Bender escreveu:Pegando a frase tua na qual fiz o grifo,te digo que tenho as mesmas indagações que voce Mascarenhas ,aliás muitos de nosso colegas aqui também tem,e porque?Carcará escreveu:Prezados Santiago e Bender,
Muito obrigado pela atenção dispensada. Realmente o post acima tem uma lista grande.
Desculpe-me se estou sendo repetitivo e até mesmo chato, mas, no meu último post eu indaguei - o que vem na esteira da ToT do Fx2 que faz esse item pesar tanto?
Nas listas apresentadas acima, (além de alguns itens que só servem para deixar a lista grande) vejo muito “integração disso” e “integração daquilo”, além de realmente possuir alguns itens de certa importância para nosso desenvolvimento tecnológico.
Mas, e aí? O que nós vamos fazer com este know-how adquirido? Qual o degrau nós vamos pular? Para fazer o que depois?
Exemplo simplista: PROSUB
O Projeto: Obtenção de Submarinos com propulsão diesel elétrica com transferência de
tecnologia “on the job” na elaboração de projetos, construção de meios e na construção de estaleiro.
O objetivo Final: Ter a capacidade de projetar e construir cascos de submarinos com propulsão diesel elétrica e nuclear objetivando uma próxima classe nacional de submarinos convencionais e nucleares.
Desculpem o exemplo simplista.
Podemos descrever a mesma situação acima para o projeto Guarani e o PROSUPER.
E no FX-2? O que vem após? Está delineado? O que vamos conseguir nesta compra nos gabarita a um projeto de 5ª geração, 4/5ª geração, 4ª geração? Ou que essas “integrações todas” que vão transferir estamos apenas preocupados no momento de realizarmos o MLU?
Temos que ter cuidado para não batermos tanto o pé com essa tal ToT, e depois não sabermos o que faremos com ela. Porque se não estiver bem delineado o próximo passo, daqui a pouco tempo esta ToT não servirá mais para nada (caducará).
Grande abraço para todos,
Mascarenhas
PS: De forma alguma sou contra a tal ToT. Mas existe um mantra no FX2 deste ToT, pelo menos para mim, que está meio nebuloso.
Por uma série de discussões que já tivemos sobre muitos aspectos,o aspecto primário é o de uma força aérea que faz um plano de renovação com uma visada de 40 próximos anos e se dá ao luxo de não escolher nenhum fornecedor em sua lista final que já conte com um projeto de 5G em seu portifólio,e não falo só da Sukhoy,incluo aí a L&M também,ambos excluidos.
De uma força aérea que inclui na sua lista final um reprojeto de caça,que sequer o próprio país fabricante vai ter em seu arsenal. (GripenNG)
De uma força aérea que inclui na sua lista final um caça que já tem seus anos contados para ser substituido por um de 5G que já está pronto e em testes.(F18SH)
Muito já perguntei aqui mesmo neste forum,sobre as ambições de nossa força aérea,do que ela vislumbra ser,e ao contrário das outras forças EB e MB que sofrem dos mesmos males das verbas curtas e irregulares e da negligência de muitos anos dos governos,me parece que é a unica que foca seu planejamento mais na preocupação do adestramento puro e simples e não na preocupação com uma futura guerra,pelo menos é o que me passa esta short list.
A minha opinião não vale merd@ nenhuma,mas eu acho que independente de verbas,sucatas ou qualquer outra mazela,pelo menos na intenção e planejamento deve se ficar preso a questão absoluta de um possível conflito futuro,que tomara que não aconteça,não vejo isso na força aérea,vejo isso no EB e MB.
Então a preocupação maior deste FX2,talvez seja ter um bom caça,com operação barata e confiável para muitos anos de treinamento avançado,por isso as preocupações operacionais tem maior relevância,e não um projeto industrial que crie independência e estado da arte próprio derivado de um já existente.
SDS.
Senhores, as dúvidas são extremamente inteligentes e pertinentes e acho que praticamente todos participantes do DB temos.
Minha Opinião, que também não vale de nada, é que os ToTs não são visando a fabricação local de um caça de 5G, acho que, inclusive pelo número reduzidos de aeronaves, que a principal intenção é resolver gargalos tecnológicos críticos, no Know Why and Know how que resumindo sobremaneira seriam de:
a) desenvolvimento de Equipamentos
b) integração de sistemas
c) tecnologia de materiais
Tentando simplificar e explicar meu pensamento:
Não estou falando em saber desenvolver por exemplo um novo radar e sim em algum sistema novo (que não exista ainda) que complemente a utilização de um sistema global de detecção e contra-detecção.
Não sei se fui claro, bem esse é meu pensamento.
Abraço
Loki