Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Imagens retiradas do vídeo:SantaCatarinaBR escreveu:
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É um missil ar-ar A-Darter aos 1:18m?
Obs: coloquei a pergunta aqui porque o tópico "Mssilhouse do Brasil" esta trancado...
SCBR - DEFESA NACIONAL Reportagens, vídeos e notícias sobre as Forças Armadas do Brasil e sua Base Industria de Defesa.
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Canal no Youtube: https://www.youtube.com/c/SCBRDefesaNacional
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Canal no Youtube: https://www.youtube.com/c/SCBRDefesaNacional
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Ola Srs.
Não vou buscar as citações, apenas gostaria de lembrar que as desonerações oferecidas dizem respeito apenas a tributos federais.
De longe, acredito eu, a maior carga é a estadual e eventualmente municipal.
Se o objetivo é estimular as empresas da área de defesa, a desoneração deveria ser total em todos os níveis, ou quase isto, reservando a possibilidade de um imposto regulador como o imposto de exportação e mesmo o IPI em bases irrisórias.
Explique a um morador de Rondônia por que seu filho não pode trabalhar numa empresa que paga bons salários só porque ele nasceu no estado errado. Porque o estado brasileiro investe nos estados do sul e os benefícios palpáveis do cidadão (dos seus impostos) ficam por lá mesmo no SE do país e em particular em SP.
Acreditar que ele ficará feliz só pelos benefícios difusos de ter o material bélico das FFAA produzido no país é bem mais difícil, na verdade aumentará as desigualdades regionais.
Na verdade ele vai ter que "pagar a conta" em investimentos públicos não realizados por falta de verbas. É quase maldade!
SUNDAO
Não vou buscar as citações, apenas gostaria de lembrar que as desonerações oferecidas dizem respeito apenas a tributos federais.
De longe, acredito eu, a maior carga é a estadual e eventualmente municipal.
Se o objetivo é estimular as empresas da área de defesa, a desoneração deveria ser total em todos os níveis, ou quase isto, reservando a possibilidade de um imposto regulador como o imposto de exportação e mesmo o IPI em bases irrisórias.
Explique a um morador de Rondônia por que seu filho não pode trabalhar numa empresa que paga bons salários só porque ele nasceu no estado errado. Porque o estado brasileiro investe nos estados do sul e os benefícios palpáveis do cidadão (dos seus impostos) ficam por lá mesmo no SE do país e em particular em SP.
Acreditar que ele ficará feliz só pelos benefícios difusos de ter o material bélico das FFAA produzido no país é bem mais difícil, na verdade aumentará as desigualdades regionais.
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SUNDAO
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Avisamos aos colegas que o tópico "Missilhouse do Brasil" não está mais trancado.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Vou publicar lá... ok?Túlio escreveu:Avisamos aos colegas que o tópico "Missilhouse do Brasil" não está mais trancado.
SCBR - DEFESA NACIONAL Reportagens, vídeos e notícias sobre as Forças Armadas do Brasil e sua Base Industria de Defesa.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
O Fórum é NOSSO!
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Mais uma joint venture
Andrade Gutierrez e Thales fecham parceria
Laurent Mourre, Diretor Geral da THALES no Brasil. Foto - DefesaNet
Francisco Góes
Dois grandes grupos, um brasileiro e outro francês, estão juntando forças para atuar na área de defesa e segurança, um mercado bilionário que exige experiência em gestão de grandes projetos e capacitação tecnológica. A parceria é formada pela Andrade Gutierrez, construtora que diversificou investimentos e fatura cerca de R$ 20 bilhões por ano, e pela Thales, que mantém negócios nas áreas de defesa, segurança, aeroespacial e de transportes e que, no ano fiscal de 2010, faturou € 13,1 bilhões.
Os dois grupos decidiram criar uma joint venture, ainda sem nome definido, que deverá estar constituída no primeiro trimestre de 2012. Os acionistas serão a Andrade Gutierrez Defesa e Segurança, com 60%, e o grupo Thales, com 40%. A nova empresa, com sede no Rio, terá foco de atuação em áreas como segurança urbana e vigilância e monitoramento de fronteiras. O acordo soma a experiência da Andrade na gestão de grandes projetos e a capacitação tecnológica da Thales nessas áreas a partir do uso ferramentas como radares, câmaras de visão noturna, redes de comunicação e equipamentos de vigilância.
Giovanni Foragi, presidente da Andrade Gutierrez Defesa e Segurança, disse que a escolha da Thales para formar a parceria se relaciona com a disposição do grupo francês de transferir tecnologia para criar uma indústria nacional com competência tecnológica. A Thales, que tem participação de 27% do governo francês e de 25,9% da Dassault Aviation, tem uma série de soluções e produtos voltados para as áreas de segurança e defesa. A Andrade Defesa e Segurança foi criada em 2011 como subsidiária do grupo brasileiro.
Foragi afirmou que a joint venture está alinhada com o conceito da Empresa Estratégica de Defesa (EED), prevista na medida provisória 544, de setembro, que estabelece normas especiais para as compras, contratações de produtos, de sistemas e do desenvolvimento de produtos e sistemas de defesa. A parceria entre Andrade e Thales precisará passar por qualificação do Ministério da Defesa para constituir-se como EED.
Um dos focos potenciais de negócios da joint venture é o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), do Exército, com custo de implantação estimado em R$ 10 bilhões. O primeiro alvo da joint venture é disputar o projeto-piloto do Sisfron, disse Foragi. O executivo afirmou, porém, que todos os projetos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que demandem soluções e sistemas estarão no escopo da parceria com a Thales. A sociedade também poderá fazer aquisições de empresas que atuem, por exemplo, na área de análise de imagens (visão noturna) ou outros segmentos. "A joint venture poderá adquirir uma tecnologia existente e aprimorá-la", disse Foragi.
Laurent Mourre, diretor-geral da Thales no Brasil, disse que a transferência de tecnologia passa por processo de autorização do governo francês. Mas reconheceu que hoje é mais fácil transferir tecnologia para o Brasil em função da parceria estratégica acertada pelos dois países em dezembro de 2008. Um dos pontos do plano é a cooperação na área de defesa. Laurent disse que os princípios gerais da joint venture foram fixados. A sociedade não informa previsões sobre receita.
Mourre disse que há expectativa de capacitar fornecedores brasileiros e, entre as áreas potenciais de transferência de tecnologia, estão sensores (radares e câmeras), satélites de observação, veículo aéreo não tripulado (Vant) e sistemas de comunicação, entre outros.
O anúncio da parceria entre Andrade e Thales coincidiu com a visita ao Brasil, na semana passada, do primeiro-ministro da França, François Fillon. O presidente da Thales International, Blaise Jaeger, disse que a parceria estratégica entre os dois países é importante para a empresa e permitiu a associação com a Andrade na área de defesa e segurança. Ele afirmou que o acordo com a construtora brasileira representa a primeira joint venture estratégica para a Thales no mercado brasileiro, onde o grupo francês controla a Omnisys, empresa com sede em São Bernardo do Campo (SP).
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Andrade Gutierrez e Thales fecham parceria
Laurent Mourre, Diretor Geral da THALES no Brasil. Foto - DefesaNet
Francisco Góes
Dois grandes grupos, um brasileiro e outro francês, estão juntando forças para atuar na área de defesa e segurança, um mercado bilionário que exige experiência em gestão de grandes projetos e capacitação tecnológica. A parceria é formada pela Andrade Gutierrez, construtora que diversificou investimentos e fatura cerca de R$ 20 bilhões por ano, e pela Thales, que mantém negócios nas áreas de defesa, segurança, aeroespacial e de transportes e que, no ano fiscal de 2010, faturou € 13,1 bilhões.
Os dois grupos decidiram criar uma joint venture, ainda sem nome definido, que deverá estar constituída no primeiro trimestre de 2012. Os acionistas serão a Andrade Gutierrez Defesa e Segurança, com 60%, e o grupo Thales, com 40%. A nova empresa, com sede no Rio, terá foco de atuação em áreas como segurança urbana e vigilância e monitoramento de fronteiras. O acordo soma a experiência da Andrade na gestão de grandes projetos e a capacitação tecnológica da Thales nessas áreas a partir do uso ferramentas como radares, câmaras de visão noturna, redes de comunicação e equipamentos de vigilância.
Giovanni Foragi, presidente da Andrade Gutierrez Defesa e Segurança, disse que a escolha da Thales para formar a parceria se relaciona com a disposição do grupo francês de transferir tecnologia para criar uma indústria nacional com competência tecnológica. A Thales, que tem participação de 27% do governo francês e de 25,9% da Dassault Aviation, tem uma série de soluções e produtos voltados para as áreas de segurança e defesa. A Andrade Defesa e Segurança foi criada em 2011 como subsidiária do grupo brasileiro.
Foragi afirmou que a joint venture está alinhada com o conceito da Empresa Estratégica de Defesa (EED), prevista na medida provisória 544, de setembro, que estabelece normas especiais para as compras, contratações de produtos, de sistemas e do desenvolvimento de produtos e sistemas de defesa. A parceria entre Andrade e Thales precisará passar por qualificação do Ministério da Defesa para constituir-se como EED.
Um dos focos potenciais de negócios da joint venture é o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), do Exército, com custo de implantação estimado em R$ 10 bilhões. O primeiro alvo da joint venture é disputar o projeto-piloto do Sisfron, disse Foragi. O executivo afirmou, porém, que todos os projetos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que demandem soluções e sistemas estarão no escopo da parceria com a Thales. A sociedade também poderá fazer aquisições de empresas que atuem, por exemplo, na área de análise de imagens (visão noturna) ou outros segmentos. "A joint venture poderá adquirir uma tecnologia existente e aprimorá-la", disse Foragi.
Laurent Mourre, diretor-geral da Thales no Brasil, disse que a transferência de tecnologia passa por processo de autorização do governo francês. Mas reconheceu que hoje é mais fácil transferir tecnologia para o Brasil em função da parceria estratégica acertada pelos dois países em dezembro de 2008. Um dos pontos do plano é a cooperação na área de defesa. Laurent disse que os princípios gerais da joint venture foram fixados. A sociedade não informa previsões sobre receita.
Mourre disse que há expectativa de capacitar fornecedores brasileiros e, entre as áreas potenciais de transferência de tecnologia, estão sensores (radares e câmeras), satélites de observação, veículo aéreo não tripulado (Vant) e sistemas de comunicação, entre outros.
O anúncio da parceria entre Andrade e Thales coincidiu com a visita ao Brasil, na semana passada, do primeiro-ministro da França, François Fillon. O presidente da Thales International, Blaise Jaeger, disse que a parceria estratégica entre os dois países é importante para a empresa e permitiu a associação com a Andrade na área de defesa e segurança. Ele afirmou que o acordo com a construtora brasileira representa a primeira joint venture estratégica para a Thales no mercado brasileiro, onde o grupo francês controla a Omnisys, empresa com sede em São Bernardo do Campo (SP).
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Governo cria grupo para planejar reforma nas Forças Armadas até 2031
Plano deve ser entregue ao ministro da Defesa até 31 de maio de 2012.
O Ministério da Defesa criou um grupo de trabalho para planejar o aparelhamento das Forças Armadas brasileiras considerando os próximos 20 anos - até 2031. A instituição do grupo foi oficializada por meio de portaria publicada nesta terça-feira (20) no "Diário Oficial da União".
A portaria visa a elaboração do Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED), que deverá analisar pesquisa, desenvolvimento, manutenção operativa, recuperação da capacidade operacional, harmonização de projetos, preferência de aquisição de produtos de defesa no Brasil e transferência de tecnologia, quando a aquisição ocorrer no exterior.
Conforme o texto, o PAED deverá observar uma projeção de curto prazo, até 2015, de médio prazo, de 2016 a 2023, e de longo prazo, de 2024 a 2031.
O grupo que será criado terá 60 dias para apresentar a metodologia do PAED. Devem participar o chefe de Logística das Forças Armadas, a Secretaria de Produtos de Defesa, além de representantes de outras pastas, conforme a portaria.
O texto estipula ainda que o plano seja apresentado ao ministro da Defesa, Celso Amorim, até 31 de maio de 2012.
Presidente Dilma
Na segunda-feira (19), durante solenidade de apresentação de oficiais-generais recém-promovidos, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff defendeu o aparelhamento das Forças Armadas.
"Prosseguiremos com os projetos prioritários de aparelhamento das Forças sem deixar de valorizar os homens e as mulheres que tornam esses projetos possíveis. (...) O país com o qual sonhamos precisará cada vez mais de Forcas Armadas equipadas e qualificadas para cumprimento de suas funções", afirmou a presidente em discurso para um público formado por militares e seus familiares.
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada na semana passada mostrou que 50% dos entrevistados acreditam "totalmente" ou "muito" que nos próximos 20 anos o Brasil será alvo de agressão militar estrangeira em função de interesses sobre a Amazônia. Outros 45% creem que o Brasil poderá ser atacado por causa das bacias do pré-sal.
Plano deve ser entregue ao ministro da Defesa até 31 de maio de 2012.
O Ministério da Defesa criou um grupo de trabalho para planejar o aparelhamento das Forças Armadas brasileiras considerando os próximos 20 anos - até 2031. A instituição do grupo foi oficializada por meio de portaria publicada nesta terça-feira (20) no "Diário Oficial da União".
A portaria visa a elaboração do Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED), que deverá analisar pesquisa, desenvolvimento, manutenção operativa, recuperação da capacidade operacional, harmonização de projetos, preferência de aquisição de produtos de defesa no Brasil e transferência de tecnologia, quando a aquisição ocorrer no exterior.
Conforme o texto, o PAED deverá observar uma projeção de curto prazo, até 2015, de médio prazo, de 2016 a 2023, e de longo prazo, de 2024 a 2031.
O grupo que será criado terá 60 dias para apresentar a metodologia do PAED. Devem participar o chefe de Logística das Forças Armadas, a Secretaria de Produtos de Defesa, além de representantes de outras pastas, conforme a portaria.
O texto estipula ainda que o plano seja apresentado ao ministro da Defesa, Celso Amorim, até 31 de maio de 2012.
Presidente Dilma
Na segunda-feira (19), durante solenidade de apresentação de oficiais-generais recém-promovidos, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff defendeu o aparelhamento das Forças Armadas.
"Prosseguiremos com os projetos prioritários de aparelhamento das Forças sem deixar de valorizar os homens e as mulheres que tornam esses projetos possíveis. (...) O país com o qual sonhamos precisará cada vez mais de Forcas Armadas equipadas e qualificadas para cumprimento de suas funções", afirmou a presidente em discurso para um público formado por militares e seus familiares.
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada na semana passada mostrou que 50% dos entrevistados acreditam "totalmente" ou "muito" que nos próximos 20 anos o Brasil será alvo de agressão militar estrangeira em função de interesses sobre a Amazônia. Outros 45% creem que o Brasil poderá ser atacado por causa das bacias do pré-sal.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Andrade Gutierrez, Odebrecht, Embraer Sistemas de Defesa, tomem cuidado com esta ilusão que se planta no Brasil.
A especialidade deste pessoal é fazer lobby, são mestres em compras governamentais.
O MinDef lança uma concorrência hipotética para compra de 100 mísseis anti navios.
Cada uma delas se alinha a um fabricante, Harpoon, Exocet, RBS-15 são os proponentes, o preço unitário é 3 ou 4 vezes o custo “seco” do míssil comprado direto do fabricante. A desculpa: “Transferência de tecnologia”, “Linha de montagem nacional”, “Possibilidade de participar de programas conjuntos com o país de origem”, e demais “vantagens”.
Uma compra que deveria técnica e custar US$ 150 milhões passa a ser um picadeiro político e custaria US$ 500 milhões, o “saldo” de US$ 350mi é mais do que suficiente para um desenvolvimento genuinamente nacional.
Se quisermos uma industria de defesa efetiva, temos que questionar modelos “Helibras”, modelos “Elbit”, modelos “Odebrecht”, modelos “Embraer” de forma pragmática e entender suas limitações, vantagens e desvantagens.
O que vemos no Brasil é uma total desinformação, um vale tudo no campo da propaganda e da retórica na qual o programa FX é o exemplo maior, embora não seja o único.
Indústria de defesa não tem mágica não.
-Tem que ser nacional (Como tivemos até 20 anos atrás).
-Tem que ser focada em um nicho (Tanques sobre rodas, foguetes de artilharia, aviões de treinamento, aviões COIN são os nichos que o Brasil dominou ou domina).
- Tem que contar com encomendas das FA´s locais como forma de subsidio. (Foi a falta de capacidade financeira dos anos 90 que dizimou nossa industria).
- Tem que seguir as necessidades do cliente e não o cliente seguir a “visão da industria”. (No Brasil os fornecedores se sentem ofendidos quando as FA´s discordam dos requisitos de seus produtos).
- Precisa ter privilegio diante do fornecedor estrangeiro. Hoje é mais fácil dar US$ 1bi para a EADS do que 10% disto para gerar uma versão nova do SINCONTA por exemplo.
Em resumo, esta “Nova industria de defesa” é somente uma maquiagem de alguns grupos econômicos, quando o estado brasileiro gasta com infra estrutura eles se vestem de construtoras, quando gasta com gestão eles se vestes de consultoras, quando gasta com Defesa como parece ser uma tendência nos próximos 20 anos, estarão vestidos de “Industria nacional”.
Não se iludam, o modelo não é este.
A especialidade deste pessoal é fazer lobby, são mestres em compras governamentais.
O MinDef lança uma concorrência hipotética para compra de 100 mísseis anti navios.
Cada uma delas se alinha a um fabricante, Harpoon, Exocet, RBS-15 são os proponentes, o preço unitário é 3 ou 4 vezes o custo “seco” do míssil comprado direto do fabricante. A desculpa: “Transferência de tecnologia”, “Linha de montagem nacional”, “Possibilidade de participar de programas conjuntos com o país de origem”, e demais “vantagens”.
Uma compra que deveria técnica e custar US$ 150 milhões passa a ser um picadeiro político e custaria US$ 500 milhões, o “saldo” de US$ 350mi é mais do que suficiente para um desenvolvimento genuinamente nacional.
Se quisermos uma industria de defesa efetiva, temos que questionar modelos “Helibras”, modelos “Elbit”, modelos “Odebrecht”, modelos “Embraer” de forma pragmática e entender suas limitações, vantagens e desvantagens.
O que vemos no Brasil é uma total desinformação, um vale tudo no campo da propaganda e da retórica na qual o programa FX é o exemplo maior, embora não seja o único.
Indústria de defesa não tem mágica não.
-Tem que ser nacional (Como tivemos até 20 anos atrás).
-Tem que ser focada em um nicho (Tanques sobre rodas, foguetes de artilharia, aviões de treinamento, aviões COIN são os nichos que o Brasil dominou ou domina).
- Tem que contar com encomendas das FA´s locais como forma de subsidio. (Foi a falta de capacidade financeira dos anos 90 que dizimou nossa industria).
- Tem que seguir as necessidades do cliente e não o cliente seguir a “visão da industria”. (No Brasil os fornecedores se sentem ofendidos quando as FA´s discordam dos requisitos de seus produtos).
- Precisa ter privilegio diante do fornecedor estrangeiro. Hoje é mais fácil dar US$ 1bi para a EADS do que 10% disto para gerar uma versão nova do SINCONTA por exemplo.
Em resumo, esta “Nova industria de defesa” é somente uma maquiagem de alguns grupos econômicos, quando o estado brasileiro gasta com infra estrutura eles se vestem de construtoras, quando gasta com gestão eles se vestes de consultoras, quando gasta com Defesa como parece ser uma tendência nos próximos 20 anos, estarão vestidos de “Industria nacional”.
Não se iludam, o modelo não é este.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Muita gente não sabe disso, caindo no discurso vazio do impostômetro de São Paulo, sem perceber que a maior carga tributária sobre o consumo e produtos industriais, é municipal e estadual.SUNDAO escreveu:Ola Srs.
Não vou buscar as citações, apenas gostaria de lembrar que as desonerações oferecidas dizem respeito apenas a tributos federais.
De longe, acredito eu, a maior carga é a estadual e eventualmente municipal.
Se o objetivo é estimular as empresas da área de defesa, a desoneração deveria ser total em todos os níveis, ou quase isto, reservando a possibilidade de um imposto regulador como o imposto de exportação e mesmo o IPI em bases irrisórias.
Explique a um morador de Rondônia por que seu filho não pode trabalhar numa empresa que paga bons salários só porque ele nasceu no estado errado. Porque o estado brasileiro investe nos estados do sul e os benefícios palpáveis do cidadão (dos seus impostos) ficam por lá mesmo no SE do país e em particular em SP.
Acreditar que ele ficará feliz só pelos benefícios difusos de ter o material bélico das FFAA produzido no país é bem mais difícil, na verdade aumentará as desigualdades regionais.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Por isso no que tange ao impostometro eu discordo, a maior parte fica com a união ou seja não é referente a estados e municipios.SUNDAO escreveu:Ola Srs.
Não vou buscar as citações, apenas gostaria de lembrar que as desonerações oferecidas dizem respeito apenas a tributos federais.
De longe, acredito eu, a maior carga é a estadual e eventualmente municipal.
Será mesmo ? Pegue o mais conhecido o IPI, será mesmo ? a União recolhe a maior parte, dos Estados e Municípios, quando deveria ser ao contrário, a maior fatia do bolo deveria ficar com Estados e Municípios.
Se o objetivo é estimular as empresas da área de defesa, a desoneração deveria ser total em todos os níveis, ou quase isto, reservando a possibilidade de um imposto regulador como o imposto de exportação e mesmo o IPI em bases irrisórias.
Concordo
Explique a um morador de Rondônia por que seu filho não pode trabalhar numa empresa que paga bons salários só porque ele nasceu no estado errado. Porque o estado brasileiro investe nos estados do sul e os benefícios palpáveis do cidadão (dos seus impostos) ficam por lá mesmo no SE do país e em particular em SP.
Não é só isso, aqui no Sul, nossa BR101 sul já teve 3,4,5 adiamentos se for compararar investimentos aqui no Sul se faz milagres com as verbas. Na enchente de 2009, o porto de Itajaí ficou parcialmente destruído limitando muito sua operação, o governo por sua vez demorou séculos para liberar PARTE da verba para reparar o porto, o que eu vejo é que os níveis de corrução aqui no Sul comparado com o resto do país são muito mais baixos, e como falei acima a maior fatia do bolo deveria ficar com estados e municípios.
Acreditar que ele ficará feliz só pelos benefícios difusos de ter o material bélico das FFAA produzido no país é bem mais difícil, na verdade aumentará as desigualdades regionais.
É o que acontece aqui no sul, em termos de defesa só RS está bem, SC e PR estão as traças..
Na verdade ele vai ter que "pagar a conta" em investimentos públicos não realizados por falta de verbas. É quase maldade!
Eu diria que é uma extrema maldade, falta de verba não falta nesse país.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Exato, muita gente (eu incluso) reclama da centralização de poder com a União.
Tem Estado (Sergipe, por exemplo) cujo orçamento dá para pagar a dívida do mesmo com a União e sobra (se sobrar) uma mixaria para investimentos.
Eu vejo o PSDB mineiro defendendo essa descentralização tributária, é um ponto que concordo e apoio, poderá definir meu voto em 2014 se a Dilma não der uma melhorada.
Tem Estado (Sergipe, por exemplo) cujo orçamento dá para pagar a dívida do mesmo com a União e sobra (se sobrar) uma mixaria para investimentos.
Eu vejo o PSDB mineiro defendendo essa descentralização tributária, é um ponto que concordo e apoio, poderá definir meu voto em 2014 se a Dilma não der uma melhorada.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
A esmagadora maioria das receitas tributárias no Brasil fica com o Gov. Federal. É um acinte negar isso.PRick escreveu:Muita gente não sabe disso, caindo no discurso vazio do impostômetro de São Paulo, sem perceber que a maior carga tributária sobre o consumo e produtos industriais, é municipal e estadual.
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lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
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eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
30/01/2012 - 17h10
Embraer anuncia acordo para assumir controle de portuguesa Ogma
São Paulo, 30 jan (EFE).- A Embraer anunciou nesta segunda-feira um acordo com a Sociedade Europeia Aeroespacial e de Defesa (EADS) para assumir o controle da companhia portuguesa Ogma, que as duas compartilhavam por consórcio.
A Embraer revelou nesta segunda-feira em comunicado que em 27 de janeiro finalizou o negócio com a EADS para adquirir 30% das ações da Airholding, consórcio constituído em 2005 pelas duas empresas para participar da maioria do capital acionário da Ogma.
Com o movimento de ações, a Airholding, agora sob controle total da Embraer, se mantém com 65% de sua participação na Ogma e os 35% restantes permanecem nas mãos do governo português, por meio da empresa estatal de defesa Empordef.
"Este investimento adicional em Portugal pretende reforçar a aliança estratégica entre Brasil e União Europeia", afirmou Luiz Carlos Aguiar, presidente da divisão de Defesa e Segurança de Embraer.
A aprovação final do negócio por parte dos órgãos reguladores do Brasil e da Europa deve ocorrer dentro de um prazo entre 30 e 90 dias, apontou Aguiar.
A Ogma oferece serviço de manutenção e reparação de aeronaves civis e de defesa, tanto em motores como em outros componentes, e realiza a montagem de estruturas aeronáuticas.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Em geral concordo com o que foi colocado no seu post Dall, mas este ponto específico é uma coisa mais complicada.Dall escreveu: - Tem que seguir as necessidades do cliente e não o cliente seguir a “visão da industria”. (No Brasil os fornecedores se sentem ofendidos quando as FA´s discordam dos requisitos de seus produtos).
As FA's brasileiras, acredito que por falta de experiência e de tradição, tendem a adequar suas doutrinas às especificações de equipamentos desenvolvidas em outros países, até porque em muitos casos as únicas informações que possuem sobre o emprego de determinados armamentos (principalmente os mais modernos) vem de fora. Por isso, ao decidir bancar qualquer iniciativa nacional elas tendem a adotar praticamente as mesmas especificações de algum aliado ou fornecedor tradicional, o que gera dois problemas muito difíceis para empresas locais:
1- A empresa nacional eteria que reproduzir uma especificação que foi desenvolvida para outra realidade que não a nossa, e na maioria das vezes isto é extremamente difícil porque nossa base tecnológia/industrial é diferente (não necessariamente menor ou pior, mas diferente). Os engenheiros nacionais tem que tentar reproduzir algo que já foi feito lá fora levando em conta os materiais, fornecedores, conhecimentos, etc... lá disponíveis, enquanto os desenvolvedores do produto/sistema original já ganham dinheiro vendendo o seu produto e estão trabalhando em novas versões ou mesmo em projetos substitutos mais avançados. Assim, quando o projeto brasileiro finalmente apresenta algum resultado ele tende a ser mais dispendioso e estar já defasado.
2- Como a especificação do sistema nacional é uma "cópia" de algo que já existe, ela tem enorme dificuldade de entrar no mercado internacional, simplesmente porque não possui um diferencial que possa justificar sua compra. Fora casos excepcionais de países que não podem adquirir dos fornecedores tradicionais por qualquer motivo, é muito difícil a um produto brasileiro competir contra outro estrangeiro praticamente igual mas que está a mais tempo no mercado, tem custo menor (hoje é praticamente impossível produzir algo no Brasil que saia mais barato do que qualquer coisa semelhante produzida lá fora) e é ofertado por empresas com mais tradição na área.
Se for para termos uma indústria naciona de material bélico realmente eficiente, que não seja apenas uma forma de criar mercados protegidos para empresários oportunistas nacionais e estrangeiros que queiram apenas ganhar dinheiro fácil maquiando produtos ou entregando porcarias de alto preço e/ou baixa eficiência, nossas FA's terão que aprender a ser muito mais originais e criativas ao gerar as suas especificações. E isso passa inclusive pela capacidade de criar doutrinas diferenciadas de emprego de armamentos, uma área em que temos muito pouca tradição.
Não vai ser muito fácil conseguir que isto passe a ser um procedimento padrão das nossas forças, e sem isso qualquer tentativa de alavancar uma indústria bélica nacional que realmente valha à pena será bastante difícil. Não é o caso das FA's aceitarem sem questionar tudo que os fabricantes nacionais oferecerem, mas de participar muito mais ativamente na concepção dos produtos/sistemas, e não apenas emitir uma requisição copiando especificações de algo que elas já tem ou que já conhecem de algum lugar (casos do MAA-1, do MSS-1, do MAN-1, do Prosuper, e de diversos outros programas que já existiram).
Leandro G. Card