RÚSSIA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1681 Mensagem por FoxHound » Qui Nov 24, 2011 10:34 pm

União Euroasiática: com cuidado mas com precisão.
A integração econômica da Eurásia é um projeto muito promissor e está andando a passos firmes na Rússia. Na sexta-feira Dmítri Medvedev, Nursultan Nazarbáiev e Aleksandr Lukachenko firmaram um acordo no Kremlin sobre a criação do Espaço Econômico Único e da União Econômica Euroasiática. Os presidentes da Rússia, Cazaquistão e Bielorrússia assinaram uma declaração sobre a integração econômica da Eurásia e o tratado sobre a criação da Comissão Econômica Euroasiática.
A Rússia, a Bielorrússia e o Cazaquistão já estão unidos no quadro da Aliança Aduaneira, que entrou em vigor este ano, e no quadro do Espaço Econômico Único, que começa a funcionar a partir do dia 1 de janeiro de 2012. Mas os líderes desses países estão convencidos de que a integração não deve limitar-se a isso. As duas associações irão transformar-se em União Econômica Euroasiática, em um processo iniciado em Moscou em 18 de novembro.
Durante o encontro na semana passada, os três presidentes não se limitaram à discussão abstrata das perspectivas da nova aliança, mas assinaram o tratado sobre a criação da Comissão Econômica Euroasiática. O presidente da Rússia, Dmítri Medvedev, revelou na conferência de imprensa que uma carta com proposta de ratificar o documento tinha sido enviada imediatamente para a Duma de Estado da Rússia.
Agora, nossa tarefa prioritária consiste em garantir o deslocamento livre de mercadorias, serviços, capitais e da mão de obra dentro do nosso espaço, assim como a realização de uma política monetária e macroeconômica coordenada. O início do trabalho da Aliança Aduaneira já aumentou a atratividade das nossas economias no plano de investimentos e estimula a sua modernização. A próxima etapa será a criação em 2015 da União Econômica Euroasiática.
Medvedev afirmou que essa nova aliança poderá evitar problemas que surgiram durante a formação da União Européia. “Vamos proceder com cuidado, levando em consideração a experiência da União Européia”, ressaltou o presidente.
O presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, revelou aos jornalistas que nem mesmo Dmítri Medvedev esperava um avanço tão rápido.
Ninguém pensou, ao dar esse passo decisivo, que os resultados apareceriam tão rapidamente, declarou o presidente russo. “Nós não acreditávamos que pudéssemos alcançar tão rapidamente um resultado. Se a direção da Federação Russa não desse esse passo prático, a ideia poderia existir ainda durante muito tempo na qualidade de simples ideia”, disse Medvedev.
O líder do Cazaquistão, Nursultan Nazarbáiev, delineou da seguinte maneira a sua visão do futuro: “A integração, que se pretende levar a cabo no quadro da União Euroasiática, é um processo bastante sério. Ela diz respeito, em primeiro lugar, à esfera econômica, mas vai abranger também outras esferas”.
“É preciso utilizar no comércio as moedas próprias dos três países, ou seja, o tenge do Cazaquistão, o rublo russo e o rublo da Bielorrússia, – a fim de excluir o uso do dólar nas transações entre nós. Existe também a idéia de criar no futuro o Espaço Comum de Defesa, – a Organização do Tratado de Segurança Coletiva já está cuidando disso –, um espaço técnico comum e as redes elétricas comuns. Podemos resolver em conjunto os problemas de alimentação. Quanto aos hidrocarbonetos, o Senhor nos deu em quantidades suficientes. Será uma associação poderosa sob todos os pontos de vista. Os 170 milhões de habitantes da região constituem um mercado auto-suficiente que poderá existir independentemente, caso a situação for muito difícil”, resumiu o presidente.
Já foram tomadas as primeiras decisões relativas à equipe da integração: o atual dirigente do ministério da Indústria e do Comércio da Rússia, Viktor Khristenko, vai chefiar durante quatro anos a Comissão Econômica da Eurásia. Ao mesmo tempo, essa comissão – um órgão supranacional permanente -, vai substituir a Aliança Aduaneira de três países que vai deixar de existir a partir do dia 1 de julho de 2012. A comissão será constituída por um conselho e um colégio. O conselho vai incluir os vice-primeiros ministros da Rússia, da Bielorrússia e do Cazaquistão. O colégio vai incluir três representantes de cada país.
“A ideia de integração do espaço pós-soviético paira há muito tempo no ar. A aspiração de unificação dos Estados, cujas indústrias já estão ligadas de forma muito estreita durante séculos, é um fenômeno perfeitamente lógico”, apontou em entrevista à Voz da Rússia o diretor do Instituto de Países da CEI, Konstantin Zatúlin.
A unificação dos esforços dos países que constituíram anteriormente um complexo econômico único, embora isso se dê vinte anos depois do desmoronamento da União Soviética, é capaz de produzir um efeito cumulativo muito sério. Especialistas afirmam que o PIB deve crescer entre 10 e 15%. Na realidade, não se trata da junção mecânica dos potenciais, mas da elevação do peso específico de cada participante da associação econômica na economia mundial.
http://gazetarussa.com.br/articles/2011 ... 12820.html




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1682 Mensagem por Túlio » Qui Nov 24, 2011 10:40 pm

FoxHound escreveu:
O PORCO RUSSO
Sinceramente independete do país X ou Y mesmo desgostando ou gostando da sua política em relação ao mundo chamar um país de porco em alto bom som é extremamente ofensivo ou seja praticamente conota-se que toda a nação e as pessoas em que a vivem são porcas independente da raça,religião e opinião politíca.
Tambem é muito fácil xingar um país sentado numa cadeira gostaria que o senhor PT fosse Russia e xingasse pessoalmente os russos con um cartaz em seu pescoço em Moscou na praça vermelha em pleno horário de pico escrito "Todo Russo é porco" seria interessante o resultado.

Correto. O usuário PT está sendo SUSPENSO por 07 (sete) dias, por determinação do Conselho da Administração e Moderação do Fórum Defesa Brasil.




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1683 Mensagem por FoxHound » Sex Nov 25, 2011 1:27 pm

Blog do leitor (Como a Rússia encara o “Reajuste”)
Texto traduzido e enviado pelo leitor Pippo:
"Numa recente viagem a Moscovo, aprendi que muitas pessoas dentro do aparelho de Política Externa russa se surpreenderam com o facto de algumas pessoas em Washington encararem a política de “reajuste” [de relações com a Rússia], ou como uma grande conquista, ou como uma enorme concessão para a Rússia. Assim, elas parecem desapontadas quando a Rússia não segue cegamente a liderança dos EUA sobre a questão do Irão.Os russos não estão inclinados a subestimar as melhorias [nas relações com os EUA], mas também não as sobrestimam. Acima de tudo, a Rússia considera que o "reajuste" promoveu concessões significativas para os Estados Unidos. Estes incluem o compromisso sobre a Líbia, a ajuda no Afeganistão e na pressão sobre o Irão. O "reajuste", tal como é visto pelo lado russo, é uma tentativa de normalização do diálogo e um instrumento através do qual ambos os lados se possam ouvir. Eis alguns pontos sobre este assunto.
Primeiro, temos de tomar a posição da Rússia sobre o Irão como um dado adquirido: A Federação Russa tem afirmado repetidamente que é contra o Irão adquirir uma arma nuclear. A Rússia apoia o uso de energia nuclear para fins civis, e é por isso que se envolveu nas conversações a seis com o Irão, para ajudar a concretizar a sua ambição para o uso de energia nuclear pacífica. A posição russa sobre o Irão é a mesma: que a acumulação por parte do Irão de armas nucleares vai contra a política russa na região. A liderança russa tem continuamente apoiado o Conselho de Segurança e votou uma resolução sobre o Irão a reforçar as sanções contra o regime de Ahmadinejad. A Rússia opõe-se a um apertar das sanções com base em precedentes: Numa proposta favorável aos Estados Unidos, não vetou as acções militares contra a Líbia, acções essas que, num efeito “bola de neve”, acabaram em mudança de regime, com consequências claras e guerra civil entre facções (além de perdas de contratos para a Rússia ). Quando se trata do Irão, a Rússia não quer correr o risco de ter um Estado instável nas suas fronteiras com todas as incertezas e da guerra civil em potencial de um novo regime implica. Onde está a garantia de que não teremos uma crise ainda pior junto às nossas fronteiras se se impuserem mais sanções? E segundo o entendimento de lado russo, ainda há espaço para a diplomacia; muitos especialistas dizem que o Irão ainda está longe de obter uma arma nuclear real.
Em segundo lugar, os esforços para retratar o “reajuste” como uma espécie de favor à Rússia e ao tratado START sobre armas nucleares como um presente pelos Estados Unidos estão equivocados. Os russos vêem estes como os esforços para normalizar as relações entre os dois países, as relações que quase se desintegraram sob a administração Bush. Se os Republicanos têm um problema com a pressão da Administração Obama para recomeçar o START, isso não é por causa do “reajuste” com a Rússia. O adversário mais proeminente do START no Congresso dos EUA, o senador Jon Kyl do Arizona, diz que sua oposição ao START deriva do seu desejo de forçar a Administração Obama a investir mais dinheiro na modernização do arsenal nuclear dos EUA, e não porque ele se opôs à melhoria das relações com a Rússia . Na diplomacia russo-americana, ambos os países têm seus interesses, e eles não podem convergir em cada questão. Por exemplo, a retirada de tropas dos EUA do Médio Oriente, provavelmente, promoverá graves tumultos no Afeganistão, Iraque e Paquistão, enquanto a ameaça iraniana de aquisição de armas nucleares permanece como pano de fundo. A cooperação russa, assim, será ainda mais crucial para os Estados Unidos. Os analistas da política americana devem aceitar que as boas relações são benéficas para ambos os lados e que os americanos não podem punir a Rússia pela sua falta de cooperação, uma vez que, com isso, Washington ficaria a perder.
Sobre os planos dos EUA para implantar elementos de defesa antimísseis na Europa, alguns comentaristas americanos verão uma concessão EUA para a com Rússia no cancelamento dos planos dos EUA para instalar elementos de uma estação de radar na República Checa e escudos anti-míssil na Polónia. Mas a actual administração não parou os planos. Ela ainda planeia implantar elementos antimísseis em embarcações na Espanha, na Roménia e na Turquia, em vez de em território polaco e checo. E a Turquia está mais perto da fronteira com a Rússia do que na República Checa. Analistas na Rússia continuam a acreditar que o escudo antimíssil norte-americano se destina a contrariar a dissuasão nuclear da Rússia. Até agora, a NATO recusou-se a apresentar à Rússia garantias escritas de que o escudo antimíssil norte-americano não ameaça Moscovo. Mesmo o primeiro-ministro Putin expressou grande preocupação sobre o assunto. Por isso tem havido pouco “reajuste” nest questão.
Sobre a situação após a guerra com a Geórgia, é de salientar que as regiões separatistas da Abkházia e da Ossétia do Sul colocaram os seus territórios sob proteção russa e nunca tiveram qualquer desejo de fazer parte da Geórgia. As regiões foram colocadas dentro das fronteiras georgianas nos termos da Constituição da URSS de Stalin, mas mesmo antes do colapso da União Soviética elas votaram pela sua independência face à Geórgia. Dois conssecutivos presidentes da Geórgia entraram em guerra com as duas regiões sem qualquer sucesso. O fim da guerra russo-georgiana (a terceiro envolvendo um presidente georgiano) e o acordo de paz firmado entre o presidente francês Nicolas Sarkozy e o presidente russo Dmitry Medvedev estabeleceram a retirada das tropas russas dos territórios antes que estes declarassem a independência (e esta fosse reconhecida pela Rússia). A sua independência recém-adquirida começou com os tratados entre a Rússia de um lado e da Abkházia e Ossétia do Sul, por outro lado, através dos quais se estabeleceu que a Rússia iria fornecer tropas para a proteção [daqueles territórios]. No entanto, seria um erro considerar a Abkházia e a Ossétia do Sul como protetorados russos totalmente dependentes. Ambas as regiões realizaram eleições competitivas, e os eleitos não são lacaios ungidos pelo Kremlin. As tropas russas estão estacionadas ali pelo mesmo tipo de acordo que legitima as presença de tropas da NATO no Kosovo. Seguindo o precedente de Kosovo, não há justificativa no argumento de que a Rússia está a ocupar território georgiano, principalmente depois de uma guerra que foi provocada por Tbilisi (como foi confirmado pelas comissões de investigação, quer da UE, quer da OSCE). Além disso, é desconcertante que alguns analistas Washington vejam na limitada presença militar de Moscovo no Sul do Cáucaso um perigo para a segurança global.Estas modestas forças de Moscovo dificilmente se pode comparar com a multitão de sofisticadas bases militares dos EUA que se multiplicaram em todo o globo.
Independentemente de quem vencer as eleições presidenciais dos dois países, ambos podem encontrar muitas áreas de cooperação, se realmente desejarem fazê-lo. Talvez após as eleições, o “reajuste” pode ser reposto.
Andranik Migranyan é o director do Instituto para a Democracia e Cooperação em Nova York. Ele também é professor do Instituto de Relações Internacionais de Moscovo, um ex-membro da Câmara Pública e um ex-membro do Conselho Presidencial da Rússia.
http://nationalinterest.org "
http://darussia.blogspot.com/




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1684 Mensagem por FoxHound » Sex Nov 25, 2011 1:33 pm

Transnístria está disposta a fornecer radar à Rússia.
Comentando as declarações do presidente russo, Dmitri Medvedev, feitas no 23 novembro sobre o sistema de defesa anti-míssil, o ministro das Relações Exteriores da República Moldava da Pridnestróvia, Vladimir Iastrebchak, afirmou ontem em entrevista à agência de notícias REGNUM (www.regnum.ru), que a Transnístria as considera absolutamente justificadas e adequadas à situação.
Ressaltou : República Moldava da Pridnestróvia confirma a sua disponibilidade para fornecer infra-estrutura para criar um regime de segurança da Rússia no nosso território. O radar Maiak na zona de Grigoriopol poderia ser um dos componentes integrantes desse sistema das ações simétricas.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/25/61036496.html




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1685 Mensagem por FoxHound » Sex Nov 25, 2011 1:34 pm

Europa será controlada por estação de radar.
A estação de radar na região de Kaliningrado, região mais ocidental da Rússia, está pronta para ser incluída no sistema de aviso de ataques de mísseis, declarou o comandante das Forças da Defesa Aéreo-Espacial da Federação Russa, Oleg Ostapenko.
O alto responsável adiantou que esta estação é capaz de controlar toda a Europa e a região do Atlântico. O comandante fez lembrar que nos próximos tempos, na região de Kaliningrado, pode ser desdobrado por encargo do presidente da Rússia o sistema de mísseis Iskander.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1686 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Nov 25, 2011 1:38 pm

2 advertências e uma suspensão...ser moderador não é fácil nestes tópicos... :shock:

Mas infelizmente já se tornou pratica corrente, o pessoal não pensa, escreve com o coração/emoção e acaba nisto.

Menos retórica e mais factos se possível! :evil:




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1687 Mensagem por FoxHound » Sex Nov 25, 2011 1:40 pm

24.11.2011
EuroDAM: O silêncio dos inocentes na Europa.
Ontem, quarta-feira, o presidente russo Dmitri Medvedev anunciou importantes contramedidas militares em relação ao sistema antimíssil europeu (EuroDAM). No entanto, os políticos e os meios de comunicação europeus, até agora, não fizeram grandes comentários sobre o assunto. Apenas dois - três jornais mencionaram a “ameaça” russa.
O secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, foi o único a quebrar o silêncio mas a sua declaração não trouxe nada de novo. Ele bateu na mesma tecla sobre a prontidão para uma parceria com Moscou no projeto da EuroDAM e deu garatias de que o sistema será usado para conter os mísseis iranianos e não os russos. Rasmussen não mencionou um outro país que, de acordo com a antiga retórica da OTAN, ameaçava a Europa: a Coréia do Norte. Mas parece que, até que enfim, os militares entenderam o quão ridícula era tal possibilidade. O assunto é tema do colunista Sergey Guk e dos especialistas da Voz da Rússia – o cientista político russo Serguei Karaganov e o politólogo alemão Arno Klönne.
“O silêncio dos inocentes” é bastante simbólico na Europa. Negar o direito legítimo da Rússia de garantir a sua segurança nacional é sinal de que há pessoas na organização que não estão bem da cabeça. De qualquer modo, o Kremlin já está farto das promessas vindas do Ocidente. Um exemplo clássico foi o acordo entre a Rússia e a OTAN sobre a não-expansão da organização em direção ao Leste Europeu. Gorbatchev, na época, mordeu o isco. Os líderes russos atuais, no entanto, não são tão ingênuos assim. Sem garantias jurídicas não haverá credibilidade. Os EUA, a propósito, se negaram a assinar um documento que garanta que o escudo anti-míssil não será usado contra a Rússia.
Como se sentem nesta situação os cidadãos da Europa? Não lhes parecerá esta situação semelhante à que ocorreu no começo dos anos 80 com a instalação dos Pershing americanos e mísseis de cruzeiro? A palavra é dada ao cientista político alemão Arno Klönne.
Na época, a corrida armamentista entre os EUA e a União Soviética era economicamente errada para esta última. Foram desperdiçados grandes riquezas nacionais. E agora poderá acontecer o mesmo. Eu acho que seria politicamente mais correto se ambas as partes tentassem conter os ânimos e não responder ao fogo com fogo. A sensação de ameaça é bem menor do que naquela época, pois na altura as contradições entre as partes eram bem maiores. Para a maioria, incluindo a Alemanha, esse é um tema díficil. No entanto, todos sabem que esse não é o caminho a ser seguido, pois com ele viriam enormes perdas financeiras, ações absurdas e uma nova corrida militar entre as partes. No entanto, a sensação de ameaça e temor é bem menor. Por isso, a situação não é tida com dramática.
O principal responsável pela paz social na Europa é, naturalmente, a mídia. Todos sabem como são feitas as notícias e sabem que, quando necessário, se pode fazer uma “tempestade num copo d’água”, principalmente quando existem encomendas, por exemplo, o tema da ameaça do Leste. Portanto, infelizmente, ainda não foi colocado um ponto final na história do sistema antimíssil.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/24/60982457.html




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1688 Mensagem por FoxTroop » Sex Nov 25, 2011 1:56 pm

cabeça de martelo escreveu:2 advertências e uma suspensão...ser moderador não é fácil nestes tópicos... :shock:

Mas infelizmente já se tornou pratica corrente, o pessoal não pensa, escreve com o coração/emoção e acaba nisto.

Menos retórica e mais factos se possível! :evil:

Cabeça, acredita que, na maioria das vezes, gosto de trocar pontos de vista com o nosso caro PT e ele já demonstrou por várias vezes que dispõe de ampla bagagem e nunca me custou admitir que já aprendi bastante de alguns assuntos com ele, especialmente em temas históricos. Sou o primeiro a ficar irritado quando ele passa a discussão para os chavões desata a colocar etiquetas de comuna, etc, etc, não por me sentir ofendido directamente, mas porque destrói a argumentação desconstruindo o carácter do oponente (e não a mensagem) e mete uma pessoa na defensiva, derrubando qualquer possibilidade de troca argumentativa de opiniões sobre os factos.

Tenho pena que o nosso caro PT se tenha vindo a radicalizar ao longo do tempo (observando os seus posts, tanto aqui como no FD é bastante claro esse processo de radicalização) porque todos nós perdemos.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1689 Mensagem por Paisano » Sex Nov 25, 2011 2:46 pm

FoxTroop escreveu:Tenho pena que o nosso caro PT se tenha vindo a radicalizar ao longo do tempo (observando os seus posts, tanto aqui como no FD é bastante claro esse processo de radicalização) porque todos nós perdemos.
Assino embaixo :!: :!: :!:




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1690 Mensagem por P44 » Sex Nov 25, 2011 2:51 pm

Túlio escreveu:
P44 escreveu:Falou o entusiasta :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:


Mas continuem a dar-lhe trela, que é isso que ele quer. :mrgreen:

O sitezito dele deve estar mesmo pelas ruas da amargura, tal o desespero com que tenta aqui vender o seu peixe.
Como foi dito, isso não tem cabimento aqui. O usuário P44 então recebe uma Advertência.

Obrigado.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1691 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Nov 25, 2011 2:53 pm

FoxTroop escreveu:
cabeça de martelo escreveu:2 advertências e uma suspensão...ser moderador não é fácil nestes tópicos... :shock:

Mas infelizmente já se tornou pratica corrente, o pessoal não pensa, escreve com o coração/emoção e acaba nisto.

Menos retórica e mais factos se possível! :evil:

Cabeça, acredita que, na maioria das vezes, gosto de trocar pontos de vista com o nosso caro PT e ele já demonstrou por várias vezes que dispõe de ampla bagagem e nunca me custou admitir que já aprendi bastante de alguns assuntos com ele, especialmente em temas históricos. Sou o primeiro a ficar irritado quando ele passa a discussão para os chavões desata a colocar etiquetas de comuna, etc, etc, não por me sentir ofendido directamente, mas porque destrói a argumentação desconstruindo o carácter do oponente (e não a mensagem) e mete uma pessoa na defensiva, derrubando qualquer possibilidade de troca argumentativa de opiniões sobre os factos.

Tenho pena que o nosso caro PT se tenha vindo a radicalizar ao longo do tempo (observando os seus posts, tanto aqui como no FD é bastante claro esse processo de radicalização) porque todos nós perdemos.
:(




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1692 Mensagem por Andre Correa » Sex Nov 25, 2011 4:03 pm

Vamos seguir o tópico então, pois dentro de alguns dias ele volta, para matar as vossas saudades.

[009]




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1693 Mensagem por Pepê Rezende » Sex Nov 25, 2011 7:04 pm

Depois de tantas considerações sobre os valentes soldados georgianos e os porcos russos só falta lembrar um argumento: não se esqueçam dos marcianos sodomitas que participavam das vanguardas vermelhas para currar os soldados fugitivos.

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Falando sério, o avanço parou em Gori e foi devidamente monitorado por forças da Otan. O resto é teoria da conspiração.

Pepê




Editado pela última vez por Pepê Rezende em Sex Nov 25, 2011 7:12 pm, em um total de 1 vez.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1694 Mensagem por FoxHound » Sex Nov 25, 2011 7:09 pm

Conheça o Daguestão, o local mais perigoso da Europa
Repórter da BBC visita região autônoma russa do norte do Cáucaso, em que ataques de insurgentes islâmicos fazem parte do cotidiano.
No passado recente foi a Chechênia, mas hoje, a República do Daguestão, no mar Cáspio, é o local mais explosivo da Rússia - e da Europa.

Quase que diariamente, o país registra ataques a bomba, tiroteios entre a polícia e militantes, relatos de tortura e de desaparecimentos.

O Daguestão é uma república que faz parte da Federação Russa.

A exemplo da Chechênia e de outras 19 repúblicas sob controle russo, a região é nominalmente autônoma, tendo sua própria Constituição e legislatura.

Bomba no balcão

Dois homens em roupas camufladas e empunhando rifles Kalashnikov entram em uma loja e mandam os clientes sair. Apavorado, o caixa cambaleia para fora, enquanto um dos homens coloca uma bomba no balcão e ajusta o cronômetro.

Ele não se preocupa em esvaziar o caixa, ele somente sai pela porta.Segundo depois, a loja está repleta de fumaça.

Ataques como este, registrados por câmeras de segurança de supermercados - nos quais combatentes islâmicos punem lojas que vendem bebidas alcoólicas -, tornaram-se eventos rotineiros na capital do Daguestão, Makhachkala.

Os proprietários normalmente recebem um aviso antes, geralmente entregue por meio de uma mensagem de texto, em pen-drives jogados das janelas de carros ou em pacotes enviados pelo correio.

Se eles ignoram os avisos, correm sério risco de serem atacados a tiros ou a bomba. Uma opção é concordar a pagar por proteção.

"Os combatentes gostam de se mostrar como muito devotos", diz um tenente-coronel da polícia antiterrorista, identificado como "Bashir".

"Mas muitos são apenas criminosos cínicos que comandam esquemas de proteção."

Eu encontrei Bashir em um jogo de futebol, acompanhando uma partida do clube Anzhi Makhachkala, onde jogam o atacante camaronês Samuel Eto'o - considerado o jogador mais bem pago do mundo - e os brasileiros Roberto Carlos, Diego Tardelli, Jucilei e João Carlos.

A atmosfera dentro do estádio era relaxada, até animada, com homens idosos mastigando sementes de girassol e crianças tremulando bandeiras, apesar do forte esquema de segurança do lado de fora.

Depois do jogo, um sorridente Eto'o me disse que se sente orgulhoso de jogar no Daguestão - apesar de não passar muito tempo no país, seguindo diretamente para a segurança de Moscou depois de cada partida.

Puritanismo

No centro de Makhachkala, há policiais armados em praticamente toda esquina.

Bashir me leva a um lugar onde dois carros-bomba recentemente mataram um policial e uma jovem garota, além de ferir mais 60 pessoas, entre policiais e cidadãos comuns.

"Quando nossos homens correram para o local da primeira explosão, ocorreu uma outra explosão, cerca de 12 vezes mais poderosa", diz.

"Era uma armadilha. Eles queriam pegar o maior número de nós possível."

Ele me pede para não usar o seu nome verdadeiro, ou para fotografar o seu rosto. Autoridades do governo e policiais são os principais alvos dos cada vez mais violentos insurgentes islâmicos.

Muitos policiais estão assustados demais para ir às ruas em seus uniformes. Os agentes que precisam parar e revistar carros frequentemente usam máscaras.

Mas ao contrário de muitos de seus colegas, Bashir parece querer entender por que tantos jovens daguestaneses se uniram aos rebeldes e foram para a clandestinidade - algo chamado aqui de "ir para a floresta".

Na universidade, eu o observo ensinar a estudantes sobre os perigos de sites fundamentalistas. Bashir conta a eles a história de um jovem estudante de medicina que fez alguns supostos amigos online, e que depois o forçaram a instalar um carro-bomba.

Um imã se une a Bashir, para pedir moderação e o cumprimento das leis russas. "Se um homem tiver somente educação secular, ele não terá coração - se ele tiver somente educação religiosa, ele será um fanático", diz o imã.

Muitos muçulmanos do Daguestão são adeptos do sufismo (um prática do Islã considerada mais "mística"), mas os jovens estão cada vez mais inclinados ao ramo salafista, que é menos místico, mais puritano e, principalmente, fora do controle do Estado - algo visto como um problema pelo Ministério do Interior.

Assassinato

Said Gereikhanov, o jovem imã da mesquita do vilarejo de Sovietskoye, três horas ao sul de Makhachkala, me conta sobre um dia no último mês de maio, quando dezenas de crentes salafistas foram detidos e agredidos pela polícia.

Integrantes das forças de segurança à paisana invadiram a mesquita em botas enlameadas, durante as orações de sexta-feira, e mandaram que todos saíssem, segundo o imã.

Do lado de fora, os fiéis se viram cercados de homens mascarados com armas, e toda a congregação de 150 pessoas, incluindo 15 meninos em idade escolar, foram levados a uma delegacia de polícia em uma cidade vizinha.

A polícia então intimou o diretor da escola secundária do vilarejo, Sadikullah Akhmedov. Said diz que ficou chocado com o tratamento brutal dispensado ao adolescentes - e com o fracasso de Akhmedov em interceder em seu favor.

Ele me mostra fotografias de corpos feridos e de jovens com metade de suas barbas raspadas.

Na noite de 9 de julho, dois meses depois das prisões na mesquita, houve mais um incidente grave - um que repercutiu fortemente na Rússia. Akhmedov foi morto a tiros por desconhecidos, em sua sala de estar.

Na escola, ninguém quer falar sobre o assunto. A viúva, Djeramat, me diz não ter ideia das razões que teriam levado à morte de seu marido.

Mas Said, o imã, diz que Akhmedov havia banido o hijab (véu islâmico) na escola, e tratava as alunas que os usavam "como se estivessem armadas".

Said acredita que somente os combatentes muçulmanos poderiam ser os responsáveis pelo assassinato do diretor de escola. "Você não pode fazer justiça com assassinatos. Eles só fazem as coisas piorar. Esta guerra já está durando 20 anos", diz o imã.

Persuasão

Assim como Bashir, o vice-primeiro-ministro do Dagestão, Rizvan Kurbanov, que é responsável pela polícia e pela segurança, se mostra disposto a se dirigir à juventude descontente.

Operando seu iPad, Kurbanov me mostra sua conta no Facebook. Ele diz que mais de 20 sites de temática extremista atuam no ciberespaço do Daguestão, e que o governo se viu obrigado a fazer uso das redes sociais para impedir que jovens sejam seduzidos pelos jihadistas online.

"Nenhum lugar do mundo está livre do terrorismo. Hoje, o Cáucaso, incluindo o Daguestão, é de grande interesse para organizações terroristas, e elas tentam espalhar a inquietação por aqui", diz.

Um homem enérgico com um punhado de cabelos grisalhos, Kurbanov preside uma nova comissão para persuadir combatentes a deixar as armas e voltar para suas famílias.

"A comissão é como uma ponte entre uma pessoa que perdeu seu caminho, que foi enganada e está na 'floresta', e a sociedade. Ele pode caminhar por esta ponte e dizer que fez isto e aquilo, e pedir perdão."

Isto parece ser uma abordagem nova no norte do Cáucaso, onde táticas truculentas e a repressão têm sido a regra por muito tempo, com total apoio do Kremlin.

Na vizinha Chechênia, forças leais ao presidente Ramzan Kadyrov foram acusadas de incendiar as casas de supostos militantes, deixando suas famílias desabrigadas.

Kurbanov, por outro lado, pede aos pais que rastreiem seus filhos rebeldes e os tragam à mesa para que estes peçam por clemência.

Até agora, no entanto, a comissão lidou somente com representantes menores da insurgência, e a leniência do governo só vai até aí, diz Kurbanov.

"Aqueles que não entendem, aqueles que eu chamo de não-pessoas - porque, como animais, eles somente têm sede de sangue e querem lutar -, serão tratados rapidamente pelas agências de poder apropriadas." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1695 Mensagem por P44 » Sáb Nov 26, 2011 8:50 am

Andre Correa escreveu:Vamos seguir o tópico então, pois dentro de alguns dias ele volta, para matar as vossas saudades.

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