RÚSSIA
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, direciona suas ambições para a Ásia.
Foi como chefe de Estado que o primeiro-ministro russo Vladimir Putin efetuou uma visita de dois dias à China, em 11 e 12 de outubro de 2011. Se Pequim é a primeira capital estrangeira visitada por Putin desde o anúncio de sua volta ao Kremlin em 2012, existe uma boa razão para isso. Desde 2010 a China é a maior parceira comercial da Rússia, destronando a Alemanha.
As trocas comerciais não param de crescer: US$ 59 bilhões (cerca de R$103 bilhões) em 2010, US$70 bilhões em 2011. A reaproximação é evidente: Moscou é a maior produtora de energia do mundo, e Pequim é o maior consumidor. Mas é na questão do gás que as conversas têm tropeçado. Elas não avançaram durante a visita. “Será preciso encontrar uma solução”, constatou Putin. Um acordo teria sido bem-vindo, sobretudo no momento em que a Gazprom, cujas filiais na Europa estão sendo ameaçadas de sanções por entrave às regras da concorrência, quer mais do que nunca mostrar ao Velho Continente que ela possui outros mercados para seu gás.
À primeira vista, não houve nada de novo na 16ª visita do número um russo à China. Mas houve, na verdade. Em Pequim, não contente em defender “uma nova ordem financeira mundial”, Putin lançou as bases de uma nova cooperação com o grande vizinho, mais política. “Em primeiro lugar, nós atingimos um nível excepcional de confiança nas questões internacionais. Estamos cooperando estreitamente nesse domínio. (...) A Rússia e a China são atores influentes no cenário internacional (...), aprendemos a coordenar nossos esforços a fim de proteger nossos interesses legítimos”, ele declarou durante uma entrevista exibida na quarta-feira pela rede estatal chinesa CCTV.
Seu colega chinês Wen Jiabao seguiu a mesma linha: “Nossa amizade deve se fortalecer para resgatar a paz e a estabilidade no mundo”, uma alusão ao bloqueio pelos dois países, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, à resolução contra os abusos do regime de Bashar Al-Assad sobre a população síria. Estaríamos assistindo à emergência de um novo eixo Moscou-Pequim?
A Rússia precisa da China para a energia, mas não somente. O Kremlin sabe que os investimentos chineses são o único motor possível para desenvolver a Sibéria e o Extremo Oriente russo, cujo nível de desenvolvimento é muito inferior ao das províncias chinesas próximas à fronteira.
Em pleno declínio demográfico, freada pela decrepitude de sua infraestrutura, pobre em pequenas e médias empresas e em investimentos, a Rússia vê seu vizinho asiático como uma salvação, mas também como uma ameaça. Do lado russo, 7,5 milhões de indivíduos povoam um território que vai de Vladivostok, no Pacífico, até a fronteira com a Mongólia. Do lado chinês, são 148 milhões. Nesses últimos anos, as relações se suavizaram, foi assinado um tratado sobre o traçado da fronteira (2005) e os dois países têm colaborado dentro da Organização de Cooperação de Xangai.
“Polo do mundo moderno”
Para seu terceiro mandato no Kremlin, Putin tem um projeto: criar “uma poderosa união supranacional capaz de se tornar um polo do mundo moderno, uma ponte eficaz entre a Europa e a região Ásia-Pacífico”, escreveu o líder no Kremlin no jornal “Izvestia”, alguns dias antes de sua visita à China. Ninguém duvida que Pequim acompanhará de perto a emergência dessa “União Eurasiana”, uma confederação de Estados pós-soviéticos que podem rivalizar com a União Europeia ou os Estados Unidos, um mercado “colossal de 165 milhões de consumidores, com um espaço jurídico único, livre circulação de capitais, de serviços e de pessoas”, segundo Putin.
Desnecessário dizer que a Rússia seguraria as rédeas dessa União Eurasiana, uma espécie de URSS mais moderna. Sua realização parece bastante improvável no momento, uma vez que nenhum dos Estados pós-soviéticos envolvidos se manifestou. Mas o mais importante não está aí. Obcecado pela restauração da “Grande Rússia”, Putin pretende mostrar que tem outros objetivos além da relação europeia, e está se direcionando para a Ásia. “Há vinte anos, a Rússia olha para a Europa e ignora a Ásia. A diferença de desenvolvimento entre as regiões do Extremo Oriente russo e seus vizinhos chineses é incrível. Mas agora a certeza de que precisamos um do outro está evidente”, explica Andrei Ostrovski, vice-diretor do Instituto de Estudos sobre a Ásia em Moscou.
http://codinomeinformante.blogspot.com/
Foi como chefe de Estado que o primeiro-ministro russo Vladimir Putin efetuou uma visita de dois dias à China, em 11 e 12 de outubro de 2011. Se Pequim é a primeira capital estrangeira visitada por Putin desde o anúncio de sua volta ao Kremlin em 2012, existe uma boa razão para isso. Desde 2010 a China é a maior parceira comercial da Rússia, destronando a Alemanha.
As trocas comerciais não param de crescer: US$ 59 bilhões (cerca de R$103 bilhões) em 2010, US$70 bilhões em 2011. A reaproximação é evidente: Moscou é a maior produtora de energia do mundo, e Pequim é o maior consumidor. Mas é na questão do gás que as conversas têm tropeçado. Elas não avançaram durante a visita. “Será preciso encontrar uma solução”, constatou Putin. Um acordo teria sido bem-vindo, sobretudo no momento em que a Gazprom, cujas filiais na Europa estão sendo ameaçadas de sanções por entrave às regras da concorrência, quer mais do que nunca mostrar ao Velho Continente que ela possui outros mercados para seu gás.
À primeira vista, não houve nada de novo na 16ª visita do número um russo à China. Mas houve, na verdade. Em Pequim, não contente em defender “uma nova ordem financeira mundial”, Putin lançou as bases de uma nova cooperação com o grande vizinho, mais política. “Em primeiro lugar, nós atingimos um nível excepcional de confiança nas questões internacionais. Estamos cooperando estreitamente nesse domínio. (...) A Rússia e a China são atores influentes no cenário internacional (...), aprendemos a coordenar nossos esforços a fim de proteger nossos interesses legítimos”, ele declarou durante uma entrevista exibida na quarta-feira pela rede estatal chinesa CCTV.
Seu colega chinês Wen Jiabao seguiu a mesma linha: “Nossa amizade deve se fortalecer para resgatar a paz e a estabilidade no mundo”, uma alusão ao bloqueio pelos dois países, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, à resolução contra os abusos do regime de Bashar Al-Assad sobre a população síria. Estaríamos assistindo à emergência de um novo eixo Moscou-Pequim?
A Rússia precisa da China para a energia, mas não somente. O Kremlin sabe que os investimentos chineses são o único motor possível para desenvolver a Sibéria e o Extremo Oriente russo, cujo nível de desenvolvimento é muito inferior ao das províncias chinesas próximas à fronteira.
Em pleno declínio demográfico, freada pela decrepitude de sua infraestrutura, pobre em pequenas e médias empresas e em investimentos, a Rússia vê seu vizinho asiático como uma salvação, mas também como uma ameaça. Do lado russo, 7,5 milhões de indivíduos povoam um território que vai de Vladivostok, no Pacífico, até a fronteira com a Mongólia. Do lado chinês, são 148 milhões. Nesses últimos anos, as relações se suavizaram, foi assinado um tratado sobre o traçado da fronteira (2005) e os dois países têm colaborado dentro da Organização de Cooperação de Xangai.
“Polo do mundo moderno”
Para seu terceiro mandato no Kremlin, Putin tem um projeto: criar “uma poderosa união supranacional capaz de se tornar um polo do mundo moderno, uma ponte eficaz entre a Europa e a região Ásia-Pacífico”, escreveu o líder no Kremlin no jornal “Izvestia”, alguns dias antes de sua visita à China. Ninguém duvida que Pequim acompanhará de perto a emergência dessa “União Eurasiana”, uma confederação de Estados pós-soviéticos que podem rivalizar com a União Europeia ou os Estados Unidos, um mercado “colossal de 165 milhões de consumidores, com um espaço jurídico único, livre circulação de capitais, de serviços e de pessoas”, segundo Putin.
Desnecessário dizer que a Rússia seguraria as rédeas dessa União Eurasiana, uma espécie de URSS mais moderna. Sua realização parece bastante improvável no momento, uma vez que nenhum dos Estados pós-soviéticos envolvidos se manifestou. Mas o mais importante não está aí. Obcecado pela restauração da “Grande Rússia”, Putin pretende mostrar que tem outros objetivos além da relação europeia, e está se direcionando para a Ásia. “Há vinte anos, a Rússia olha para a Europa e ignora a Ásia. A diferença de desenvolvimento entre as regiões do Extremo Oriente russo e seus vizinhos chineses é incrível. Mas agora a certeza de que precisamos um do outro está evidente”, explica Andrei Ostrovski, vice-diretor do Instituto de Estudos sobre a Ásia em Moscou.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Putin regressa ao Kremlin para reforçar poder político
O primeiro-ministro da Rússia declarou hoje que a sua candidatura à presidência, nas eleições de março de 2012, deve-se ao facto de tencionar reforçar as bases do sistema político e criar condições para a diversificação da economia.
Numa entrevista aos três canais da televisão russa, Putin justificou a sua candidatura ao cargo que ocupou antes de ser chefe do governo referindo que gosta de levar tudo até um fim lógico.
"Se começo a fazer alguma coisa, tento ou levá-la até ao fim lógico, ou, no mínimo, conseguir o efeito máximo", sublinhou.
Putin disse ter chegado a acordo com o atual Presidente, Dmitri Medvedev, sobre troca de cargos há quatro anos atrás.
No campo da política externa, o primeiro-ministro russo promete "ponderação".
"A Rússia continuará a realizar uma política externa ponderada, cujo objetivo fundamental é a criação de condições para o desenvolvimento interno", frisou.
Quando lhe perguntaram se se considerava um falcão", Putin respondeu: "primeiro, o falcão é uma avezinha boa", mas quando a pergunta foi: "mas você não é certamente uma pomba?", ele rematou: "em geral, eu sou um homem".
Ele negou as acusações de existência de ambições imperiais na Rússia.
“Lá (no Ocidente), tudo é possível e pode-se fazer tudo e nós é que temos ambições imperiais. A esses críticos, e eles são críticos claramente mal-intencionados, posso dizer: sabem, dediquem-se aos vossos assuntos: luta contra a inflação crescente, contra a dívida estatal crescente, contra a gordura, no fim de contas, que façam alguma coisa”, ironizou.
“Mas nós não falamos de uma união política, do renascimento da União Soviética, porque a Rússia nem sequer está interessada nisso hoje. Ela não está interessada a chamar a si riscos excessivos, um peso demasiado dos países que, por umas ou outras causas, nesta ou naquela área, estão um pouco atrás das nossas costas”, explicou.
O dirigente russo acusou ainda a União Europeia de tentar unilateralmente fazer baixar o preço do gás russo, um dos principais produtos de exportação da Rússia, e defendeu que a Gazprom deve ter acesso direto aos consumidores europeus.
Putin considerou que a China não é uma ameaça, mas um parceiro firme.
Depois de considerar que a China participa na corrida pela liderança mundial, frisou que “nós não pretendemos discutir com a China aí”.
“Aqui, a China tem outros concorrentes. Eles que se entendam”, considerou e rematou: “para nós, a China é um parceiro seguro”.
http://darussia.blogspot.com/
O primeiro-ministro da Rússia declarou hoje que a sua candidatura à presidência, nas eleições de março de 2012, deve-se ao facto de tencionar reforçar as bases do sistema político e criar condições para a diversificação da economia.
Numa entrevista aos três canais da televisão russa, Putin justificou a sua candidatura ao cargo que ocupou antes de ser chefe do governo referindo que gosta de levar tudo até um fim lógico.
"Se começo a fazer alguma coisa, tento ou levá-la até ao fim lógico, ou, no mínimo, conseguir o efeito máximo", sublinhou.
Putin disse ter chegado a acordo com o atual Presidente, Dmitri Medvedev, sobre troca de cargos há quatro anos atrás.
No campo da política externa, o primeiro-ministro russo promete "ponderação".
"A Rússia continuará a realizar uma política externa ponderada, cujo objetivo fundamental é a criação de condições para o desenvolvimento interno", frisou.
Quando lhe perguntaram se se considerava um falcão", Putin respondeu: "primeiro, o falcão é uma avezinha boa", mas quando a pergunta foi: "mas você não é certamente uma pomba?", ele rematou: "em geral, eu sou um homem".
Ele negou as acusações de existência de ambições imperiais na Rússia.
“Lá (no Ocidente), tudo é possível e pode-se fazer tudo e nós é que temos ambições imperiais. A esses críticos, e eles são críticos claramente mal-intencionados, posso dizer: sabem, dediquem-se aos vossos assuntos: luta contra a inflação crescente, contra a dívida estatal crescente, contra a gordura, no fim de contas, que façam alguma coisa”, ironizou.
“Mas nós não falamos de uma união política, do renascimento da União Soviética, porque a Rússia nem sequer está interessada nisso hoje. Ela não está interessada a chamar a si riscos excessivos, um peso demasiado dos países que, por umas ou outras causas, nesta ou naquela área, estão um pouco atrás das nossas costas”, explicou.
O dirigente russo acusou ainda a União Europeia de tentar unilateralmente fazer baixar o preço do gás russo, um dos principais produtos de exportação da Rússia, e defendeu que a Gazprom deve ter acesso direto aos consumidores europeus.
Putin considerou que a China não é uma ameaça, mas um parceiro firme.
Depois de considerar que a China participa na corrida pela liderança mundial, frisou que “nós não pretendemos discutir com a China aí”.
“Aqui, a China tem outros concorrentes. Eles que se entendam”, considerou e rematou: “para nós, a China é um parceiro seguro”.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Ministro dos Negócios Estrangeiros russo critica atitude de Ocidente contra manifestantes anti-Wall Street
A atitude do Ocidente face aos participantes das ações anti-Wall Street mostra que as autoridades seguem a política do “comportamento dúbio”, declarou Serguei Lavrov, numa conferência de imprensa.
“Tendo direito a fazer-nos perguntas, os nossos parceiros ocidentais não querem discutir os seus próprios problemas. Mas eles têm numerosos problemas e o seu númerto aumenta. A forma como tratam, por exemplo, os participantes das ações anti-Wall Street ilustra claramente que toda uma série dos nossos colegas e parceiros dos países ocidentais têm um comportamento dúbio”, precisou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros.
Vinte manifestantes anti-Wall Street foram detidos na cidade de Denver (Colorado, oeste dos EUA) por desobedecer as ordens policiais para retirar as barracas instaladas sem autorização, informa o jornal The Denver Post.
A polícia utilizou gás de pimenta e balas de borracha contra os ativistas do movimento Occupy Denver no Centro Cívico da cidade.
Dois manifestantes foram detidos que retiraram um policial de sua motocicleta e agrediram outros oficiais. Vários foram acusados de desordem pública.
Os confrontos aconteceram na tarde de sábado, quando a polícia tentou desalojar um grupo de manifestantes do Capitólio, área vetada a protestos não autorizados.
Outras detenções aconteceram em Nashville, Tennessee (sul), mas um juiz local se recusou a enviar os manifestantes para a prisão, com base no direito de livre expressão, e todos foram liberados.
O ministro russo acusou também os Estados Unidos de não serem “completamente sinceros” face à questão da instalação do sistema de defesa antimíssil na Europa.
“O facto de os Estados Unidos não quererem garantir juridicamente que o sistema americano de defesa antimíssil europeu não irá ser apontado contra a Rússia mostra que os nossos parceiros não são completamente sinceros”, precisou.
“Isso diverge com os acordos conseguidos tanto nas cimeiras bilaterais russo-americanas, como no quadro do Conselho Rússia-NATO, incluindo a cimeira de Lisboa no ano passado, acordos de que iríamos trabalhar em conjunto. Foram dadas ordens, mas não foram cumpridas”, acrescentou.
“A situação é séria e, durante os contactos ao nível de presidentes da Rússia e dos estados unidos, ao nível do nosso dirigente com os colegas dos principais países da NATO, levantaremos obrigatoriamente este problema, pois é preciso tomar decisões definitivas”, concluiu.
*"P.S. O dito Ocidente cada vez tem menos autoridade moral para dar lições aos outros no que diz respeito aos direitos humanos, à igualdade de oportunidades, etc., o que não promete nada de bom." *comentario feito pelo autor do Texto
http://darussia.blogspot.com/
A atitude do Ocidente face aos participantes das ações anti-Wall Street mostra que as autoridades seguem a política do “comportamento dúbio”, declarou Serguei Lavrov, numa conferência de imprensa.
“Tendo direito a fazer-nos perguntas, os nossos parceiros ocidentais não querem discutir os seus próprios problemas. Mas eles têm numerosos problemas e o seu númerto aumenta. A forma como tratam, por exemplo, os participantes das ações anti-Wall Street ilustra claramente que toda uma série dos nossos colegas e parceiros dos países ocidentais têm um comportamento dúbio”, precisou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros.
Vinte manifestantes anti-Wall Street foram detidos na cidade de Denver (Colorado, oeste dos EUA) por desobedecer as ordens policiais para retirar as barracas instaladas sem autorização, informa o jornal The Denver Post.
A polícia utilizou gás de pimenta e balas de borracha contra os ativistas do movimento Occupy Denver no Centro Cívico da cidade.
Dois manifestantes foram detidos que retiraram um policial de sua motocicleta e agrediram outros oficiais. Vários foram acusados de desordem pública.
Os confrontos aconteceram na tarde de sábado, quando a polícia tentou desalojar um grupo de manifestantes do Capitólio, área vetada a protestos não autorizados.
Outras detenções aconteceram em Nashville, Tennessee (sul), mas um juiz local se recusou a enviar os manifestantes para a prisão, com base no direito de livre expressão, e todos foram liberados.
O ministro russo acusou também os Estados Unidos de não serem “completamente sinceros” face à questão da instalação do sistema de defesa antimíssil na Europa.
“O facto de os Estados Unidos não quererem garantir juridicamente que o sistema americano de defesa antimíssil europeu não irá ser apontado contra a Rússia mostra que os nossos parceiros não são completamente sinceros”, precisou.
“Isso diverge com os acordos conseguidos tanto nas cimeiras bilaterais russo-americanas, como no quadro do Conselho Rússia-NATO, incluindo a cimeira de Lisboa no ano passado, acordos de que iríamos trabalhar em conjunto. Foram dadas ordens, mas não foram cumpridas”, acrescentou.
“A situação é séria e, durante os contactos ao nível de presidentes da Rússia e dos estados unidos, ao nível do nosso dirigente com os colegas dos principais países da NATO, levantaremos obrigatoriamente este problema, pois é preciso tomar decisões definitivas”, concluiu.
*"P.S. O dito Ocidente cada vez tem menos autoridade moral para dar lições aos outros no que diz respeito aos direitos humanos, à igualdade de oportunidades, etc., o que não promete nada de bom." *comentario feito pelo autor do Texto
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Rússia poderá abandonar o START.
Caso a implantação do sistema de defesa anti-mísseis na Europa se tornar irreversível, a Rússia poderá ponderar a questão de abandonar o novo Tratado sobre redução de armamentos estratégicos ofensivos (START), comunicou na terça-feira o presidente da Comissão Conjunta sobre Defesa e Segurança do Conselho da Federação, Viktor Ozerov.
“Claro, é a medida extrema, e espero que não cheguemos a aplicá-la, mas não é por acaso que o Parlamento russo, ratificando o novo Tratado START, tinha acrescentado uma ressalva de que a implantação do sistema de defesa anti-mísseis poderia ser uma das razões para a Rússia se retirar do tratado”, afirmou.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/01/59714965.html
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A minha dúvida será caso isso ocorra qual será a política dos EUA,China,França,Inglaterra,India,Paqistão e Coreia do Norte e sem excluir Israel sendo ambas ambas com a Russia detentores de arsenais nucleares?
Caso a implantação do sistema de defesa anti-mísseis na Europa se tornar irreversível, a Rússia poderá ponderar a questão de abandonar o novo Tratado sobre redução de armamentos estratégicos ofensivos (START), comunicou na terça-feira o presidente da Comissão Conjunta sobre Defesa e Segurança do Conselho da Federação, Viktor Ozerov.
“Claro, é a medida extrema, e espero que não cheguemos a aplicá-la, mas não é por acaso que o Parlamento russo, ratificando o novo Tratado START, tinha acrescentado uma ressalva de que a implantação do sistema de defesa anti-mísseis poderia ser uma das razões para a Rússia se retirar do tratado”, afirmou.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/01/59714965.html
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A minha dúvida será caso isso ocorra qual será a política dos EUA,China,França,Inglaterra,India,Paqistão e Coreia do Norte e sem excluir Israel sendo ambas ambas com a Russia detentores de arsenais nucleares?
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
O outono da anti-Otan.
Reformas e treinamentos da Organização do Tratado de Segurança Coletiva dão atenção à Primavera Árabe, enquanto muitos de seus líderes são comparados a Hosni Mubarak, Ben Ali e Muammar Gadaffi.
A OTSC (Organização do Tratado de Segurança Coletiva), criada em 1992, quando foi assinada a primeira versão do tratado homônimo, é a contrapartida pós-soviética à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O vigésimo aniversário do órgão deve ser celebrado com pouco entusiasmo. O atual modelo de cooperação não satisfaz integralmente nenhum dos países-membros da organização.
Embora uma reforma venha sendo discutida pelos líderes da organização em todas as cúpulas da OTSC, a revolução no Quirguistão, no ano passado, esquentou as discussões em torno da assunto. A principal questão é se a organização deve, em tais casos, defender o regime existente e intervir diretamente no conflito. De acordo com a atual versão do tratado, a OTSC não possui tais poderes. O seu principal objetivo é a proteção conjunta dos Estados-membros contra ameaças externas e especialmente contra o terrorismo internacional.
Discussões enérgicas tomaram espaço por meses, seguidas por um período de calmaria. Então, os líderes da OTSC foram lembrados da necessidade de uma reforma durante as revoltas contra regimes autoritários no norte da África e Oriente Médio, a chamada Primavera Árabe.
Na cúpula realizada em agosto, o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukachenko, confirmou a jornalistas que os líderes da OTSC haviam se dedicado sobretudo a debater como evitar a experiência de seus pares na Tunísia, Egito e Líbia. Atualmente, a Bielorrússia preside a OTSC, mas o verdadeiro líder sempre foi a Rússia. Sendo assim, não é uma surpresa que Moscou tenha proposto um projeto específico de reforma.
O Insor (Instituto de Desenvolvimento Contemporâneo, em russo), cujo chefe do conselho diretor é o presidente Dmítri Medvedev, produziu um relatório de 66 páginas dedicado à reforma na OTSC. O projeto de modernização da organização não é, aliás, o primeiro documento que o instituto propõe ao Kremlin.
A proposta do Insor gira em torno de três pontos-chave. Em primeiro lugar, recomenda reformas no processo de tomada de decisões na OTSC. Atualmente, as decisões são tomadas por consenso, mas o Insor sugere que se leve em consideração o posicionamento da maioria.
“A OTSC não terá utilidade se continuar sendo um órgão onde as pessoas apenas gaguejam. Na Rússia, vemos dessa forma, e nossos parceiros estão começando a perceber isso também. É por isso que precisamos de um novo sistema de tomada de decisões”, disse o chefe do instituto, Igor Iurgens, ao diário russo Kommersant.
Em segundo lugar, o Insor propõe transformar radicalmente a relação da OTSC com a Otan. Inicialmente, a organização foi criada como um contrapeso à Otan, mas, agora, a OTSC deveria estar buscando ativamente reconstruir relações com o Ocidente. “Uma tarefa importante é oferecer, pelo menos, uma interoperabilidade parcial entre a OTSC e as Forças de Reação Rápida da Otan”, diz o relatório.
Por último, o terceiro desafio frente à OTSC é se tornar a principal força pacificadora na Ásia Central e nas regiões vizinhas. O relatório do Insor ressalta que a OTSC “deve ter sistemas adequados para monitorar potenciais conflitos que possam ameaçar a segurança dos países-membros”. Isso inclui “levar em conta as ‘revoluções coloridas’ nas ex-repúblicas soviéticas, os acontecimentos no norte da África e no Oriente Médio, e a provável ascensão do extremismo quando as tropas de coalizão forem retiradas do Afeganistão”.
Segundo especialistas, foram os eventos no Oriente Médio que apressaram as negociações sobre a reforma na OTSC – e os dirigentes do grupo não são, nesse caso, meros observadores.
Outro fator que une metade dos líderes de Estado da organização é a longa permanência no poder, conferindo-lhes algo em comum com o ex-presidente da Tunísia, Ben Ali, ou Hosni Mubarak, que aguarda julgamento, e Gaddafi, morto numa verdadeira caçada empreendida pela oposição e pela Otan. Nursultan Nazarbaiev, presidente do Cazaquistão, está no poder há 20 anos; Emomalii Rakhmon comanda o Tadjiquistão há 17 anos, exatamente o mesmo período de Aleksandr Lukachenko na Bielorrússia. Os paralelos são suficientemente óbvios para fazer os líderes das ex-repúblicas soviéticas refletirem.
De acordo com Mikhail Rostovski, colunista do jornal Moskóvski Komsomolets, a reforma da OTSC iria fortalecer a influência de Moscou no Uzbequistão, no Tadjiquistão e em outras repúblicas da Ásia Central. Os líderes desses países sempre estiverem apenas interessados em manter e fortalecer seu próprio poder e, se Moscou der a eles a ferramenta para isso, os dirigentes locais ficarão ainda mais atrelados à Rússia, acredita Rostov.
“Se as Forças Coletivas de Reação Rápida da OTSC forem capazes de intervir nos conflitos internos, essa organização será exatamente como o Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo, liderado pela Arábia Saudita, que atuou como um extintor de incêndio do movimento revolucionário”, contrapõe o redator-chefe da revista Russia in Global Affairs, Fiódor Lukianov. “Porém, trata-se de uma faca de dois gumes, pois é improvável que muitos países da Ásia Central, bem como a Bielorrússia, deem à Rússia a oportunidade de interferir em seus assuntos internos”, completa.
No momento, a OTSC está se pronunciando de maneira cautelosa sobre as futuras reformas. “Ninguém está falando sobre uma reforma profunda”, afirma o secretário-geral da organização, Nikolai. A questão é realizar pequenos ajustes no documento original, o que significa, segundo Bordiuja, “mudar uma ou duas sentenças”.
Os exercícios da OTSC em situações de crise
A OTSC é composta hoje por sete Estados: Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão e Uzbequistão.
As Forças Coletivas de Reação Rápida da OTSC juntas chegam a cerca de 20 mil homens. De acordo com a cartilha da organização, a OTSC pode fazer uso da força em operações antiterrorismo, para repelir agressões militares diretas, além de combater o narcotráfico e o crime organizado.
De 21 a 26 de setembro, as forças da OTSC conduziram exercícios estratégicos em grande escala, envolvendo veículos blindados, aviões e navios de guerra. Sobre os exercícios de treinamento, o chefe do Estado-Maior do Exército da Rússia, Nikolai Makarov, disse que as forças da OTSC treinavam para situações de crise semelhantes aos acontecimentos recentes no Oriente Médio e no norte da África, a chamada Primavera Árabe.
http://gazetarussa.com.br/articles/2011 ... 12737.html
Reformas e treinamentos da Organização do Tratado de Segurança Coletiva dão atenção à Primavera Árabe, enquanto muitos de seus líderes são comparados a Hosni Mubarak, Ben Ali e Muammar Gadaffi.
A OTSC (Organização do Tratado de Segurança Coletiva), criada em 1992, quando foi assinada a primeira versão do tratado homônimo, é a contrapartida pós-soviética à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O vigésimo aniversário do órgão deve ser celebrado com pouco entusiasmo. O atual modelo de cooperação não satisfaz integralmente nenhum dos países-membros da organização.
Embora uma reforma venha sendo discutida pelos líderes da organização em todas as cúpulas da OTSC, a revolução no Quirguistão, no ano passado, esquentou as discussões em torno da assunto. A principal questão é se a organização deve, em tais casos, defender o regime existente e intervir diretamente no conflito. De acordo com a atual versão do tratado, a OTSC não possui tais poderes. O seu principal objetivo é a proteção conjunta dos Estados-membros contra ameaças externas e especialmente contra o terrorismo internacional.
Discussões enérgicas tomaram espaço por meses, seguidas por um período de calmaria. Então, os líderes da OTSC foram lembrados da necessidade de uma reforma durante as revoltas contra regimes autoritários no norte da África e Oriente Médio, a chamada Primavera Árabe.
Na cúpula realizada em agosto, o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukachenko, confirmou a jornalistas que os líderes da OTSC haviam se dedicado sobretudo a debater como evitar a experiência de seus pares na Tunísia, Egito e Líbia. Atualmente, a Bielorrússia preside a OTSC, mas o verdadeiro líder sempre foi a Rússia. Sendo assim, não é uma surpresa que Moscou tenha proposto um projeto específico de reforma.
O Insor (Instituto de Desenvolvimento Contemporâneo, em russo), cujo chefe do conselho diretor é o presidente Dmítri Medvedev, produziu um relatório de 66 páginas dedicado à reforma na OTSC. O projeto de modernização da organização não é, aliás, o primeiro documento que o instituto propõe ao Kremlin.
A proposta do Insor gira em torno de três pontos-chave. Em primeiro lugar, recomenda reformas no processo de tomada de decisões na OTSC. Atualmente, as decisões são tomadas por consenso, mas o Insor sugere que se leve em consideração o posicionamento da maioria.
“A OTSC não terá utilidade se continuar sendo um órgão onde as pessoas apenas gaguejam. Na Rússia, vemos dessa forma, e nossos parceiros estão começando a perceber isso também. É por isso que precisamos de um novo sistema de tomada de decisões”, disse o chefe do instituto, Igor Iurgens, ao diário russo Kommersant.
Em segundo lugar, o Insor propõe transformar radicalmente a relação da OTSC com a Otan. Inicialmente, a organização foi criada como um contrapeso à Otan, mas, agora, a OTSC deveria estar buscando ativamente reconstruir relações com o Ocidente. “Uma tarefa importante é oferecer, pelo menos, uma interoperabilidade parcial entre a OTSC e as Forças de Reação Rápida da Otan”, diz o relatório.
Por último, o terceiro desafio frente à OTSC é se tornar a principal força pacificadora na Ásia Central e nas regiões vizinhas. O relatório do Insor ressalta que a OTSC “deve ter sistemas adequados para monitorar potenciais conflitos que possam ameaçar a segurança dos países-membros”. Isso inclui “levar em conta as ‘revoluções coloridas’ nas ex-repúblicas soviéticas, os acontecimentos no norte da África e no Oriente Médio, e a provável ascensão do extremismo quando as tropas de coalizão forem retiradas do Afeganistão”.
Segundo especialistas, foram os eventos no Oriente Médio que apressaram as negociações sobre a reforma na OTSC – e os dirigentes do grupo não são, nesse caso, meros observadores.
Outro fator que une metade dos líderes de Estado da organização é a longa permanência no poder, conferindo-lhes algo em comum com o ex-presidente da Tunísia, Ben Ali, ou Hosni Mubarak, que aguarda julgamento, e Gaddafi, morto numa verdadeira caçada empreendida pela oposição e pela Otan. Nursultan Nazarbaiev, presidente do Cazaquistão, está no poder há 20 anos; Emomalii Rakhmon comanda o Tadjiquistão há 17 anos, exatamente o mesmo período de Aleksandr Lukachenko na Bielorrússia. Os paralelos são suficientemente óbvios para fazer os líderes das ex-repúblicas soviéticas refletirem.
De acordo com Mikhail Rostovski, colunista do jornal Moskóvski Komsomolets, a reforma da OTSC iria fortalecer a influência de Moscou no Uzbequistão, no Tadjiquistão e em outras repúblicas da Ásia Central. Os líderes desses países sempre estiverem apenas interessados em manter e fortalecer seu próprio poder e, se Moscou der a eles a ferramenta para isso, os dirigentes locais ficarão ainda mais atrelados à Rússia, acredita Rostov.
“Se as Forças Coletivas de Reação Rápida da OTSC forem capazes de intervir nos conflitos internos, essa organização será exatamente como o Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo, liderado pela Arábia Saudita, que atuou como um extintor de incêndio do movimento revolucionário”, contrapõe o redator-chefe da revista Russia in Global Affairs, Fiódor Lukianov. “Porém, trata-se de uma faca de dois gumes, pois é improvável que muitos países da Ásia Central, bem como a Bielorrússia, deem à Rússia a oportunidade de interferir em seus assuntos internos”, completa.
No momento, a OTSC está se pronunciando de maneira cautelosa sobre as futuras reformas. “Ninguém está falando sobre uma reforma profunda”, afirma o secretário-geral da organização, Nikolai. A questão é realizar pequenos ajustes no documento original, o que significa, segundo Bordiuja, “mudar uma ou duas sentenças”.
Os exercícios da OTSC em situações de crise
A OTSC é composta hoje por sete Estados: Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão e Uzbequistão.
As Forças Coletivas de Reação Rápida da OTSC juntas chegam a cerca de 20 mil homens. De acordo com a cartilha da organização, a OTSC pode fazer uso da força em operações antiterrorismo, para repelir agressões militares diretas, além de combater o narcotráfico e o crime organizado.
De 21 a 26 de setembro, as forças da OTSC conduziram exercícios estratégicos em grande escala, envolvendo veículos blindados, aviões e navios de guerra. Sobre os exercícios de treinamento, o chefe do Estado-Maior do Exército da Rússia, Nikolai Makarov, disse que as forças da OTSC treinavam para situações de crise semelhantes aos acontecimentos recentes no Oriente Médio e no norte da África, a chamada Primavera Árabe.
http://gazetarussa.com.br/articles/2011 ... 12737.html
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Distrito Militar do Leste da Rússia já recebeu mais de 100 aeronaves em 2011.
O Distrito Militar do Leste da Rússia recebeu mais de 100 aeronaves desde o inicio de 2011, informou hoje o secretário de imprensa do citado Distrito, Igor Mugina.
“Pela primeira vez desde muito tempo se produz uma remodelação em tal escala do parque aeronáutico no Leste da Rússia, disse Mugina, que destacou que no verão desde ano, o seu Distrito recebera 2 caças bombardeiros Su-34 e 46 caças multifuncionais Su-27.
Em particular, 12 helicópteros de combate Ka-52 já estão à disposição da base russa em Primorsky Krai, base essa que os pilotos passam por cursos de capacitação profissional. No outono, o Exército recebeu 8 helicópteros multifuncionais Mi-8, equipados com sistemas de navegação via satélite GLONASS e GPS.
Em novembro serão entregues mais 2 helicópteros Mi-26 e outros equipamentos. Este ano as unidades de aviação de assalto do Distrito receberam 12 novos caças Su-25 e outros 12 serão entregues no próximo ano.
http://codinomeinformante.blogspot.com/
O Distrito Militar do Leste da Rússia recebeu mais de 100 aeronaves desde o inicio de 2011, informou hoje o secretário de imprensa do citado Distrito, Igor Mugina.
“Pela primeira vez desde muito tempo se produz uma remodelação em tal escala do parque aeronáutico no Leste da Rússia, disse Mugina, que destacou que no verão desde ano, o seu Distrito recebera 2 caças bombardeiros Su-34 e 46 caças multifuncionais Su-27.
Em particular, 12 helicópteros de combate Ka-52 já estão à disposição da base russa em Primorsky Krai, base essa que os pilotos passam por cursos de capacitação profissional. No outono, o Exército recebeu 8 helicópteros multifuncionais Mi-8, equipados com sistemas de navegação via satélite GLONASS e GPS.
Em novembro serão entregues mais 2 helicópteros Mi-26 e outros equipamentos. Este ano as unidades de aviação de assalto do Distrito receberam 12 novos caças Su-25 e outros 12 serão entregues no próximo ano.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Texto traduzido e enviado pelo leitor Pippo:
"Dmitri Trenin"
MOSCOVO – Com as eleições presidenciais russas de 2012 practicamente decididas desde a decisão de Vladimir Putin de recuperar o seu gabinete no Kremlin, é altura de deixarm os de olhar para as personalidades para nos concentrarmos nas políticas. Putin planeia permanecer no Kremlin por dois mandatos presidenciais, ou seja, 12 anos, como ele está habilitado a exercer desde a recente alteração à Constituição. Assim, quem será o próximo presidente da Rússia já é uma certeza; menos óbvio é o que ele espera alcançar.
Uma questão, no entanto, já saltou para o topo da agenda política da Rússia: a integração euro-asiática. No início de outubro, Putin escreveu um artigo no qual proclamou o que parece ser o seu objetivo de política externa: a União Eurasiana de antigos Estados soviéticos. Duas semanas depois, em São Petersburgo, Putin organizou uma reunião dos primeiros-ministros da Comunidade de Estados Independentes (CIS), oito dos quais assinaram um acordo que estabelece uma área de livre comércio entre seus países. Em 01 de janeiro de 2012, a Bielorrússia, o Cazaquistão e Rússia, que agora formam uma união aduaneira, irão participar num espaço económico único.
E Putin quer ainda mais: um "Espaço Schengen Eurasiano" (livre circulação de pessoas entre os três países, construída sobre o exemplo da União Europeia) em 2015, seguido de uma união monetária e, finalmente, a integração económica plena. De facto, Putin quer reestruturar as relações da Rússia com os Estados da antiga União Soviética para criar, não apenas um mercado maior, mas eventualmente uma aliança económica e de segurança.
A viabilidade deste plano não deve ser tomada como um dado adquirido. Desde que a União Soviética acabou há 20 anos, tem havido muitas conversações sobre a reintegração dos estados sucessores. Pouco resultou disso, devido principalmente à relutância da Rússia em apoiar financeiramente os outros países. Ao mesmo tempo, os outros países da CEI têm mantido um foco primordial na construção dos seus próprios Estado com vista a independência face à Rússia. Ambos os factores, entretanto, podem estar agora a mudar - pelo menos um pouco.
A Rússia, que à uma meia dúzia de anos atrás terminou abruptamente seus subsídios à energia para a Ucrânia, Bielorrússia, Moldávia, e outros, expressa agora interesse em apoiar alguns dos seus vizinhos em dificuldades, em troca de alguns dos seus activos mais lucrativos. Durante a crise global de 2008-2009l, Moscovo começou a reforçar a sua posição económica regional e a promover o estabelecimento da união aduaneira com a Bielorrússia e o Cazaquistão, mesmo correndo o risco de complicar a sua própria candidatura de adesão à Organização Mundial do Comércio.
Para os parceiros da Rússia, também, as formas actuais de integração, como a união aduaneira e o futuro espaço económico único, são acordos pragmáticos que servem os seus interesses. Combinando Bielorrússia e Cazaquistão, a Rússia ganhou 25 milhões potenciais novos consumidores; a Bielorrússia e o Cazaquistão, por sua vez, aumentaram o seu acesso ao mercado de 140 milhões de russos.
O mercado russo também é atraente para muitos outros países, do pequeno Quirguistão à considerável Ucrânia. No caso desta última, por exemplo, as perspectivas de uma associação mais estreita com a UE têm diminuído recentemente, quer devido às dificuldades internas da UE, quer devido à perseguição politicamente motivada das autoridades ucranianas à ex-primeira-ministra Yuliya Tymoshenko.
No seu muito citado artigo de jornal, Putin negou que seus novos planos de integração sejam destinadas a restabelecer uma União Soviética sob outro nome. Esta é uma reivindicação credível, por três razões básicas: a completa evaporação do élan da Rússia imperial, a sua falta de vontade de pagar as contas dos outroas países, e a falta de vontade dos novos países em ceder demasiada soberania para a potência hegemonica anterior.
Consequentemente, a Rússia tem sido rigorosa sobre os termos da sua ajuda financeira à Bielorrússia, pressionando seu governo a abrir a sua economia às empresas russas. E, apesar de todo o seu interesse no mercado russo, nem a Bielorrússia nem o Cazaquistão acederam ao desejo da Rússia em reconhecer a independência da Abkházia e a Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia.
Putin é ambicioso, mas ele também é cauteloso. Ele provavelmente sabe que o mero interesse económico mútuo pode permitir-lhe atingir o seu objectivo. Criar um novo Conselho de Assistência Económica Mútua (COMECON, o bloco comercial da era soviética), ou um novo Pacto de Varsóvia, é tão impossível como recriar a União Soviética nos seus últimos tempos. A integração económica eurasiana, se é que ela quer ter alguma hipótese, deve seguir um caminho diferente.
Se todas as partes envolvidas aderirem voluntariamente e avançarem passo a passo, como aconteceu com a UE ou o com Acordo Norte-Americano de Livre Comércio, a integração eurasiana irá beneficiar todos os envolvidos. Em vez de comportar-se como um império secretamente tentando reinventar-se, a Rússia tem a oportunidade de se tornar um líder regional. Mas a integração euro-asiática irá falhar se os parceiros da Rússia virem o processo como uma tentativa de Moscovo de dominação política.
Tudo isto tem implicações geopolíticas. Na Europa de Leste, a Rússia está claramente a atrair a Bielorrússia para mais perto, e está competindo com a UE sobre a futura orientação económica da Ucrânia. Enquanto isso, na Ásia Central, a Rússia, tendo construído fortes laços económicos com o Cazaquistão, está agora a chegar ao Quirguistão, concorrendo assim mais activamente com a vizinha China. Em vez de escolher entre Bruxelas e Pequim, Moscovo agora pretende transformar a vizinhança da Rússia pós-imperial numa comunidade. E, como meta de longo prazo, Putin prevê uma estreita relação económica entre a sua União Eurasiana e a EU, naquilo que ele chama de uma Grande Europa.
No Ocidente, a declaração mais recordada de Putin sobre a União Soviética é aquela em que ele descreve o seu fim como a "maior catástrofe do século XX." Mas outros comentários de Putin, menos familiares para os leitores ocidentais, referem o sistema soviético como "inviável". No seu julgamento implacável, aqueles que querem a URSS de volta "não têm cérebros."
Vinte anos após a perda do seu império do século XX, a Rússia está pronta para se mover em direção a um novo tipo de integração com as sua ex-províncias. Isto não pretende ser uma ameaça para os outros; em vez disso, a integração económica é um teste para o quanto a Rússia aprendeu sobre o mundo desde 1991, e de quanto mais moderna se tornou em resultado.
Dmitri Trenin é director do Centro Carnegie de Moscovo. O seu último livro é Post-Imperium: A Eurasian Story.
Copyright: Project Syndicate, 2011.
www.project-syndicate.org "
http://darussia.blogspot.com/
"Dmitri Trenin"
MOSCOVO – Com as eleições presidenciais russas de 2012 practicamente decididas desde a decisão de Vladimir Putin de recuperar o seu gabinete no Kremlin, é altura de deixarm os de olhar para as personalidades para nos concentrarmos nas políticas. Putin planeia permanecer no Kremlin por dois mandatos presidenciais, ou seja, 12 anos, como ele está habilitado a exercer desde a recente alteração à Constituição. Assim, quem será o próximo presidente da Rússia já é uma certeza; menos óbvio é o que ele espera alcançar.
Uma questão, no entanto, já saltou para o topo da agenda política da Rússia: a integração euro-asiática. No início de outubro, Putin escreveu um artigo no qual proclamou o que parece ser o seu objetivo de política externa: a União Eurasiana de antigos Estados soviéticos. Duas semanas depois, em São Petersburgo, Putin organizou uma reunião dos primeiros-ministros da Comunidade de Estados Independentes (CIS), oito dos quais assinaram um acordo que estabelece uma área de livre comércio entre seus países. Em 01 de janeiro de 2012, a Bielorrússia, o Cazaquistão e Rússia, que agora formam uma união aduaneira, irão participar num espaço económico único.
E Putin quer ainda mais: um "Espaço Schengen Eurasiano" (livre circulação de pessoas entre os três países, construída sobre o exemplo da União Europeia) em 2015, seguido de uma união monetária e, finalmente, a integração económica plena. De facto, Putin quer reestruturar as relações da Rússia com os Estados da antiga União Soviética para criar, não apenas um mercado maior, mas eventualmente uma aliança económica e de segurança.
A viabilidade deste plano não deve ser tomada como um dado adquirido. Desde que a União Soviética acabou há 20 anos, tem havido muitas conversações sobre a reintegração dos estados sucessores. Pouco resultou disso, devido principalmente à relutância da Rússia em apoiar financeiramente os outros países. Ao mesmo tempo, os outros países da CEI têm mantido um foco primordial na construção dos seus próprios Estado com vista a independência face à Rússia. Ambos os factores, entretanto, podem estar agora a mudar - pelo menos um pouco.
A Rússia, que à uma meia dúzia de anos atrás terminou abruptamente seus subsídios à energia para a Ucrânia, Bielorrússia, Moldávia, e outros, expressa agora interesse em apoiar alguns dos seus vizinhos em dificuldades, em troca de alguns dos seus activos mais lucrativos. Durante a crise global de 2008-2009l, Moscovo começou a reforçar a sua posição económica regional e a promover o estabelecimento da união aduaneira com a Bielorrússia e o Cazaquistão, mesmo correndo o risco de complicar a sua própria candidatura de adesão à Organização Mundial do Comércio.
Para os parceiros da Rússia, também, as formas actuais de integração, como a união aduaneira e o futuro espaço económico único, são acordos pragmáticos que servem os seus interesses. Combinando Bielorrússia e Cazaquistão, a Rússia ganhou 25 milhões potenciais novos consumidores; a Bielorrússia e o Cazaquistão, por sua vez, aumentaram o seu acesso ao mercado de 140 milhões de russos.
O mercado russo também é atraente para muitos outros países, do pequeno Quirguistão à considerável Ucrânia. No caso desta última, por exemplo, as perspectivas de uma associação mais estreita com a UE têm diminuído recentemente, quer devido às dificuldades internas da UE, quer devido à perseguição politicamente motivada das autoridades ucranianas à ex-primeira-ministra Yuliya Tymoshenko.
No seu muito citado artigo de jornal, Putin negou que seus novos planos de integração sejam destinadas a restabelecer uma União Soviética sob outro nome. Esta é uma reivindicação credível, por três razões básicas: a completa evaporação do élan da Rússia imperial, a sua falta de vontade de pagar as contas dos outroas países, e a falta de vontade dos novos países em ceder demasiada soberania para a potência hegemonica anterior.
Consequentemente, a Rússia tem sido rigorosa sobre os termos da sua ajuda financeira à Bielorrússia, pressionando seu governo a abrir a sua economia às empresas russas. E, apesar de todo o seu interesse no mercado russo, nem a Bielorrússia nem o Cazaquistão acederam ao desejo da Rússia em reconhecer a independência da Abkházia e a Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia.
Putin é ambicioso, mas ele também é cauteloso. Ele provavelmente sabe que o mero interesse económico mútuo pode permitir-lhe atingir o seu objectivo. Criar um novo Conselho de Assistência Económica Mútua (COMECON, o bloco comercial da era soviética), ou um novo Pacto de Varsóvia, é tão impossível como recriar a União Soviética nos seus últimos tempos. A integração económica eurasiana, se é que ela quer ter alguma hipótese, deve seguir um caminho diferente.
Se todas as partes envolvidas aderirem voluntariamente e avançarem passo a passo, como aconteceu com a UE ou o com Acordo Norte-Americano de Livre Comércio, a integração eurasiana irá beneficiar todos os envolvidos. Em vez de comportar-se como um império secretamente tentando reinventar-se, a Rússia tem a oportunidade de se tornar um líder regional. Mas a integração euro-asiática irá falhar se os parceiros da Rússia virem o processo como uma tentativa de Moscovo de dominação política.
Tudo isto tem implicações geopolíticas. Na Europa de Leste, a Rússia está claramente a atrair a Bielorrússia para mais perto, e está competindo com a UE sobre a futura orientação económica da Ucrânia. Enquanto isso, na Ásia Central, a Rússia, tendo construído fortes laços económicos com o Cazaquistão, está agora a chegar ao Quirguistão, concorrendo assim mais activamente com a vizinha China. Em vez de escolher entre Bruxelas e Pequim, Moscovo agora pretende transformar a vizinhança da Rússia pós-imperial numa comunidade. E, como meta de longo prazo, Putin prevê uma estreita relação económica entre a sua União Eurasiana e a EU, naquilo que ele chama de uma Grande Europa.
No Ocidente, a declaração mais recordada de Putin sobre a União Soviética é aquela em que ele descreve o seu fim como a "maior catástrofe do século XX." Mas outros comentários de Putin, menos familiares para os leitores ocidentais, referem o sistema soviético como "inviável". No seu julgamento implacável, aqueles que querem a URSS de volta "não têm cérebros."
Vinte anos após a perda do seu império do século XX, a Rússia está pronta para se mover em direção a um novo tipo de integração com as sua ex-províncias. Isto não pretende ser uma ameaça para os outros; em vez disso, a integração económica é um teste para o quanto a Rússia aprendeu sobre o mundo desde 1991, e de quanto mais moderna se tornou em resultado.
Dmitri Trenin é director do Centro Carnegie de Moscovo. O seu último livro é Post-Imperium: A Eurasian Story.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
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"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
E se a tarefa de salvar a Grécia for deixada à Rússia?
A Rússia acompanha com muita atenção a situação na União Europeia, pois o agravamento da crise económica e financeira na zona euro terá reflexos negativos na sua economia. Os países da UE são o maior parceiro comercial da Rússia e Moscovo investiu parte significativa dos seus fundos de estabilização nos mercados europeus.
Porém, as dificuldades que a UE estão a ser aproveitadas pelos dirigentes russos para consumo interno e externo, o que é muito útil em tempo de eleições.
Mergulhados nos seus problemas, os membros da União Europeia não têm agora tempo para seguir e criticar a política do dueto Putin-Medvedev e, quando abrem a boca, ouvem de Moscovo: “Metam-se na vossa vida. Com que direito nos vêm dar lições moral se não conseguem resolver os vossos problemas internos?”.
Mas o mais interessante, neste campo, poderá estar para vir se a União Europeia não travar o seu avanço para o abismo da desintegração.
Se a Grécia for completamente ao fundo, declarar falência e abandonar o euro, não se pode excluir cenários que, há alguns tempos atrás ou até mesmo hoje, podem parecer exóticos ou até delirantes.
Por exemplo, a Rússia substitui a União Europeia na ajuda à Grécia, com as respectivas consequências políticas e até geo-estratégicas. Moscovo estende a mão ao país irmão ortodoxo, abandonado pelo Ocidente católico e protestante. Depois, vem a entrada em massa dos capitais russos nesse país e até à adesão da Grécia ao Acordo Alfandegário, constituído pela Bielorrússia, Rússia e Cazaquistão, vão apenas alguns passos.
As imaginações mais criativas poderão profetizar a saída da Grécia da NATO, a adesão ao Tratado de Segurança Colectiva e à Comunidade de Estados Independentes, estas duas últimas organizações constituídas por vários países que surgiram depois da desintegração da União Soviética.
Um cenário delirante? Talvez, mas este mundo já deu tantas voltas inesperadas que já nada nos deve fazer surpreender. Há 20 anos atrás, quando a URSS ruiu, alguém imaginava que as coisas no mundo e, concretamente na Europa, chegassem onde chegaram?
Deixamos aqui uma pequena notícia “Rússia pode salvar Grécia imersa na crise econômico-financeira”, publicada no sítio electrónico do Diário da Rússia (11.10.2011) para meditação: “O presidente do Centro de Pesquisas Estratégicas da Rússia, Mikhail Dmitriev, afirmou que seu país tem a solução para tirar a Grécia da grave crise econômico-financeira em que se encontra. Durante a Conferência Greco-Russa de Investimentos, que acontece na ilha de Rodes, Dmitriev afirmou que a Rússia pode servir de locomotiva para salvar a Grécia, desde que seja possível vencer as barreiras políticas.
Mikhail Dmitriev sugeriu como áreas mais atraentes para investimentos na Grécia os setores de transportes, indústria energética, imóveis, turismo, produção de níquel, agricultura e produção de alimentos”.
Como se costuma dizer, para bom entendedor, o resto já sabem…
http://darussia.blogspot.com/
A Rússia acompanha com muita atenção a situação na União Europeia, pois o agravamento da crise económica e financeira na zona euro terá reflexos negativos na sua economia. Os países da UE são o maior parceiro comercial da Rússia e Moscovo investiu parte significativa dos seus fundos de estabilização nos mercados europeus.
Porém, as dificuldades que a UE estão a ser aproveitadas pelos dirigentes russos para consumo interno e externo, o que é muito útil em tempo de eleições.
Mergulhados nos seus problemas, os membros da União Europeia não têm agora tempo para seguir e criticar a política do dueto Putin-Medvedev e, quando abrem a boca, ouvem de Moscovo: “Metam-se na vossa vida. Com que direito nos vêm dar lições moral se não conseguem resolver os vossos problemas internos?”.
Mas o mais interessante, neste campo, poderá estar para vir se a União Europeia não travar o seu avanço para o abismo da desintegração.
Se a Grécia for completamente ao fundo, declarar falência e abandonar o euro, não se pode excluir cenários que, há alguns tempos atrás ou até mesmo hoje, podem parecer exóticos ou até delirantes.
Por exemplo, a Rússia substitui a União Europeia na ajuda à Grécia, com as respectivas consequências políticas e até geo-estratégicas. Moscovo estende a mão ao país irmão ortodoxo, abandonado pelo Ocidente católico e protestante. Depois, vem a entrada em massa dos capitais russos nesse país e até à adesão da Grécia ao Acordo Alfandegário, constituído pela Bielorrússia, Rússia e Cazaquistão, vão apenas alguns passos.
As imaginações mais criativas poderão profetizar a saída da Grécia da NATO, a adesão ao Tratado de Segurança Colectiva e à Comunidade de Estados Independentes, estas duas últimas organizações constituídas por vários países que surgiram depois da desintegração da União Soviética.
Um cenário delirante? Talvez, mas este mundo já deu tantas voltas inesperadas que já nada nos deve fazer surpreender. Há 20 anos atrás, quando a URSS ruiu, alguém imaginava que as coisas no mundo e, concretamente na Europa, chegassem onde chegaram?
Deixamos aqui uma pequena notícia “Rússia pode salvar Grécia imersa na crise econômico-financeira”, publicada no sítio electrónico do Diário da Rússia (11.10.2011) para meditação: “O presidente do Centro de Pesquisas Estratégicas da Rússia, Mikhail Dmitriev, afirmou que seu país tem a solução para tirar a Grécia da grave crise econômico-financeira em que se encontra. Durante a Conferência Greco-Russa de Investimentos, que acontece na ilha de Rodes, Dmitriev afirmou que a Rússia pode servir de locomotiva para salvar a Grécia, desde que seja possível vencer as barreiras políticas.
Mikhail Dmitriev sugeriu como áreas mais atraentes para investimentos na Grécia os setores de transportes, indústria energética, imóveis, turismo, produção de níquel, agricultura e produção de alimentos”.
Como se costuma dizer, para bom entendedor, o resto já sabem…
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
A economia e o vício em petróleo.
Segundo Rakhmanov, economia russa não está preparada para grandes investimentos de longo prazo. E segue atrás de outros BRIC, como a China e o Brasil.
Quais setores da economia russa são, em sua opinião, os mais subestimados?
Entre os países do grupo BRIC, o mercado russo é o mais barato. Na Rússia, o índice preço-lucro (P/L) é de 6, no Brasil, 8,5, na China, 15 e na Índia, 14. As empresas mais subestimadas pertencem às indústrias tradicionais da Rússia: petróleo e gás, metalurgia e mineração. Porque o mercado russo é, neste momento, tão subestimado em relação aos outros, incluindo os países do grupo BRIC? Infelizmente, a Rússia não conseguiu, até agora, vencer seu “vício em petróleo”. Como resultado, são extremamente grandes seus riscos macroeconômicos.
Outra questão é a de que o atual preço do barril de petróleo não corresponde ao equilíbrio entre a oferta e a demanda. Pelo visto, os investidores não entendem qual preço é justo para o petróleo face à indefinição das posições dos bancos centrais dos Estados Unidos e dos principais países europeus em relação à emissão monetária.
No Ocidente e na Rússia, os títulos mais lucrativos e arriscados são os de terceira linha. Quão ativos são os investidores estrangeiros na busca desse instrumento do mercado russo?
São extremamente inativos, em consequência, talvez, da diminuição de seu apetite pelo risco. De fato, as ações de segunda e terceira linhas tem muito menos liquidez, portanto, os riscos são maiores. A dinâmica dos respectivos índices é prova direta disso: o índice da bolsa de valores russa, a RTS, sofreu, desde o início deste ano, uma baixa de 6% enquanto a RTS-2, índice de ações de segunda linha, teve uma queda de 13%.
Assistimos hoje a uma situação paradoxal. Por um lado, o Federal Reserve norte-americano [Fed, o Banco Central dos EUA] realiza uma avultada emissão de dinheiro, mostrando assim o interesse dos EUA em desvalorizar sua moeda nacional para, em primeiro lugar, reduzir sua dívida externa e, em segundo lugar, elevar a competitividade de seus setores exportadores. Por outro lado, há uma corrida maciça dos investidores ao dólar por meio, inclusive, da compra de Obrigações do Tesouro dos EUA.
O fato é que, nestas circunstâncias, não há alternativa ao dólar. Os principais bancos centrais, quer o dólar lhes agrade quer não, continuarão mantendo a maior parte de seus recursos investidos em tais instrumentos porque precisam de liquidez. Portanto, os títulos russos de terceira linha, sendo um instrumento financeiro não líquido, permanecerão subestimados até a mudança do apetite pelo risco dos investidores internos e externos.
Como, de modo geral, os investidores estrangeiros avaliam a economia russa? Como um fenômeno único, um mercado emergente como Brasil, China e Índia, ou como um mercado desenvolvido?
Infelizmente, a Rússia é encarada como país com uma economia pouco eficaz e dependente das vendas de matérias-primas e que encerra riscos operacionais e de investimento. Se os investidores encarassem a economia russa como fenômeno sem precedentes, ela seria negociada com um prêmio e não com um desconto em relação aos outros mercados emergentes.
Acontece que, neste momento, a Rússia não tem pressupostos macroeconômicos para a chegada ao país de grandes investimentos a longo prazo. A Rússia foi e continua a ser refém da conjuntura global. Com o aumento da instabilidade nos mercados internacionais, os riscos russos crescem em progressão geométrica.
O problema é que o país não fez praticamente nada para a constituição e desenvolvimento sustentável de seu mercado e demanda internos, isto é, não fez aquilo que foi feito pela China e está sendo feito pelo Brasil. Além disso, a Rússia ainda não aprendeu a controlar seus gastos públicos internos: os gastos crescem, mas a situação socioeconômica do país continua deplorável.
Praticamente todos os setores sociais, educação, saúde pública e outros carecem de investimentos. O setor de administração pública cresceu cerca de três vezes nos últimos três anos e continua crescendo. Como resultado, o governo já assenta suas projeções no Orçamento do Estado em um preço do barril de petróleo de 115 dólares.
No Ocidente e na Rússia, os títulos mais lucrativos e arriscados são os de terceira linha. Quão ativos são os investidores estrangeiros na busca desse instrumento do mercado russo?
Troika-Dialog é um dos grandes gestores de investimento russo
O banco de investimentos Troika-Dialog foi fundado em 1996, quando surgiu na Rússia o mercado de gerenciamento de aplicações.
A empresa é gestora de sociedades de investimento de capital variável (Sicav), ativos de fundos de pensão privados, companhias de seguro, bancos, investidores de varejo, assim como recursos financeiros de diversas fundações e organizações com a participação do Estado. O Troika-Dialog é um os líderes em gestão de previdência privada no país.
Segundo Rakhmanov, economia russa não está preparada para grandes investimentos de longo prazo. E segue atrás de outros BRIC, como a China e o Brasil.
Quais setores da economia russa são, em sua opinião, os mais subestimados?
Entre os países do grupo BRIC, o mercado russo é o mais barato. Na Rússia, o índice preço-lucro (P/L) é de 6, no Brasil, 8,5, na China, 15 e na Índia, 14. As empresas mais subestimadas pertencem às indústrias tradicionais da Rússia: petróleo e gás, metalurgia e mineração. Porque o mercado russo é, neste momento, tão subestimado em relação aos outros, incluindo os países do grupo BRIC? Infelizmente, a Rússia não conseguiu, até agora, vencer seu “vício em petróleo”. Como resultado, são extremamente grandes seus riscos macroeconômicos.
Outra questão é a de que o atual preço do barril de petróleo não corresponde ao equilíbrio entre a oferta e a demanda. Pelo visto, os investidores não entendem qual preço é justo para o petróleo face à indefinição das posições dos bancos centrais dos Estados Unidos e dos principais países europeus em relação à emissão monetária.
No Ocidente e na Rússia, os títulos mais lucrativos e arriscados são os de terceira linha. Quão ativos são os investidores estrangeiros na busca desse instrumento do mercado russo?
São extremamente inativos, em consequência, talvez, da diminuição de seu apetite pelo risco. De fato, as ações de segunda e terceira linhas tem muito menos liquidez, portanto, os riscos são maiores. A dinâmica dos respectivos índices é prova direta disso: o índice da bolsa de valores russa, a RTS, sofreu, desde o início deste ano, uma baixa de 6% enquanto a RTS-2, índice de ações de segunda linha, teve uma queda de 13%.
Assistimos hoje a uma situação paradoxal. Por um lado, o Federal Reserve norte-americano [Fed, o Banco Central dos EUA] realiza uma avultada emissão de dinheiro, mostrando assim o interesse dos EUA em desvalorizar sua moeda nacional para, em primeiro lugar, reduzir sua dívida externa e, em segundo lugar, elevar a competitividade de seus setores exportadores. Por outro lado, há uma corrida maciça dos investidores ao dólar por meio, inclusive, da compra de Obrigações do Tesouro dos EUA.
O fato é que, nestas circunstâncias, não há alternativa ao dólar. Os principais bancos centrais, quer o dólar lhes agrade quer não, continuarão mantendo a maior parte de seus recursos investidos em tais instrumentos porque precisam de liquidez. Portanto, os títulos russos de terceira linha, sendo um instrumento financeiro não líquido, permanecerão subestimados até a mudança do apetite pelo risco dos investidores internos e externos.
Como, de modo geral, os investidores estrangeiros avaliam a economia russa? Como um fenômeno único, um mercado emergente como Brasil, China e Índia, ou como um mercado desenvolvido?
Infelizmente, a Rússia é encarada como país com uma economia pouco eficaz e dependente das vendas de matérias-primas e que encerra riscos operacionais e de investimento. Se os investidores encarassem a economia russa como fenômeno sem precedentes, ela seria negociada com um prêmio e não com um desconto em relação aos outros mercados emergentes.
Acontece que, neste momento, a Rússia não tem pressupostos macroeconômicos para a chegada ao país de grandes investimentos a longo prazo. A Rússia foi e continua a ser refém da conjuntura global. Com o aumento da instabilidade nos mercados internacionais, os riscos russos crescem em progressão geométrica.
O problema é que o país não fez praticamente nada para a constituição e desenvolvimento sustentável de seu mercado e demanda internos, isto é, não fez aquilo que foi feito pela China e está sendo feito pelo Brasil. Além disso, a Rússia ainda não aprendeu a controlar seus gastos públicos internos: os gastos crescem, mas a situação socioeconômica do país continua deplorável.
Praticamente todos os setores sociais, educação, saúde pública e outros carecem de investimentos. O setor de administração pública cresceu cerca de três vezes nos últimos três anos e continua crescendo. Como resultado, o governo já assenta suas projeções no Orçamento do Estado em um preço do barril de petróleo de 115 dólares.
No Ocidente e na Rússia, os títulos mais lucrativos e arriscados são os de terceira linha. Quão ativos são os investidores estrangeiros na busca desse instrumento do mercado russo?
Troika-Dialog é um dos grandes gestores de investimento russo
O banco de investimentos Troika-Dialog foi fundado em 1996, quando surgiu na Rússia o mercado de gerenciamento de aplicações.
A empresa é gestora de sociedades de investimento de capital variável (Sicav), ativos de fundos de pensão privados, companhias de seguro, bancos, investidores de varejo, assim como recursos financeiros de diversas fundações e organizações com a participação do Estado. O Troika-Dialog é um os líderes em gestão de previdência privada no país.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
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Moscou acompanha movimento de frota dos EUA no noroeste russo
08 de novembro de 2011
Moscou teme a possibilidade de que os Estados Unidos desdobrem forças navais no noroeste da Rússia, declarou nesta terça-feira o embaixador russo na Otan, Dmitri Rogozin.
"O fato de que os Estados Unidos admitam a possibilidade de desdobrar provisoriamente sua frota nos mares ao norte da Rússia nos causa profunda preocupação", disse Rogozin ao se reunir com altos comandantes do Exército russo.
A frota americana poderia ser enviada ao Mar Báltico, ao Mar do Norte, e "até ao Mar de Barents", precisou Rogozin.
Os planos do alto comando da Otan e dos EUA também preveem a instalação de plataformas flutuantes de lançamento de mísseis teleguiados, disse o embaixador russo.
"Perto de nossas fronteiras se concentra uma força militar que segundo declaram está destinada a interceptar mísseis no sul da Europa, mas na realidade não acreditamos nisso", disse Rogozin, que explicou que os mísseis devem ser interceptados na chamada zona de aceleração, que supostamente não está nos mares nortistas.
A Rússia reiterou que caso os EUA e a Otan elaborem um novo sistema antimísseis sem contar com sua participação, adotará medidas para defender seus interesses.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, propôs aos países aliados na cúpula Otan-Rússia realizada em Lisboa em novembro do ano passado que criassem um sistema antimísseis conjunto, uma iniciativa que não foi apoiada pela Aliança Atlântica.
Medvedev advertiu que se não houver acordo na questão dos antimísseis, o mundo sumirá em uma nova corrida armamentista.
Moscou acompanha movimento de frota dos EUA no noroeste russo
08 de novembro de 2011
Moscou teme a possibilidade de que os Estados Unidos desdobrem forças navais no noroeste da Rússia, declarou nesta terça-feira o embaixador russo na Otan, Dmitri Rogozin.
"O fato de que os Estados Unidos admitam a possibilidade de desdobrar provisoriamente sua frota nos mares ao norte da Rússia nos causa profunda preocupação", disse Rogozin ao se reunir com altos comandantes do Exército russo.
A frota americana poderia ser enviada ao Mar Báltico, ao Mar do Norte, e "até ao Mar de Barents", precisou Rogozin.
Os planos do alto comando da Otan e dos EUA também preveem a instalação de plataformas flutuantes de lançamento de mísseis teleguiados, disse o embaixador russo.
"Perto de nossas fronteiras se concentra uma força militar que segundo declaram está destinada a interceptar mísseis no sul da Europa, mas na realidade não acreditamos nisso", disse Rogozin, que explicou que os mísseis devem ser interceptados na chamada zona de aceleração, que supostamente não está nos mares nortistas.
A Rússia reiterou que caso os EUA e a Otan elaborem um novo sistema antimísseis sem contar com sua participação, adotará medidas para defender seus interesses.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, propôs aos países aliados na cúpula Otan-Rússia realizada em Lisboa em novembro do ano passado que criassem um sistema antimísseis conjunto, uma iniciativa que não foi apoiada pela Aliança Atlântica.
Medvedev advertiu que se não houver acordo na questão dos antimísseis, o mundo sumirá em uma nova corrida armamentista.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Esse cara em termos de mau carater coloca os nossos grandes "génios" empresarios no chão.
Lógico que ele não está sozinho coloque ele junto com Boris Berezovsky,Roman Abramovich e outros oligarcas pilharam o país na década de 90.
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Rússia: Vladimir Putin não vai abandonar o poder e revolução pode ser inevitável – Khodorkovski
Moscovo, 08 nov (Lusa) – Mikhail Khodorkovski, antigo proprietário da petrolífera Yukos, considera que o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, não abandonará voluntariamente o poder, o que poderá provocar uma revolução.
“Receio que o país entre num longo período de estagnação, numa crise política e mudança revolucionária (espero muito que sem sangue) do poder. Infelizmente, Putin não sairá por vontade própria e não prepara um sucessor real”, declarou ele, respondendo, por escrito, às perguntas dos leitores da rádio Eco de Moscovo.
“Se a situação se desenvolver assim, a tarefa da oposição liberal consiste em defender os valores da liberdade e dos direitos humanos nos anos de estagnação, menorizar as consequências da revolução”, considerou.
Segundo o antigo oligarca, o seu país encontra-se perto do “suicídio nacional”.
“Hoje, o estado da indústria russa corresponde ao europeu de há 30-50 anos atrás. Semelhante atraso poderá ser superado em 20-25 anos. O estado da sociedade pode torná-lo irreversível. Estamos muito perto do suicídio nacional”, sublinhou.
Ele é da opinião que “as tentativas de conservar o império em vez da construção de um Estado de direito nacional saíram-nos e continuam a sair-nos muito caras”.
“O poder deve escolher o que é mais importante: o próprio bem-estar ou o futuro do país. E os cidadãos podem ou não concordar com a opção do poder”, acrescentou.
“O poder russo explica as humilhações a que submete o seu povo com a necessidade de manter o império e conservar a “estabilidade”. E o povo aceita, em nome de um império fantasma e de uma pseudo-estabilidade, renunciar aos valores humanos fundamentais e ao Estado de direito nacional. Por isso, o poder atua comporta-se como um ocupante no próprio país”, considerou.
Khodorkovski está a cumprir uma pena de 14 anos de prisão por alegadas fugas ao fisco e branqueamento de capitais.
O antigo magnata mostra-se convencido de que irá cumprir toda a pena e que lhe irá ser negada a libertação antecipada, pois não reconhece a sua culpa.
“O falso testemunho é um pecado terrível. Ao salvar-me a mim próprio, pisarei inocentes. Isso é inaceitável”, frisou.
http://darussia.blogspot.com/
Lógico que ele não está sozinho coloque ele junto com Boris Berezovsky,Roman Abramovich e outros oligarcas pilharam o país na década de 90.
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Rússia: Vladimir Putin não vai abandonar o poder e revolução pode ser inevitável – Khodorkovski
Moscovo, 08 nov (Lusa) – Mikhail Khodorkovski, antigo proprietário da petrolífera Yukos, considera que o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, não abandonará voluntariamente o poder, o que poderá provocar uma revolução.
“Receio que o país entre num longo período de estagnação, numa crise política e mudança revolucionária (espero muito que sem sangue) do poder. Infelizmente, Putin não sairá por vontade própria e não prepara um sucessor real”, declarou ele, respondendo, por escrito, às perguntas dos leitores da rádio Eco de Moscovo.
“Se a situação se desenvolver assim, a tarefa da oposição liberal consiste em defender os valores da liberdade e dos direitos humanos nos anos de estagnação, menorizar as consequências da revolução”, considerou.
Segundo o antigo oligarca, o seu país encontra-se perto do “suicídio nacional”.
“Hoje, o estado da indústria russa corresponde ao europeu de há 30-50 anos atrás. Semelhante atraso poderá ser superado em 20-25 anos. O estado da sociedade pode torná-lo irreversível. Estamos muito perto do suicídio nacional”, sublinhou.
Ele é da opinião que “as tentativas de conservar o império em vez da construção de um Estado de direito nacional saíram-nos e continuam a sair-nos muito caras”.
“O poder deve escolher o que é mais importante: o próprio bem-estar ou o futuro do país. E os cidadãos podem ou não concordar com a opção do poder”, acrescentou.
“O poder russo explica as humilhações a que submete o seu povo com a necessidade de manter o império e conservar a “estabilidade”. E o povo aceita, em nome de um império fantasma e de uma pseudo-estabilidade, renunciar aos valores humanos fundamentais e ao Estado de direito nacional. Por isso, o poder atua comporta-se como um ocupante no próprio país”, considerou.
Khodorkovski está a cumprir uma pena de 14 anos de prisão por alegadas fugas ao fisco e branqueamento de capitais.
O antigo magnata mostra-se convencido de que irá cumprir toda a pena e que lhe irá ser negada a libertação antecipada, pois não reconhece a sua culpa.
“O falso testemunho é um pecado terrível. Ao salvar-me a mim próprio, pisarei inocentes. Isso é inaceitável”, frisou.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Rússia e Alemanha aproximam-se.
A atual visita do presidente russo Medvedev à Alemanha é mais um passo na aproximação entre a Rússia e a Alemanha. O ponto-chave das negociações é o desenvolvimento das relações económicas, a coordenação das posições sobre a segurança mundial e europeia e a preparação do projeto cultural "anos da Rússia e da Alemanha".
No foco das atenções estão as relações empresariais. A Alemanha é um dos principais parceiros comerciais exteriores da Rússia. Desde o início do ano, o comércio entre os dois países ultrapassou 45 bilhões de dólares. Hoje podemos dizer que no início de 2012, ele bateu o nível pré-crise, atingindo 70 bilhões de dólares. Um tópico especial das negociações são os investimentos, cujo volume já atingiu quase 30 bilhões de dólares. A Alemanha é um dos cinco principais parceiros estrangeiros da Rússia quanto a este indicador.
As empresas alemãs investem ativamente em quase todos os ramos da indústria russa. O potencial de cooperação é enorme. Mas, até agora, nesse domínio há obstáculos objectivos. Por exemplo, a falta de um espaço livre /sem necessidade de/ de vistos, disse numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo alemão, Dmitri Medvedev:
Os cidadãos russos vêm para a Alemanha com vistos, os cidadãos da Alemanha também precisam de vistos para visitar a Rússia. Não é uma situação normal. Nós realmente consideramos os vistos um vestígio do passado, a que a UE deve pôr fim para construir relações normais com a Rússia. Aqui, é claro, pode haver diferentes abordagens desta questão, mas eu gostaria de chamar a atenção para o fato de que, já hoje, os estados da UE têm um conjunto de acordos com vários países que se desenvolvem em cenários muito diferentes. Por sua vez, o presidente da Alemanha, Christian Wulf, disse que os países devem coordenar os seus esforços para abolir os vistos. Embora ainda haja muito a ser feito, Wulf disse que está impressionado com o número de itens que registram unanimidade.
Gostaria que os esforços conjuntos, que nós acordamos, fossem implementados sem demora. Então chegaremos à facilitação do regime de vistos. A abolição dos vistos é por enquanto impossível, mas precisamos de estreitar as nossas posições. Para que seja, como disse Dmitri Medvedev, uma parceria estratégica com interesses estratégicos. Deve incluir, por exemplo, a cooperação policial. E aqui, depois da minha visita à Rússia, há um progresso inegável. Foram realizadas muitas atividades no diálogo intergovernamental. Estes são os caminhos que nós seguiremos com total determinação, para que possamos em breve realizar viagens sem vistos.
Um tema especial da parceria russo-alemã é energia. A questão principal aqui são os projetos conjuntos na indústria de gás. A Alemanha atualmente é o maior comprador de gás natural russo. São aproximadamente 40 bilhões de metros cúbicos por ano. Esta visita está relacionada com o lançamento da primeira fase do gasoduto Nord Stream. A cooperação no âmbito social, cultural e humanitário é igualmente importante. O ano de 2011 é neste sentido simbólico, porque é marcado pelas atividades conjuntas no âmbito do Ano Russo-Alemão da Educação, Ciência e Investimento. Em 2012 realizar-se-á o Ano da Rússia na Alemanha, e 2013 será o ano da Alemanha na Rússia. Como parte desse projeto cultural em ambos os países serão realizados eventos em várias esferas: economia, ciência, tecnologia, educação e cultura.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/08/60074603.html
A atual visita do presidente russo Medvedev à Alemanha é mais um passo na aproximação entre a Rússia e a Alemanha. O ponto-chave das negociações é o desenvolvimento das relações económicas, a coordenação das posições sobre a segurança mundial e europeia e a preparação do projeto cultural "anos da Rússia e da Alemanha".
No foco das atenções estão as relações empresariais. A Alemanha é um dos principais parceiros comerciais exteriores da Rússia. Desde o início do ano, o comércio entre os dois países ultrapassou 45 bilhões de dólares. Hoje podemos dizer que no início de 2012, ele bateu o nível pré-crise, atingindo 70 bilhões de dólares. Um tópico especial das negociações são os investimentos, cujo volume já atingiu quase 30 bilhões de dólares. A Alemanha é um dos cinco principais parceiros estrangeiros da Rússia quanto a este indicador.
As empresas alemãs investem ativamente em quase todos os ramos da indústria russa. O potencial de cooperação é enorme. Mas, até agora, nesse domínio há obstáculos objectivos. Por exemplo, a falta de um espaço livre /sem necessidade de/ de vistos, disse numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo alemão, Dmitri Medvedev:
Os cidadãos russos vêm para a Alemanha com vistos, os cidadãos da Alemanha também precisam de vistos para visitar a Rússia. Não é uma situação normal. Nós realmente consideramos os vistos um vestígio do passado, a que a UE deve pôr fim para construir relações normais com a Rússia. Aqui, é claro, pode haver diferentes abordagens desta questão, mas eu gostaria de chamar a atenção para o fato de que, já hoje, os estados da UE têm um conjunto de acordos com vários países que se desenvolvem em cenários muito diferentes. Por sua vez, o presidente da Alemanha, Christian Wulf, disse que os países devem coordenar os seus esforços para abolir os vistos. Embora ainda haja muito a ser feito, Wulf disse que está impressionado com o número de itens que registram unanimidade.
Gostaria que os esforços conjuntos, que nós acordamos, fossem implementados sem demora. Então chegaremos à facilitação do regime de vistos. A abolição dos vistos é por enquanto impossível, mas precisamos de estreitar as nossas posições. Para que seja, como disse Dmitri Medvedev, uma parceria estratégica com interesses estratégicos. Deve incluir, por exemplo, a cooperação policial. E aqui, depois da minha visita à Rússia, há um progresso inegável. Foram realizadas muitas atividades no diálogo intergovernamental. Estes são os caminhos que nós seguiremos com total determinação, para que possamos em breve realizar viagens sem vistos.
Um tema especial da parceria russo-alemã é energia. A questão principal aqui são os projetos conjuntos na indústria de gás. A Alemanha atualmente é o maior comprador de gás natural russo. São aproximadamente 40 bilhões de metros cúbicos por ano. Esta visita está relacionada com o lançamento da primeira fase do gasoduto Nord Stream. A cooperação no âmbito social, cultural e humanitário é igualmente importante. O ano de 2011 é neste sentido simbólico, porque é marcado pelas atividades conjuntas no âmbito do Ano Russo-Alemão da Educação, Ciência e Investimento. Em 2012 realizar-se-á o Ano da Rússia na Alemanha, e 2013 será o ano da Alemanha na Rússia. Como parte desse projeto cultural em ambos os países serão realizados eventos em várias esferas: economia, ciência, tecnologia, educação e cultura.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/08/60074603.html
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
revolução na russia? +1 pra lista de pelo menos 10 que andaram prevendo nos últimos 10-15 anos?
Qualquer coisa na russia e logo falam de revolução. E isso ja não é de hoje.
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Qualquer coisa na russia e logo falam de revolução. E isso ja não é de hoje.