Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.
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#4576
Mensagem
por Penguin » Ter Dez 13, 2011 7:49 pm
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Penguin em Ter Dez 13, 2011 10:42 pm, em um total de 2 vezes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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soultrain
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#4577
Mensagem
por soultrain » Ter Dez 13, 2011 7:53 pm
O Super Hornet tem como função principal o ataque, pelo que faz todo o sentido que o IRST ali esteja.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Andre Correa
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#4578
Mensagem
por Andre Correa » Ter Dez 13, 2011 8:23 pm
Justin Case escreveu:Amigos,
A posição me parece bem adequada para a função FLIR.
Já para o uso ar-ar (IRST), há o problema de sombreamento dos alvos que exigiriam look-up.
Outro problema que pode ser crítico é a vibração do conjunto óptico. Essa vibração pode causar que as imagens fiquem desfocadas e percam definição em azimute.
Creio que também seria trabalhosa a instalação do conjunto no tanque. Assim como para os canhões, para o HUD e outros equipamentos que requerem precisão em azimute; sempre é necessária a tarefa de "harmonização" que é o alinhamento preciso do equipamento com as linhas de referência de cada aeronave específica. Cada equipamento não é dimensionalmente idêntico ao anterior e esse assunto é ainda mais crítico se for instalado em um tanque, que é instalado em um pilone, que é instalado em uma estação de carga da aeronave.
A instalação no nariz também não seria simples, pois a aeronave não foi concebida para isso. O "dome" que vemos nas aeronaves que têm IRST é apenas a ponta de um iceberg que está por baixo. Há necessidade de espaço para o hardware, requisitos de carga elétrica, de disponibilidade de refrigeração, etc.
Em suma, um IRST é um problemão para qualquer aeronave que não foi concebida para tê-lo desde a fase de projeto.
Abraços,
Justin
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#4579
Mensagem
por Penguin » Ter Dez 13, 2011 9:57 pm
soultrain escreveu:O Super Hornet tem como função principal o ataque, pelo que faz todo o sentido que o IRST ali esteja.
O SH é também o caça principal de defesa aérea da frota. O IRST tem função primária ar-ar.
O ATFLIR é que possui função primária ar-solo/mar e pode ser usado tb em função ar-ar.
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kekosam
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#4580
Mensagem
por kekosam » Qua Dez 14, 2011 8:49 am
Senhores, não disse por ser na parte de cima ou na parte de baixo...
Disse por estar no tanque de combustível. Se precisar alijar, já era o sensor.
Assinatura? Estou vendo com meu advogado...
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PRick
#4581
Mensagem
por PRick » Qua Dez 14, 2011 12:06 pm
Túlio escreveu:Principalmente o canhão. Não tinha lugar PIOR para instalarem?
Isso ocorre porque a parte da frente da fuselagem é inteiramente herdada do F-18 Legacy, que é uma extrapolação do YF-17, quer dizer, nem em sonho se pensava em IRST para ele na época.
[]´s
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soultrain
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#4582
Mensagem
por soultrain » Qua Dez 14, 2011 8:05 pm
Penguin escreveu:soultrain escreveu:O Super Hornet tem como função principal o ataque, pelo que faz todo o sentido que o IRST ali esteja.
O SH é também o caça principal de defesa aérea da frota. O IRST tem função primária ar-ar.
O ATFLIR é que possui função primária ar-solo/mar e pode ser usado tb em função ar-ar.
Um caça de ataque que tem o tecto de operação baixo em relação a caças de alta performance, com baixa performance em velocidades elevadas, com uma assinatura enorme e com um IRST limitado na capacidade look up...
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#4583
Mensagem
por Penguin » Qua Dez 14, 2011 8:32 pm
soultrain escreveu:Penguin escreveu:
O SH é também o caça principal de defesa aérea da frota. O IRST tem função primária ar-ar.
O ATFLIR é que possui função primária ar-solo/mar e pode ser usado tb em função ar-ar.
Um caça de ataque que tem o tecto de operação baixo em relação a caças de alta performance, com baixa performance em velocidades elevadas, com uma assinatura enorme e com um IRST limitado na capacidade look up...
Qual o teto? Fiquei curioso.
Assintura enorme?! Pensava que isso era secreto.
Soultrain, acho que vc trabalha na Boeing e está insatisfeito com algo.
A limitação que um IRST localizado na parte inferior possui para look up, o IRST localizado na parte superior possui para look down.
Uma características marcante dos CAÇAS de 3G foi a introdução de radares pulso-doppler com capacidades look down/shoot down (para mais info:
http://en.wikipedia.org/wiki/Look-down/shoot-down)
Há uma infinidade de alvos aéreos que estarão voando mais baixo que um caça.
Estou errado ou lugar de caças em CAP é no alto?
Editado pela última vez por
Penguin em Qua Dez 14, 2011 8:50 pm, em um total de 1 vez.
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#4584
Mensagem
por Túlio » Qua Dez 14, 2011 8:35 pm
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Justin Case
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#4585
Mensagem
por Justin Case » Qui Dez 15, 2011 8:23 am
Penguin escreveu:soultrain escreveu:
Um caça de ataque que tem o tecto de operação baixo em relação a caças de alta performance, com baixa performance em velocidades elevadas, com uma assinatura enorme e com um IRST limitado na capacidade look up...
Qual o teto? Fiquei curioso.
Assintura enorme?! Pensava que isso era secreto.
Soultrain, acho que vc trabalha na Boeing e está insatisfeito com algo.
A limitação que um IRST localizado na parte inferior possui para look up, o IRST localizado na parte superior possui para look down.
Uma características marcante dos CAÇAS de 3G foi a introdução de radares pulso-doppler com capacidades look down/shoot down (para mais info:
http://en.wikipedia.org/wiki/Look-down/shoot-down)
Há uma infinidade de alvos aéreos que estarão voando mais baixo que um caça.
Estou errado ou lugar de caças em CAP é no alto?
Amigos, bom dia
Na fase de "search", os ângulos são muito pequenos e, provavelmente não faria diferença a posição do IRST.
Assim que os aviões começam a procurar posição de vantagem para ataque, são iniciadas curvas de conversão, cada vez mais apertadas, que levam os objetivos para uma posição relativa no setor "high". E esse ângulo sempre cresce à medida que o combate se torna mais próximo, na transição do BVR para o WVR.
Há também outros aspectos interessantes. Em aviões mais avançados, o IRST não está só, mas acompanhado de um sensor TV e um telêmetro laser. Esse sensor TV é importantíssimo para identificar positivamente o alvo que está designado como HPT (High Priority Target) e que será atacado com mísseis, de modo a evitar fraticídio. Essa necessidade de identificação positiva independe da distância e não deve ficar ameaçada por eventual "sombreamento" causado pelo nariz da aeronave.
Abraços,
Justin
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#4586
Mensagem
por Túlio » Qui Dez 15, 2011 8:27 am
Justin, de cima para baixo (look-down) creio que também haverá "sombreamento" numa aeronave com IRST no topo do 'nariz', não? E alguém disse que não se faz PAC a baixa altitude...
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#4587
Mensagem
por Penguin » Qui Dez 15, 2011 8:32 am
Túlio escreveu:Justin, de cima para baixo (look-down) creio que também haverá "sombreamento" numa aeronave com IRST no topo do 'nariz', não? E alguém disse que não se faz PAC a baixa altitude...
Ninguém disse.
Porém, mais altitude = mais energia.
[]s
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#4588
Mensagem
por Justin Case » Qui Dez 15, 2011 8:39 am
Túlio escreveu:Justin, de cima para baixo (look-down) creio que também haverá "sombreamento" numa aeronave com IRST no topo do 'nariz', não? E alguém disse que não se faz PAC a baixa altitude...
Pode acontecer, Túlio.
Mas não seria normal. Para que ocorresse tal situação, o inimigo incursor teria que desconhecer ou desconsiderar a presença do caça por outros motivos.
A busca por uma vantagem de posicionamento sempre leva a um cruzamento "face to face", se a manobra for iniciada ainda distante, ou a uma "ciranda" (com ambos os aviões no setor "high"), se as distâncias forem menores.
Essa situação também é a evolução normal após um cruzamento "face to face".
A possibilidade de encontrar alguém no setor "down" só é esperada para uma terceira aeronave que esteja fora da arena inicial.
Justin
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#4589
Mensagem
por Túlio » Qui Dez 15, 2011 8:51 am
Concordo. Mas dou como exemplo a dupla Tomcat + E-2 Hawkeye. A USN nunca se queixou dessa parte - a operacional - deles, chegar perto de um CVN em média/alta altitude era uma aventura e tanto, quem tentasse se veria detectado pelo Hawkeye e os Tomcats só emitiriam no momento do disparo dos mísseis.
E temos o R-99 para cumprir a tarefa do E-2, no meu ponto de vista qualquer caça moderno 'linkado' nele teria grande chances de se aproximar por um ângulo 'cego' da aeronave incursora (3 ou 9 horas, por exemplo) mantendo-se 'mudo' até o momento do ataque (NEZ), quando 'iluminaria' o alvo e dispararia, escapando logo em seguida para outra posição sugerida pelo AEW&C. Isso (presença de AEW) inclusive lhe permitiria voar mais alto...
Mas não estou 'vendendo peixe' do Super Hornet, até prefiro o Rafale mas o fato é que arriscamos a ter o modelo ianque e é melhor já ir pensando no que fazer com ele, como melhor utilizá-lo, etc, pois o FX dificilmente escapa de um dos dois...
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#4590
Mensagem
por Penguin » Qui Dez 15, 2011 9:19 am
Justin Case escreveu:Túlio escreveu:Justin, de cima para baixo (look-down) creio que também haverá "sombreamento" numa aeronave com IRST no topo do 'nariz', não? E alguém disse que não se faz PAC a baixa altitude...
Pode acontecer, Túlio.
Mas não seria normal. Para que ocorresse tal situação, o inimigo incursor teria que desconhecer ou desconsiderar a presença do caça por outros motivos.
A busca por uma vantagem de posicionamento sempre leva a um cruzamento "face to face", se a manobra for iniciada ainda distante, ou a uma "ciranda" (com ambos os aviões no setor "high"), se as distâncias forem menores.
Essa situação também é a evolução normal após um cruzamento "face to face".
A possibilidade de encontrar alguém no setor "down" só é esperada para uma terceira aeronave que esteja fora da arena inicial.
Justin
Justin,
Atualmente qual a altitude usual de operação de aeronaves em missão de ataque ao solo? Médias altitudes?
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