O problema é que NÃO é NG. É um avião que possui muitas partes em comum com o C/D: cerca de 80%. O NG possui apenas 18%. Ou seja, um enorme problema logístico daqui a poucos anos. Vamos dizer que os brigadeiros, sensibilizados com a brilhante decisão suíça e para aplacar os ânimos da Copac, resolvam comprar os NGs (o sonho deles era F/A-18E/F. Asas e fuselagem traseira seriam completamente diferentes da versão E/F. Teriam, como partes comuns, o cockpit, a entrada de ar, o motor e o radome.knigh7 escreveu: Pepê, primeiro: não vai ser o Gripen C/D. Vai ser uma versão mais moderna, está mais do que claro, seja do lado sa Suiça, seja do lado da SAAB (aliás, até o consórcio do Rafale lançou uma nota hoje dizendo que a versão adotada pela Suíça do Gripen é de papel (não existe)). Eu não sei se vai ser qual dos 2: o NG, ou o E/F.
Eu não mudei a minha visão: se ficar somente naquelas 10 aeronaves NG que vão ser encomendadas pela Flygvapnet, eu sou contrário a vinda dpo NG para a FAB.
Mas se começar a crescer as encomendas do NG (10+22+36)=68, e a FAB não vai ficar só nesses 36, aí começa a ficar interessante...e se o Rafale perder no MMRCA, o NG via ficar mais interessante ainda, até porque esse caça compartilha vários meios de produção com a linha C/D, bem como haverá ao longo dos anos upgrades de sistemas da linha C/D para E/F. E o GripenNG irá usar sistemas que existem em outros caças.
Mas vamos esperar o desenrolar das negociações com informações mais esclarecedoras.
Não existe nenhuma dúvida de que a versão E/F será tocada adiante pela Suécia. A frota atual será modernizada para esse padrão (a ideia, se não me engano, seria modernizar entre 68 e 90 aviões). Agora, veja que em nenhum momento esses números são citados quando se fala de NG. As negociações com o Brasil sempre determinaram que esse número ficaria em 10.
A situação real é a seguinte (usando números máximos):
Gripen E/F: 90 + 22 = 112
Gripen NG: 10 + 36 = 46
É óbvio que dizer que os aviões suíços seriam NG é uma excelente estratégia para conturbar o processo brasileiro novamente. É óbvio que a SAAB vai apostar nisso para tentar reverter uma decisão que, repito, foi técnica e embasada nos offsets oferecidos.
O Rafale, sem nenhuma encomenda extra, já se encontra em 180... O Typhoon, apesar dos cortes, segue em números ainda maiores.
É só comparar os números para perceber que quem adquirir NG estará adquirindo uma bomba logística.
Pepê