NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Tai Boss um ótimo ponto, poderíamos colocar como condição para exportação que os interessados instalassem plantas industriais no Brasil para utilização de X% da demanda por Nióbio, Tântalo ou Terras Raras.
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Terras Raras eu não sei se é viável, porque dizem que o processo de extração é caríssimo, a China asseitou extrair desconsiderando o impacto ambiental dizem que o processo de extração chines é puro veneno.varj escreveu:Tai Boss um ótimo ponto, poderíamos colocar como condição para exportação que os interessados instalassem plantas industriais no Brasil para utilização de X% da demanda por Nióbio, Tântalo ou Terras Raras.
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Acho que deveríamos reservá-las para empresas NACIONAIS.varj escreveu:Tai Boss um ótimo ponto, poderíamos colocar como condição para exportação que os interessados instalassem plantas industriais no Brasil para utilização de X% da demanda por Nióbio, Tântalo ou Terras Raras.
Todos sabem que esses minerais não são exclusividade nossa. Nem sabemos o tamanho de nossas reservas. O nióbio nós temos oficialmente as maiores reservas disparadas porque ninguém precisou procurar ainda, pois vendemos para quem pagar.
Igual a China com as terras raras. Assim que os chineses mostraram que iriam dificultar a venda destas, os americanos já falaram de ativar sua mina de Mountain Pass, que se não me engano fica na Califórnia. Isso ocorreria aqui também. Assim que começassemos a colocar barreiras na exportação, iam se abrindo novas fronteiras de exploração. Os EUA além de suas próprias, poderiam acessar sua livraria de capachos e acionar algum para exportar tal minério. Austrália e Canadá também são ricos em recursos naturais.
Então não é muito lucrativo tentar trocar minério por plantas industriais aqui, mesmo porque, o grande lance com as terras raras é seu uso com equipamento de alta tecnologia, muitas vezes militar/espacial. E estas tecnologias, seus donos não irão transferir em troca de minério.
O melhor é termos empresas nacionais que utilizem desse minério, a chantagem vai é dar em nada ou se virar contra a gente (não produzimos tudo que precisamos, vai que um dia vamos importar x minério e usem nossa tática contra a gente).
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Sobre o novo marco regulatório da mineração:
http://www.mme.gov.br/sgm/galerias/arqu ... eracao.pdf
http://www.mme.gov.br/sgm/galerias/arqu ... eracao.pdf
Um "quote" que achei interessante, mas de outro site.
http://www.mme.gov.br/sgm/galerias/arqu ... eracao.pdf
http://www.mme.gov.br/sgm/galerias/arqu ... eracao.pdf
Um "quote" que achei interessante, mas de outro site.
Outra proposta importante contempla a criação e destinação de Áreas Especiais – áreas que contenham minerais considerados estratégicos para o país – para pesquisa mineral e lavra. O PL prevê ainda, o incentivo a pequena mineração e a redução da importação de bens minerais, dando assim, incentivo a produção nacional.
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
07/11/2011 11:41
Conselho de Altos Estudos debate uso de minerais estratégicos no Brasil
O pesquisador e especialista Leonan dos Santos Guimarães dará uma palestra nesta quarta-feira (9), no Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara, sobre minerais estratégicos e terras raras. Terras raras pertencem ao seleto grupo de elementos químicos (que somam 17 no total) chamados “materiais da terceira onda” porque são empregados em diversas tecnologias de ponta e têm inúmeras aplicações na indústria. Entre outras áreas e objetos em que podem ser aplicadas estão metalúrgica, supercondutores, cabos de fibras óticas, energia nuclear, computadores, aparelhos de televisão, telefones celulares e aparelhos de som, lâmpadas fluorescentes, baterias, vidros, refrigeração magnética, catalisadores, geradores de energia eólica e agricultura.
Esses elementos químicos também são insumos essenciais às atividades aeronáuticas, aeroespaciais, cibernéticas e de defesa. Em suma, nenhum produto high tech, como celulares, iPods, painéis solares, trens-bala, etc, pode prescindir do uso de terras raras.
Nas últimas décadas, a China, que até há alguns anos consumia pouco do que produzia, ampliou muito seu mercado, passando a responder por 97% do comércio mundial. O país oriental é detentor de 37% das reservas mundiais conhecidas. Esse monopólio chinês vem se transformando em grande preocupação estratégica para os principais países importadores (EUA, Japão, Alemanha, França e Reino Unido), o que se agravou ainda mais a partir da decisão da China, tomada neste ano, de reduzir em 40% sua produção.
Cobiça europeia e americana
A redução da produção chinesa despertou a cobiça e o interesse das nações mais industrializadas e desenvolvidas do mundo, que já elegeram as terras raras como recurso crítico para as suas economias.
Analistas anteveem, inclusive, o que denominam como a “guerra dos elementos”, uma vez que previsões indicam que a procura de boa parte de matérias-primas críticas poderá mais do que triplicar até 2030. Levando em conta tais previsões, políticos da União Europeia (UE) e dos EUA vêm intensificando múltiplas abordagens na busca de soluções.
Brasil
O Brasil começa a despertar para o assunto, até porque domina as tecnologias para mineração e processamento. Mais do que isso, dispõe de apreciáveis reservas e, na década de 90, demonstrou competência tanto na pesquisa quanto em experimentos de caráter laboratorial, a ponto de haver criado uma empresa para produzir super-imãs, logo fechada em face de dumping chinês.
Com a redução da produção chinesa, recente relatório da UE orienta para a busca de parcerias preferenciais com a África para melhor viabilizar o acesso às terras raras. O especialista Leonan Guimarães afirma que também a China vem investindo pesadamente na aquisição de terras e reservas minerais em outros países, sobretudo na África. E de fato, prossegue ele, o apetite fundiário chinês também está presente no Brasil e já suscitou, por parte do governo, uma modificação na legislação pertinente quanto à compra de terras no País. Trata-se de um primeiro passo importante, mas insuficiente, devido à existência de fragilidades que vão muito além das fundiárias, especialmente nas despovoadas e pouco conhecidas partes da região Amazônica. Ali é frequente o contrabando ilegal de minérios de terras raras, bem como de outros minérios estratégicos.
De acordo com o 3º secretário da Câmara e presidente do Conselho de Altos Estudos, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), a inserção dos minerais estratégicos e das terras raras na agenda do colegiado complementa estudo recentemente publicado pelo órgão e que propôs um novo marco legal para o setor mineral brasileiro.
“Mais do que isso”, continuou o parlamentar, “espero que a decisão da China de reduzir a oferta de terras raras no comércio internacional sirva não só de alerta para que passemos a efetivamente controlar o contrabando de nossos minerais estratégicos, mas também, para que passemos a ocupar parte desse seleto mercado, hoje, praticamente monopolizado pelos chineses e que vem despertando de forma crescente a cobiça dos países mais industrializados e desenvolvidos”, concluiu.
A palestra ocorre nesta quarta-feira (9), às 14 horas, na sala de reuniões da Mesa Diretora.
Da Redação/MM
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias'
http://www2.camara.gov.br/agencia/notic ... RASIL.html
Conselho de Altos Estudos debate uso de minerais estratégicos no Brasil
O pesquisador e especialista Leonan dos Santos Guimarães dará uma palestra nesta quarta-feira (9), no Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara, sobre minerais estratégicos e terras raras. Terras raras pertencem ao seleto grupo de elementos químicos (que somam 17 no total) chamados “materiais da terceira onda” porque são empregados em diversas tecnologias de ponta e têm inúmeras aplicações na indústria. Entre outras áreas e objetos em que podem ser aplicadas estão metalúrgica, supercondutores, cabos de fibras óticas, energia nuclear, computadores, aparelhos de televisão, telefones celulares e aparelhos de som, lâmpadas fluorescentes, baterias, vidros, refrigeração magnética, catalisadores, geradores de energia eólica e agricultura.
Esses elementos químicos também são insumos essenciais às atividades aeronáuticas, aeroespaciais, cibernéticas e de defesa. Em suma, nenhum produto high tech, como celulares, iPods, painéis solares, trens-bala, etc, pode prescindir do uso de terras raras.
Nas últimas décadas, a China, que até há alguns anos consumia pouco do que produzia, ampliou muito seu mercado, passando a responder por 97% do comércio mundial. O país oriental é detentor de 37% das reservas mundiais conhecidas. Esse monopólio chinês vem se transformando em grande preocupação estratégica para os principais países importadores (EUA, Japão, Alemanha, França e Reino Unido), o que se agravou ainda mais a partir da decisão da China, tomada neste ano, de reduzir em 40% sua produção.
Cobiça europeia e americana
A redução da produção chinesa despertou a cobiça e o interesse das nações mais industrializadas e desenvolvidas do mundo, que já elegeram as terras raras como recurso crítico para as suas economias.
Analistas anteveem, inclusive, o que denominam como a “guerra dos elementos”, uma vez que previsões indicam que a procura de boa parte de matérias-primas críticas poderá mais do que triplicar até 2030. Levando em conta tais previsões, políticos da União Europeia (UE) e dos EUA vêm intensificando múltiplas abordagens na busca de soluções.
Brasil
O Brasil começa a despertar para o assunto, até porque domina as tecnologias para mineração e processamento. Mais do que isso, dispõe de apreciáveis reservas e, na década de 90, demonstrou competência tanto na pesquisa quanto em experimentos de caráter laboratorial, a ponto de haver criado uma empresa para produzir super-imãs, logo fechada em face de dumping chinês.
Com a redução da produção chinesa, recente relatório da UE orienta para a busca de parcerias preferenciais com a África para melhor viabilizar o acesso às terras raras. O especialista Leonan Guimarães afirma que também a China vem investindo pesadamente na aquisição de terras e reservas minerais em outros países, sobretudo na África. E de fato, prossegue ele, o apetite fundiário chinês também está presente no Brasil e já suscitou, por parte do governo, uma modificação na legislação pertinente quanto à compra de terras no País. Trata-se de um primeiro passo importante, mas insuficiente, devido à existência de fragilidades que vão muito além das fundiárias, especialmente nas despovoadas e pouco conhecidas partes da região Amazônica. Ali é frequente o contrabando ilegal de minérios de terras raras, bem como de outros minérios estratégicos.
De acordo com o 3º secretário da Câmara e presidente do Conselho de Altos Estudos, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), a inserção dos minerais estratégicos e das terras raras na agenda do colegiado complementa estudo recentemente publicado pelo órgão e que propôs um novo marco legal para o setor mineral brasileiro.
“Mais do que isso”, continuou o parlamentar, “espero que a decisão da China de reduzir a oferta de terras raras no comércio internacional sirva não só de alerta para que passemos a efetivamente controlar o contrabando de nossos minerais estratégicos, mas também, para que passemos a ocupar parte desse seleto mercado, hoje, praticamente monopolizado pelos chineses e que vem despertando de forma crescente a cobiça dos países mais industrializados e desenvolvidos”, concluiu.
A palestra ocorre nesta quarta-feira (9), às 14 horas, na sala de reuniões da Mesa Diretora.
Da Redação/MM
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Parece que o despertador toou na cabeça de alguns políticos.
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
A situação é mais grave do que parece. Apenas para cutucar com vara curta, testei a possibioidade de comprar chapas e lingotes de nióbio. Somente é possível comprá-las no exterior. Até em Portugal há oferta de nióbio em chapas e lingotes e etc.. Aqui no Brasil não é possível adquirí-las!!! Isto é uma vergonha, já dizia o Boris.Boss escreveu:Acho que deveríamos reservá-las para empresas NACIONAIS.varj escreveu:Tai Boss um ótimo ponto, poderíamos colocar como condição para exportação que os interessados instalassem plantas industriais no Brasil para utilização de X% da demanda por Nióbio, Tântalo ou Terras Raras.
Todos sabem que esses minerais não são exclusividade nossa. Nem sabemos o tamanho de nossas reservas. O nióbio nós temos oficialmente as maiores reservas disparadas porque ninguém precisou procurar ainda, pois vendemos para quem pagar.
Igual a China com as terras raras. Assim que os chineses mostraram que iriam dificultar a venda destas, os americanos já falaram de ativar sua mina de Mountain Pass, que se não me engano fica na Califórnia. Isso ocorreria aqui também. Assim que começassemos a colocar barreiras na exportação, iam se abrindo novas fronteiras de exploração. Os EUA além de suas próprias, poderiam acessar sua livraria de capachos e acionar algum para exportar tal minério. Austrália e Canadá também são ricos em recursos naturais.
Então não é muito lucrativo tentar trocar minério por plantas industriais aqui, mesmo porque, o grande lance com as terras raras é seu uso com equipamento de alta tecnologia, muitas vezes militar/espacial. E estas tecnologias, seus donos não irão transferir em troca de minério.
O melhor é termos empresas nacionais que utilizem desse minério, a chantagem vai é dar em nada ou se virar contra a gente (não produzimos tudo que precisamos, vai que um dia vamos importar x minério e usem nossa tática contra a gente).
Save the Amazon!! Burn an english!!!
co ivi oguereco iara (esta terra tem dono)
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Brasil quer avançar no mercado de US$ 25 bi de terras-raras
07 de dezembro de 2011 • 09h45
Terras-raras: País quer maior participação no mercado
Foto: DiárioNet
Especialistas discutem hoje, no Rio, durante o 1.º Seminário Brasileiro de Terra-Raras 2011, como aumentar a produção desse tipo de metal usado em áreas de elevada tecnologia garantindo autonomia ao País e sua inserção no seleto grupo de nações processadoras. Hoje, a China detém 97% da produção mundial.
De acordo com o setor, considerados apenas os produtos iniciais, precursores de toda a cadeia, o mercado mundial de terras-raras movimenta US$ 5 bilhões. Se, entretanto, forem considerados números movimentados no mundo em termos de valor agregado, essa cifra pode chegar a US$ 25 bilhões.
Mesmo possuindo reservas estimadas em 3,5 bilhões de toneladas - as já conhecidas estão em Minas e Goiás - o Brasil está atrasado nesse campo, explica o pesquisador do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) Ronaldo Santos.
Uso - Compostos por 17 elementos químicos, os metais de terras-raras estão presentes em minérios como a monazita, a bastnaesita e a xenotima. Esses elementos conferem propriedades muito específicas aos materiais em que são utilizados.
"Eles são de vital importância na indústria petrolífera. Sem eles, não há refino de petróleo, nem produção de derivados", explica Santos. São importantes também em produtos de elevada tecnologia, em áreas como telecomunicações, geração e intensificação de imagens, produção de semicondutores e supercondutores, eletrodos dos automóveis elétricos e híbridos, ímãs de alto desempenho, indústria de informática, laser, fármacos, sistemas de orientação espacial e indústria bélica.
Embora os Ministérios das Minas e Energia e de Ciência, Tecnologia e Inovação estejam considerando os elementos de terras-raras estratégicos para o País, intensificando, em consequência, sua produção, não há demanda. O problema é a falta de decisão das empresas de assumir o risco de iniciar a cadeia produtiva.
Falta demanda - De acordo com Santos as pesquisas na área estão adiantadas. "A capacitação das instituições existe tanto nos institutos de pesquisa quanto na academia. O que não há é demanda de projetos para isso. Nos últimos 15 anos, não tivemos demanda praticamente de nenhuma empresa em relação a terras-raras, ou seja, um projeto que tenha início, meio e fim."
As conclusões do seminário serão encaminhadas ao Ministério das Minas e Energia, um dos promotores do evento. Elas vão subsidiar a construção de uma agenda positiva para a implementação de uma política integrada para o setor.
http://invertia.terra.com.br/sustentabi ... 50,00.html
07 de dezembro de 2011 • 09h45
Terras-raras: País quer maior participação no mercado
Foto: DiárioNet
Especialistas discutem hoje, no Rio, durante o 1.º Seminário Brasileiro de Terra-Raras 2011, como aumentar a produção desse tipo de metal usado em áreas de elevada tecnologia garantindo autonomia ao País e sua inserção no seleto grupo de nações processadoras. Hoje, a China detém 97% da produção mundial.
De acordo com o setor, considerados apenas os produtos iniciais, precursores de toda a cadeia, o mercado mundial de terras-raras movimenta US$ 5 bilhões. Se, entretanto, forem considerados números movimentados no mundo em termos de valor agregado, essa cifra pode chegar a US$ 25 bilhões.
Mesmo possuindo reservas estimadas em 3,5 bilhões de toneladas - as já conhecidas estão em Minas e Goiás - o Brasil está atrasado nesse campo, explica o pesquisador do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) Ronaldo Santos.
Uso - Compostos por 17 elementos químicos, os metais de terras-raras estão presentes em minérios como a monazita, a bastnaesita e a xenotima. Esses elementos conferem propriedades muito específicas aos materiais em que são utilizados.
"Eles são de vital importância na indústria petrolífera. Sem eles, não há refino de petróleo, nem produção de derivados", explica Santos. São importantes também em produtos de elevada tecnologia, em áreas como telecomunicações, geração e intensificação de imagens, produção de semicondutores e supercondutores, eletrodos dos automóveis elétricos e híbridos, ímãs de alto desempenho, indústria de informática, laser, fármacos, sistemas de orientação espacial e indústria bélica.
Embora os Ministérios das Minas e Energia e de Ciência, Tecnologia e Inovação estejam considerando os elementos de terras-raras estratégicos para o País, intensificando, em consequência, sua produção, não há demanda. O problema é a falta de decisão das empresas de assumir o risco de iniciar a cadeia produtiva.
Falta demanda - De acordo com Santos as pesquisas na área estão adiantadas. "A capacitação das instituições existe tanto nos institutos de pesquisa quanto na academia. O que não há é demanda de projetos para isso. Nos últimos 15 anos, não tivemos demanda praticamente de nenhuma empresa em relação a terras-raras, ou seja, um projeto que tenha início, meio e fim."
As conclusões do seminário serão encaminhadas ao Ministério das Minas e Energia, um dos promotores do evento. Elas vão subsidiar a construção de uma agenda positiva para a implementação de uma política integrada para o setor.
http://invertia.terra.com.br/sustentabi ... 50,00.html
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Hoje às 07h25 - Atualizada hoje às 07h28
Produção de terras-raras pode dar autonomia em áreas de alta tecnologia
Agência Brasil
O incremento da produção de terras-raras no Brasil poderá dar ao país autonomia, inserindo-o no seleto grupo de países processadores desse tipo de metal, aplicado em áreas de elevada tecnologia. Atualmente, o mercado mundial é liderado pela China, que detém 97% da produção.
O desenvolvimento da cadeia produtiva de terras-raras no Brasil será discutido hoje (7) no 1º Seminário Brasileiro de Terras-Raras 2011, promovido pelo Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do Ministério de Minas e Energia (MME) no Rio.
Embora apresente reservas estimadas de 3,5 bilhões de toneladas, o Brasil ainda mostra atraso na produção de terras-raras, avaliou, em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador do Cetem Ronaldo Santos.
Compostos por 17 elementos químicos, os metais de terras-raras estão presentes em minérios como a monazita, a bastnaesita e a xenotima. Esses elementos conferem propriedades muito específicas aos materiais em que são utilizados, disse Santos.
“Eles são de vital importância na indústria petrolífera. Sem eles, não há refino de petróleo, nem produção de derivados”. São importantes também em produtos de elevada tecnologia, em áreas como telecomunicações, geração e intensificação de imagens, produção de semicondutores e supercondutores, eletrodos dos automóveis elétricos e híbridos, ímas de alto desempenho, indústria de informática, laser, fármacos, sistemas de orientação espacial e indústria bélica.
Considerando os produtos iniciais, precursores de toda a cadeia, pode-se dizer que o mercado mundial de terras-raras movimenta hoje em torno de US$ 5 bilhões. Quando, porém, são levados em conta os números movimentados no mundo em termos de valor agregado, essa cifra pode ser multiplicada quatro ou cinco vezes, acrescentou o pesquisador do Cetem.
Embora exista a decisão do governo, por meio do MME e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, de considerar os elementos de terras-raras estratégicos para o país, intensificando, em consequência, sua produção, falta demanda, disse Santos. O problema, destacou, é a falta de decisão das empresas de assumir o risco de iniciar a cadeia produtiva.
Ronaldo Santos lembrou que as pesquisas na área estão adiantadas. “A capacitação das instituições existe tanto nos institutos de pesquisa quanto na academia. O que não há é demanda de projetos para isso. Nos últimos 15 anos, não tivemos demanda praticamente de nenhuma empresa em relação a terras-raras, ou seja, um projeto que tenha início, meio e fim”.
As conclusões do seminário serão encaminhadas ao MME. Elas deverão subsidiar a construção de uma agenda positiva para a implementação de uma política integrada para o setor. Ronaldo O pesquisador sugeriu que o estabelecimento de parcerias público-privadas (PPPs) poderia ser uma solução para iniciar a cadeia produtiva do setor no Brasil.
As reservas nacionais de terras-raras conhecidas estão localizadas nos estados de Minas Gerais e Goiás. Há também reservas que precisam de confirmação na região da Amazônia Legal, informou Santos. “É uma área sensível e exige que se faça um trabalho sistemático para a confirmação desses valores”.
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnolog ... ecnologia/
Produção de terras-raras pode dar autonomia em áreas de alta tecnologia
Agência Brasil
O incremento da produção de terras-raras no Brasil poderá dar ao país autonomia, inserindo-o no seleto grupo de países processadores desse tipo de metal, aplicado em áreas de elevada tecnologia. Atualmente, o mercado mundial é liderado pela China, que detém 97% da produção.
O desenvolvimento da cadeia produtiva de terras-raras no Brasil será discutido hoje (7) no 1º Seminário Brasileiro de Terras-Raras 2011, promovido pelo Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do Ministério de Minas e Energia (MME) no Rio.
Embora apresente reservas estimadas de 3,5 bilhões de toneladas, o Brasil ainda mostra atraso na produção de terras-raras, avaliou, em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador do Cetem Ronaldo Santos.
Compostos por 17 elementos químicos, os metais de terras-raras estão presentes em minérios como a monazita, a bastnaesita e a xenotima. Esses elementos conferem propriedades muito específicas aos materiais em que são utilizados, disse Santos.
“Eles são de vital importância na indústria petrolífera. Sem eles, não há refino de petróleo, nem produção de derivados”. São importantes também em produtos de elevada tecnologia, em áreas como telecomunicações, geração e intensificação de imagens, produção de semicondutores e supercondutores, eletrodos dos automóveis elétricos e híbridos, ímas de alto desempenho, indústria de informática, laser, fármacos, sistemas de orientação espacial e indústria bélica.
Considerando os produtos iniciais, precursores de toda a cadeia, pode-se dizer que o mercado mundial de terras-raras movimenta hoje em torno de US$ 5 bilhões. Quando, porém, são levados em conta os números movimentados no mundo em termos de valor agregado, essa cifra pode ser multiplicada quatro ou cinco vezes, acrescentou o pesquisador do Cetem.
Embora exista a decisão do governo, por meio do MME e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, de considerar os elementos de terras-raras estratégicos para o país, intensificando, em consequência, sua produção, falta demanda, disse Santos. O problema, destacou, é a falta de decisão das empresas de assumir o risco de iniciar a cadeia produtiva.
Ronaldo Santos lembrou que as pesquisas na área estão adiantadas. “A capacitação das instituições existe tanto nos institutos de pesquisa quanto na academia. O que não há é demanda de projetos para isso. Nos últimos 15 anos, não tivemos demanda praticamente de nenhuma empresa em relação a terras-raras, ou seja, um projeto que tenha início, meio e fim”.
As conclusões do seminário serão encaminhadas ao MME. Elas deverão subsidiar a construção de uma agenda positiva para a implementação de uma política integrada para o setor. Ronaldo O pesquisador sugeriu que o estabelecimento de parcerias público-privadas (PPPs) poderia ser uma solução para iniciar a cadeia produtiva do setor no Brasil.
As reservas nacionais de terras-raras conhecidas estão localizadas nos estados de Minas Gerais e Goiás. Há também reservas que precisam de confirmação na região da Amazônia Legal, informou Santos. “É uma área sensível e exige que se faça um trabalho sistemático para a confirmação desses valores”.
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnolog ... ecnologia/
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Já era tempo...varj escreveu:Parece que o despertador toou na cabeça de alguns políticos.
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
O Dr Enéas foi um Nacionalista e conhecedor das áreas estratégicas de nosso País.Pena que não foi levado a sério por nosso Povo.Há muito ele já denunciava a expropriação de nossas riquezas.romeo escreveu:Já era tempo...varj escreveu:Parece que o despertador toou na cabeça de alguns políticos.
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
Carreira mundial na procura das terras raras
Havana (Prensa Latina) A carreira mundial pelo desenvolvimento de sofisticadas tecnologias e a substituição do uso de combustíveis fósseis, encarecidos e poluentes, pelas chamadas energias limpas, demanda maior quantidade de terras raras.
China concentra hoje 97 por cento da produção mundial de terras raras, depois de começar a explodir jazidas na década de 80 do século XX.
Trata-se de 17 elementos químicos da série dos lantanídeos entre os que se encontram o lântano, cério, praseodímio, neodímio, európio, gadolínio, térbio, túlio, itérbio, ítrio e o escândio.
Para aqueles familiarizados com a nomenclatura química, uns e outros poderiam ser apenas isso: puros minerais. No entanto, seu valor cresce por dia, na medida em que se descobrem maiores aplicações na tecnologia moderna.
São, sem dúvida, os minerais do futuro.
Por exemplo, seu uso em produtos de alta tecnologia como carros elétricos, turbinas eólicas, telas planas, discos duros, reprodutores de Mp3, eletroímãs e baterias nucleares, entre outros usos relevantes.
A denominação de raras vai para além de possuir estranhas propriedades, deve-se, aliás, a que são minerais escassos e não estão bem distribuídos no planeta.
Daí que os países desenvolvidos, por natureza despossuídos destas riquezas estratégicas, envidem esforços na procura de jazidas. Por quê a invasão ao Afeganistão, além de qualquer outra "justificação" esgrimida por seus agressores?
Apesar de ser um país onde reinam a pobreza e os terrenos montanhosos, peritos asseguram que o Afeganistão está sentado em um banco de ouro ou de riquezas virtualmente inexploradas, desde cobre, lítio, gás, petróleo e pedras preciosas, até terras estranhas, todo isso estimado em mais de três trilhões de dólares.
Não é à toa que a nação asiática é cobiçada por grandes corporações purificadoras de ar do mundo e seus parceiros. Bancos, fabricantes de equipes pesadas e de tecnologias de ponta, entre outros, competem pelo usufruto de seus abundantes recursos.
BUSCAM-SE TERRAS RARAS
Estados Unidos, Europa, Canadá, Japão, todos procuram terras raras.
Recentemente o Departamento de Energia americana publicou seu 2011 Critical Materiais Strategy, no que destaca seis minerais desse tipo essenciais para desenvolver tecnologias que fazem possível as energias renováveis. Nenhum deles existe em sua geografia.
Por sua parte o Joint Reserach Centre da União Europeia divulgou outro relatório que alerta a respeito da dependência que tem a região em relação às terras raras e o impacto que um corte em seu fornecimento poderia ter no cumprimento dos objetivos energéticos europeus para 2020.
Ambos os documentos recomendam iniciar a busca de jazidas próprias, explorar a mineração e implementar estações processadoras.
Deste modo exortam, como solução parcial, recuperar esses minerais dos produtos e artigos que culminam sua vida útil.
Enquanto, a nível global está em andamento uma vintena de grandes projetos de exploração. Deles uma quarta parte se centra no Canadá, país que tenciona se tornar em potencial produtor desses elementos químicos.
Um dos projetos é a jazida da Kipawa, situado na província canadense do Québec. A companhia de exploração mineira Matamec assinou um acordo com a fabricante de automóveis japonesa Toyota para levar a cabo as pesquisas.
De se encontrarem terras raras no local , ambas as empresas se unirão para sua exploração e Toyota comprará toda a produção para empregá-la na produção de seus veículos elétricos e outros.
"Há muitos outros em carreira e os projetos do Québec estão muito bem posicionados a nível mundial", afirmou o presidente da Associação de Mineração dessa província, Jean-Marc Lulin, quem prevê que Canadá exportará terras raras nos próximos anos.
A esta procura se somam a Austrália e os Estados Unidos. Estes países, junto com Canadá, exploraram-nas em seus territórios até a década de noventa do passado século, quando deixaram de fazê-lo por não poder concorrer com os preços baratos dos metais chineses.
Lourdes Pérez Navarro
Jornalista da Redação de Economia de Prensa Latina
mmd/em/mem/lpn
http://www.prensa-latina.cu/index.php?o ... 1&Itemid=1
Havana (Prensa Latina) A carreira mundial pelo desenvolvimento de sofisticadas tecnologias e a substituição do uso de combustíveis fósseis, encarecidos e poluentes, pelas chamadas energias limpas, demanda maior quantidade de terras raras.
China concentra hoje 97 por cento da produção mundial de terras raras, depois de começar a explodir jazidas na década de 80 do século XX.
Trata-se de 17 elementos químicos da série dos lantanídeos entre os que se encontram o lântano, cério, praseodímio, neodímio, európio, gadolínio, térbio, túlio, itérbio, ítrio e o escândio.
Para aqueles familiarizados com a nomenclatura química, uns e outros poderiam ser apenas isso: puros minerais. No entanto, seu valor cresce por dia, na medida em que se descobrem maiores aplicações na tecnologia moderna.
São, sem dúvida, os minerais do futuro.
Por exemplo, seu uso em produtos de alta tecnologia como carros elétricos, turbinas eólicas, telas planas, discos duros, reprodutores de Mp3, eletroímãs e baterias nucleares, entre outros usos relevantes.
A denominação de raras vai para além de possuir estranhas propriedades, deve-se, aliás, a que são minerais escassos e não estão bem distribuídos no planeta.
Daí que os países desenvolvidos, por natureza despossuídos destas riquezas estratégicas, envidem esforços na procura de jazidas. Por quê a invasão ao Afeganistão, além de qualquer outra "justificação" esgrimida por seus agressores?
Apesar de ser um país onde reinam a pobreza e os terrenos montanhosos, peritos asseguram que o Afeganistão está sentado em um banco de ouro ou de riquezas virtualmente inexploradas, desde cobre, lítio, gás, petróleo e pedras preciosas, até terras estranhas, todo isso estimado em mais de três trilhões de dólares.
Não é à toa que a nação asiática é cobiçada por grandes corporações purificadoras de ar do mundo e seus parceiros. Bancos, fabricantes de equipes pesadas e de tecnologias de ponta, entre outros, competem pelo usufruto de seus abundantes recursos.
BUSCAM-SE TERRAS RARAS
Estados Unidos, Europa, Canadá, Japão, todos procuram terras raras.
Recentemente o Departamento de Energia americana publicou seu 2011 Critical Materiais Strategy, no que destaca seis minerais desse tipo essenciais para desenvolver tecnologias que fazem possível as energias renováveis. Nenhum deles existe em sua geografia.
Por sua parte o Joint Reserach Centre da União Europeia divulgou outro relatório que alerta a respeito da dependência que tem a região em relação às terras raras e o impacto que um corte em seu fornecimento poderia ter no cumprimento dos objetivos energéticos europeus para 2020.
Ambos os documentos recomendam iniciar a busca de jazidas próprias, explorar a mineração e implementar estações processadoras.
Deste modo exortam, como solução parcial, recuperar esses minerais dos produtos e artigos que culminam sua vida útil.
Enquanto, a nível global está em andamento uma vintena de grandes projetos de exploração. Deles uma quarta parte se centra no Canadá, país que tenciona se tornar em potencial produtor desses elementos químicos.
Um dos projetos é a jazida da Kipawa, situado na província canadense do Québec. A companhia de exploração mineira Matamec assinou um acordo com a fabricante de automóveis japonesa Toyota para levar a cabo as pesquisas.
De se encontrarem terras raras no local , ambas as empresas se unirão para sua exploração e Toyota comprará toda a produção para empregá-la na produção de seus veículos elétricos e outros.
"Há muitos outros em carreira e os projetos do Québec estão muito bem posicionados a nível mundial", afirmou o presidente da Associação de Mineração dessa província, Jean-Marc Lulin, quem prevê que Canadá exportará terras raras nos próximos anos.
A esta procura se somam a Austrália e os Estados Unidos. Estes países, junto com Canadá, exploraram-nas em seus territórios até a década de noventa do passado século, quando deixaram de fazê-lo por não poder concorrer com os preços baratos dos metais chineses.
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
ótimo texto obrigado e parabéns
akivrx78 escreveu:Carreira mundial na procura das terras raras
Havana (Prensa Latina) A carreira mundial pelo desenvolvimento de sofisticadas tecnologias e a substituição do uso de combustíveis fósseis, encarecidos e poluentes, pelas chamadas energias limpas, demanda maior quantidade de terras raras.
China concentra hoje 97 por cento da produção mundial de terras raras, depois de começar a explodir jazidas na década de 80 do século XX.
Trata-se de 17 elementos químicos da série dos lantanídeos entre os que se encontram o lântano, cério, praseodímio, neodímio, európio, gadolínio, térbio, túlio, itérbio, ítrio e o escândio.
Para aqueles familiarizados com a nomenclatura química, uns e outros poderiam ser apenas isso: puros minerais. No entanto, seu valor cresce por dia, na medida em que se descobrem maiores aplicações na tecnologia moderna.
São, sem dúvida, os minerais do futuro.
Por exemplo, seu uso em produtos de alta tecnologia como carros elétricos, turbinas eólicas, telas planas, discos duros, reprodutores de Mp3, eletroímãs e baterias nucleares, entre outros usos relevantes.
A denominação de raras vai para além de possuir estranhas propriedades, deve-se, aliás, a que são minerais escassos e não estão bem distribuídos no planeta.
Daí que os países desenvolvidos, por natureza despossuídos destas riquezas estratégicas, envidem esforços na procura de jazidas. Por quê a invasão ao Afeganistão, além de qualquer outra "justificação" esgrimida por seus agressores?
Apesar de ser um país onde reinam a pobreza e os terrenos montanhosos, peritos asseguram que o Afeganistão está sentado em um banco de ouro ou de riquezas virtualmente inexploradas, desde cobre, lítio, gás, petróleo e pedras preciosas, até terras estranhas, todo isso estimado em mais de três trilhões de dólares.
Não é à toa que a nação asiática é cobiçada por grandes corporações purificadoras de ar do mundo e seus parceiros. Bancos, fabricantes de equipes pesadas e de tecnologias de ponta, entre outros, competem pelo usufruto de seus abundantes recursos.
BUSCAM-SE TERRAS RARAS
Estados Unidos, Europa, Canadá, Japão, todos procuram terras raras.
Recentemente o Departamento de Energia americana publicou seu 2011 Critical Materiais Strategy, no que destaca seis minerais desse tipo essenciais para desenvolver tecnologias que fazem possível as energias renováveis. Nenhum deles existe em sua geografia.
Por sua parte o Joint Reserach Centre da União Europeia divulgou outro relatório que alerta a respeito da dependência que tem a região em relação às terras raras e o impacto que um corte em seu fornecimento poderia ter no cumprimento dos objetivos energéticos europeus para 2020.
Ambos os documentos recomendam iniciar a busca de jazidas próprias, explorar a mineração e implementar estações processadoras.
Deste modo exortam, como solução parcial, recuperar esses minerais dos produtos e artigos que culminam sua vida útil.
Enquanto, a nível global está em andamento uma vintena de grandes projetos de exploração. Deles uma quarta parte se centra no Canadá, país que tenciona se tornar em potencial produtor desses elementos químicos.
Um dos projetos é a jazida da Kipawa, situado na província canadense do Québec. A companhia de exploração mineira Matamec assinou um acordo com a fabricante de automóveis japonesa Toyota para levar a cabo as pesquisas.
De se encontrarem terras raras no local , ambas as empresas se unirão para sua exploração e Toyota comprará toda a produção para empregá-la na produção de seus veículos elétricos e outros.
"Há muitos outros em carreira e os projetos do Québec estão muito bem posicionados a nível mundial", afirmou o presidente da Associação de Mineração dessa província, Jean-Marc Lulin, quem prevê que Canadá exportará terras raras nos próximos anos.
A esta procura se somam a Austrália e os Estados Unidos. Estes países, junto com Canadá, exploraram-nas em seus territórios até a década de noventa do passado século, quando deixaram de fazê-lo por não poder concorrer com os preços baratos dos metais chineses.
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Re: NIÓBIO - NOSSO PASSAPORTE PARA O FUTURO
O maior problema acho ser a viabilidade da exploração, estas reservas não existem somente na China, acontece que na China como não existe leis ambientais rígidas o custo de produção é o mais barato do mundo, na extração eles soltam resíduos químicos no ar, solo e nos rios direto sem nenhum tratamento, nos últimos anos a China quase triplicou os preço das terras raras mas mesmo assim eles mantém um custo de produção inferior do que se fosse explorado em países com leis ambientais mais rígidas.Governo intensifica pesquisa por terras raras na Região Amazônica
Programa nacional de sondagem sobre reservas de minerais usados em aparelhos de alta tecnologia ganha fôlego em Roraima e Amazonas
Nivaldo Souza, iG Brasília | 15/03/2012 05:00
Por trás das telas dos tablets, smartphones e notebooks há componentes de alto desempenho tecnológicos produzidos com o uso de 17 minerais que formam um conjunto de óxidos metálicos chamado terras raras. O insumo aplicado em eletroeletrônicos de alto desempenho, como dispositivos de misseis e circuitos de computadores, é alvo de uma disputa acirrada entre China, Estados Unidos, Japão e União Europeia deflagrada nesta semana na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Leia também: Vale estuda produzir metais de terras raras
É em meio ao contencioso diplomático que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) intensificará no segundo semestre duas pesquisas minerais para descobrir reservas desses insumos nos estados de Amazonas, na região conhecida como Pitinga, e Roraima, no entorno da área chamada de Repartimento. “Vamos fazer uma amostragem geoquímica para ver o teor de terras raras nessas regiões para montar um mapa com informações sobre os resultados”, antecipa o presidente do CPRM, Manoel Barretto.
A investida é parte do programa de nacional de minerais estratégicos elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para avançar sobre insumos que o país depende de importação, como o fosfato utilizado pela indústria de fertilizantes.
Apesar de ter começado no ano passado, com orçamento de R$ 18,5 milhões até 2014, o programa ganha corpo em 2012. “O orçamento para terras raras nesse ano é de R$ 1,35 milhão, mas se os resultados forem bons podemos deslocar recursos de outros minerais. Podemos ir a R$ 4 milhões, R$ 5 milhões”, indica Barretto.
O CPRM detém o direito de exploração sobre as áreas onde a pesquisa ocorrerá. O órgão recolhe as informações e, no modelo vigente hoje, cede os mapas geológicos a mineradoras interessadas em explorar os recursos. Caso o novo código mineral seja aprovado, o CPRM deve leiloar os mapas para empresas interessadas.
A mudança é vista como passo importante para captação de recursos pelo órgão do MME, cujo programa de estudos prevê o avanço sobre novas áreas com potencial de incidência de terras raras. “No ano que vem, vamos trabalhar em muitos mais áreas”, comenta.
Posição ainda modesta
A intensificação das sondagens ocorre após o Mineral Commodity Summary 2011, uma das publicações mais importantes da geologia mundial, elaborada pelo US Geological Survey (USGS – sigla do serviço americano de geologia), indicar o Brasil como uma das possíveis novas fronteiras minerais com mais de 52 milhões de toneladas de terras raras.
Por enquanto, os depósitos brasileiros somam 48 mil toneladas comprovadas. A exploração é feita em baixa escala, principalmente pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). “É cedo para falar em números, mas o potencial do Brasil em terras raras é muito grande”, diz o presidente do CPRM.
A China tem 55 milhões de toneladas em depósitos comprovados, o que lhe garante entre 95% e 97% da produção mundial. Em seguida estão países da ex-União Soviética (19 milhões de toneladas), Estados Unidos (13 milhões) e Austrália (1,6 milhão), cujos depósitos não foram explorados devido ao alto custo ambiental e financeiro necessário.
Caso o CPRM comprove o potencial sugerido pela USGS, o Brasil pode ocupar mais destaque no mercado de commodities. Pode ganhar também um peso mais significativo na seara diplomática em torno dos minerais cada vez mais rivalizados por países postulantes a produtores de alta tecnologia, principalmente agora que a demanda mundial coloca China, Estados Unidos, Japão e União Europeia em uma disputa comercial por terras raras sem precedentes. Além incrementar um incipiente e potencial consumo interno com a chegada da produção do iPad pela chinesa Foxcon.
Disputa diplomática
As terras raras ganharam os holofotes do noticiário global em 2011, após a China restringir a exportação do insumo para o Japão.
A decisão de Pequim deflagrou um contencioso diplomático na Ásia, agora com dimensão globalizada após os Estados Unidos, a União Europeia e os japoneses acionarem a Organização Mundial do Comércio (OMC) em processo contra a China por reserva de mercado.
Logo após a decisão comunicada pelo presidente americano Barack Obama nesta terça-feira, o governo chinês se apressou em afirmar que o estabelecimento de cotas para exportação atende é parte da política interna “proteção ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável".
Pequim mantém para este ano a cota total de 30 mil toneladas para exportação, mesmo volume do ano passado. “Para nós, estas medidas [estabelecimento de cotas] estão de acordo com as regras da OMC”, afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Liu Weimin.
O embate revela não somente o peso das terras raras para uma economia cada vez mais dependente de equipamentos eletrônicos de alto desempenho, mas principalmente a disposição da China de concentrar em seu território a produção de itens como os tablets.
Foi esse o argumento de Obama ao contestar a China, alegando interesse em manter a produção desses produtos em seu território. “Queremos as nossas empresas a produzir esses produtos aqui nos Estados Unidos, mas para que isso aconteça os nossos produtores têm que ter acesso às terras raras, que a China fornece", afirmou o presidente americano. “Agirei quando for necessário, se os nossos trabalhadores e as nossas empresas estiverem sujeitas a práticas comerciais injustas”, completou.
Vale estuda minerais
A Vale está flertando com o mercado de terras raras, como parte de seu projeto para ampliar o peso de minerais mais rentáveis a seu portfólio, concentrado em minério de ferro.
A mineradora Vale já anunciou a incidência de terras raras em ativos comprados da Fosfértil e agora faz pesquisas para medir se a incidência dos minerais em suas reservas de fosfato é comercialmente viável.
A empresa não revela detalhes do estudo nem os valores envolvidos na pesquisa. Para este ano, o plano de investimentos da mineradora destina US$ 981 milhões para um programa global de exploração mineral. A divisão de fosfato e potássio, onde pode haver terras raras, recebe US$ 50 milhões.
http://economia.ig.com.br/governo-inten ... 17162.html
Um lugar que em tese seria barato explorar e produzir seria na Africa mas coitado da população local já não tem o que comer e poluir o ar, solo e rios para garantir o funcionamento das industrias dos países ricos...
Um outro ponto deve ser o medo dos países ricos em investirem em exploração com alto custo e a China continuar com a exploração de baixo custo tornando seus produtos muito mais competitivos.