza que esse não foi o principal motivo para a separação.
A França queria um avião único para as suas forças, um avião que também fosse aeronaval, de reconhecimento e ataque.
Os outros queriam aviões que fossem focados na superioridade aérea, para operar como complemento ao Tornado, embora pudessem também executar algumas missões "complementares".
Os parceiros do Eurofighter não estavam dispostos a pagar por esses requisitos franceses.

Esse motivo faz mais sentido que a simples vaidade, não?
Abraço,

Justin
Tenho lido que foram dois os motivos principais:

1) A França queria o desenvolvimento de uma versão naval e os outros países não queriam arcar com esse custo adicional e nem com os compromissos advindos.
2) A França queria ser o líder do projeto. Os outros países não aceitaram (Reino Unido e Alemanha).

[]s




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Avatar do usuário
Luís Henrique
Sênior
Sênior
Mensagens: 8391
Registrado em: Sex Mai 07, 2004 12:25 pm
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 184 vezes

Re: Eurofighter

#607 Mensagem por Luís Henrique » Seg Dez 19, 2011 11:42 pm

orestespf escreveu:Olá Luís,

tudo bem?

Se me permite, comentarei brevemente "em azul".

Luís Henrique escreveu:Orestes, veja se faz sentido:

Se temos Rafale 300 unidades e Eurofighter 600 unidades.
O Eurofighter tem o dobro da demanda. Logo, presume que terá uma redução de custos devido a maior produção (economia de escala).
Em tese sim, na prática, não.

Mas se esta produção é FATIADA em 4 partes. (Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha) na verdade cada país produz cerca de 150 Eurofighter.
Em média (= estaticamente) sim.

O custo com capacitação, ferramental, instalações, etc é bem maior.
Não deveria ser o contrário? Maior esforço, menor custo.

Mesmo que não seja 4 linhas de montagem iguais, mesmo que seja produzido determinadas partes em um ou outro país, existe um custo adicional.
Se isto for verdade, então não deveriam seguir com o projeto: bastaria uma espécie de "pacto" para se comprar aquilo que foi elaborado por todos e produzido apenas por um.

Creio que são 02 pontos que tornam o Eurofighter mais caro que o Rafale.

1) divisão da produção em 4 países
2) tecnologia um pouco atrás da francesa
Posso estar errado, mas exibo a minha opinião (que tenho hoje, mas faço questão de mudar assim que encontrar melhores e sólidos argumentos): o consórcio "contava" com certas tecnologias que a França tinha, mas como a mesma saiu do programa, tiveram que gastar mais do que imaginavam, forçando os custos do projeto a subir mais do que o imaginado.

A França, muito provavelmente, contava com capacidades que o consórcio EF-2000 dispunha, mas teve que desenvolver por conta própria.
Leitura sobre Typhoon X Rafale: todos perderam; os caças ficaram mais caros do que o imaginado e "por pura vaidade" das partes.

Este tipo de vaidade é importante, não é luxo. Tecnologia é algo que se detém antes da guerra; a guerra é o local da comprovação da capacidade de desenvolvimento previamente construído.




Abração! :wink: :mrgreen: :mrgreen:
Concordo com você.

E uma das evidências que comprovam que a França estava a frente em tecnologia é que o Rafale ficou pronto primeiro e está mais adiantado (radar AESA, capacidade de ataque ao solo, etc.)




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
orestespf
Sênior
Sênior
Mensagens: 11430
Registrado em: Ter Out 17, 2006 5:43 pm
Agradeceu: 2 vezes
Agradeceram: 1 vez

Re: Eurofighter

#608 Mensagem por orestespf » Seg Dez 19, 2011 11:47 pm

Justin Case escreveu: Orestes, boa noite.

É bom tê-lo de volta.

É claro que existem orgulhos e vaidades, mas tenho certeza que esse não foi o principal motivo para a separação.
A França queria um avião único para as suas forças, um avião que também fosse aeronaval, de reconhecimento e ataque.
Os outros queriam aviões que fossem focados na superioridade aérea, para operar como complemento ao Tornado, embora pudessem também executar algumas missões "complementares".
Os parceiros do Eurofighter não estavam dispostos a pagar por esses requisitos franceses.

Esse motivo faz mais sentido que a simples vaidade, não?
Abraço,

Justin
Salve amigo Justin!

Desculpe-me pela demora; estava assistindo o "Extranormal" :mrgreen: :mrgreen: :oops: :oops:

"Vaidades": usei o termo entre-aspas, Justin, ou seja, de maneira não pejorativa. Vaidades aqui significa necessidades; necessidades (pode, em geral) implicar em diferenças imediatas.

A "Europa" (entre aspas para não generalizar) pareceia preocupada com o "comportamento" da família SU27 (30, 33, 35, etc.); pareciam não pensar no ataque, mas apenas na defesa aérea. A França, ao que parece, se preocupava em ter um único vetor que pudesse substituir todos os seus meios aéreos e fazer tudo com "qualidade" (entre aspas porque isto não passa de uma carta de boas intenções). Isto me faz lembrar dos requisitos da FAB e da força aérea italiana quando da época do AMX... Requisitos e necessidades distintas; deu no que deu (sem entrar no mérito em si).

A França parecia se preocupar com sua necessidade de um caça multi-missão em sentido amplo; os demais países (leia-se os quatro do consórcio EF-2000) parecia se preocupar com um caça de superioridade aérea (apenas?). Quem estava certo? Não sei, mas o fato é que nos dias de hoje um caça "completo" diz muito mais do que um caça dedicado, apesar do fato de que todos os fabricantes alegam o mesmo propósito (será mesmo?)

Justin, será mesmo que a expressão "vaidade" se aplica apenas à França? Ou não necessariamente a ela? Vaidade é uma via de mão dupla; quem está em uma acusa a outra. Posso ser um estúpido (como habitualmente), mas acho que a proposta francesa é a mais inteligente. Posso ser um estúpido, mas acho que o Typhoon nasceu atrasado (pois o SU-3x já era uma realidade). Posso ser um estúpido, mas acho que foi justamente por isto que a FAB não considerou o Typhoon em sua short list.


Grande abraço!




Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceu: 5 vezes
Agradeceram: 374 vezes

Re: Eurofighter

#609 Mensagem por Penguin » Ter Dez 20, 2011 12:02 am

Muito interessante esse esclarecedor cronograma compilado por Tmor, administrador do The International Rafale forum (http://rafale.freeforums.org/genesis-wh ... e-t58.html):

Rafale programme history, the genesis:
1) The failure of the cooperation, time-line :

Sources : "Rafale, la suprématie aérienne", André Bréand, ETAI, 2005
Air & Cosmos Hors-Série "Rafale : tous ses atouts", 2006
"Un demi siècle d'aéronautique en France : LES AVIONS MILITAIRES", COMAERO, Centre des hautes études de l'armement, 2007


1972 : Though it's also the begining of the Mirage 2000 programme, the Armée de l'Air (a.k.a. AdA,or FAF for French Air Force) begins studies for the specifications of a multirole aircraft to enter service by the late 90's.

After the Mirage F2, the G8, there is an ongoing programme nammed ACF (Avion de Combat Futur), stopped in late 1975 though the prototype was being built. Too costly for France alone.

programme ANGE (Avion Nouvelle GEneration) NO DETAILS FOUND


Western Germany and Great Britain have common interests, in addition, at the time, it was believed that a joint programme would lower the unit cost (economies of scale) and that such a programme would be harder to stop (inertia of several countries).

Mid-1970's : (1976) The Snecma begins feasibility studies for a engine powering such a fighter.


1977 : The ministries of Defense from the three countries decide to team up for the task of defining the specifications of a common aircraft. At the time, GB and Germany want to replace its ageing Phantoms, while France want to replace its Jaguars, and later, the Mirage 2000. While everyone agree for an air superiority platform, France also needs a more stringent air-to-ground capability compared to the others.

June 1977 : during Paris Air Show at Le Bourget, Dassault Breguet learns that Germany has asked MBB (Messerschmitt Bölkow Blohm) to study the feasibility of a fighter for early 90s. Thus, they pay them a visit, so as to check whether a cooperation is possible or not.
Meanwhile, the Panavia structure still exists, and the nations are working (without France) on the European Combat Fighter (ECF).

End of 1977 : the ministries ask the Head Quarters to look for a cooperation so as to develop an aircraft which was to enter service in early 90's.

1978 : Great Britain changes its requirements. The Phantoms are now to be replaced by the new Tornado ADV. This means that the new fighter would have to replace the Jaguars. This partially fits the French requirements, but the French remind GB that they need a multi-role fighter, and that the air-to-air capability can't be dismissed. This is the first time problems arise : the three HQ are about to agree on the airframe, but they want three different weapon systems.

March 10, 1978 : Mirage 2000 first flight.

The Marine National (a.k.a. MN or French Navy) also takes interest in the programme. The MN, the AdA and Dassault Breguet commence working together on such a programme.

October 30, 1978 : France orders a feasibility study for a strike and air superiority fighter to Dassault Breguet, this is the ATS 92.
Just after, on December 20, France orders the same, but this time for a navalised fighter (ACM).

1979 : the ONERA begins studies in aerodynamics for an evolved fighter. This is the programme "Rapace", all about tridimensional transsonic high-angles aerodynamics, digital modeling, aerodynamic flows, and high alpha flight mechanic. Those studies benefit from the Mirage 2000 programme, but demonstrate the limits of the analog FBW, and thus, Dassault will create, on the bench, a digital FBW Mirage 2000 to help.

March 1979 : Mirage 4000 first flight. Too heavy, too costly for France.

September 24, 1979 : the DGA (Délégué Général pour l'Armement : military procurements manager) asks Dassault Breguet to consult Germany and Great Britain for a cooperation.

October 1979 : in Bruxelle, the Programme Independant European Group (Groupe Européen de programmes Indépendant -GEIP) now examines three studies, AST 403, TKF 90 and ACT 92 to as to sort the problems of a eventual cooperation.

This results in the creation of the ECA study (European Combat Aircraft) which covers the airframe, the powerplant and the weapon system for the three countries.

Though Great Britain proposes conventional tail design, the agreed solution is a twin engined, delta winged with canard foreplanes and FBW design.

But several problems arise :
weights between 8.5t and 12.5t ;
powerplant : GB want a RB.199 derivative, France wants the M88, and Germany wants the existing GE404 ;
requirements : GB wants an air-to-ground/recon platform with secondary air-to-air capabilities, Germany wants the contrary, and France wants Air-to-air, air-to-ground, recon and nuclear strike capabilties without preference.


However, the cooperation goes on, and the partners agree for 2 prototypes (first flight mid-1984), 12 pre-series aircraft, and first serie delivery in 1991. No less than 900 fighters are to be built. Components are to be built from a single source, but with assembly lines in each country, and different flight test centers for different systems according to the final customer.

March 14, 1980 : the ACT 92 (Avion de Combat Tactique) feasibility study is funded. .

May 1980 : In Hanover, MBB shows the TKF90, and GB shows the P106 and P110 (check).

Dassault Breguet reveals its projects for a highly maneuverable aircraft for the 90's with two mock-up.
The aircraft would be initially propelled by the GE404, then the M88 at 7.5t of thrust later improved to 8.5t. A navalized variant would be feasible, and if ordered soon enough, production could begin in 1993. Dassault pushes GB and Germany to join, first on May 30, 1980, then in February, 1981. Because Dassault begins to feel that the project is impossible, they accelerate the proposition, and suggests that the programme must be led by a single leader among the three countries. Great Britain refuses, while Germany hesitate and show an intermediate position.

Late February 1981, in Munich, the three partners still agree on the fact that the fighter will have to use a singletype of engine and common systems to lower the price. But because of the hurdles, the three governments renounce to the ECA.

France is alone.

In December 1981: the Panavia partners announce that they will build a fighter without France. However, Germany stays in touch with France.

A German/French cooperation will last up to April 1983 : while France still want what was to become its omnirole fighter, Germany plans to use Alphajet for light air-to-ground missions, Tornado for deep strike, and a new relatively light and cheap fighter for pure air-superiority (which really looked like what France need -in terms of airframe/weight-, but with less capabilities -no air-to-ground-). The cooperation thus envisage two possibilities, GE404 and M88.

With a programme led in a similar way to the Alpha Jet programme, French and German start to organize parity in work share. But when MBB asked for money for this programme, the German governement required that MBB also keep in touch with GB and Italy for an alternate solution (in addition, Dornier is working with Northrop).

Two programmes for this cooperation. The first one would have been a 6-tons single engined fighter, much better than the Mirage 2000, powered by a 11tons M88, able to compete against Lavi and Gripen for export countries such as Brasil, Yougoslavia, India, entirely funded by Dassault. The other being a common twin-engine fighter.
But neither the German government nor the Luftwaffe want to take risk, and MBB then ask Dassault to fund entirely the common project instead of the light export fighter.

As Dassault has already funded the Mirage 4000, they have no money left, and have to refuse. The cooperation project is in trouble.

Then, the British see that the German/French cooperation is in trouble, and at Farnborough, in 1982, they expose a full scale mock up of the ACA (Agile Combat Aircraft), funded by the British governement, BAe, MBB, and Aeritalia.

October 1982 : GB announces the revival of the Panavia organization. In response, the French MoD (ministry of Defense) Charles Hernu launches the programme ACT (Avion de Combat Tactique) which is to enter service between 1995 and 2000, and decides the development of the demonstrator ACX, later renamed "Rafale".

But France still would like to join the ACA programme. Great Britain and Italia do not agree, but Germany soften the relations.

April 13, 1983, Charles Hernu decides the beginning of initial ACX studies, and on July 22, he orders the demonstrator.

The four nations keep trying to cooperate... December 16, 1983, another agreement (OEST : Outline European Staff Target)... 800 aircraft, twin-engine, very agile, 4.5tons of payload. But again, GB wants a 12 to 13 tons aircraft, Germany wants 9tons, and France wants 8.5tons.

In Roma, in 1984, the weight is fixed at 9.5tons, with a 8.5t to 8.8tons engine. The RB199 was rejected. This could have been perfect for the M88, but Roll-Royce pushes for a new X-40 prototype (which will be the EJ200).

Great Britain and France also keep moaning. GB doesn't want too much partners, and France having seen what happened with Panavia (a catastrophe in the French point of view) wants to designate a leader for each of the three main parts (airframe, engine, weapon and navigation system).

While GB is about to agree for the Dassault leadership on the airframe, they expect to have the engine leadership.

But this would put the Snecma at stake. France isn't ready to sacrifice a single part of its know-how, in addition, a five partners cooperation, according to Dassault, would have led to a costlier solution compared to what France is capable to do on its own.

1985 : with the EST agreement, the weight is increased by 250kg.

In Turin, in August 1985, Charle Hernu announces that France leave the EFA group, because "we pay an aircraft for its weight, and the Armée de l'Air do not want a aircraft weighting more than 9 tons". The programme would have been too costly, in terms of unit price, but also for the French industry (no enough counter-parts, they already had enormous knowledge, a lot to loose, only a few to learn).

Later, between 1987 and 88, France also entered talks with Belgium, but again, it failed.




Editado pela última vez por Penguin em Ter Dez 20, 2011 9:59 am, em um total de 2 vezes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Avatar do usuário
Justin Case
Sênior
Sênior
Mensagens: 1762
Registrado em: Dom Jan 17, 2010 7:28 pm
Localização: Brasília-DF Brazil
Agradeceu: 146 vezes
Agradeceram: 230 vezes

Re: Eurofighter

#610 Mensagem por Justin Case » Ter Dez 20, 2011 12:27 am

orestespf escreveu:
Justin Case escreveu: Orestes, boa noite.

É bom tê-lo de volta.

É claro que existem orgulhos e vaidades, mas tenho certeza que esse não foi o principal motivo para a separação.
A França queria um avião único para as suas forças, um avião que também fosse aeronaval, de reconhecimento e ataque.
Os outros queriam aviões que fossem focados na superioridade aérea, para operar como complemento ao Tornado, embora pudessem também executar algumas missões "complementares".
Os parceiros do Eurofighter não estavam dispostos a pagar por esses requisitos franceses.

Esse motivo faz mais sentido que a simples vaidade, não?
Abraço,

Justin
Salve amigo Justin!

Desculpe-me pela demora; estava assistindo o "Extranormal" :mrgreen: :mrgreen: :oops: :oops:

"Vaidades": usei o termo entre-aspas, Justin, ou seja, de maneira não pejorativa. Vaidades aqui significa necessidades; necessidades (pode, em geral) implicar em diferenças imediatas.

A "Europa" (entre aspas para não generalizar) pareceia preocupada com o "comportamento" da família SU27 (30, 33, 35, etc.); pareciam não pensar no ataque, mas apenas na defesa aérea. A França, ao que parece, se preocupava em ter um único vetor que pudesse substituir todos os seus meios aéreos e fazer tudo com "qualidade" (entre aspas porque isto não passa de uma carta de boas intenções). Isto me faz lembrar dos requisitos da FAB e da força aérea italiana quando da época do AMX... Requisitos e necessidades distintas; deu no que deu (sem entrar no mérito em si).

A França parecia se preocupar com sua necessidade de um caça multi-missão em sentido amplo; os demais países (leia-se os quatro do consórcio EF-2000) parecia se preocupar com um caça de superioridade aérea (apenas?). Quem estava certo? Não sei, mas o fato é que nos dias de hoje um caça "completo" diz muito mais do que um caça dedicado, apesar do fato de que todos os fabricantes alegam o mesmo propósito (será mesmo?)

Justin, será mesmo que a expressão "vaidade" se aplica apenas à França? Ou não necessariamente a ela? Vaidade é uma via de mão dupla; quem está em uma acusa a outra. Posso ser um estúpido (como habitualmente), mas acho que a proposta francesa é a mais inteligente. Posso ser um estúpido, mas acho que o Typhoon nasceu atrasado (pois o SU-3x já era uma realidade). Posso ser um estúpido, mas acho que foi justamente por isto que a FAB não considerou o Typhoon em sua short list.


Grande abraço!
Orestes,

Sim, também considerei a vaidade como um "requisito comum" para todas as partes. Quando o Penguin citou a história do desejo de liderar o projeto, lembrei da "vaidade".
Apesar de o termo não ser dos mais simpáticos, vaidade também é motivação para progredir, para ser melhor do que o outro.
Certamente não é o motivo ideal, mas existe e funciona.
Abraço,

Justin




orestespf
Sênior
Sênior
Mensagens: 11430
Registrado em: Ter Out 17, 2006 5:43 pm
Agradeceu: 2 vezes
Agradeceram: 1 vez

Re: Eurofighter

#611 Mensagem por orestespf » Ter Dez 20, 2011 12:53 am

Justin Case escreveu: Orestes,

Sim, também considerei a vaidade como um "requisito comum" para todas as partes. Quando o Penguin citou a história do desejo de liderar o projeto, lembrei da "vaidade".
Apesar de o termo não ser dos mais simpáticos, vaidade também é motivação para progredir, para ser melhor do que o outro.
Certamente não é o motivo ideal, mas existe e funciona.
Abraço,

Justin
É o clássico "vale o quanto pesa"... :wink: :wink:

A França foi "humilhada" na segunda grande guerra; a Inglaterra não podia perder a sua soberania regional/mundial; a Alemanha precisava se distanciar do (e/ou resgatar o) estigma da 2ª GG.

"Vaidade" = sinônimo de imposição tecnológica (seja atraso, seja avanço).

Não existe o pensamento certo, existe a necessidade de auto imposição e auto sobrevivência.

Vaidade não é um termo pejorativo, é uma expressão que relata a necessidade de ser mais do que precisa ser.

Uma forma sutil de retratar a vaidade é assumir que se usa a dissuasão para defender-se de interesses de terceiros. Dissuadir é dizer que se tem mais do que se tem, simplesmente com a intenção de impedir que um aventureiro tente um absurdo sobre si.


Abração, nobre Justin!!!




Avatar do usuário
Paisano
Sênior
Sênior
Mensagens: 16163
Registrado em: Dom Mai 25, 2003 2:34 pm
Localização: Volta Redonda, RJ - Brasil
Agradeceu: 649 vezes
Agradeceram: 285 vezes
Contato:

Re: Eurofighter

#612 Mensagem por Paisano » Qua Dez 21, 2011 10:47 pm





dafranca
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 301
Registrado em: Ter Jan 17, 2012 10:53 pm
Agradeceu: 10 vezes
Agradeceram: 19 vezes

Re: Eurofighter

#613 Mensagem por dafranca » Sáb Mar 31, 2012 10:26 am

Código: Selecionar todos

Eurofighter companies agree five-year support deal

Alenia Aermacchi, BAE Systems and Cassidian have received major new contracts to support the operation of Eurofighter combat aircraft by partner nations Germany, Italy, Spain and the UK.

Signed on 30 March by Eurofighter chief executive Enzo Casolini and NATO Eurofighter and Tornado Management Agency general manager Jesus Prieto Pinillos, the five-year deal "will focus on performance and affordability", says the industrial consortium behind the aircraft. "The agreement demonstrates a commitment by all parties in achieving continued efficiencies on the programme," it adds.

The Eurofighter nations have previously requested a 30% reduction in the cost of supporting their fleets of the multi-role combat aircraft, with the improvement also considered an important factor in securing potential additional export sales.

Alenia Aermacchi will provide continued and improved support for the Italian air force, BAE to the UK Royal Air Force and Cassidian to the German and Spanish services.

Alenia has valued its part of the deal as worth more than €500 million ($666 million), while BAE's stake will value £446 million ($713 million). Cassidian has yet to indicate the size of its part of the contract.

Casolini says the deal also represents "a massive step in supporting the enhancements programme planned for Eurofighter" by the four launch nations. This includes modifications outlined in the UK's Strategic Defence and Security Review, such as integrating a new active electronically scanned array radar capability.

Eurofighter says it has so far signed production contracts to deliver 559 aircraft to its partner nations and existing international buyers Austria and Saudi Arabia, with 321 of these delivered so far.
http://www.flightglobal.com/news/articl ... al-370206/




Avatar do usuário
Bolovo
Sênior
Sênior
Mensagens: 28560
Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
Agradeceu: 547 vezes
Agradeceram: 442 vezes

Re: Eurofighter

#614 Mensagem por Bolovo » Seg Set 03, 2012 11:28 pm

RBS-15 no Eurofighter.

http://forum.keypublishing.com/attachment.php?attachmentid=207110&d=1343250097




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 62002
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceu: 6451 vezes
Agradeceram: 6805 vezes
Contato:

Re: Eurofighter

#615 Mensagem por Túlio » Ter Set 04, 2012 10:18 am

E o radar AESA, já está operacional?




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Responder