OTAN x Brasil : Um conflito possível?
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OTAN x Brasil : Um conflito possível?
Como acho que o assunto poderia render mais que no tópico de geopolítica, criei este tópico para discutirmos se de fato essa deve ser considerada uma possibilidade real de um conflito para o Brasil no futuro e se haveria um plano de ação para prevenir que aconteça ou mesmo se preparar para o inevitável.
Especialistas alertam para ameaças potenciais ao Brasil
Os debatedores que estiveram na CRE não identificaram ameaças imediatas, mas apontaram que uma estratégia de segurança exige o exame dos possíveis atritos
Embora não se identifique nenhuma ameaça concreta de curto prazo à integridade do país, o Brasil precisa levar em conta ameaças potenciais ao traçar a sua estratégia de segurança nacional. A recomendação foi feita por especialistas na área de defesa que participaram de audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), dentro do ciclo Rumos da política externa brasileira (2011-2012).
O general Luiz Eduardo Rocha Paiva, da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, defendeu maior integração entre diplomacia e defesa nacional. Ele lamentou que as lideranças militares tenham sido “alijadas do núcleo decisório de Estado” e alertou que “áreas de fricção” internacionais começam a aproximar-se da costa ocidental da África e do Atlântico Sul. É necessária uma estratégia, na sua opinião, para proteger os aquíferos do país, os minerais estratégicos, a biodiversidade, o petróleo e o gás. Para ele, o estado de Roraima já pode ser considerado um alvo de ameaça, assim como a região da foz do Amazonas. Ele lembrou ainda a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa e com dois países — Suriname e Guiana — muito ligados a potências europeias que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
— As Guianas são uma cabeça de ponte da Otan. Precisamos encarar os conflitos enquanto eles são ainda apenas possíveis e fazer o possível para que não se tornem prováveis, pois aí já seria tarde demais. Defesa não se improvisa — afirmou Paiva no painel O papel das Forças Armadas, a que compareceram diplomatas de países como Cuba, Venezuela, Irã e Índia.
O poder de influência da Otan também foi ressaltado por João Quartim de Moraes, professor titular da Unicamp. Ele recordou que a organização não foi dissolvida após o fim da Guerra Fria. Ao contrário, ela se fortaleceu e mostrou “maior agressividade do que tinha mostrado até então”. Em vez do período de paz que se esperava no início da década de 90, teve início uma “sequência quase ininterrupta de agressões abertas e descaradas”, como parte de “recolonização planetária” pela Otan.
— É perceptível uma ameaça ao Brasil do bloco da Otan? Não. Mas devemos desencorajar expectativas de alguém que queira apoderar-se daquilo que nós temos e os demais não têm. Ou então renunciamos à política externa independente — disse Quartim.
Fonte: Jornal do Senado Via Resenha CCOMSEX
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Especialistas alertam para ameaças potenciais ao Brasil
Os debatedores que estiveram na CRE não identificaram ameaças imediatas, mas apontaram que uma estratégia de segurança exige o exame dos possíveis atritos
Embora não se identifique nenhuma ameaça concreta de curto prazo à integridade do país, o Brasil precisa levar em conta ameaças potenciais ao traçar a sua estratégia de segurança nacional. A recomendação foi feita por especialistas na área de defesa que participaram de audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), dentro do ciclo Rumos da política externa brasileira (2011-2012).
O general Luiz Eduardo Rocha Paiva, da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, defendeu maior integração entre diplomacia e defesa nacional. Ele lamentou que as lideranças militares tenham sido “alijadas do núcleo decisório de Estado” e alertou que “áreas de fricção” internacionais começam a aproximar-se da costa ocidental da África e do Atlântico Sul. É necessária uma estratégia, na sua opinião, para proteger os aquíferos do país, os minerais estratégicos, a biodiversidade, o petróleo e o gás. Para ele, o estado de Roraima já pode ser considerado um alvo de ameaça, assim como a região da foz do Amazonas. Ele lembrou ainda a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa e com dois países — Suriname e Guiana — muito ligados a potências europeias que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
— As Guianas são uma cabeça de ponte da Otan. Precisamos encarar os conflitos enquanto eles são ainda apenas possíveis e fazer o possível para que não se tornem prováveis, pois aí já seria tarde demais. Defesa não se improvisa — afirmou Paiva no painel O papel das Forças Armadas, a que compareceram diplomatas de países como Cuba, Venezuela, Irã e Índia.
O poder de influência da Otan também foi ressaltado por João Quartim de Moraes, professor titular da Unicamp. Ele recordou que a organização não foi dissolvida após o fim da Guerra Fria. Ao contrário, ela se fortaleceu e mostrou “maior agressividade do que tinha mostrado até então”. Em vez do período de paz que se esperava no início da década de 90, teve início uma “sequência quase ininterrupta de agressões abertas e descaradas”, como parte de “recolonização planetária” pela Otan.
— É perceptível uma ameaça ao Brasil do bloco da Otan? Não. Mas devemos desencorajar expectativas de alguém que queira apoderar-se daquilo que nós temos e os demais não têm. Ou então renunciamos à política externa independente — disse Quartim.
Fonte: Jornal do Senado Via Resenha CCOMSEX
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Editado pela última vez por AlbertoRJ em Dom Out 09, 2011 1:30 am, em um total de 1 vez.
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Jobim não quer Otan agindo no Atlântico Sul
Roberto Godoy
DEFESA
O ministro da Defesa, Nelson jobim, disse ontem, em Lisboa, em palestra no Instituto Nacional de Defesa, que vê "com reservas, quaisquer iniciativas que procurem, de alguma forma, associar o Norte do Atlântico ao Atlântico Sul - sendo o sul, área geoestratégica de interesse vital para o Brasil". Segundo ele, "as questões de segurança das duas metades desse oceano são distintas". Para jobim, depois da Guerra Fria, a Otan "passou a servir de instrumento de seu membro exponencial, os EUA, e dos aliados europeus". Por meio do novo conceito da aliança, divulgado em 1999, a força pode intervir em qualquer parte do mundo a pretexto de ações antiterror ou humanitárias, e de contenção às ameaças à democracia ou nas agressões ambientais.
O Estado de São Paulo via NOTIMP-FAB
FAB.MP-
Roberto Godoy
DEFESA
O ministro da Defesa, Nelson jobim, disse ontem, em Lisboa, em palestra no Instituto Nacional de Defesa, que vê "com reservas, quaisquer iniciativas que procurem, de alguma forma, associar o Norte do Atlântico ao Atlântico Sul - sendo o sul, área geoestratégica de interesse vital para o Brasil". Segundo ele, "as questões de segurança das duas metades desse oceano são distintas". Para jobim, depois da Guerra Fria, a Otan "passou a servir de instrumento de seu membro exponencial, os EUA, e dos aliados europeus". Por meio do novo conceito da aliança, divulgado em 1999, a força pode intervir em qualquer parte do mundo a pretexto de ações antiterror ou humanitárias, e de contenção às ameaças à democracia ou nas agressões ambientais.
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Não.
Brasil tem participação muito grande nos lucros de muitas empresas de países da OTAN, como o Santander, a Telefónica, a FIAT, a British Gas, etc. E não somos um país pequeno, com pouca população, com divisões religiosas e étnicas relevantes.
A luta aqui teria que ficar eternamente no Tomahawk e na superioridade aérea, porque botou um pé em terra vai enfrentar o Inferno.
Do jeito que os europeus estão, e os americanos também, só se forem mais burros do que acho para cometerem barbaridade dessas. Não vão ganhar muita coisa, além de seus soldados em sacos pretos.
Acho que o futuro tende a ser uma união do Ocidente para parar os gigantes do Oriente (China e Índia). É até estúpido olharem para nós enquanto a China vai engolindo meio mundo.
Brasil tem participação muito grande nos lucros de muitas empresas de países da OTAN, como o Santander, a Telefónica, a FIAT, a British Gas, etc. E não somos um país pequeno, com pouca população, com divisões religiosas e étnicas relevantes.
A luta aqui teria que ficar eternamente no Tomahawk e na superioridade aérea, porque botou um pé em terra vai enfrentar o Inferno.
Do jeito que os europeus estão, e os americanos também, só se forem mais burros do que acho para cometerem barbaridade dessas. Não vão ganhar muita coisa, além de seus soldados em sacos pretos.
Acho que o futuro tende a ser uma união do Ocidente para parar os gigantes do Oriente (China e Índia). É até estúpido olharem para nós enquanto a China vai engolindo meio mundo.
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Eu concordo que HOJE seria um conflito remotíssimo mas, levando em consideração que são únicos países que possuem uma real capacidade de projeção de poder intercontinental, que contam com uma frota destacada para o Atlântico Sul e que têm até fronteira com o Brasil (por países muito ligados ou territórios ultramarinos), não seria prudente um plano de ação para essa possibilidade?
Penso ser, é claro, uma possibilidade para um futuro bem mais distante, com novos fatores que pudessem modificar as relações do Brasil com esses países.
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Penso ser, é claro, uma possibilidade para um futuro bem mais distante, com novos fatores que pudessem modificar as relações do Brasil com esses países.
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Possível é sim, e os estudos dos nossos militares prevêm essa possibilidade sim.
Por mais que seja politicamente incorreto e difícil de aceitar nas nossas mentes que sejamos um dia tratados como um país bandido, é a tática usada sempre que se quer algo.
Por mais que seja politicamente incorreto e difícil de aceitar nas nossas mentes que sejamos um dia tratados como um país bandido, é a tática usada sempre que se quer algo.
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Em um futuro bem mais distante, a Europa estará mais fraca ainda perante o Brasil.AlbertoRJ escreveu:Eu concordo que HOJE seria um conflito remotíssimo mas, levando em consideração que são únicos países que possuem uma real capacidade de projeção de poder intercontinental, que contam com uma frota destacada para o Atlântico Sul e que têm até fronteira com o Brasil (por países muito ligados ou territórios ultramarinos), não seria prudente um plano de ação para essa possibilidade?
Penso ser, é claro, uma possibilidade para um futuro bem mais distante, com novos fatores que pudessem modificar as relações do Brasil com esses países.
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Se levarmos alguns relatórios por aí (especificamente um do Goldman Sachs), o país com o maior PIB na Europa em 2050 seria o Reino Unido com US$ 4~5 trilhões, enquanto o Brasil teria um PIB de US$ 11 trilhões.
Fato curioso é que das 4 maiores economias do mundo em tal relatório e em tal época, serão duas do oriente (China e Índia) e duas do ocidente (EUA e Brasil), obviamente com o ocidente em desvantagem perante o colosso chinês.
Acho mais fácil chamarem o Brasil para a OTAN do que nos atacarem, o inimigo de muita gente por aí é a China.
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Mas com nenhum país democrático/estável se faz isso atualmente. É fácil atacar países ditatoriais em que a oposição ao regime está em armas contra o governo, que existem trocentas minorias se matando pelo poder, que existem rivais fanáticos religiosos que se odeiam, etc. Você pode botar os marines em terra com bom apoio já dentro do front. No Brasil, por exemplo, se quiserem um dia invadir por terra, sabe-se lá por qual motivo, vão ser capazes de manter uma guerra com um país de 190 milhões de habitantes e com dimensões continentais ?Carlos Mathias escreveu:Possível é sim, e os estudos dos nossos militares prevêm essa possibilidade sim.
Por mais que seja politicamente incorreto e difícil de aceitar nas nossas mentes que sejamos um dia tratados como um país bandido, é a tática usada sempre que se quer algo.
Vão ter que dizimar nossa população com nukes ou ficar gastando os tubos com tomahawks eternos e com os B-2.
Se nem Afeganistão e Iraque, países devastados internamente e com grupos internos se digladiando pelo poder, a ação da OTAN foi satisfatória, imagina no Brasil.
Fora que o que esses países representam no mundo perto do Brasil é nulo. Não vale a pena atacar o Brasil, nem que inventem motivos.
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Antes de nos perguntarmas se podemos dar conta ou não da OTAN, ousemos responder as seguintes questões:
As estratégias da nossa defesa, estão pautadas nas HE vislumbradas pelo planejamento de emprego das ffaa's em um plano de curto, médio e longo prazo. Para os dois primeiros cenários, nossas HE estão voltadas prioritariamente, para o TO amazônico, e mais recentemente para a assim chamada, Amazônia Azul, que foi o "jeitinho" que a MB deu para dar respaldo e importância na mídia/GF aos reclamos sobre nossos direitos ao uso e exploração da plataforma continental e ZEE.
Assim sendo, os programas de reaparelhamento das ffaa's, todas elas, hora adormecidos nas gavetas da Casa Civil da presidência, incluem um processo evolutivo de suas capacidades operacionais ao longo daqueles periodos citados acima. No curto e médio prazo, como é de conhecimento de todos aqui, as mudanças propostas naqueles planos, visam essencialmente a recomposição qualitativa dos meios utilizados pelas ffaa's, e de certo, a retomada lenta e gradual da capacidade operativa frente aos novos desafios do campo de combate aéreo, terrestree naval. O longo prazo, afigura-se por um temporalidade que nos leva a 2030, ou seja, um espaço de duas décadas, em que pretende-se compor as ffaa's brasileiras de uma real capacidade de engajamento militar minimamente proporcional às necessidades de defesa do país, embora, pelo que se apresenta nos planejamentos, e considerando a questão politica, ainda assim estaremos muito aquém do realmente necessário, tanto em termos organizacionais quanto em recursos materiais e humanos.
Note-se também uma iniciativa do Estado braisileiro em tentar recompor através da implementação de uma PND/END a revalorização da BID, setor importante da economia nacional deixado ao ostracismo e discriminado publicamente, não poucas vezes, por este mesmo poder púlico. Ainda engatinhamos na prática neste duro e penoso caminho que hora se tenta retomar. Não podemos vislumbrar uma defesa crível, se por trás dela não dispomos não somente de uma BID capaz e qualitativamente coerente com as demandas das ffaa's e do país. Pouco ou quase nada se fez de concreto até agora por este setor estratégico desde a criação do MD. Falta-nos competência e flexibilidade politica e industrial para efetivar as mudanças mais urgentes e necessárias a fim de desanuviar de vez as desconfianças arraigadas no empresariado quanto ao investimento com retorno certo neste tipo de empreendimento. O Estado brasileiro ainda está em forte dívida com a BID.
Além de uma base industrial de defesa, percebemos também a necessidade mais do que urgente de compor e aprovar uma legislação impositiva que garanta e resguarde efetivamente os investimentos anuais do plano de orçamento e gestão do GF em pesquisa e desenvolvimento, aquisição de materiais e recursos e, operações e treinamento, além da salários dignos aos militares. Esta é a questão em que mais estamos atrasados. À revelia do planejamento estatal, ano a ano a sagria de quadros especializados, tão duramente formados, excede à todas as ações de acolhimento e manutenção do militar na sua força de origem. Premido pelas circunstancias de "mercado", o militar brasileiro cada vez mais deixa a farda em busca de novos meios para sobreviver e sustentar a familia. Mesmo a profissão miliatar hoje, já não goza de tanto prestígio como antes. Não pelo menos como modo de vida, servindo mais como trampolim para outras possibilidades profissionais. O que fazer de ante de tal quadro, se o Estado brasileiro não demosntra vontade efetiva de dar a investidura da farda o devido valor profissonal que lhe cabe?
Bom, parece-me até um tanto estranho pensarmos a nossa capacidade de defesa olhando-se unica e exclusivamente para as ffaa's, mesmo porque, elas são apenas a parte mais aparente do país que está em guerra.
Aliás, havemos de nos questionar: se nossas FFAA's um dia alcançarem um patamar de excelência dentro de suas obrigações constitucionais, e estiverem devidamente preparadas e dispostas a ir à guerra pelo nosso país, estaria a nossa sociedade - sabemo-lo como ela é - também preparada e disposta para o mesmo? Autorizaríamos o poder público nacional a retirar-nos do ócio complacente que nos caracteriza para enfrentar tal empreitada?
abs.
As estratégias da nossa defesa, estão pautadas nas HE vislumbradas pelo planejamento de emprego das ffaa's em um plano de curto, médio e longo prazo. Para os dois primeiros cenários, nossas HE estão voltadas prioritariamente, para o TO amazônico, e mais recentemente para a assim chamada, Amazônia Azul, que foi o "jeitinho" que a MB deu para dar respaldo e importância na mídia/GF aos reclamos sobre nossos direitos ao uso e exploração da plataforma continental e ZEE.
Assim sendo, os programas de reaparelhamento das ffaa's, todas elas, hora adormecidos nas gavetas da Casa Civil da presidência, incluem um processo evolutivo de suas capacidades operacionais ao longo daqueles periodos citados acima. No curto e médio prazo, como é de conhecimento de todos aqui, as mudanças propostas naqueles planos, visam essencialmente a recomposição qualitativa dos meios utilizados pelas ffaa's, e de certo, a retomada lenta e gradual da capacidade operativa frente aos novos desafios do campo de combate aéreo, terrestree naval. O longo prazo, afigura-se por um temporalidade que nos leva a 2030, ou seja, um espaço de duas décadas, em que pretende-se compor as ffaa's brasileiras de uma real capacidade de engajamento militar minimamente proporcional às necessidades de defesa do país, embora, pelo que se apresenta nos planejamentos, e considerando a questão politica, ainda assim estaremos muito aquém do realmente necessário, tanto em termos organizacionais quanto em recursos materiais e humanos.
Note-se também uma iniciativa do Estado braisileiro em tentar recompor através da implementação de uma PND/END a revalorização da BID, setor importante da economia nacional deixado ao ostracismo e discriminado publicamente, não poucas vezes, por este mesmo poder púlico. Ainda engatinhamos na prática neste duro e penoso caminho que hora se tenta retomar. Não podemos vislumbrar uma defesa crível, se por trás dela não dispomos não somente de uma BID capaz e qualitativamente coerente com as demandas das ffaa's e do país. Pouco ou quase nada se fez de concreto até agora por este setor estratégico desde a criação do MD. Falta-nos competência e flexibilidade politica e industrial para efetivar as mudanças mais urgentes e necessárias a fim de desanuviar de vez as desconfianças arraigadas no empresariado quanto ao investimento com retorno certo neste tipo de empreendimento. O Estado brasileiro ainda está em forte dívida com a BID.
Além de uma base industrial de defesa, percebemos também a necessidade mais do que urgente de compor e aprovar uma legislação impositiva que garanta e resguarde efetivamente os investimentos anuais do plano de orçamento e gestão do GF em pesquisa e desenvolvimento, aquisição de materiais e recursos e, operações e treinamento, além da salários dignos aos militares. Esta é a questão em que mais estamos atrasados. À revelia do planejamento estatal, ano a ano a sagria de quadros especializados, tão duramente formados, excede à todas as ações de acolhimento e manutenção do militar na sua força de origem. Premido pelas circunstancias de "mercado", o militar brasileiro cada vez mais deixa a farda em busca de novos meios para sobreviver e sustentar a familia. Mesmo a profissão miliatar hoje, já não goza de tanto prestígio como antes. Não pelo menos como modo de vida, servindo mais como trampolim para outras possibilidades profissionais. O que fazer de ante de tal quadro, se o Estado brasileiro não demosntra vontade efetiva de dar a investidura da farda o devido valor profissonal que lhe cabe?
Bom, parece-me até um tanto estranho pensarmos a nossa capacidade de defesa olhando-se unica e exclusivamente para as ffaa's, mesmo porque, elas são apenas a parte mais aparente do país que está em guerra.
Aliás, havemos de nos questionar: se nossas FFAA's um dia alcançarem um patamar de excelência dentro de suas obrigações constitucionais, e estiverem devidamente preparadas e dispostas a ir à guerra pelo nosso país, estaria a nossa sociedade - sabemo-lo como ela é - também preparada e disposta para o mesmo? Autorizaríamos o poder público nacional a retirar-nos do ócio complacente que nos caracteriza para enfrentar tal empreitada?
abs.
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
O que precisamos fazer para enfrentar a OTAN é uma questão difícil...
Talvez devessemos alternativamente nos perguntar :
- O que devemos fazer para ENTRAR na Otan !!!!!!!
Romeo
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Eu penso como o companheiro. O nosso inimigo comum é a China, a India e os demais paises asiáticos. Mais ainda; posso estar enganado mas penso que a "guerra" já começou. O Brasil iniciou uma série de medidas comerciais contra os produtos chineses. A mais visível foi a dos automoveis, mas temos ainda outras, como maior controle na importação de calçados. A recente medida provisória sobre a compra de produtos nacionais pelas forças armadas, com vantagem de até 25% na concorrência, tem como alvo os fornecedores chineses de calçados e uniformes para nossos soldados. Tem aparecido noticias nos jornais que também os EUA estão tomando medidas contra os produtos chineses.Acho mais fácil chamarem o Brasil para a OTAN do que nos atacarem, o inimigo de muita gente por aí é a China.
Já a OTAN atacar o Brasil é, a menos que tenhamos aqui dentro uma guerra civil catastrófica, totalmente fora de questão. Então para que ter uma força armada poderosa se não existe perigo? A verdade é que devemos deixar de lado a hipocrisia. Precisamos de uma força poderosa para podermos, se necessário, intervir em outros países tal como faz a OTAN.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Nada é de excluír. Dada a crise económica que vai persistir por muito tempo, e as imensas riquezas que o Brasil possui, tudo isto aliado a uma "fuga para a frente" especialmente se os republicanos reconquistarem a casa branca em 2012...
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
E seguir o caminho da bancarrota como os países da OTAN e seu chefe, EUA, estão seguindo, com tolas aventuras militaristas.delmar escreveu:Precisamos de uma força poderosa para podermos, se necessário, intervir em outros países tal como faz a OTAN.
Eu creio que o Brasil precisa é de uma força poderosa que garanta ser um suicídio econômico e político qualquer tentativa de intervenção por parte de qualquer superpotência invasora em nossos assuntos internos.
Eu só creio em defesa territorial e em nada mais. De qualquer forma, para dar vazão as aventuras militares, a Constituição de 1988 teria de ser alterada, já que ela não prevê, "intervir em outros países".
Isto sim, devia ser uma "cláusula pétrea" e não o rebaixamento da idade penal, prisão perpétua ou pena de morte.
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Sera que quando surgir um perigo teremos forças armadas para defender o país?delmar escreveu: Então para que ter uma força armada poderosa se não existe perigo? A verdade é que devemos deixar de lado a hipocrisia. Precisamos de uma força poderosa para podermos, se necessário, intervir em outros países tal como faz a OTAN.
Quando surgir um perigo teremos tempo para nos preparar militarmente?
Eu acho esta a mentalidade da omisão e irresponssabilidade. O Brasil só passou ileso pela ultima guerra mundial por questão de sorte.
Editado pela última vez por suntsé em Qui Out 06, 2011 8:14 am, em um total de 1 vez.
- suntsé
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
Este post em si é uma grande contradição. Como o país ira garantir a sua defesa "Territorial", sem uma força armada bem preparada e eficiente? Sem tecnologias senciveis, sem industria de defesa, sem serviços de inteligencia sem capacidade de disuasão estratégica.Clermont escreveu:E seguir o caminho da bancarrota como os países da OTAN e seu chefe, EUA, estão seguindo, com tolas aventuras militaristas.delmar escreveu:Precisamos de uma força poderosa para podermos, se necessário, intervir em outros países tal como faz a OTAN.
Eu creio que o Brasil precisa é de uma força poderosa que garanta ser um suicídio econômico e político qualquer tentativa de intervenção por parte de qualquer superpotência invasora em nossos assuntos internos.
Eu só creio em defesa territorial e em nada mais. De qualquer forma, para dar vazão as aventuras militares, a Constituição de 1988 teria de ser alterada, já que ela não prevê, "intervir em outros países".
Isto sim, devia ser uma "cláusula pétrea" e não o rebaixamento da idade penal, prisão perpétua ou pena de morte.
Vamos lembrar que a India mesmo apesar de ter um consideravel poderio militar, nunca agiu de forma imperialista, inventando motivos para intervir em outros países.
Eu rechaço totalmente, a possibilidade do Brasil se tornar uma potencia imperialista, temos uma mentalidade totalmente diferente dos europeus e americanos, se que jogam facilmente em guerras por motivos supostamente "nobres".
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Re: OTAN x Brasil - Um conflito possível?
O Brasil passou o auge do período colonialista, fim do século XIX e inicio do século XX, com vastas regiões despovoadas, forças armadas fracas e sem ter indústrias, comparando-se com as potências coloniais da época, sem ter sofrido perdas territoriais. Não vejo o porque disto ocorrer agora.
Na medida em que o Brasil for crescendo economicamente e assim aumentando sua inflência política na região e no mundo, vamos acabar nos envolvendo em conflitos fora de nossas fronteiras. Aconteceu com todos países que tornaram-se grandes. Não seremos nós um excessão. As forças armadas brasileira devem ser pensadas, sim, para intervirem fora do país se necessário. Não poderemos permitir, por exemplo, que um país vizinho torne-se uma Somália da vida. Seja com autorização da ONU, OEA, UNASUL, ou qualquer coisa afim o Brasil deverá estar apto a liderar uma força de ocupação capaz de restabelecer a ordem politica naquele lugar. O mesmo deve valer para países da África voltados para o Atlantico Sul. A defesa territorial vai, muitas vezes, bem além das fronteiras físicas do país.
Na medida em que o Brasil for crescendo economicamente e assim aumentando sua inflência política na região e no mundo, vamos acabar nos envolvendo em conflitos fora de nossas fronteiras. Aconteceu com todos países que tornaram-se grandes. Não seremos nós um excessão. As forças armadas brasileira devem ser pensadas, sim, para intervirem fora do país se necessário. Não poderemos permitir, por exemplo, que um país vizinho torne-se uma Somália da vida. Seja com autorização da ONU, OEA, UNASUL, ou qualquer coisa afim o Brasil deverá estar apto a liderar uma força de ocupação capaz de restabelecer a ordem politica naquele lugar. O mesmo deve valer para países da África voltados para o Atlantico Sul. A defesa territorial vai, muitas vezes, bem além das fronteiras físicas do país.
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