PRATELEIRA para a FAB

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual caça você escolhe na prateleira para a FAB ?

F-16 (dos homens bons)
29
13%
F-18 (dos homens bons)
14
6%
Mais F-5 de algum deserto aí (modernização rules)
12
5%
Eurofighter Typhoon
12
5%
Rafale
19
8%
JAS 39 Gripen
39
17%
J-10 (atenção: é COMMUNNA BERMEIO)
11
5%
Alguma daquelas porcarias russas que são feitas em fábricas têxteis e que não voam (Su-30, Su-35)
58
25%
Eu acredito que o FX-2 sai antes de 2016
35
15%
 
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#31 Mensagem por Boss » Qui Nov 10, 2011 6:06 pm

Carcará escreveu:O que e' ToT?

Transferência de tecnologia.




REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#32 Mensagem por Carcará » Qui Nov 10, 2011 8:16 pm

Boss escreveu:
Carcará escreveu:O que e' ToT?

Transferência de tecnologia.
E qual a Tecnologia tão essencial a ser transferida num programa de compras de apenas 36 caças?




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#33 Mensagem por Penguin » Qui Nov 10, 2011 8:31 pm

Deveriamos comprar parte da frota de caças de FAP. Resolveriamos nosso problema e o deles. :mrgreen:

Além disso a OGMA não é da Embraer? Passariam por um upgrade por lá antes de cruzarem o Atlântico.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#34 Mensagem por Carlos Lima » Qui Nov 10, 2011 8:36 pm

Carcará escreveu: E qual a Tecnologia tão essencial a ser transferida num programa de compras de apenas 36 caças?
Pois é...

:lol:

:)

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#35 Mensagem por LeandroGCard » Qui Nov 10, 2011 8:40 pm

cb_lima escreveu:
Carcará escreveu: E qual a Tecnologia tão essencial a ser transferida num programa de compras de apenas 36 caças?
Pois é...

:lol:

:)

[]s
CB_Lima
Pois é, pois é... :roll: .




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#36 Mensagem por soultrain » Qui Nov 10, 2011 8:57 pm

cb_lima escreveu:
alcmartin escreveu:Para mim, prateleira ou não, sou contra tampax. Que venha o definitivo, pois não acredito em melhora na clase política. Vão continuar acreditando que o Brasil pode pertencer ao CS sendo "gente boa"(by CB!), sem investir nas FA´s e etc. Ou seja, comprou, não se pensa mais nesse problema. Até que caia o último.

Ou que o buraco da falta de defesa seja prejuízo político. Nessa linha, se eu sou o cmte da FAB, cortaria na carne, redistribuindo F5M até o país ficar completamente sem defesa. Que os responsaveis sejam responsaveis.
Fui e sou contra a FAB se envolver em jogo político, mas em hipótese alguma isso justifica deixar o país as favas. Colocar os interesses próprios acima dos do país é traição, seja por parte dos políticos, quanto por parte dos comandantes e ministros.

Uma vez no comando, comande e faça-se merecedor do título.
x2!!!

Já passou da hora de sermos refugo de avião dos outros.

E sim... esses assuntos tem que ser tratados com muita seriedade, se não pelos políticos, pelos militares... a incompetência de um não justifica a do outro.

[]s
CB_Lima
Concordo com ambos, é inacreditável que os políticos tenham feito um nó gordio, mas mais inacreditável é que ninguém da FAB o tenha conseguido desatar nestes anos todos.

Desculpem mas para mim é incompetência politica da FAB.





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


NJ
Carlos Mathias

Re: PRATELEIRA para a FAB

#37 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Nov 10, 2011 9:12 pm

ToT de 36 caças é aquela máxima que se consegue com 36 caças.
E essa quantidade é sempre > 0 .
É sempre melhor que zero.

Se A = 0 e B = 1, então B > 0 , logo, escolhe-se B. É muito simples.
Agora, não pode é A = 0 e B = 50 ; e mesmo assim querem que A ganhe.

Aí num poooooode!
Pega o banquinho e espera a próxima prova de matemática.

Por exemplo, no caso dos SSKs e SSNs; A, C, D, E, F, G, H... = 0 e B = 80. Logo, B > 0.
B levou e as chapas estão sendo cortadas, o estaleiro construído...

Cuidado com o 1=99. :wink: 8-]




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#38 Mensagem por Carlos Lima » Qui Nov 10, 2011 9:31 pm

Carlos Mathias escreveu:ToT de 36 caças é aquela máxima que se consegue com 36 caças.
E essa quantidade é sempre > 0 .
É sempre melhor que zero.

Se A = 0 e B = 1, então B > 0 , logo, escolhe-se B. É muito simples.
Agora, não pode é A = 0 e B = 50 ; e mesmo assim querem que A ganhe.

Aí num poooooode!
Pega o banquinho e espera a próxima prova de matemática.

Por exemplo, no caso dos SSKs e SSNs; A, C, D, E, F, G, H... = 0 e B = 80. Logo, B > 0.
B levou e as chapas estão sendo cortadas, o estaleiro construído...

Cuidado com o 1=99. :wink: 8-]
Pois é CM,

O problema é colocar as suas espectativas acreditando realmente que vai se conseguir grande coisa comprando 36 caças... e no meio desse processo não escolher nada... e como nenhuma decisão foi tomada, isso pode fazer parecer que realmente estavamos esperando mundos e fundos com a compra de 36 aviões.

Honestamente eu creio que o problema passou longe de 36 aeronaves e o seu ToT... acho que faltou um certo jogo de cintura político... afinal, para outros programas estamos gastando grana e o estaleiro está sendo construído... etc etc.

O problema deve ser outro...
[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#39 Mensagem por Carcará » Qui Nov 10, 2011 10:06 pm

E qual o próximo passo? Pois, o próximo passo do PROSUB esta' claro.

A = 0 e B = 1. E querem que o B custe igual ou menor que A?




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#40 Mensagem por Carcará » Qui Nov 10, 2011 10:15 pm

Nos dias de hoje a "transferência de conhecimento", de "como fazer", de "como projetar", para pularmos um degrau ou saltarmos uma etapa nao seria mais interessante?




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#41 Mensagem por Carcará » Qui Nov 10, 2011 10:26 pm

Para mim, o ToT do projeto Guarani esta' claro. O ToT do PROSUB esta' claro. O ToT do PROSUPER esta claro.

Mas, desculpem minha ignorância, nao ficou claro ainda para mim o que vem na esteira da ToT do Fx2 que faz esse item pesar tanto. A ponto de ser usado como argumento para desclassificar avião Russo e jogar para o final da lista avião americano.




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#42 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Nov 10, 2011 11:10 pm

Pois é Caracará, você colocou uma dúvida que é sua, minha e de muita gente.




Bender

Re: PRATELEIRA para a FAB

#43 Mensagem por Bender » Qui Nov 10, 2011 11:19 pm

Boss escreveu:O FX-2 está em coma. Pode ficar assim até sabe-se lá quando.

A sétima economia mundial, aquela que vive querendo assento permanente no Conselho de Segurança da ONU não consegue resolver a complexa e gigante compra de 36 caças com um pacote de ToT.

Então, já que o FX-2 não sai, vamos para a prateleira. Deixem que se cumpra a END em outros setores.

Então, esse tópico serve para discutirmos algo mais real com o Brasil, não somos a Índia para ter um programa sério como o que, no papel, seria o FX-2. Vamos seguir o modelo chileno.

A prateleira.
Eu entendo tua intenção especulativa caríssimo Boss,mas acho que ainda é cedo para enquete.

F-X2

"Os jatos continuam no radar. Há plena consciência de que são necessários, mas temos que aprofundar a discussão na questão dos custos e da transferência de tecnologia." Min. Celso Amorim aa audiência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

Vejam que a questão da prateleira "urgente" que vem pipocando por aí não atende os interesses do MD!Atendem os das agências de carros usados. Os interesses do MD continuam os mesmos de sempre,o que não quer dizer que as preferências também continuem sendo as mesmas.

As propostas vencem em Dezembro e deverá ser solicitado que todos as renovem,resta saber "quais todos" somente.

Não vai haver prateleirada.

SDS.




Bender

Re: PRATELEIRA para a FAB

#44 Mensagem por Bender » Qui Nov 10, 2011 11:32 pm

Carcará escreveu:Para mim, o ToT do projeto Guarani esta' claro. O ToT do PROSUB esta' claro. O ToT do PROSUPER esta claro.

Mas, desculpem minha ignorância, nao ficou claro ainda para mim o que vem na esteira da ToT do Fx2 que faz esse item pesar tanto. A ponto de ser usado como argumento para desclassificar avião Russo e jogar para o final da lista avião americano.
O Tot do Fx2 foi debatido a exaustão,resumindo:busca da nacionalização progressiva da fabricação de componentes de projeto,via fornecedores locais.

O projeto em si envolve os ganhos de autonomia de uso e modificação de sistemas que acho são até mais significativos para a FAB do que a parte industrial,que no meu modo de ver inicialmente será pífia,uma prateleira.

Os russos não foram desclassificados por falta de tots,foram desclassificados pelo relógio de Tots do MD e FAB que foi mais rápido que uma bala.

Enquanto os russos corriam para conseguir as autorizações de Tots,MD e Fab corriam para que não desse tempo de que apresentassem.

Incompetência de quem não tem autorização oficial de governo para mentir e permanecer no páreo,os americanos que tinham que pedir autorizações até aos iluminati permaneceram,na base de promessas até o bafo e o rebafo.

Mas tinham prestigio popular os russos não.

SDS.




Editado pela última vez por Bender em Qui Nov 10, 2011 11:33 pm, em um total de 1 vez.
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#45 Mensagem por Penguin » Qui Nov 10, 2011 11:33 pm

Carcará escreveu:Para mim, o ToT do projeto Guarani esta' claro. O ToT do PROSUB esta' claro. O ToT do PROSUPER esta claro.

Mas, desculpem minha ignorância, nao ficou claro ainda para mim o que vem na esteira da ToT do Fx2 que faz esse item pesar tanto. A ponto de ser usado como argumento para desclassificar avião Russo e jogar para o final da lista avião americano.

viewtopic.php?f=1&t=13152&p=5190077&hil ... o#p5190077
Penguin escreveu:Com base em informações públicas (e certamente sem detalhamento), o que aparentemente o Brasil deseja em termos de ToT...


O QUE O BRASIL APARENTEMENTE QUER EM TERMOS DE ToT:

Extrato de reportagem da Isto É Dinheiro com a Embraer (2009):
(...) DINHEIRO - Voltando ao Brasil, quem é favorito para ganhar a licitação dos caças da FAB?
CURADO - Nós não estamos participando desta competição. Claramente o governo quer fazer a escolha do avião sem nenhuma ingerência nossa. Não temos nenhum poder de influência nesta decisão. O processo de seleção da Força Aérea Brasileira é um dos mais transparentes e competentes que já vi.
A FAB está conduzindo a coisa de uma forma muito séria. O que eles recomendarem, com certeza, será o melhor para o Brasil.
DINHEIRO - A indústria brasileira será beneficiada com transferência de tecnologia?
CURADO - A tecnologia é um critério secundário no processo. O fator determinante é a
adequação do avião às necessidades da FAB e, claro, o custo. Do lado tecnológico, o mais importante é que a indústria nacional tenha capacidade de fazer no futuro o que a FAB deseja, como adaptações em sistemas de comunicação ou estruturais.(...)
Entrevista em 2010 com Vice Presidente para o Mercado de Defesa da Embraer:
(...) A nossa conversa se iniciou com o programa F-X2, sempre com a preocupação de não comprometer as cláusulas de confidencialidade assinadas pela empresa com o Comando da Aeronáutica. Respondendo a nossa pergunta de abertura, Orlando Neto disse que a Embraer não se sentia “desconfortável” de ter que ficar participando desta concorrência “do banco”, e não no “campo”como costuma fazer normalmente. “Cada programa tem suas características próprias” disse ele. “Nós já fomos majoritários, minoritários... Pelo modelo adotado no F-X as decisões são todas da Força Aérea, nós entramos toda vez que ela quer nossa opinião. Não, a situação não é, nem um pouco desconfortável para nós.” Orlando contou ainda que as tecnologias sensíveis desejadas pela FAB e pela Embraer passam pelo conceito de autonomia industrial, envolvendo, entre outras, a capacidade de integração de radares e do programa de operações de vôo (flight operations program) para podermos dominar a integração de sistemas digitais complexos e tudo que for integração de sistemas. No plano de estruturas, o design de asas supercríticas e o projeto de estruturas complexas.(...)

KC390 x F-X2:
(...) Perguntado sobre a dificuldade técnica e o risco ligado ao design da Wing Center Box e da grande porta traseira do novo modelo , Orlando foi enfático ao afirmar que a Embraer pode sim desenvolver estes itens sozinha , se necessário. O que eles não souberem fazer ainda pode sempre ser desenvolvido do zero ou comprado sob a forma de serviço de empresas que tenham esta experiência prévia.Existe um pool de conhecimento muito grande de profissionais no mercado que estiveram envolvidos em programas de grandes cargueiros militares como os Hercules, C-17 e C-5... é apenas uma questão de localizar esta gente e colocá-los para trabalhar conosco”. Seguindo sozinha, a Embraer terá, sim, que fazer uso maior de ”gigs” e “rigs” (estruturas para testes em terra e bancadas de teste de eletrônicos) e de extensa maquetagem, para conseguir alcançar seus objetivos de desempenho sempre buscando constantemente usar estratégias que lhes permitam mitigar os riscos de cada nova etapa.”Tendo concluído, com sucesso, o projeto dos E-Jets para nós é muito fácil agora fazer tudo isso de novo. Mas, lá no início daquele programa, havia muitas dúvidas da nossa capacidade de chegar até o fim... Da mesma forma, agora, nós nos lançamos a fazer o KC390 e vai ser exatamente a mesma coisa”, concluiu, Orlando.(...)
http://www.alide.com.br/joomla/componen ... lando-neto
(...) Dentro do “Request for Information” havia um item que especificava cerca de 10 tecnologias-chaves que o Brasil deseja adquirir.
Algumas destas teriam que ser absorvidas por órgãos de pesquisa do setor, como o CTA/ITA.
Outras, naturalmente, seriam mais da alçada da Embraer, e outras, ainda, viriam a ser úteis
para alguma das várias empresas médias de componentes para a indústria de
defesa/aeroespacial que começam a se destacar no Brasil. (...)
http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... format=pdf



O QUE FOI OFERECIDO:

-------------------------------------------------------------------


SAAB
(...)Inicialmente, é importante citar que o Pedido de Oferta elaborado pelo Comando da Aeronáutica, e aprovado pelo Ministério da Defesa, foi muito claro e detalhado no tocante aos requisitos de transferência de tecnologia de interesse do parque industrial aeroespacial brasileiro e da própria Força Aérea Brasileira.

Posso assegurar aos senhores que a proposta de transferência de tecnologia apresentada pela Saab ao Comando da Aeronáutica cumpriu e excedeu o que foi solicitado pelo Pedido de Oferta.
(...)

(...)
A SAAB está disposta a negociar com a Embraer, dentro do escopo da parceria estratégica a ser firmada caso o Governo Brasileiro escolha o Gripen NG Brasil, a co-propriedade industrial das tecnologias específicas do Gripen NG Brasil, tornando aquela aeronave um verdadeiro produto Embraer-Saab.

Acreditamos que a SAAB tenha sido a única empresa a oferecer a possibilidade de co-propriedade intelectual da aeronave ofertada.

A SAAB apresentou, em sua proposta recentemente entregue ao Comando da Aeronáutica, um programa de transferência de tecnologia que inclui:

- 100% de todas as tecnologias solicitadas pelo Comando da Aeronáutica;
- 100% das tecnologias solicitadas pelas maiores empresas do setor aeroespacial, em especial a Embraer;
- Processo de transferência “on the job training” – Aprender fazendo;
- Responsabilidade por 40% das atividades de desenvolvimento realizados por empresas brasileiras;
- Participação em todas as atividades de desenvolvimento;
- Produção de 80% da estrutura da aeronave (asas, segmentos da fuselagem, portas, etc.) por empresas brasileiras, para todos os Gripens NG a serem produziodos, inclusive os da Suécia;
- Aviônica produzida no Brasil
(...)

(...)
A SAAB ofereceu como principal componente da Oferta apresentada ao Comando da Aeronáutica, a proposta de formação de uma parceria estratégica com a Embraer, na qual está prevista atuação daquela empresa como a principal responsável por cerca de 40% do processo de desenvolvimento do Gripen NG Brasil, ficando a SAAB com a responsabilidade dos 60% restante.

Porém, ambas as empresas participarão de 100% das atividades de desenvolvimento.

A parceria Embraer-SAAB irá muito além dos aspectos puramente industriais. O Gripen NG será um produto Embraer-SAAB. No aspecto comercial, as duas empresas participarão das vendas do Gripen NG para todos os clientes mundiais. Está previsto, também, que a Embraer será a líder de venda (“prime contractor”) para os países da América Latina, e também para outros, onde a sua penetração, em termos de marketing, seja mais adequada.

Todo o software da aeronave será desenvolvido com a participação da Embraer e poderá ser modificado e alterado no futuro sem a presença da SAAB.

A proposta da SAAB oferece mais do que simplesmente “acesso” aos códigos-fonte. Os softwares críticos de missão, que incluem todos os softwares de interesse da FAB, e os respectivos códigos-fonte, serão desenvolvidos em parceria com a Embraer, que terá domínio de todo o conhecimento.

Também será instalado no Brasil um centro de desenvolvimento de softwares (laboratório e “rig” aviônico), que ao lado do pessoal habilitado, são as ferramentas indispensáveis ao completo domínio dos sistemas computacionais da aeronave.

É importante ressaltar que "acesso aos códigos-fonte" não tem qualquer significado prático caso o ente receptor não disponha da infraestrutura adequada (laboratórios e rigs aviônicos) e, principalmente, de pessoal treinado e habilitado, que somente será disponível caso tenha participado do processo de desenvolvimento.

Dentre as mais importantes tecnologias que a Embraer terá acesso destacam-se:

- Desenvolvimento de redes de informação, fusão de dados e informações e alto nível de integração de sistemas
- Tecnologias de projeto e produção de estruturas complexas e que utilizam materiais avançados tais como materiais compósitos
- Integração de motores
- Integração de radares
- Integração de armamentos de última geração
- Ensaios em voo de aeronaves supersônicas
- Sistemas avançados de comunicação e enlace de dados

A proposta da SAAB prevê que a linha de produção completa das 36 aeronaves Gripen NG Brasil será implantada no Brasil.

O governo da Suécia propõe incorporar a nova geração do Gripen na sua Força Aérea no mesmo cronograma do solicitado pela FAB, ou seja, a partir de 2014, isso significa que as exportações de produtos (80% da fuselagem) e serviços deverão ter início dentro de pouco tempo.

A parceria SAAB e Embraer é o que se poderia chamar de “parceria perfeita”. Isso porque as duas empresas possuem tecnologias próprias absolutamente complementares, e não são competidoras em nenhuma área de negócios, seja no mercado de aeronaves comerciais, militares e de aviação executiva.
(...)

-------------------------------------------------------------------


DASSAULT:
Tecnologias essenciais oferecidas ao Brasil:

- Integração aeromecânica de armas e casulos;
- Engenharia da estrutura do avião;
- Módulos de RF críticos para utilização em radares AESA;
- Tecnologias de sistemas digitais de controle de voo (DFCS) / DFCS avançados;
- Integração de motor;
- Gestão de testes de solo & voo;
- Manutenção e suporte integrados (bancada de testes, treinador de pilotos, planejamento de missão);
- Micro sistemas eletro-mecânicos (MEMS);
- Otimização multidisciplinar;
- Nanotecnologias;
- Inserção de operações de rede centralizada, interoperabilidade;
- Desenvolvimento/melhoria de sistema de missão de bordo;
- Optrônica;
- Aplicativos de pirotecnia espacial;
- Software de radar e de sistema de planejamento de missão;
- Desenvolvimento de software de simulação;
- Tecnologias de baixa detectabilidade;
- Tecnologias de projeto de redes de sistemas de veículos aéreos não tripulados.
- Novas tecnologias e perspectivas de mercado

(...)
As tecnologias de fabricação propostas para transferência cobrem as seguintes áreas:

- Processos compostos: moldagem por transferência de resina, colocação de fibras;
- Elaboração de superligas de grau aeroespacial (Inconel 718);
- Fundição de peças de alta precisão;
- Outros processos metalúrgicos: usinagem de 5 eixos com controle numérico, usinagem de alta velocidade, estiramento, técnicas de soldagem & modelagem, corte e perfuração a laser, revestimento com plasma;
- Processos de montagem: montagem sem gabarito & robótica, soldagem com feixe de elétrons, soldagem TIG robótica;
- Processos de inspeção: testagem automática não destrutiva;
- Simulações de processos de fabricação;
- Fabricação de módulos de RF para antena de radar (AESA).
- As tecnologias propostas para transferência ao Brasil estão associadas a pacotes de trabalho relacionados ao mercado mundial para o RAFALE e outros programas aeronáuticos, como os jatos comerciais FALCON, motores comerciais e militares.

(...)
Com o propósito de garantir a aquisição pelo Brasil das tecnologias essenciais para o domínio de futuros desenvolvimentos de aeronaves de caça, o COMAER/CTA será – além da indústria brasileira – o receptor de todas as referidas tecnologias.

Com o propósito de reforçar o papel dedicado ao CTA e outras instituições do COMAER juntamente com a FAB, as seguintes tecnologias estarão sujeitas a acordos de cooperação específicos:

- Engenharia de estrutura do avião;
- Integração de oficina aeromecânica;
- Desenvolvimento/melhoria do sistema de missão;
- Tecnologia de baixa detectabilidade e sobrevivência;
- Integração de motor;
- Optrônica;
- Ambiente de pilotagem: planejamento de missões e treinador de pilotos.


Aproveitando a experiência adquirida pela equipe RAFALE em outras áreas aeroespaciais e aeronáuticas, o CTA também tem a proposta de projetos de cooperação específicos em tecnologias sensíveis e promissoras como:

- Programa do veiculo lançador de satélites VLS-1 (Pirotecnia Espacial);
- Tecnologias de veículos aéreos não tripulados Battlelab;
- Sistemas Micro Eletro-Mecânicos (MEMS);
- Nanotecnologias;
- Cooperação para o desenvolvimento de um motor turbojet para um veículo aéreo não tripulado.

Foco na EMBRAER
De acordo com sua posição de fabricante aeronáutica e integradora de sistemas, a EMBRAER terá total expertise e autonomia para liderar e realizar – em cooperação com a indústria aeronáutica brasileira – adaptações e aperfeiçoamentos futuros na aeronave RAFALE e seus sistemas. Isso levará a EMBRAER a adquirir capacidades e conhecimento—aprimorando o que já havia ganhado no programa AMX – para realizar, de modo autônomo no futuro, o projeto da próxima geração de caças brasileiros.

A EMBRAER tem a proposta de, também, desempenhar um papel chave na transferência da fabricação do RAFALE para o Brasil, a partir de peças estruturais essenciais da aeronave (ex. asa) até chegar a uma linha de montagem local para o RAFALE, iniciando o primeiro lote de aeronaves F-X2.

A parceria estratégica firmada entre a equipe RAFALE e a EMBRAER se estenderá a outros programas aeronáuticos, incluindo, por exemplo, a transferência de tecnologia no campo do domínio chave e altamente sensível dos Sistemas Digitais de Controle Voo (DFCS). É importante destacar que as tecnologias DFCS são dominadas por pouquíssimas empresas no mundo e desejadas por muitas.

Foco em pequenas e médias empresas
As principais tecnologias aeronáuticas também serão transferidas para outras empresas brasileiras, permitindo, em cooperação com a EMBRAER, o desenvolvimento local de funcionalidades operacionais para maiores adaptações e aperfeiçoamento da aeronave RAFALE ao longo de sua vida. Entre as empresas candidatas estão a AEROELETRÔNICA, ATECH, MECTRON e OMNISYS.
A indústria aeronáutica brasileira ganhará capacidades para fornecer suporte local à FAB em assistência técnica, inclusive na manutenção de elementos essenciais de sistemas e equipamentos da aeronave RAFALE: motor, aviônica, sensores, estrutura do avião. As empresas candidatas incluem AEROELETRÔNICA, FOCAL, MECTRON e OMNISYS.

Haverá aprimoramento da capacidade de fabricação aeronáutica do Brasil. Graças à transferência de tecnologia envolvendo processos tecnológicos de ponta, a indústria aeronáutica brasileira aumentará sua capacidade e competitividade para participar de grandes programas aeronáuticos do mercado mundial. Entre as empresas beneficiadas encontram-se a AÇOTÉCNICA, LATECOERE DO BRASIL, Grupo Empresarial HTA (ALLTEC, CAL COMPOENDE, ASTRA, GRAÚNA, STATUS USINAGEM) FRIULI, MULTIALLOY, OMNISYS, SOBRAER, VILLARES METAL.

Dentro e além do Programa F-X2, as novas tecnologias adquiridas proporcionarão a suas beneficiárias a chance de entrar em novos mercados e negócios, assim aumentando ou mantendo sua receita em larga escala.

Foco na cooperação com universidades
A equipe RAFALE atualmente coopera com mais de 100 universidades e centros de P&D no mundo todo. Ela fortalecerá seus elos com as universidades brasileiras e particularmente:

- A cooperação com o ITA em áreas como nanotecnologia e MEMS com a participação de alunos de pós-doutorado;
- A cooperação com o ITA para o desenvolvimento de motores turbojet para veículos aéreos não tripulados;
- A pesquisa cooperativa com a Universidade Federal do Rio de Janeiro focando principalmente otimização não linear.

------------------------------------------------------------------------------------------


BOEING:
- Pesquisa em aerodinâmica supersônica através do primeiro túnel de vento tri-sônico no Brasil, que apoiará projetos tais como desenvolvimento de futuras aeronaves militares e jatos executivos supersônicos;
- Centro de modelagem e simulação com a capacidade para modelar futuros projetos comerciais e militares, e seus benefícios – Isso auxiliará na geração de requisitos para um caça de 5ª geração, ou sistemas comerciais ou militares de grande escala como monitoramento dos campos de petróleo do pré-sal ou segurança das fronteiras da Amazônia;
- Treinamento de minimização da assinatura radar e tecnologias stealth (furtividade);
- Tecnologias de usinagem;
- Tecnologia de materiais avançados e sua fabricação;
- Análise e reparo de danos em materiais compostos;
- Fabricação de material eletrônico;
- Sistemas micro eletro-mecânicos;
- Veículos aéreos não-tripulados;
- Tecnologias de segurança interna para avaliar infra-estruturas críticas no Brasil;
- Gerenciamento de estoque através de sistemas automatizados de rastreamento e resposta;
- Desenvolvimento e treinamento de currículo aeroespacial; e
- Apoio e co-desenvolvimento do KC-390 no que tange áreas críticas de projeto.

(...)
O segundo elemento exigido na área de segurança é a autonomia nacional para manter e modernizar as aeronaves adquiridas. A fim de apoiar diretamente as metas brasileiras de autonomia nacional, a Boeing transferirá “hardware”, as instalações, o conhecimento e dará treinamento que possibilitará à FAB e à indústria brasileira adquirirem a capacitação necessária para apoiar e gerenciar o Super Hornet durante os próximos trinta anos. Estes benefícios permitirão ainda que o Brasil possa aplicá-los em futuros projetos aeroespaciais brasileiros. Esta transferência inclui:

- Apoio e manutenção dos Super Hornet;
- Montagem final das aeronaves no Brasil;
- Conjuntos estruturais para os Super Hornet brasileiros e de outros clientes desta aeronave;
- Operações de ensaios em vôo no Brasil com aeronaves instrumentadas;
- Integração de armas;
- Treinamento de missão distribuída;
- Manuais técnicos eletrônicos integrados;
- Produção, montagem, inspeção, ensaios e ferramental de componentes do motor;
- Desenvolvimento de software, incluindo desenvolvimento de instalações;
- Geração do arquivo de dados de ameaças.

Cada uma destas tecnologias possui projetos a elas associados, que visam garantir a transferência de tecnologia e sua aplicação. Isto é o que de fato proporcionará duradouro benefício da tecnologia transferida.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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