OPERAÇÕES ESPECIAIS
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
STM - Tribunal recebe denúncia de maus tratos em treinamento O Superior Tribunal Militar (STM) aceitou denúncia, no último dia 27, contra três majores, dois capitães e um primeiro-sargento do Exército pelos crimes de maus tratos e violência contra superior. Os militares teriam se excedido ou se omitido em instrução de lutas em curso que prepara homens para a tropa de elite do Exército – os “Forças Especiais”. A denúncia do Ministério Público Militar (MPM) tinha sido rejeitada em primeira instância pelo juiz-auditor da 4ª Auditoria do Rio de Janeiro (RJ), o que ensejou o recurso em sentido estrito junto ao STM. Segundo a denúncia do MPM, os majores M.V.G.N, M.N.A.J, W.C.P, os capitães C.R.V.C, R.M.F e C.W.F incorreram no crime de maus tratos, capitulado no Código Penal Militar, artigo 213, parágrafo primeiro, combinado com o artigo 29 (omissão). O primeiro-sargento A.C.O.B teria cometido o crime de violência contra superior, tipificado no artigo 157. De acordo com o MPM, os fatos teriam ocorrido em 17 de setembro de 2009, durante o teste de lutas do curso de “Ações de Comandos”, ministrado pelo Centro de Instruções de Operações Especiais do Exército, sediado na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Cerca de 40 alunos participaram dos testes, mas dois deles, um tenente e um sargento, teriam se queixado de abusos nas agressões sofridas por eles fora do estabelecido em norma curricular. Os atos ilícitos teriam começado já na largada da oficina de lutas, onde o primeiro-sargento A.C.O.B, um dos instrutores, teria desferido dois chutes no abdômen do tenente, mesmo sabendo que a vítima se tratava de um oficial. O promotor militar informa que os chutes do sargento denunciado não foram os causadores das graves lesões sofridas pelo tenente. Porém, aduz que durante a realização das tarefas, as vítimas foram por diversas vezes espancadas por instrutores de todas as oficinas, as mesmas em que os oficiais denunciados eram os chefes ou coordenadores e “assistiram a tudo sem qualquer intervenção”. Para o MPM, houve um descontrole da instrução, o que permitiu as gravíssimas agressões sofridas pelos ofendidos. Informa, também, que o tenente teve que repetir uma das oficinas, pois a técnica utilizada por ele não teria sido a correta, o que levou a novo sofrimento, onde apanhou muito, chegando quase a desmaiar. As agressões descritas foram de socos em áreas não protegidas do rosto, pancadas com cassetetes nas costas, pernas e nádegas. Os ofendidos deram entrada em pronto-socorro com estado de saúde debilitado, apresentando quadro de hipotensão e início de choque. O tenente foi levado politraumatizado ao Hospital Central do Exército e o sargento, com múltiplas equimoses. O quadro de saúde do tenente evoluiu negativamente e foi internado em UTI decorrente de uma rabdomiólise (destruição muscular e paralisação dos rins) e desidratação. A acusação afirma que, embora o curso seja de Operações Especiais, há que se respeitar preceitos constitucionais fundamentais como a dignidade da pessoa humana e que a incolumidade do militar deve ser sempre preservada, haja vista que o tratamento degradante e cruel, garantido pela Constituição, não faz ressalvas a treinamento militar. Uma sindicância e um Inquérito Policial Militar (IPM) instaurados para apurar as denúncias indicaram a ocorrência de crime militar apenas por parte do sargento instrutor, isentando os oficiais. Porém, os argumentos e a denúncia propostos pelo Ministério Público Militar não foram aceitos pelo juiz-auditor substituto da 4ª Auditoria Militar do Rio de Janeiro (RJ). Segundo o juiz-auditor, a saúde dos militares estava fragilizada em virtude da participação no curso especial de Ações de Comando. Na opinião do magistrado, o treinamento exige, além de honestidade e determinação, resistência a sofrimento e a dor. Para ele os oficiais não cometeram o crime de maus tratos por omissão e nem o sargento, a violência contra superior. “Não há como não ter ferimentos em curso de Ações de Comando. Os alegados omitentes teriam que ter a vontade de colocar em perigo a saúde e a vida das vítimas, e não foi o que ocorreu”, afirmou o magistrado. Inconformado com a decisão do juiz-auditor, o MPM ajuizou recurso junto ao STM em 10 de março 2011, informando que preceitos constitucionais teriam sido feridos. Em sustentação oral, a defesa dos seis acusados arguiu a tese de que a doença rabdomiólise adquirida pelo tenente não teria o nexo causal com a suposta omissão dos acusados, sustentando, ainda, que não teria ocorrido a vontade dos militares em praticar os crimes. O relator do processo, ministro Marcos Vinicius, votou por dar provimento ao recurso e receber a denúncia do MPM contra todos os acusados. O ministro informou que houve ilações do juiz-auditor sobre a vontade dos denunciados, antecipando o voto de mérito sobre o dolo (vontade). Disse também que apenas o órgão colegiado da Auditoria Militar, no decorrer de eventual ação penal, é que poderia avaliar o mérito. “A decisão de primeiro grau leva a uma inevitável reforma”, relatou. Por maioria, o Plenário do Tribunal acolheu o voto do relator para receber a denúncia contra os cinco oficiais e o primeiro-sargento.
Fonte: Superior Tribunal Militar
Fonte: Superior Tribunal Militar
Deus criou os homens diferentes, mas Samuel Colt os igualou !!!
- rodrigo
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Eu teria curiosidade de saber se os denunciantes se formaram ou foram desligados. A lógica já leva para uma resposta. Mas o precedente será muito útil para o futuro, quando começarmos a formar operações especiais ´´soft``. Espero que o inimigo respeite as nossas limitações na área.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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- Pablo Maica
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Agora os Comandos vão ter que estipular com o inimigo que tipos de combates podem haver. Somente podem ocorrer embates que estavam estabelecidos na norma curricular do curso!
Alias não é pra isso que existe o desligamento? Não aguenta, vai embora!
Um abraço e t+
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- Sávio Ricardo
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Penso que esses casos não são tão raros, mas poucos chegam a ser denunciados como este.
A verdade é que sempre existe um oficial nanico, que por ser oficial, se acha melhor que todos, humilha, destrata e faz de gato e sapato os sargentos, cabos e soldados.
Esses cursos são, digamos, a hora de dar uma re-educada nesses oficialzinhos metido a besta... ...
Opnião de Leigo gente
A verdade é que sempre existe um oficial nanico, que por ser oficial, se acha melhor que todos, humilha, destrata e faz de gato e sapato os sargentos, cabos e soldados.
Esses cursos são, digamos, a hora de dar uma re-educada nesses oficialzinhos metido a besta... ...
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- prp
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Não sei pra que serve um curso que manda um soldado pra UTI. Curso pra aspirante a doente?
- Léo Brito
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Justamente!Pablo Maica escreveu:Alias não é pra isso que existe o desligamento? Não aguenta, vai embora!
O cara não conhece os próprios limites e se acha preparado pra tal atividade... Tá mijando sangue, filho? Levante e toque o sino!
Queria saber se os reprovados no SEALs, Delta, Mossad e quetales também acionam a justiça, quando reprovados.
"Falsa é a idéia de utilidade que sacrifica mil reais vantagens (...) As leis que proibem o porte de armas são leis de tal natureza. Elas desarmam somente aqueles que não estão nem dispostos a cometer crimes."(Cesare Beccaria)
- Clermont
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Mas esses cursos funcionam há muitos anos e já formaram muita gente. Se todos fossem para a UTI, então, de onde é que saem os atuais integrantes das forças de operações especiais do Brasil?prp escreveu:Não sei pra que serve um curso que manda um soldado pra UTI. Curso pra aspirante a doente?
Eu acho que devemos confiar mais na hierarquia das Forças Armadas e em particular, na hierarquia das unidades de operações especiais. Se eles não souberem estabelecer onde fica o limite entre a dura preparação para as ações especiais e o sadismo puro, não serão os civis - em especial, os juristas brasileiros - que irão saber.
- rodrigo
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
O Brasil já não tem armamento, se não tiver Homens também, pode começar o programa BB-X, onde será escolhido o modelo de bandeira branca a ser utilizado na rendição ao primeiro país que vier falar grosso por aqui.
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- Guerra
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Acredite ou não, é a unica forma de mandar os fracos embora. Quando digo fraco não é o cara fisicamenete fraco. É o cara tecnicamente fraco.prp escreveu:Não sei pra que serve um curso que manda um soldado pra UTI. Curso pra aspirante a doente?
É muito dificil desligar um aluno em Curso de combate por falta de aproveitamento. O processo é longo e geralmente não dá tempo. Mas as vezes existe sim o exagero.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- Sávio Ricardo
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Não sei vcs...
Mas em caso de conflito eu não quero nenhum COMANDO brasileiro entregando as posições e dados sigilosos por qualquer pressãozinha ou alguns socos na boca do estomago se capturados por forças inimigas e estes fracos tecnicamente (como disse o Guerra) geralmente são esses X9.
COMANDO é sinonimo de Phodões...não aguentou bebe leite.
Pedi pra sair.
Mas em caso de conflito eu não quero nenhum COMANDO brasileiro entregando as posições e dados sigilosos por qualquer pressãozinha ou alguns socos na boca do estomago se capturados por forças inimigas e estes fracos tecnicamente (como disse o Guerra) geralmente são esses X9.
COMANDO é sinonimo de Phodões...não aguentou bebe leite.
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Gente,
nenhum curso no EUA tem digamos a "RUSTICIDADE" dos cursos no Brasil acreditem.
Não precisa de tanta porrada para moldar a resistência fisica e piscicológica do combatente.
Precisamos de soldados fortes e inteligente com otima capacidade de improvisação em combate e não um bando de gorilas treinados, já basta o equipamento defasado que nossos soldados usam.
Já teve caveira que quase se cagou na hora que vagabundo largou o aço, moldar o combatente para encarar a morte é muito mais complicado que se imagina, porrada é só a ponta do iceberg.
nenhum curso no EUA tem digamos a "RUSTICIDADE" dos cursos no Brasil acreditem.
Não precisa de tanta porrada para moldar a resistência fisica e piscicológica do combatente.
Precisamos de soldados fortes e inteligente com otima capacidade de improvisação em combate e não um bando de gorilas treinados, já basta o equipamento defasado que nossos soldados usam.
Já teve caveira que quase se cagou na hora que vagabundo largou o aço, moldar o combatente para encarar a morte é muito mais complicado que se imagina, porrada é só a ponta do iceberg.
Léo Brito escreveu:Justamente!Pablo Maica escreveu:Alias não é pra isso que existe o desligamento? Não aguenta, vai embora!
O cara não conhece os próprios limites e se acha preparado pra tal atividade... Tá mijando sangue, filho? Levante e toque o sino!
Queria saber se os reprovados no SEALs, Delta, Mossad e quetales também acionam a justiça, quando reprovados.
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
É por isso que eles se borram todo qndo veem p/ algum treinamento conjunto no CIGS.moura escreveu:Gente,
nenhum curso no EUA tem digamos a "RUSTICIDADE" dos cursos no Brasil acreditem.
Abs
- Guerra
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Mas não estamos falando de soldados. Estamos falando de comandos.moura escreveu:Gente,
nenhum curso no EUA tem digamos a "RUSTICIDADE" dos cursos no Brasil acreditem.
Não precisa de tanta porrada para moldar a resistência fisica e piscicológica do combatente.
Precisamos de soldados fortes e inteligente com otima capacidade de improvisação em combate e não um bando de gorilas treinados, já basta o equipamento defasado que nossos soldados usam.
Já teve caveira que quase se cagou na hora que vagabundo largou o aço, moldar o combatente para encarar a morte é muito mais complicado que se imagina, porrada é só a ponta do iceberg.
Comandos tem que ser diferenciado sim. O que não pode é haver exageros. Mas se o comandos não for diferenciado, ele deixa de ser comandos para ser um soldado de elite. E existe uma diferença muito grande.
Pelo programa do curso de ações de comando eu acho dificil um cara amarelar na hora do combate. Ele pode até sentir medo. Mas travar eu acho dificil. Por isso eles são comandos. Se isso acontecer é deficiencia na formação.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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- Avançado
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Guerra escreveu:Mas não estamos falando de soldados. Estamos falando de comandos.moura escreveu:Gente,
nenhum curso no EUA tem digamos a "RUSTICIDADE" dos cursos no Brasil acreditem.
Não precisa de tanta porrada para moldar a resistência fisica e piscicológica do combatente.
Precisamos de soldados fortes e inteligente com otima capacidade de improvisação em combate e não um bando de gorilas treinados, já basta o equipamento defasado que nossos soldados usam.
Já teve caveira que quase se cagou na hora que vagabundo largou o aço, moldar o combatente para encarar a morte é muito mais complicado que se imagina, porrada é só a ponta do iceberg.
Comandos tem que ser diferenciado sim. O que não pode é haver exageros. Mas se o comandos não for diferenciado, ele deixa de ser comandos para ser um soldado de elite. E existe uma diferença muito grande.
Pelo programa do curso de ações de comando eu acho dificil um cara amarelar na hora do combate. Ele pode até sentir medo. Mas travar eu acho dificil. Por isso eles são comandos. Se isso acontecer é deficiencia na formação.
Moura
Tem uma linha muito ténue entre o "medo e trava" Eu to no 1 BAC desde o CAC 2005 pouco depois da AMAN e posso falar por experiencia propria que travar você não trava, simplificando ao maximo você se algo com o primeiro sexo com sua namorada ou ficante na infância, aquela pressão se der errado... Tem pessoas que quando operam fora do Pais pela primeira vez não dorme e tem um certo incomodo até a hora de combater.
Tem aqueles Ac, FEs e Grumecs que são capazes de lidar com isso sem problema, mas como um major do Op Psc falou por mais que se treine corpo e mente o celebro é um só.