Missão de Paz no Haiti

[Hader]

Eu acho que temos que ter cabeça fria para julgar. A manifestação de pessoas e pequenos grupos não pode ser considerada como a opinião de todo Haiti.

A mais pura verdade. O que ocorre é que os grupos que mantinham o poder antes da chegada da ONU estão doidos para voltar. Pouco importa se o país entrará em colapso. Este tipo de desgaste faz parte da brincadeira. Vai ficar mais fácil quando assumirmos a posição: [talha mode on]somos forças de ocupação mesmo! Estamos aqui ocupando este monte de guano pela simples razão de que vocês não sabem nem limpar a bunda sozinhos! E vamos ficar até vocês aprenderem. Ou fazem isso direito ou vamos passar o rodo em todo mundo aqui e vender o quê sobrar para a Odebrecht construir um resort...[talha mode off]

[Clermont]

Eu acho que temos que ter cabeça fria para julgar. A manifestação de pessoas e pequenos grupos não pode ser considerada como a opinião de todo Haiti.

A mais pura verdade. O que ocorre é que os grupos que mantinham o poder antes da chegada da ONU estão doidos para voltar. Pouco importa se o país entrará em colapso.

Lembrando que, "os grupos que mantinham o poder antes da chegada da ONU" conquistaram tal poder pela via das eleições, com o presidente Aristide. O principal grupo rebelde que tomou o poder, com a queda de Aristide, intitulava-se "Frente Revolucionária Nacional para a Libertação do Haiti", mas antes tinha outro nome: "O Exército Canibal", já que era formado por quadrilheiros haitianos.

Jean-Bertrand Aristide sempre sustentou que não renunciou ao cargo de presidente. Ele afirma que foi seqüestrado por agentes americanos. Portanto, pela ótica de muitos haitianos, a atual situação decorre de um golpe de estado. Dizem que este Aristide, apesar de padre, é um ladrão, mas acho que não devia competir a estrangeiros julgar ou não a veracidade disto. É problema interno dos haitianos.

Em suma, seja lá quem estiver com a razão, eu penso que já passou da hora de arrumar as malas e voltar para o Brasil. Que os americanos, canadenses, franceses e quem mais tiver interesse, que cuide do Haiti.

[Guerra]

Para o PSTU e PSOL somos uma tropa de ocupação (lacaio dos EUA ) desde o início...

No Haiti tb a esquerda radical era a maior oposição as forças da ONU. O problema é que agora essa oposição vem crescendo. Entre a população era possivel encontrar os contra, a favor e indiferentes. Os indiferentes eram maioria, mas hoje os contra estão crescendo a cada dia. Graças a propoganda.
De toda forma lá (no Haiti) é só os EUA chamar e os haitianos vão abanando o rabo. É só tomar como base a fase do terremoto. Eles nunca tiveram um pingo de consideração com o trabalho do Brasil.

[delmar]

Para o PSTU e PSOL somos uma tropa de ocupação (lacaio dos EUA ) desde o início...

.....
De toda forma lá (no Haiti) é só os EUA chamar e os haitianos vão abanando o rabo. É só tomar como base a fase do terremoto. Eles nunca tiveram um pingo de consideração com o trabalho do Brasil.

Pegou um ponto importante companheiro, do Panamá pra cima aquilo é um quintal dos EUA. Nossa política deveria ser de agir do Panamá pro sul e também nos países da África banhados pelo Atlântico. Já Honduras, Haiti, El Salvador, Guatemala e até Cuba orbitam em redor dos EUA. A população daqueles países tem parentes e amigos que moram nos States e recebem remessas de lá. Sonham em entrar ilegalmente lá. Não tem nada a ver com o Brasil.

[Boss]

Eu sairia e lavava as mãos.

Arriscar vidas de brasileiros em um lugar infernal que não vai render nada ao Brasil é bobeira.

[Túlio]

Além do que, se a intenção era acumular experiência em comando de Operações de Manutenção de Paz, bueno, já lá vão dez anos. Fizemos nossa parte e obtivemos o que necessitávamos. O interessante agora seria mesmo nos concentrarmos nos cenários citados pelo Delmar e prepararmos o próximo passo: IMPOSIÇÃO DE PAZ!

Cedo ou tarde teremos de lidar com isso, provavelmente aqui mesmo na AS.

O diabo é que isso não depende dos Militares mas das intenções geopolíticas do GF que, ao menos para mim, são no mínimo confusas. Estão se metendo no mundo todo, começando a casa pelo telhado, isso não rende bons frutos.

A MEU VER, deveríamos nos concentrar primeiro em estabilizar o nosso próprio 'backyard', depois ampliá-lo dentro das nossas - até agora parcas - possibilidades e só então, sei lá quando, passar a pensar em atuação global (mas não como mais um 'capanga' dos EUA ou seja lá quem for) independente.

Falta só o GF perceber isso. Como vêem, kôza pôka...

[FCarvalho]

Para o PSTU e PSOL somos uma tropa de ocupação (lacaio dos EUA ) desde o início...

Tulio

PSTU e PSOL: vamos satisfazê-los! Caímos fora e a cambada que se vire...

Apenas uma breve admoestação. Desde quando se leva realmente a sério quaisquer coisa que psudo-partidos como estes, dentre outros, como PCO e PC do B, dizem aqui no Brasil?

Fosse assim, muitos de nós estariamos hoje presos, expurgados ou expatriados por atentado a democracia popularesca defendida pelo sistema de idéias digamos, "ortodoxos" de tais ideologias, vulgo populares.

O que essa gente diz ou pensa, não se presta a coisa alguma de útil ao país, e manos ainda as FFAA's. A depender deles, o EB tinha virado "guarda popular, a MB "guarda costeira" e a FAB "taxi aéero popular". E viveriamos todos numa Cuba ao sul do Equador...

Deus no livre de tal coisa. Continuemos com a missão no Haiti... e sejamos maduros para auferir as consequências de querer exercer autoridade no mundo com as reponsabilidades dela advinda.

abs.

[Clermont]

... e sejamos maduros para auferir as consequências de querer exercer autoridade no mundo com as reponsabilidades dela advinda.

Conseqüências:

1) Ódio daqueles que não outorgaram ao Brasil nenhum direito divino para "exercer autoridade no mundo"

2) Lento colapso financeiro e econômico decorrente do esforço para "exercer autoridade no mundo".

3) Um bom número de mortos, feridos e mutilados, durante o exercício da "autoridade no mundo".

4) Um bom número de ex-combatentes que irão exigir um grande gasto com pensões durante 50, 60 anos.

Que bom que eu já devo estar morto e confortavelmente enterrado antes que chegue o dia que o Brasil "esteja maduro para exercer autoridade no mundo".

Sinceramente? Antes de fechar os olhos, para sempre, eu me satisfaria se o Brasil, por intermédio das autoridades, democraticamente eleitas, já estivesse exercendo sua plena autoridade, sobre todos os NOSSOS rincões, do Oiapoque ao Chuí.

[FCarvalho]

... e sejamos maduros para auferir as consequências de querer exercer autoridade no mundo com as reponsabilidades dela advinda.

Conseqüências:

1) Ódio daqueles que não outorgaram ao Brasil nenhum direito divino para "exercer autoridade no mundo"

2) Lento colapso financeiro e econômico decorrente do esforço para "exercer autoridade no mundo".

3) Um bom número de mortos, feridos e mutilados, durante o exercício da "autoridade no mundo".

4) Um bom número de ex-combatentes que irão exigir um grande gasto com pensões durante 50, 60 anos.

Que bom que eu já devo estar morto e confortavelmente enterrado antes que chegue o dia que o Brasil "esteja maduro para exercer autoridade no mundo".

Sinceramente? Antes de fechar os olhos, para sempre, eu me satisfaria se o Brasil, por intermédio das autoridades, democraticamente eleitas, já estivesse exercendo sua plena autoridade, sobre todos os NOSSOS rincões, do Oiapoque ao Chuí.

De que autoridade estamos falando? Daquela do tipo impositiva-autocrática e colonialista americano-européia, a qual estamos acostumados, ou uma nova autoridade baseada na moral, na politica e democrática, advinda da maturidade de saber arguir e resolver as diferenças, evitando-se comentários no campo das relações entre os povos do tipo: "o meu é maior que o seu..."

Antes que o mundo acabe e as coisas terminem, acredito que ainda veremos este país ter em mente que não podemos nos furtar o resto de nosso pífias vidinhas a bancar eternamente o " gigante adormecido... deitado eternamente em berço explêndido..." achando que enquanto a caravana passa, tragamos calmamante o fumo de nossa indolecência nacional.

Não creio podermos nos tornar grandes internamente, sem sermos grandes também fora. Pois nós cá, da cozinha do mundo, já nos acham "grandes demais" por agora, e pouco importa se aceitamos isso ou não. Imagem no dia que acreditarmos.

abs.

[P. K. Liulba]

Bom... Nós assumimos que construiríamos lá uma hidroelétrica, pequena, e um hospital.
Espero que não deixemos de realizar essas promessas, para o bem de nossa honra.
No mais, melhor é sair. Paternalismo não gera bons frutos: que o Haiti trilhe o seu caminho.

[Guerra]

Bom... Nós assumimos que construiríamos lá uma hidroelétrica, pequena, e um hospital.
Espero que não deixemos de realizar essas promessas, para o bem de nossa honra.
No mais, melhor é sair. Paternalismo não gera bons frutos: que o Haiti trilhe o seu caminho.

Tinha umas empresas brasileiras querendo se instalar lá, mas causou uma histeria maior que a colera do Nepal.

[DELTA22]

14/10/2011 - 18:42 | Renata Giraldi/Agência Brasil | Brasília
Conselho de Segurança autoriza retirada gradual de homens da Força de Paz no Haiti

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou nesta sexta-feira (14/10) a retirada de 3,200 militares estrangeiros que atuam na Força de Paz no Haiti. A retirada deverá ocorrer de forma gradual. A medida foi tomada porque a comunidade internacional concluiu que o governo do presidente do Haiti, Michel Martelly, tem condições de administrar as questões de segurança e paz internas.

Desde 2004, a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) está em atuação na tentativa de garantir a segurança e a paz na região que sofre com a ação de guerrilhas urbanas. Com graves problemas sociais, como falta de infraestrutura e desemprego, o país é considerado um dos mais violentos do mundo.

A decisão da ONU ocorreu no mesmo momento que a primeira-dama do Haiti, Sophia Martely, mulher do presidente haitiano, desembarca no Brasil. O governo haitiano quer cooperação para desenvolver ações de ajuda humanitária e políticas de combate à fome e transferência de renda.

O Haiti é o país mais pobre das Américas. Há pouco mais de um ano e meio, a região foi atingida por um terremoto que destruiu a capital Porto Príncipe e cidades vizinhas, além de matar mais de 220 mil pessoas – entre eles, militares brasileiros e Zilda Arns, médica que criou a Pastoral da Criança. A situação se agravou ainda mais com a epidemia de dengue e os problemas causados pelas enchentes.

Paralelamente, os países que colaboram para a reconstrução do Haiti defendem que ele já dispõe de estrutura interna e que não necessita mais do apoio da Minustah. O ministro da Defesa, Celso Amorim, foi um dos primeiros a propor a retirada do Haiti de cerca de 2,2 mil militares brasileiros das Forças Armadas, das polícias militares e dos corpos de bombeiros.

Para Amorim, a retirada da Força de Paz deve ser gradual. Atualmente militares e civis de 35 países atuam no Haiti, além de organizações não governamentais (ONGs) e organismos estrangeiros. A ajuda estrangeira ao Haiti inclui trabalhos nas áreas de saúde, educação, engenharia e segurança pública, entre outras.

[Guerra]

Assim que a ONU sair, vai tocar o barata-voa naquele lugar.

[Sávio Ricardo]

ONU define redução de 13% em tropas brasileiras no Haiti

LUIS KAWAGUTI
DE SÃO PAULO

O contingente militar brasileiro na missão de paz da ONU no Haiti será reduzido em 13% (288 militares) a partir de março de 2012, segundo o general Luiz Eduardo Ramos Pereira, comandante militar da ONU no país.

A diminuição é parte de uma redução geral do efetivo de militares no país aprovada ontem pelo CS (Conselho de Segurança da ONU).

Hoje, o Brasil tem 2.188 militares no Haiti, distribuídos em dois batalhões de infantaria e uma companhia de engenharia do Exército, e um grupamento da Marinha.
Esse efetivo é trocado a cada seis meses. No próximo rodízio, em março de 2012, apenas 1.900 homens serão enviados a Porto Príncipe.

No fim do mês passado, o ministro da Defesa, Celso Amorim havia dito que o corte nas tropas brasileiras seria menor (257 homens), mas a decisão final ainda cabia ao Conselho de Segurança.

Segundo o órgão, a partir de 2012, o número autorizado de capacetes azuis cairá de 8.718 para 7.340 -um patamar semelhante ao que vigorava antes do terremoto de janeiro de 2010.

O CS também renovou a validade da missão por mais um ano -procedimento considerado padrão. Porém, o prazo para uma retirada total do país ainda é indefinido.

Segundo Ramos, os cortes não afetarão militares envolvidos na reconstrução.

"A nossa engenharia permanecerá, porque o enfoque da missão agora é o desenvolvimento, apoiar o país com obras. A engenharia não vai ser mexida em nada, nem no contingente do Brasil nem nos dos outros países."

De acordo com Ramos, o Brasil tem 250 dos 966 militares de engenharia da missão. Este efetivo acaba de receber um reforço de 167 homens vindos da Indonésia.

A Folha apurou que os cortes em efetivos dos outros 17 países que enviaram tropas ao Haiti ainda não foram definidos devido a disputas diplomáticas.

FIM DA CRISE

O Senado haitiano aprovou ontem o plano de governo e a equipe de ministros nomeada pelo premiê Garry Cornille -encerrando uma crise política que engessava o Haiti há mais de cinco meses.

O presidente Michel Martelly tomou posse em maio, mas, com o apoio de apenas dois deputados eleitos por seu partido, teve grande dificuldade para fazer o Parlamento aprovar sua indicação de premiê -fato que só ocorreu no início deste mês.

Enquanto isso, as operações de reconstrução do país ficaram quase paradas.

Segundo o embaixador brasileiro, Igor Kipman, a formação do novo governo é uma notícia muito positiva que deve criar um clima de segurança e facilitar a entrada de investimentos privados e doações internacionais para a reconstrução do país.

[DELTA22]

Não podemos ficar lá para sempre. Acho que a retirada responsável deve ocorrer sim, ou sim. Infelizmente não podemos nos responsabilizar pelo que ocorra por lá quando as tropas saírem todas de lá. Acho, inclusive, que já fizer até mais do que era de nossa responsabilidade e o trágico terremoto mostrou isso. Podemos nos orgulhar do trabalho realizado, com todas as dificuldades em todos os sentidos, de nossa parte, creio, foi impecável.

[]'s a todos.