Operações Policiais e Militares

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Paisano
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Re: Operações Policiais e Militares

#8971 Mensagem por Paisano » Seg Out 17, 2011 10:52 pm

Carlos Mathias escreveu:Ah!
O Tropa II se refere ao Garotinho.
Então não foi somente eu que percebi isso. [001]




Carlos Mathias

Re: Operações Policiais e Militares

#8972 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Out 17, 2011 10:54 pm

Mas é óbvio. :roll: :wink:




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ZeRo4
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Re: Operações Policiais e Militares

#8973 Mensagem por ZeRo4 » Seg Out 17, 2011 10:57 pm

Carlos Mathias escreveu:Zero, você quer dizer que eu só conheço tiroteio, cara? :roll:
Você confunde as coisas demais, CM! Eu não disse que você só conhece tiroteio, o que eu disse é que a única diferença significativa entre favelas sem/com UPPs e favelas pré/pós-pacificadas é a diminuição do histórico de tiroteios (com ressalvas...), todos os outros índices apontam ou aumento nos índices ou melhora/piora irrisória do período pré-UPP!

Eu apresentei números e você até agora não apresentou nada que desse sustentação ao seu ponto de vista a não ser a relação entre favelas com/sem UPP, dizendo que favelas sem UPP também são violentas, ora isso é óbvio! O que não se espera é que comunidades com UPPs tenham índices de criminalidade tão altos.
Carlos Mathias escreveu:Pô amigo, não é só você que tem gente da família, amigos e colegas no meio não cara, incluso aí DESIPE e semelhantes.
Quando eu falei de família, CM? Eu falei de números, números que você se recusa discutir e diz serem insignificantes, ora, se são tão insignificantes, por que o Governo os omite?
Carlos Mathias escreveu: Bem, quer dizer que o Cabral trouxe UPP e teleférico e não resolve, só se trouxer os 30% de aumento.

Tem certeza que é isso que você quer dizer, que a polícia vai ser resolvida com 30% de aumento cara?
Não, tudo é um conjunto! mas se você der uma zapeada em outras cidades que passaram por situação parecida, verá que nenhuma delas conseguiu ser positiva se não passou pela valorização do Policial, outro bom exemplo é Nova Iorque e o tolerância zero.

Agora, para o Gov. e toda a sua corja, sai mais barato lotar o Rio de Janeiro com UPPs em estado precário sem água, alojamentos, saneamento básico, sanitários, fardamento, coletes, armas, viaturas, enfim! Sem o mínimo de condições para a unidade funcionar... ai ele vai para mídia, posa na frente de um container todo pintadinho (por dentro é vazio, óbvio...), coloca um monte de placa com a sigla UPP em letras garrafais e faz gente como você acreditar que alguma coisa em relação a Segurança Pública está sendo feita.

Enquanto o Sr. Governador acabou de gastar R$ 7 milhões de reais na compra de mais um Helicóptero para cúpula do Governo (que já possui 06), os Alunos do Curso de Formação de Soldados (CFSd) do CFAP não tem uniforme para vestir. Isso mesmo, a última turma que cursou o CFSd fez o curso todo utilizando calça jeans e camisa branca, pois o Governo não tinha dinheiro para pagar o fardamento, a formatura foi adiada inclusive por quase dois meses. Para isso falta dinheiro, para comprar munição para aulas de tiro falta dinheiro, mas para comprar helicóptero não falta dinheiro, para gastar com marketing da UPP também não falta dinheiro.

Esse é o programa de segurança pública que você está apoiando, aquele que lota a cidade de placas, obras faraônicas mas que pode fazer com que um policial mal-preparado acabe te dando um tiro na rua, depois o Sr. desGovernador ainda vai pra TV chamar os PMs de imbecis ou os BMs (que salvam vidas...) de bandidos!

Portanto, acho muito difícil se chegar a algum lugar quando o Policial não é valorizado, marketing (UPP) e obra faraônica (teleférico) é mole... resolver o problema é que é difícil! mas não tem problema, sabe por quê? ele só precisa enrolar... daqui a 02 anos ele passa a bola para outro, enquanto isso nós relés mortais continuamos sofrendo.

Portanto, não é 30%! é o que o texto que o colega Rodrigo propôs. Um salário decente, uma escala humana para que o policial possa dedicar todo seu tempo a Polícia, um Hospital decente para que os policais baixados possam ser bem cuidados... é um conjunto de coisas.

A situação no RJ (e do Brasil no modo geral...) para classe Policial é tão caótica, que coisas relativamente simples do texto que o Rodrigo falou me fazem pensar que a Colômbia é um sonho muito distante, veja bem, não estamos falando de Suíca, Finlândia, Alemanha e etc... to falando daquele país ali do lado que enfrenta uma puta narco-guerrilha.

Carlos Mathias escreveu: Eu tinha resolvido não mais escrever sobre esse assunto prá debater com você e quebrei minha promessa.
Talvez porque você acha que estamos em lados opostos, mto pelo contrário! A Crítica construtiva talvez ajude mais do que a passividade, se hoje o programa está em cheque, se tem questionamentos, é porque os erros apontados no passado não tiveram a devida atenção.
Carlos Mathias escreveu: Prá gente começar a falar disso, prá dizer a primeira palavra,a principal e talvez a única providência realmente necessária é acabar com a corrupção na polícia.

Sem isso, pode dar 100% de aumento que não vai resolver.
É difícil falar em acabar a corrupção na Polícia com policiais mal-formados, provas para 10.000 candidatos, sem nenhuam expectativa de melhora dentro da corporação (lembra do tópico dos Sargentos?), enfim... falta muita coisa!
Carlos Mathias escreveu: E Zero, eu não preciso ver filme prá saber de algumas coisas bem chatas sobre toda a nossa segurança pública.

Ah!
O Tropa II se refere ao Garotinho.
Sinceramente? Não parece, Carlos! Tropa de Elite 2 identifica mto o nosso problema, VOTOS! A UPP tem sido utilizada há muito tempo como fábrica de votos, a UPP não deixa de ser uma "milícia oficial", que acaba por ser pior pois tolera alguns crimes que os milicianos não toleram, porque esses verdadeiramente expulsavam os criminosos, mas o objetivo dos dois sitemas é um só, a busca de votos.

PS: Em nenhum momento falei que o Tropa se referia a algum Governador, falei do Contexto do filme. Muita coisa que eu coloquei aqui se enquadra perfeitamente no contexto tanto do Tropa de Elite 1 quanto do 2, mas alguns (estranhamente...) parecem não ter visto o filme, ou se viram não entenderam como os esquemas funcionam.




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Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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Re: Operações Policiais e Militares

#8974 Mensagem por ZeRo4 » Seg Out 17, 2011 11:08 pm

Paisano escreveu:
Carlos Mathias escreveu:Ah!
O Tropa II se refere ao Garotinho.
Então não foi somente eu que percebi isso. [001]
Na verdade isso é balela!

O Governador não é o Garotinho.
O Sec. de Segurança não é o Josias Quintal

E por ai vai, o único personagem baseado fielmente é o Nascimento, o resto é uma composição de vários que já passaram pelo nosso desGoverno.




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Re: Operações Policiais e Militares

#8975 Mensagem por marcelo bahia » Ter Out 18, 2011 12:19 am

brasil70 escreveu:
marcelo bahia escreveu:Uma pergunta!!

Se os tiros vinham principalmente dos morros ao lado que não tinham sido pacificados, por que o EB não usou helicópteros pra infiltrar soldados naqueles pontos??

Sds.
Por que o EB não deixa helicópteros estacionados perto do Complexo e além do mais, eles foram pegos de surpresos. No mass, esses tiros não foram a maioria disparados de morros vizinhos, teve é claro, mas grande parte dos tiros ocorreu dentro do Complexo.
Não foi isso que Rodrigo Pimentel disse! Ele disse que a sensação era de que as balas vinham de dentro do complexo, mas que a maioria vinha de fora. Além do mais, sabendo que o tiroteio durou horas, havia tempo mais do que suficiente para deslocar helicópteros de alguma das Forças Armadas até o local. Acho que faltou reação ao efeito surpresa usado pelos traficantes.




Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"

Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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Re: Operações Policiais e Militares

#8976 Mensagem por Clermont » Ter Out 18, 2011 10:10 am

José Mariano Beltrame: “A milícia hoje me preocupa mais que o tráfico”

Revista Época - 16.10.11.

O secretário de Segurança do Rio, o gaúcho José Mariano Beltrame, tem alguns vícios. O chimarrão, as corridas e a investigação. Não necessariamente nessa ordem. Seus maiores amores hoje, além do Rio e do clube Internacional, são a segunda mulher, Rita Paes, e o filhinho de um ano e meio, Francisco, o Chicão, que já cantarola “Garota de Ipanema”. Tem dois filhos do primeiro casamento, Mariana e Maurício, e lamenta não ter mais tempo para desempenhar a função de pai .

Usa uma escolta de nove seguranças em eventos públicos. E uns quatro guarda-costas em programas particulares. Diz que não tem medo de morrer: “Porque nunca sacaneei ninguém”. Beltrame – conhecido por todos no trabalho e na intimidade pelo nome do meio, Mariano – é muito religioso: “católico apostólico romano praticante”. A fé vem da família, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, perto da fronteira com o Uruguai. Ele e a mulher não perdem uma missa dominical e foram recentemente ao santuário de Nossa Senhora da Aparecida. Diz que a única coisa que tira seu sono é “o medo de não corresponder às expectativas dos jovens de comunidades carentes”, que ganharam nova esperança com as Unidades de Polícia Pacificadora – as UPPs – em favelas antes dominadas por traficantes e milicianos.

Está quase no meio do percurso de seu cronograma: 17 complexos de favelas têm UPPs e, até 2014, ele pretende elevar esse número para 40. Nesta entrevista a Ruth de Aquino, de Época, feita ao longo de alguns meses para o perfil publicado na revista que está nas bancas, Beltrame fala de seus desafios: a formação de uma nova polícia, o combate ao tráfico e à milícia, a urbanização de favelas e o seu sonho de um dia ver o Rio não mais como uma cidade partida entre o morro e o asfalto.

ÉPOCA - Qual o seu maior desafio atual como secretário de Segurança? Traficantes ou milicianos?

Beltrame - Os dois são complicados. No momento, a milícia me preocupa mais, mas eu diria que estamos estruturados para combater. Quase toda semana temos miliciano preso. Tem muito a fazer para a frente. A ocupação do território a gente não escolhe com esse critério, não vê se é traficante ou milícia. Dentro da meta das 40 UPPs até 2014, se tiver milícia, tráfico, facção A, B, C, isso não importa para nós. A gente faz um levantamento para estudar o terreno antes para entender melhor qual a liderança, porque é incrível, no Batam você tem um comportamento, gente de mais idade, no Dona Marta é outro, na Providência você tem muita gente ligada ao porto.

Ainda há centenas de favelas dominadas por milicianos. Eles continuam dominando as vans, o gatonet, a distribuição de gás, e entrando na política.

Quando fazemos um trabalho em território de milícia e tráfico, os serviços públicos precisam tomar conta daquilo ali. Porque você não pode em lugar nenhum do mundo botar um policial para cuidar do lixo, da iluminação, dos cabos telefônicos. Sei que é difícil. Porque são 30, 40 anos com uma dominação. Em dois anos de UPP, eu até rimo, tu quer o quê? Então isso realmente existe. É preciso oferecer à população a possibilidade de coletar lixo, oferecer a NET por um preço popular. Fazer com que cada casa tenha seu reloginho de luz. Então eu acho que vai muito também do Estado e da iniciativa privada oferecer isso à população, porque isso antes ou não tinha ou era muito mal feito.

Entre especialistas de direitos humanos, existe a sensação de que o senhor, um “caveira”, acabou adotando o discurso da esquerda e apostando na polícia de proximidade e cidadania. O que acha dessa análise?

Caveira? Não, não. Tudo que eu fiz aqui foi sem agrotóxico (rindo). Tudo que foi semeado aqui tu tá aqui pra ver (estávamos no Borel, na Tijuca, onde existe uma UPP instalada). E o que tu viu também não é uma maravilha. Temos problemas. O fato de entrar e poder caminhar, ir a um caixa eletrônico, tudo isso é ótimo. Mas não quer dizer que os problemas tenham sumido. Algum excesso aqui e ali continuará ocorrendo. Mas o processo tem uma tendência boa de se acomodar.

O senhor acha que mudou e amadureceu? De técnico, seu discurso ficou mais político?

Eu diria que é o discurso de minha sensibilidade. Eu acho que sempre fui muito pé no chão. Não abraço todas as coisas ao mesmo tempo. Quem disser que vai melhorar tudo isso a curto prazo tem que se cuidar porque vai estar mentindo. Existe um plano, é esse, e graças a Deus fica claro que o plano é possível, mas também tem defeitos e dificuldades devido a sua dimensão. Olha, sou absolutamente empolgado com tudo isso.

Como reagiu à demonstração de carinho das debutantes da Providência, que pegaram o senhor para dançar na festa de 15 anos em agosto, no Museu Histórico Nacional?

Sou tímido de ficar vermelho (fica imediatamente roxo do pescoço para cima). Eu acho bacana. Claro que a gente fica feliz, mas procuro agarrar isso com tanta força para não decepcionar essas pessoas. Porque isso é muito bom. Mas imaginar que uma moça dessas pode um dia se desiludir contigo, então isso é muito caro. Aumenta muito a tua responsabilidade. Te joga para cima mas tem um peso.

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Cobrar mais rapidez da UPP social provocou um certo ruído entre o senhor, a prefeitura e o governo do Estado.

Olha, eu nem gosto dessa expressão: UPP social. Porque UPP é uma coisa, e os investimentos sociais são outra coisa. Eu sou muito sincero, muito pragmático. Meu período aqui um dia termina. Tenho certeza de que vou passar e não estarei mais aqui. Ou seja, a gente tem que entrar mais profundamente nas coisas, senão não adianta ser secretário, não adianta ser presidente, não adianta ser chefe de uma empresa. A gente tem que ir exatamente no polêmico, nessas ações. Também todo mundo tem que entender que não é esse rapaz aqui, o policial da UPP, que vai segurar o pessoal com fome, sem emprego. Tem que ter gente junto com ele, outras soluções. A ocupação não é só física, mas dos espaços, dos serviços. Eu acho que no momento em que as pessoas percebem que têm perspectiva, a possibilidade de o crime entrar é muito menor.

É verdade que as UPPs têm fechado os olhos para bocas de fumo?

Nada disso. Se acontece em algum lugar, está errado. Não havia Estado nem policiamento nessas áreas antes. Agora tem UPP. Dizer que vamos acabar com o comércio de drogas é no mínimo temerário. Eu posso dizer que não vai acontecer mais é a transação de drogas aos olhos da polícia. Tendo renda e tendo vício, vai ter droga. A polícia precisa saber onde é a boca. No morro da Providência, a polícia identificou a boca e foi ali. A gente não pode ficar passivo.

A legalização das drogas amenizaria o potencial corruptor do tráfico em relação a policiais e jovens das comunidades?

Acho muito importante essa discussão, e já deveria ter acontecido. Mas, como qualquer assunto mais polêmico, a resposta não pode ser simplesmente “sou a favor ou contra”. A descriminalização do usuário já existe. É doente. Para o tráfico, não dá para conversar. Maconha? Tudo bem, vamos liberar. Mas, se o cara é doente, o sistema de saúde cura ele? Esse mesmo Estado precisa oferecer a esse cara a oportunidade de se recuperar. A discussão não pode ser rasa.

Em algumas favelas pacificadas, traficantes voltaram a usar crianças e idosos para transportar droga?

Não podemos sair revistando moradores. Uma revista precisa ter uma justificativa aceitável, uma suspeita concreta. Em criança a lei nem permite. Em idoso também é muito delicado. O tráfico vai usar seus subterfúgios. Os problemas vão acontecer. A gente só tem que mostrar que tem uma proposta. Não dá é pra dizer “olha, daqui você não passa porque é outro território, de outro comando”. Nunca vendi ilusões. Não vou prometer que tudo vai ficar bem. Mas acho efetivamente que o Rio tem a possibilidade de virar uma página, porque a gente está entrando no ponto nevrálgico de integrar a favela e o asfalto.

Sobre as recentes prisões de policiais da UPP flagrados com dinheiro do tráfico e com armas de numeração raspada. É grande sua decepção?

É triste. Mas eu acho que os benefícios que as ocupações trouxeram para centenas de milhares de pessoas são muito maiores do que esses episódios. Na formação de policiais – criamos uma subsecretaria de ensino, a cargo de Juliana Barroso –, estamos mexendo na carga horária e no currículo. Professor vai passar a ganhar. Vamos aumentar a carga horária. Tudo a partir de 1o de janeiro. A gente não pode esquecer a carga familiar dessas pessoas, a educação, estou consciente de que em seis ou oito meses de Academia, não vamos mudar toda a personalidade deles. Mas vamos melhorar a formação. Corrupção é um problema, mas mexer nos currículos é um problema tão difícil quanto entrar no Alemão.

Como anda a formação de novos policiais?

Agora, entramos num ritmo bom. Todo mês vão entrar 500 na Academia e vão sair 500. Estamos formando uma média de 6 mil homens por ano. Estamos querendo atrair para a corporação policiais que venham com outra mentalidade. Eles precisam vir não para matar. Hoje, ainda, quando você tira o fuzil de um policial ele se sente nu. Não pode ser assim. Um dia será diferente

Vários chefes da Civil e da PM foram destituídos pelo senhor. Doeu?

No momento em que aconteceu, eu tinha que tomar a decisão de mexer. Não mudaria nada. Toda minha ação na secretaria é institucional. Nada do que fiz foi pessoal. Não tenho pessoalmente nada contra eles. Como administrador optei por fazer. Se eu não confiasse nessas pessoas não as teria trazido para trabalhar comigo. Acho que tenho uma série de defeitos, mas procuro sempre o entendimento. Depois que eu decido, quero ver o resultado muito rápido, sou mesmo ansioso, acho que toco as coisas um pouco demais talvez.

O sociólogo Luiz Eduardo Soares, autor de Elite da Tropa, acha que não dá para resolver os desvios das polícias limpando aos poucos. Teria que haver uma refundação, acabando com essa história de uma polícia para investigação e outra ostensiva. Porque, ano apos ano, só mudam os nomes e o padrão continua o mesmo, com corporativismo e corrupção.

Eu sou a favor de uma polícia só, mas acho que isso não se consegue com um canetaço. As próprias instituições precisam sentir essa necessidade. E aos poucos começarem a se aproximar. As polícias, na medida em que se integram, provam que cada uma tem mesmo uma função. Para cá do balcão sou eu, para lá do balcão é você. Na medida em cada vez mais nos apoiarmos, cada um vai ver que tem seu papel. Nossas divisões de Polícia Militar e Civil vieram com Dom João. Herdamos do império. Não dá para baixar um decreto. Hoje, como secretário, acho que estamos muito longe de ter uma polícia com todo o ciclo, da investigação ao patrulhamento.

Há espaço para recuperação de traficantes que queiram deixar o crime?

Claro que sim. Este é o caminho do Nem (o chefão do tráfico na Rocinha). Muita gente que se diz ligada ao Nem me procurou na Inteligência. Depois da ocupação do Alemão muita gente veio nos assediar e dizer isso, aquilo, eu acho que, se essas pessoas estão com essa proposta de ele se entregar, multipliquem isso. Não deixem mais que a gente desperdice esforço. Vamos ocupar a Rocinha num determinado momento. Vamos integrar essas pessoas à sociedade se elas quiserem deixar o crime. Tragam o Nem. Ótimo. Só marcar hora e local. Não tem problema.

E os ataques a policiais nas UPPs, como o apedrejamento da sede na Cidade de Deus? Isso preocupa?

Isso é triste, claro. Não é bom. Mas num lugar onde o poder paralelo mandava, onde um tirano com um fuzil botava ordem durante décadas, aí entra o estado com uma política de proximidade, não vai ser em um, dois anos que se vai ganhar a confiança. Com o tempo, não só com a presença da polícia, mas com toda a carga de atividade social e assistencial, e criação de perspectivas, isso acalma. Não dá para garantir que esse tipo de incidente não volte a acontecer. Se tu pegar as primeiras, Dona Marta, Chapéu Mangueira, Batam, que já estão lá há dois anos, as UPPs estão mais consolidadas.

Os bailes funk provocam atritos entre moradores e policiais?

O baile funk tem que que se arrumar aos poucos. Não vamos proibir baile funk por causa desse último conflito na Cidade de Deus. Já teve mais um ou dois. As coisas vão sendo construídas. Não podemos chegar lá e proibir baile funk. Tem que chamar as pessoas para conversar. Eram algumas pessoas que quebraram as vidraças da sede da UPP. A convivência vai melhorar. A sociedade recebeu de volta um território que havia perdido. E as comunidades passaram a ver o policial também como estado. Água, luz, muitos serviços vêm nessa segunda fase de investimentos sociais. Isso sem dúvida tende a reduzir os conflitos e a tensão.

Por que foi necessário prorrogar a presença do Exército no Alemão até março de 2012?

O Exército no Alemão nos permite redirecionar os contingentes que estão se formando. Tá faltando gente para os batalhões, faltando gente para o interior. Temos demandas. Desviamos para a capital quem quis ir para o interior. Prorrogando a ocupação militar no Alemão, podemos devolver essas pessoas e melhorar a situação do Estado. Estamos na metade do percurso das UPPs. Precisamos redefinir algumas metas. Agora com mais clareza. Porque, no início, fomos do gesto à intenção, sem muito planejamento, porque a sociedade precisava de uma resposta rápida para décadas de omissão. A UPP no Alemão exigirá 2.200 homens. É muito. Por isso precisamos formar mais gente e fazer uma reposição gradual.

Tem gente que diz que a manutenção do Exército no Alemão cria ali um estado de exceção.

Não acho. Dá para caminhar lá, transitar por lá. Você vai sempre ter pessoas criticando. Não vai ter unanimidade. Só vai se arrumar com o tempo. A Inteligência não nos diz que os traficantes estão voltando para o Alemão pela Vila Cruzeiro. Tem um vaivém de traficantes, mas eles não permanecem lá. É uma coisa menor, no âmbito de papelote passando a droga. Claro que as pessoas insistirão nessa prática porque fizeram isso a vida inteira e é assim que fazem dinheiro.

Há quem diga que o cronograma das UPPS mostra um projeto de cidade e não de segurança pública, porque agradaria aos grandes empreendimentos, à rede hoteleira, e estariam sendo evitadas as regiões mais violentas. Houve recomendação de entrar em áreas com maior visibilidade?

Não, absolutamente. Agora, estamos incluindo a Baixada, São Gonçalo, o interior. Se eu tivesse começado pela Rocinha, iam dizer que o projeto era por visibilidade. Nós temos uma proposta. Que plano que tinha antes? Eu insisto. Isso que a gente está fazendo não tem ligação com Jogos Olímpicos nem com a vontade de a, b, c ou d. Nós buscamos abrir uma janela de oportunidade para garantir o direito de ir e vir, e para que nós todos possamos pagar essa dívida de muitas décadas com todas essas pessoas.

A Rocinha está onde no seu cronograma?

Não está longe não.

E a Mangueira? Quando vai entrar a UPP?

Tivemos que adiar um pouco a conselho das psicólogas. A comunidade precisa entender melhor o que é a polícia pacificadora. Por enquanto vai ficando o Bope até chegar o momento certo.

Quais são as próximas UPPs previstas?

Vamos subindo a Avenida Brasil. Maré, Kennedy, Juramento, Cerro-Corá, depois Vidigal, Rocinha, tem que terminar a Mangueira. No fim do cronograma inicial de 40 complexos, vai ficar um desenho curvo para a esquerda, começa a virar no Alemão e Penha e vai embora.

Há cursos de capacitação técnica dos moradores?

Sim, mas falta muito. Na Providência, a maioria é autônomo. Vende pastel, limpa mesa o dia inteiro, é garçom. Para fazer um curso aqui, tem que ser de meia-noite às 6h da manhã. A Firjan está fazendo dois cursos. O Galo da Madrugada (de 4h da madrugada às 8h da manhã). O corujão (da meia-noite às 4h da madrugada). Aí eu fui lá no curso de soldador. Me mandaram este capacete de presente (mostra na cristaleira abarrotada de presentes, medalhas e troféus do Brasil e do Exterior). É para solda profissional.

A relação de um policial para 80 habitantes nas UPPs não acaba deixando o asfalto vulnerável? O bairro de Ipanema registrou vários assaltos com mortes de pessoas chegando em casa à luz do dia, como aconteceu com um arquiteto no mês passado.

Espera que você vai ver (e o secretário faz vários gestos com a mão como se dissesse “calma”). A gente está investigando a turma que busca o famoso Rolex. A gente precisa identificar as gangues. Se tivemos problemas na Zona Sul, o comandante do batalhão e os delegados da área têm o dever de se manifestar, porque eles estão aqui na ponta. A Polícia Civil tem que saber quem é, de onde é, quando é. E o patrulhamento não pode deixar de existir. Mas, olhando como um todo, os índices de homicídio baixaram muito, os índices de roubo a transeunte, os autos de resistência, tudo baixou. Se eu for olhar o estratégico, acho que é animador. Mas temos casos pontuais preocupantes, como esse que você citou.

O modelo de segurança integrada do Rio, com novo centro de controle, metas e bônus, pode ser exportado?

Eu te diria humildemente que já está sendo exportado. Minas Gerais já veio aqui e pegou a planta. O pessoal do Paraná está aqui reunido (era agosto). A autoridade olímpica também já levou a planta. Esse pessoal andou pelo mundo mas o Rio está inovando e desenvolvendo modelos próprios. O sistema de metas das regiões integradas não pegou o brilho da UPP. Mas é isso que vem fazendo efetivamente baixar os índices de violência e criminalidade, e que é o outro pilar da UPP. São esses dois pilares juntos que vão reduzir os sintomas da cidade partida

Jorge Picciani (presidente do PMDB no Rio) disse que tem o formulário pronto para o senhor se tornar deputado e se filiar ao PMDB.

Só faltou ele combinar com os russos.

Quem são os russos?

Nem sei. Soube disso pela imprensa. Faltou combinar comigo.

A opção política o atrai como futuro?

Acho que não dá. Exatamente porque a minha vida inteira eu trabalhei com investigação policial. Nisso, você tem que ter um foco. Claro que em tudo na vida é preciso flexibilizar. Mas na política acho que se flexibiliza demais. Às vezes pra cá, às vezes pra lá. Não tem a ver com o PMDB, o PT, presidente, governador. Tudo que eu fiz na minha vida eu comecei, fui no caminho e terminei. Não sou perfeito mas o andar da política nada tem a ver com meu temperamento.

Em que momento o senhor dirá que terminou seu tempo como secretário? Quando dirá “agora chega”?

Em primeiro lugar, o que a gente está fazendo não é para um secretário só. Por mais empolgação que eu tenha, claro que cansa, tem um preço. Claro que tem alguns projetos que eu gostaria de ver nascer antes de sair. Algumas pacificações. Não digo terminar o cronograma. Não ponho um limite porque temos um horizonte. Agora, esse horizonte pode plenamente ser tocado por uma outra pessoa, porque está tudo alinhavado e desenhado. Eu não posso ficar nessa de que vou resolver o problema do Rio de Janeiro senão vou ficar aqui mais de 10 anos, eu tenho essa percepção.

Claro que o senhor não pretende voltar a ser delegado, com tudo que conquistou.

Eu só sei que quando sair, e não vai ser tão cedo, eu espero, quero tirar 30 dias de férias.

O Brasil precisa coibir o tráfico de armas e drogas nas fronteiras. Isso o atrai no futuro?

É um enorme desafio sim. Aí é algo em que dá para eu trabalhar. Tem mais a ver com meu perfil do que me candidatar a qualquer cargo político. Não vou ser deputado ou prefeito nunca. E tem mais. Se houver algo que me proporcione passar a pessoas o que eu aprendi aqui na Secretaria, farei isso com o maior prazer.

O senhor tem consciência de que seu sucesso provoca ciúme?

Ah mas aí o que vou fazer? Esse sentimento não me pertence.

(....)


Tem saudade de trabalhar nos bastidores?

Um pouco às vezes, porque acho que o processo atual de investigação da Polícia Federal começou com uns agentes do Mato Grosso do Sul, uns agentes da DRE da Porto Alegre, e em outros lugares lá atrás, no ano 2000, e eu participei disso. Vejo a PF fazer hoje isso com muita naturalidade e profissionalismo, e fico muito feliz, porque a Missão Suporte que a gente fez aqui no Rio mostrou que centros de inteligência bem estruturados dão resultado.

Não tem medo de, no dia em que sair, tudo isso desabar?

Eu acho que não. Acho que a grande vitória foi o governador Cabral bancar a despolitização da segurança pública, não tem mais ninguém indicando delegado. Esse ganho talvez esteja absorvido. Isso aqui não é mais do secretário. Se a sociedade quer assim, a população vai dizer ou escolher alguém que dê prosseguimento a isso. Um político não vai ser louco de mexer nas UPPs porque provavelmente vai perder votos, vai se desgastar com a população. Este projeto não é mais meu nem do governo, é de vocês, é da sociedade.




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Re: Operações Policiais e Militares

#8977 Mensagem por Sávio Ricardo » Ter Out 18, 2011 10:15 am

Lembrando do Tropa de Elite II

Será que a vida copia a arte ou o inverso?




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Re: Operações Policiais e Militares

#8978 Mensagem por brasil70 » Ter Out 18, 2011 11:22 am

marcelo bahia escreveu:
brasil70 escreveu: Por que o EB não deixa helicópteros estacionados perto do Complexo e além do mais, eles foram pegos de surpresos. No mass, esses tiros não foram a maioria disparados de morros vizinhos, teve é claro, mas grande parte dos tiros ocorreu dentro do Complexo.
Não foi isso que Rodrigo Pimentel disse! Ele disse que a sensação era de que as balas vinham de dentro do complexo, mas que a maioria vinha de fora. Além do mais, sabendo que o tiroteio durou horas, havia tempo mais do que suficiente para deslocar helicópteros de alguma das Forças Armadas até o local. Acho que faltou reação ao efeito surpresa usado pelos traficantes.
Marcelo, o Rodrigo não estava aqui na rua quando começou os tiros ou estava? rs :lol:
Eu estava e posso te dizer que muitos tiros foram disparados dentro do Complexo, mas é claro que teve tiros de fora também. O tiroteio em si durou cerca de 2hrs e creio que por não saber realmente o que estava acontencendo e a gravidade, o EB não achou interessante usar aeronaves a noite, mas isso é só um achismo meu.




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Re: Operações Policiais e Militares

#8979 Mensagem por marcelo bahia » Ter Out 18, 2011 12:22 pm

Brasil,

Estes tiros que você escutou não partiram dos militares que estavam aí próximo, na sua rua?? Ou você viu algum traficante disparando?? Você disse que só pôde entrar no Complexo depois das 2 da manhã, depois que o tiroteio tinha diminuído. Sei lá, com tanto tiro é possível confundir-se. Sem falar que os paus mandados dos traficantes adoram transformá-los em caras retados, quando não passam de covardes! Conheço bem esses porras!

Mas confio na palavra do colega. :wink:

Sds.




Editado pela última vez por marcelo bahia em Ter Out 18, 2011 10:17 pm, em um total de 1 vez.
Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"

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Re: Operações Policiais e Militares

#8980 Mensagem por ZeRo4 » Ter Out 18, 2011 4:08 pm

Homens do Batalhão de Campanha do Alemão trocam tiros com traficantes

Policiais militares do Batalhão de Campanha trocaram tiros com traficantes perto do Teleférico do Itararé, no Complexo do Alemão, na tarde desta segunda-feira. Segundo a polícia, uma equipe da PM ficou encurralada por cerca de 15 homens armados que chegaram a lançar uma granada. A maioria dos bandidos conseguiu fugir, mas um homem de 21 anos foi preso. Os PMs apreenderam uma granada, uma pistola, carregadores para pistola, uma máquina para contar dinheiro, além de 1.218 sacolés de cocaína.
Ainda de acordo com os PMs, apesar de a troca de tiros ter ocorrido a poucos metros de uma base do Exército, eles não receberam apoio. Ninguém ficou ferido. O caso foi registrado na 38ª DP (Irajá).

O Batalhão de Campanha da PM foi implantado por orientação do Exército, que comanda as Força de Pacificação do Complexo do Alemão. A favela foi ocupada em 28 de novembro do ano passado, numa das maiores operações de pacificação de favelas no Rio.

Fonte: Jornal Extra




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Re: Operações Policiais e Militares

#8981 Mensagem por brasil70 » Ter Out 18, 2011 11:29 pm

marcelo bahia escreveu:Brasil,

Estes tiros que você escutou não partiram dos militares que estavam aí próximo, na sua rua?? Ou você viu algum traficante disparando?? Você disse que só pôde entrar no Complexo depois das 2 da manhã, depois que o tiroteio tinha diminuído. Sei lá, com tanto tiro é possível confundir-se. Sem falar que os paus mandados dos traficantes adoram transformá-los em caras retados, quando não passam de covardes! Conheço bem esses porras!

Mas confio na palavra do colega. :wink:

Sds.
Amigo Marcelo, não lembro de ter dito que só entrei no Complexo depois das 2 da manhã, pelo contrario, eu tinha acabado de chegar da escola e fui pra rua bater uma bolinha, ai acabei no meio do tiroteio, o amigo deve ter se confudido.
Sim, claro que teve tiros disparados pelos soldados, não vi exatamente o confronto, o que eu vi claramente foi pessoas como você disse, "paus mandados", armados com lança rojão e granadas de fabricação caseira atacando posições do EB, traficantes armados eu só vi com pistolas e foram no maximo 10 que eu vi correndo, mais isso é porque eu estava na parte mais baixa do Complexo, um localidade mais tranquila em relação a localidade do video que mostrei. E só para constar, o video foi gravado na estação do itararé, mais conhecida como "coqueiro", onde ocorria o grande baile do Complexo e é lá que ficava reunida uma parte dos traficantes, por isso é muito comum sempre acontecer algo por lá.




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Re: Operações Policiais e Militares

#8982 Mensagem por brasil70 » Ter Out 18, 2011 11:46 pm

ZeRo4 escreveu:Homens do Batalhão de Campanha do Alemão trocam tiros com traficantes

Policiais militares do Batalhão de Campanha trocaram tiros com traficantes perto do Teleférico do Itararé, no Complexo do Alemão, na tarde desta segunda-feira. Segundo a polícia, uma equipe da PM ficou encurralada por cerca de 15 homens armados que chegaram a lançar uma granada. A maioria dos bandidos conseguiu fugir, mas um homem de 21 anos foi preso. Os PMs apreenderam uma granada, uma pistola, carregadores para pistola, uma máquina para contar dinheiro, além de 1.218 sacolés de cocaína.
Ainda de acordo com os PMs, apesar de a troca de tiros ter ocorrido a poucos metros de uma base do Exército, eles não receberam apoio. Ninguém ficou ferido. O caso foi registrado na 38ª DP (Irajá).

O Batalhão de Campanha da PM foi implantado por orientação do Exército, que comanda as Força de Pacificação do Complexo do Alemão. A favela foi ocupada em 28 de novembro do ano passado, numa das maiores operações de pacificação de favelas no Rio.

Fonte: Jornal Extra

Sinceramente, depois de ver que favelas de pequeno porte como o Fogueteiro, os policias sucubiram ao baixo preço do "arrego", não vejo com bons olhos a futura instalação das UPP's do Complexo, pois aqui o dinheiro que o trafico arrecada é muito superior e isso facilitara bastante a vida deles porque nenhum policial vai querer ficar fora da gorjeta, pois com o atual estado de corrupção na policia, tenho para mim que não vai durar 3 meses e já veremos grandes farras do trafico com mesões e bailes como a que foi mostrada na CDD ou até pior.
O que me fez perde de vez a esperança nesse programa foi ver que até policias recém-formados não fogem da corrupção, imagine os mais rodados? O problema do Rio de Janeiro vai muito além das UPP's e o maior deles sem duvida é a propria policia e como diria o CAP. Nascimento:
"A PMERJ tem que acabar."




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Re: Operações Policiais e Militares

#8983 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Out 18, 2011 11:56 pm

O que me fez perde de vez a esperança nesse programa foi ver que até policias recém-formados não fogem da corrupção, imagine os mais rodados? O problema do Rio de Janeiro vai muito além das UPP's e o maior deles sem duvida é a propria policia e como diria o CAP. Nascimento:
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Re: Operações Policiais e Militares

#8984 Mensagem por prp » Qua Out 19, 2011 12:18 am

Carlos Mathias escreveu:
O que me fez perde de vez a esperança nesse programa foi ver que até policias recém-formados não fogem da corrupção, imagine os mais rodados? O problema do Rio de Janeiro vai muito além das UPP's e o maior deles sem duvida é a propria policia e como diria o CAP. Nascimento:
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Enfim... :roll: 8-]
Penso o mesmo.
Tem que acabar e começar do zero novamente.




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Re: Operações Policiais e Militares

#8985 Mensagem por brasil70 » Qua Out 19, 2011 12:31 am

E desde 23:50 se ouve barulhos de tiros e explosões aqui no Complexo, não chega a ser um tiroteio em si mas é estranho para um local "pacificado". Eu vi 3 homens nervosos correndo, aparentemente bandidos e depois de alguns minutos dois Marruas do EB passaram em alta velocidade na direção desses homens.




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