Min.Defesa
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Re: Min.Defesa
Pantanal News
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Carta do General Lessa a Jobim!
Por Hiram Reis e Silva
“A idéia da criação do Ministério da Defesa, dadas as circunstâncias sob as quais vicejou em nosso País, é, por si mesma, o triunfo dos “políticos” – quando não somente a submissão irrefletida aos ditames supranacionais – e impôs-se em processo que, por si mesmo, desmoralizou as FFAA, desmoralizando e, por fim, extinguindo o EMFA em suas funções, e liquidando a ideia de uma Política do Estado ao implodir os Ministérios Militares”.
(Vânia L. Cintra)
A Agenda Internacional de Segurança apregoada pelos “especialistas” da OTAN moldou a Lei de Defesa Nacional (Lei n° 29/82, de 11 de Dezembro de 1082) que estabeleceu a nova organização das Forças Armadas e a criação do Ministério da Defesa, submetendo os antigos Ministérios Militares ao controle civil. Desde então, sucessivos governos, vassalos das diretrizes militares Norte-americanas tem determinado um corte dramático nos gastos com a defesa e nomeado civis totalmente despreparados e incompetentes para conduzir sua política de Defesa Nacional. Nestas três décadas, os “Sargentos Tainhas” colocaram nosso país, a sétima economia do mundo, num perigoso patamar nivelando-nos a países de quinta categoria.
Muitas foram as manifestações a respeito da nomeação de Amorim para a pasta da Defesa, uma, em especial, quero repartir com os leitores – a Carta do General-de-Exército Luiz Gonzaga Shroeder Lessa, ex-comandante do Comando Militar da Amazônia e do Comando Militar do Leste, palestrante renomado sobre as questões que afligem a Amazônia Brasileira e um paradigma para todos os brasileiros.
- Carta ao Senhor Jobim
Fonte: Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, 12 de agosto de 2011.
Como era natural, o senhor se foi, sem traumas, sem solavancos, substituído quase que por telefone, não durando mais do que cinco minutos o seu despacho de despedida com a presidente, que, de forma providencial, já tinha até o seu substituto definido. Surpreso? Nem tanto.
Substituição aceita com a maior naturalidade, pois ela é parte da rotina militar.
O senhor talvez esperasse adesões e simpatias que não ocorreram, primeiro, pela disciplina castrense e, depois, pelo desgaste acumulado ao longo dos seus trágicos 4 anos de investidura no cargo de ministro da defesa. E como um dia é da caça e outro do caçador, o senhor foi expelido do cargo de forma vergonhosa, ácida, quase sem consideração a sua pessoa, repetindo os atos que tantas vezes praticou com exemplares militares que tiveram, por dever de ofício, a desventura de servir no seu ministério (veja que omiti a palavra comando, porque o senhor nunca os comandou).
O desabafo à revista Piauí, gota d’água para a sua saída, retrata com fidelidade e até mesmo estupefação o seu ego avassalador, que julgava estar acima de tudo e de todos, a prepotência, a arrogância e a afetada intimidade com os seus colaboradores no trato dos assuntos funcionais, o desconhecimento dos preceitos da ética e do comportamento militar, a psicótica necessidade de se fantasiar de militar, envergando uniformes que não lhe cabiam não apenas por seu tamanho desproporcional, mas, também, pela carência de virtudes básicas, como se um oficial-general se fizesse unicamente pelos uniformes, galões e insígnias que usa, esquecendo que a sua verdadeira autoridade emana dos longos anos de serviços prestados à Nação e da consideração e do respeito que nutre pelos seus camaradas. O senhor, de fato, nunca a entendeu e nunca foi compreendido e aceito pela tropa, por faltar-lhe um agregador essencial – a alma de Soldado.
Sua trajetória no Ministério da Defesa foi a mais retumbante desmistificação daquilo que prometeu realizar.
Infelizmente, as Forças Armadas ficaram piores, ainda mais enfraquecidas. Suas promessas de reaparelhamento e modernização não se realizaram. Continuam despreparadas para cumprir as suas missões e, na realidade, são forças desarmadas, só empregadas no cumprimento de missões policiais, muito aquém das suas responsabilidades constitucionais.
A Marinha poderá até apresentar um saldo positivo no seu programa de submarinos, mas a força de superfície está acabada, necessitando de urgente renovação, que não veio. A Aeronáutica prossegue sonhando com os modernos caças com que lhe acenaram, programa que desafia a paciência e aguarda por mais de 10 anos. O Exército parece ser o que se encontra em pior situação no tocante ao seu equipamento e armamento, na quase totalidade com mais de 50 anos de uso. Nem mesmo o seu armamento básico, o fuzil, teve substituto à altura. Evolução tecnológica, praticamente, nenhuma. O crônico problema salarial que, por anos, atormenta e inferioriza os militares que são tratados quase como párias, não teve uma programação que pretendesse amenizá-lo. A Comissão da Verdade, em face da sua dúbia atitude, é obra inconclusa, que tende a se agravar como perigoso fator desagregador da unidade nacional
O que fez o senhor ao longo desses quatro últimos anos para reverter essa situação, Sr Jobim. Nada! Só palavrório, discursos vazios, promessas que não se cumpriram, enganações e mais enganações. Mas sempre teve a paciência, a lealdade e a fidelidade dos Comandantes de Força.
A Estratégia Nacional de Defesa é o maior embuste que tenta vender. Megalômana, sem prazos e recursos financeiros delimitados por específicos programas governamentais, é um documento político para ser usado ou descartado ao sabor das circunstâncias, como atualmente ocorre, quando é vítima dos severos cortes orçamentários impostos às Forças Armadas, que inviabilizam os seus sonhos de modernização. Mal sobram recursos necessários para a sua vida vegetativa.
O caos aéreo que prometeu reverter com a modernização da infra-estrutura aeroportuária só fez crescer e ameaça ficar fora de controle.
Você (como gosta de chamar os seus oficiais-generais) foi um embuste, Jobim.
Por tudo de mal que fez à Nação, enganando-a sobre o real estado das Forças Armadas, já vai tarde. Vamos ficar livres das suas baboseiras, das suas palavras ao vento, das suas falácias, das suas pretensões de efetivamente comandar as Forças Armadas, mesmo que para isso tivesse que usurpar os limites constitucionais.
Você parte amargando a compreensão de que nada mais foi do que um funcionário “ad nutum”, como todos os demais, demitido por extrapolar os limites das suas atribuições. A contragosto, é forçado a admitir que o verdadeiro comandante das Forças Armadas é a Presidente Dilma que, sem cerimônia, não tem delegado essa honrosa missão exercendo-a, por direito e de fato, na plenitude da sua competência.
Você acusou o golpe. Não teve, nem sequer, a disposição de transmitir o cargo que exerceu. Faceta da sua personalidade que a história saberá julgar.
Como no Brasil tudo o que está ruim pode ficar ainda pior, vamos ter que aturar o embaixador Amorim, que por longos 8 anos deslustrou o Itamaraty e comprometeu a nossa tradicional e competente diplomacia. Sem afinidade com as Forças, alheio aos seus problemas e necessidades mais prementes, com notória orientação esquerdista, só o tempo dirá se a sua indicação valeu a pena.
No fundo, creio mesmo que só ao Senhor dos Exércitos caberá cuidar das nossas Forças Armadas.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Carta do General Lessa a Jobim!
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“A idéia da criação do Ministério da Defesa, dadas as circunstâncias sob as quais vicejou em nosso País, é, por si mesma, o triunfo dos “políticos” – quando não somente a submissão irrefletida aos ditames supranacionais – e impôs-se em processo que, por si mesmo, desmoralizou as FFAA, desmoralizando e, por fim, extinguindo o EMFA em suas funções, e liquidando a ideia de uma Política do Estado ao implodir os Ministérios Militares”.
(Vânia L. Cintra)
A Agenda Internacional de Segurança apregoada pelos “especialistas” da OTAN moldou a Lei de Defesa Nacional (Lei n° 29/82, de 11 de Dezembro de 1082) que estabeleceu a nova organização das Forças Armadas e a criação do Ministério da Defesa, submetendo os antigos Ministérios Militares ao controle civil. Desde então, sucessivos governos, vassalos das diretrizes militares Norte-americanas tem determinado um corte dramático nos gastos com a defesa e nomeado civis totalmente despreparados e incompetentes para conduzir sua política de Defesa Nacional. Nestas três décadas, os “Sargentos Tainhas” colocaram nosso país, a sétima economia do mundo, num perigoso patamar nivelando-nos a países de quinta categoria.
Muitas foram as manifestações a respeito da nomeação de Amorim para a pasta da Defesa, uma, em especial, quero repartir com os leitores – a Carta do General-de-Exército Luiz Gonzaga Shroeder Lessa, ex-comandante do Comando Militar da Amazônia e do Comando Militar do Leste, palestrante renomado sobre as questões que afligem a Amazônia Brasileira e um paradigma para todos os brasileiros.
- Carta ao Senhor Jobim
Fonte: Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, 12 de agosto de 2011.
Como era natural, o senhor se foi, sem traumas, sem solavancos, substituído quase que por telefone, não durando mais do que cinco minutos o seu despacho de despedida com a presidente, que, de forma providencial, já tinha até o seu substituto definido. Surpreso? Nem tanto.
Substituição aceita com a maior naturalidade, pois ela é parte da rotina militar.
O senhor talvez esperasse adesões e simpatias que não ocorreram, primeiro, pela disciplina castrense e, depois, pelo desgaste acumulado ao longo dos seus trágicos 4 anos de investidura no cargo de ministro da defesa. E como um dia é da caça e outro do caçador, o senhor foi expelido do cargo de forma vergonhosa, ácida, quase sem consideração a sua pessoa, repetindo os atos que tantas vezes praticou com exemplares militares que tiveram, por dever de ofício, a desventura de servir no seu ministério (veja que omiti a palavra comando, porque o senhor nunca os comandou).
O desabafo à revista Piauí, gota d’água para a sua saída, retrata com fidelidade e até mesmo estupefação o seu ego avassalador, que julgava estar acima de tudo e de todos, a prepotência, a arrogância e a afetada intimidade com os seus colaboradores no trato dos assuntos funcionais, o desconhecimento dos preceitos da ética e do comportamento militar, a psicótica necessidade de se fantasiar de militar, envergando uniformes que não lhe cabiam não apenas por seu tamanho desproporcional, mas, também, pela carência de virtudes básicas, como se um oficial-general se fizesse unicamente pelos uniformes, galões e insígnias que usa, esquecendo que a sua verdadeira autoridade emana dos longos anos de serviços prestados à Nação e da consideração e do respeito que nutre pelos seus camaradas. O senhor, de fato, nunca a entendeu e nunca foi compreendido e aceito pela tropa, por faltar-lhe um agregador essencial – a alma de Soldado.
Sua trajetória no Ministério da Defesa foi a mais retumbante desmistificação daquilo que prometeu realizar.
Infelizmente, as Forças Armadas ficaram piores, ainda mais enfraquecidas. Suas promessas de reaparelhamento e modernização não se realizaram. Continuam despreparadas para cumprir as suas missões e, na realidade, são forças desarmadas, só empregadas no cumprimento de missões policiais, muito aquém das suas responsabilidades constitucionais.
A Marinha poderá até apresentar um saldo positivo no seu programa de submarinos, mas a força de superfície está acabada, necessitando de urgente renovação, que não veio. A Aeronáutica prossegue sonhando com os modernos caças com que lhe acenaram, programa que desafia a paciência e aguarda por mais de 10 anos. O Exército parece ser o que se encontra em pior situação no tocante ao seu equipamento e armamento, na quase totalidade com mais de 50 anos de uso. Nem mesmo o seu armamento básico, o fuzil, teve substituto à altura. Evolução tecnológica, praticamente, nenhuma. O crônico problema salarial que, por anos, atormenta e inferioriza os militares que são tratados quase como párias, não teve uma programação que pretendesse amenizá-lo. A Comissão da Verdade, em face da sua dúbia atitude, é obra inconclusa, que tende a se agravar como perigoso fator desagregador da unidade nacional
O que fez o senhor ao longo desses quatro últimos anos para reverter essa situação, Sr Jobim. Nada! Só palavrório, discursos vazios, promessas que não se cumpriram, enganações e mais enganações. Mas sempre teve a paciência, a lealdade e a fidelidade dos Comandantes de Força.
A Estratégia Nacional de Defesa é o maior embuste que tenta vender. Megalômana, sem prazos e recursos financeiros delimitados por específicos programas governamentais, é um documento político para ser usado ou descartado ao sabor das circunstâncias, como atualmente ocorre, quando é vítima dos severos cortes orçamentários impostos às Forças Armadas, que inviabilizam os seus sonhos de modernização. Mal sobram recursos necessários para a sua vida vegetativa.
O caos aéreo que prometeu reverter com a modernização da infra-estrutura aeroportuária só fez crescer e ameaça ficar fora de controle.
Você (como gosta de chamar os seus oficiais-generais) foi um embuste, Jobim.
Por tudo de mal que fez à Nação, enganando-a sobre o real estado das Forças Armadas, já vai tarde. Vamos ficar livres das suas baboseiras, das suas palavras ao vento, das suas falácias, das suas pretensões de efetivamente comandar as Forças Armadas, mesmo que para isso tivesse que usurpar os limites constitucionais.
Você parte amargando a compreensão de que nada mais foi do que um funcionário “ad nutum”, como todos os demais, demitido por extrapolar os limites das suas atribuições. A contragosto, é forçado a admitir que o verdadeiro comandante das Forças Armadas é a Presidente Dilma que, sem cerimônia, não tem delegado essa honrosa missão exercendo-a, por direito e de fato, na plenitude da sua competência.
Você acusou o golpe. Não teve, nem sequer, a disposição de transmitir o cargo que exerceu. Faceta da sua personalidade que a história saberá julgar.
Como no Brasil tudo o que está ruim pode ficar ainda pior, vamos ter que aturar o embaixador Amorim, que por longos 8 anos deslustrou o Itamaraty e comprometeu a nossa tradicional e competente diplomacia. Sem afinidade com as Forças, alheio aos seus problemas e necessidades mais prementes, com notória orientação esquerdista, só o tempo dirá se a sua indicação valeu a pena.
No fundo, creio mesmo que só ao Senhor dos Exércitos caberá cuidar das nossas Forças Armadas.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Min.Defesa
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General afirma que Jobim "já foi tarde"
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Oficial da reserva comemora demissão e diz que ex-ministro tinha "psicótica necessidade de se fantasiar de militar" Ex-presidente do Clube Militar também ataca novo ministro Amorim; procurado, Jobim não comenta declarações
BERNARDO MELLO FRANCO
A queda de Nelson Jobim do Ministério da Defesa, no último dia 4, trouxe à tona o ressentimento de oficiais das Forças Armadas com supostas humilhações impostas a militares pelo ex-chefe.
Um artigo do general reformado Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, ex-presidente do Clube Militar, expõe mágoas da caserna e afirma que o ex-ministro tinha "psicótica necessidade de se fantasiar de militar" e "já vai tarde".
O texto foi publicado no site da Academia Brasileira de Defesa e circula desde o fim de semana em blogs de militares. Escrito como desabafo dirigido a Jobim, sugere que parte da classe se sentiu vingada com sua demissão.
"Como um dia é da caça e outro do caçador, o senhor foi expelido do cargo de forma vergonhosa, ácida, quase sem consideração a sua pessoa, repetindo os atos que tantas vezes praticou com exemplares militares que tiveram (...) a desventura de servir no seu ministério", diz.
"Por tudo de mal que fez à nação, enganando-a sobre o real estado das Forças Armadas, já vai tarde. Vamos ficar livres das suas baboseiras, das suas palavras ao vento, das suas falácias."
O general afirma que o perfil do ex-ministro publicado pela revista "Piauí" "retrata com fidelidade" o "seu ego avassalador, que julgava estar acima de tudo e de todos, a prepotência, a arrogância e a afetada intimidade com os seus colaboradores".
Na reportagem, que precipitou a demissão do ex-ministro, Jobim chama a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) de "fraquinha" e diz que Gleisi Hoffmann (Casa Civil) "nem sequer conhece Brasília".
Em outro trecho, que irritou os militares, a repórter narra uma cena em que ele usa tom ríspido para dar ordens ao almirante José Alberto Accioly Fragelli, diante de outros oficiais e de civis.
O artigo critica o ex-ministro por posar de farda, "envergando uniformes que não lhe cabiam não apenas por seu tamanho desproporcional, mas, também, pela carência de virtudes básicas".
PROMESSAS
O oficial ainda ataca a Estratégia Nacional de Defesa, principal projeto de Jobim na pasta. "Megalômana, sem prazos e recursos financeiros delimitados", critica.
"Suas promessas de reaparelhamento e modernização não se realizaram", diz. "Só palavrório, discursos vazios, promessas que não se cumpriram, enganações e mais enganações."
Lessa elogia a presidente Dilma Rousseff, que estaria comandando as Forças Armadas "na plenitude da sua competência", mas critica a escolha do novo ministro da Defesa, Celso Amorim.
O diplomata é descrito como "sem afinidade com as Forças, alheio aos seus problemas e necessidades mais prementes" e "com notória orientação esquerdista".
"Como no Brasil tudo o que está ruim pode ficar ainda pior, vamos ter que aturar o embaixador Amorim", diz.
Ontem à tarde, a reportagem procurou ex-assessores de Jobim, que prometeram enviar a carta ao ex-ministro. Ele não se manifestou até a conclusão desta edição.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
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Re: Min.Defesa
Sei não, viu!
Por que só agora este general está botando a boca no trombone? Os generais da ativa eu até compreendo o silêncio. Se é que teve esta calamidade toda! Agora, este aí de cima, na reserva? Podendo criticar com mais liberdade e ficar quieto durante a permanência do NJ no MD?
Tava todo mundo tratando o NJ como o "melhor MD do pedaço"! Inclusive eu, que também acreditei piamente nas suas intenções e atitudes, não conseguindo resultados melhores por motivos de força maior.
É verdade que pisou na bola feio desde que reassumiu o cargo com a DR. E pior, nâo entregou o cargo ao seu sucessor. Isto foi vergonhoso e anti-democrático.
Mas, este desastre narrado por este general? Alguma coisa batendo na minha cabeça: pig... pig... pig...
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Por que só agora este general está botando a boca no trombone? Os generais da ativa eu até compreendo o silêncio. Se é que teve esta calamidade toda! Agora, este aí de cima, na reserva? Podendo criticar com mais liberdade e ficar quieto durante a permanência do NJ no MD?
Tava todo mundo tratando o NJ como o "melhor MD do pedaço"! Inclusive eu, que também acreditei piamente nas suas intenções e atitudes, não conseguindo resultados melhores por motivos de força maior.
É verdade que pisou na bola feio desde que reassumiu o cargo com a DR. E pior, nâo entregou o cargo ao seu sucessor. Isto foi vergonhoso e anti-democrático.
Mas, este desastre narrado por este general? Alguma coisa batendo na minha cabeça: pig... pig... pig...
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Um abraço!
Fernando Augusto Terra
- Guerra
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Re: Min.Defesa
O general Lessa sempre criticou o NJ.faterra escreveu:Sei não, viu!
Por que só agora este general está botando a boca no trombone? Os generais da ativa eu até compreendo o silêncio. Se é que teve esta calamidade toda! Agora, este aí de cima, na reserva? Podendo criticar com mais liberdade e ficar quieto durante a permanência do NJ no MD?
Tava todo mundo tratando o NJ como o "melhor MD do pedaço"! Inclusive eu, que também acreditei piamente nas suas intenções e atitudes, não conseguindo resultados melhores por motivos de força maior.
É verdade que pisou na bola feio desde que reassumiu o cargo com a DR. E pior, nâo entregou o cargo ao seu sucessor. Isto foi vergonhoso e anti-democrático.
Mas, este desastre narrado por este general? Alguma coisa batendo na minha cabeça: pig... pig... pig...
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A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- faterra
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Re: Min.Defesa
Só se foi dentro do Clube! É a primeira vez que vejo este senhor ir na imprensa. Mas, se você está dizendo... Confesso que estou baseando-me somente no fato de eu nunca ter visto isto.
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Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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- Contato:
Re: Min.Defesa
Clube do Pijama. Grande kôza...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Min.Defesa
Complementando a matéria já postada.
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terra.com.br
General: Amorim é história negra da diplomacia brasileiraClaudio Leal e Eliano Jorge
Depois da publicação de um artigo com críticas ao ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, no site da Academia Brasileira de Defesa, o General-de-Exército reformado Luiz Gonzaga Schroeder Lessa relata ter recebido mensagens de apoio de militares da ativa e da reserva, solidários com a tese de que o demitido "já vai tarde".
Ex-presidente do Clube Militar, o general esclarece, em entrevista a Terra Magazine, a motivação do duro retrato de Jobim, criticado em sua "psicótica necessidade de se fantasiar de militar".
O ex-ministro da Defesa foi substituído no cargo por causa de declarações polêmicas à revista "piauí", desagradáveis para as colegas de ministério Ideli Salvatti ("fraquinha") e Gleisi Hoffmann ("nem conhece Brasília"). Após a queda de Jobim, o ex-chanceler Celso Amorim assumiu a Defesa. E já desagrada ao general reformado, por seus atos no ministério das Relações Exteriores do governo Lula:
- Na minha opinião, causa (apreensão). Porque o passado do ministro Amorim, na área diplomática, foi um passado triste para a diplomacia brasileira. É uma história negra da diplomacia brasileira (...) Além do mais, na época do ministro Amorim, ele deixou passar um ato que eu considero um crime de lesa-pátria. Ele deixou ser aprovada na ONU (Organização das Nações Unidas) a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, que afronta a soberania brasileira.
Lessa avalia que Nelson Jobim tentou "usurpar" o comando supremo das Forças Armadas, atribuído constitucionalmente ao presidente da República. Dilma, analisa o general, reverteu essa tentativa, demitindo-o.
- Desde o primeiro momento, ela está tendo uma postura de comandante. O que os militares desejam é isso. Postura de comandante. Pela Constituição, quem é o comandante das Forças Armadas é o presidente da República ou a presidente da República. Ela tem exercido esta função com muita competência e não tem aberto mão dela como o Lula fazia (...) O Jobim, mais de uma vez, quis quase que usurpar essa função. Não é dele!
Além de enfatizar que "fala por si mesmo", e não por militares das três armas, Luiz Gonzaga Schroeder Lessa prefere não listar casos de humilhação contra oficiais, que teriam sido praticados pelo ex-ministro. Na contra-corrente, contesta as análises de que Jobim conquistou aceitação militar e acalmou as Forças Armadas nos últimos anos.
- Eu me surpreendo e até me preocupo de ver um grande número de companheiros e camaradas, da ativa e da reserva, me mandando mensagens sobre esse senhor. Isso mostra que, supostamente, ele não tinha essa aceitação que a imprensa fala. Todos nós sabemos disso. Ninguém gosta de ver um ministro bazofiando, só falando bazófia e mais nada.
Na noite desta terça-feira (16), o ministério da Defesa foi procurado, por e-mail e telefone, para comentar as críticas a Celso Amorim, mas ainda não se pronunciou.
Confira a entrevista.
Terra Magazine - O que motivou seu artigo? A área militar estava ressentida com o ex-ministro Nelson Jobim?
General Luiz Gonzaga Schroeder Lessa - É preciso ficar bem claro que esse artigo é unicamente de minha autoria. Eu não quero, com esse artigo, dizer que estou falando pelo Exército, a minha origem, nem pela Marinha e nem pela Aeronáutica. Falo por mim mesmo. Tenho acompanhado, ao longo dos últimos anos, a trajetória do ex-ministro. E o que eu tenho visto é sempre um sinal de manifestações grandes de prepotência, de desprezo pelos camaradas que serviram com ele, pelas promessas feitas e não realizadas. Enfim, pela grande lacuna que ele deixa no ministério da Defesa em função daquilo que dele se esperava.
Como ex-presidente do Clube Militar, o senhor ouviu relatos de oficiais das Forças Armadas que se sentiram melindrados pelo tratamento dado por Jobim?
Isso não precisa. Você veja, converse com outras pessoas que tiveram contato com ele, e vai sentir a forma, eu não diria cavalheiresca, porque a gente não precisa disso nas Forças Armadas... A gente precisa é de camaradagem e de lealdade. Nisso aí, vejo a coisa mal no relacionamento. Fiz esse artigo de minha própria iniciativa, ninguém me pediu pra fazer nada. Quando eu era presidente do Clube, sempre escrevi, tive muitos escritos publicados pela imprensa, mas o que quero lhe dizer é o seguinte: me surpreendo com a quantidade de mensagens que eu tenho recebido de apoio e solidaridade. O que, até, me preocupa...
Por quê?
Porque mostra a grande lacuna que esse senhor deixou nas Forças Armadas. Em vez de ser um fator de união, ele produziu grandes dissensões dentro dos integrantes das Forças Armadas. A obra material é muito importante, mas a obra pessoal é aquela que congrega, que une todos em direção a um só objetivo. Sinto, pelas mensagens que eu tenho recebido da ativa e da reserva, de todos os postos, essa insatisfação grande com o ministro que se foi. Por isso que eu disse: "Já vai tarde!".
Mas não é curioso que, durante a presença dele no ministério e até na hora da saída, a mídia tenha enfatizado que ele conseguiu, supostamente, unificar as Forças Armadas e acalmá-las?
Não quero entrar nisso, companheiro. Não quero. Quero dizer que ele prometeu muito e fez muito pouco. Entra num aeroporto e viaja... Veja como estão os nossos aeroportos, veja como está a nossa infraestrutura aeroportuária... Isso tudo era promessa dele. Iria construir não sei quantos aeroportos, novas pistas... Onde está isso tudo? Ficou numa promessa vã. Na área militar, uma coisa é muito importante: "Fecha a boca, porque se você falar, tem que cumprir". O que você falar, cumpra. Nem que seja pouco, mas cumpra. Agora, falar como ele falou, vozes ao vento, baboseiras e mais baboseiras, discursos e mais discursos... Então, não quero entrar em satisfação ou insatisfação. Eu me surpreendo e até me preocupo de ver um grande número de companheiros e camaradas, da ativa e da reserva, me mandando mensagens sobre esse senhor. Isso mostra que, supostamente, ele não tinha essa aceitação que a imprensa fala. Todos nós sabemos disso. Ninguém gosta de ver um ministro bazofiando, só falando bazófia e mais nada. Pra que um ministro precisa vestir farda de general do Exército? Parece que ele tinha uma ideia fixa de que tinha que ser general, tinha que botar uma farda do Exército...
Ao usar a farda militar, ele fere os princípios da criação do ministério da Defesa?
Fere. Fere. Ele não é militar! Ele pode, esporadicamente, botar uma farda militar, quando for acompanhar um exercício... Mas, nem deve, né? Ele não é militar, ele é civil. Sabe quantos anos se leva pra ser um general de Exército? No mínimo, quarenta anos, companheiro. Não é concurso em que se cola aqui um distintivo. É isso que ele fez. Precisa ter méritos, precisa ter trabalho feito na Força pra ser aceito e respeitado como general. Ele inventou isso, outros ministros não inventaram isso. Houve uma época em que até se impetrou uma ação na Justiça contra ele usar o uniforme. A Justiça deu ganho de causa, mas não tem aceitação nas Forças Armadas. É preciso dizer.
A Comissão da Verdade incomodou os militares, o modo como ele conduziu essa questão?
Isso aí continua incomodando, pela posição dúbia. Uma hora diz uma coisa, outra hora diz outra. É uma posição dúbia. Vamos ver o que vem pela frente.
Como tem se portado a presidente Dilma com as Forças Armadas?
A presidente, desde o ínicio, diferentemente do Lula... Lula era até um pau-mandado por ele mesmo (Jobim)... Não quero aqui dizer que sou partidário da presidente. Não votei na presidente. Mas, desde o primeiro momento, ela está tendo uma postura de comandante. O que os militares desejam é isso. Postura de comandante. Pela Constituição, quem é o comandante das Forças Armadas é o presidente da República ou a presidente da República. Ela tem exercido esta função com muita competência e não tem aberto mão dela como o Lula fazia. Lula meio que inventou uma figura entre o presidente e as Forças, que era o ministro da Defesa. O Jobim, mais de uma vez, quis quase que usurpar essa função. Não é dele! A função de comandante das Forças Armadas é do presidente, a menos que uma nova Constituinte mude isso. O presidente traz atrás de si os milhões de votos do povo brasileiro. Ele tem a força dos milhões de votos. O ministro da Defesa é um funcionário demitível a uma canetada como a que Dilma deu nele. Uma canetada e, em cinco minutos, ele não era mais ministro. Por isso que ele não pode ter essa força de querer ser o comandante. Fazer sem dar satisfação para a presidente... Não é verdade com a Dilma. Desde o primeiro momento, ela disse: "Eu sou a comandante das Forças Armadas".
A indicação de Celso Amorim para a Defesa causa apreensão aos militares?
Olha, não sei se causa, estou dando a minha opinião. Na minha opinião, causa. Porque o passado do ministro Amorim, na área diplomática, foi um passado triste para a diplomacia brasileira. É uma história negra da diplomacia brasileira. Eu diria isso. O que foi feito nos oito anos do Amorim deslustra a diplomacia brasileira, que é uma diplomacia reconhecida no mundo inteiro. Além do mais, na época do ministro Amorim, ele deixou passar um ato que eu considero um crime de lesa-pátria. Ele deixou ser aprovada na ONU (Organização das Nações Unidas) a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, que afronta a soberania brasileira. Isso tem impacto direto nas Forças Armadas. É responsabilidade das Forças Armadas zelar pela soberania do País. Ele aprovou, digo o embaixador sob as suas ordens, na ONU, a Declaração dos povos indígenas. Já estamos cobrando medidas, consequências dessa aprovação. De uma hora para outra, o Brasil pode ter 216 nações, e não uma única nação, que é a brasileira, que nós fizemos com mais de 500 anos de luta. Esse é um crime que não se pode permitir a um ministro das Relações Exteriores. E, como ministro da Defesa, o compromete, sem dúvida alguma.
O senhor pretende retornar à presidência do Clube Militar?
Não, já fui convidado pra isso. Acho que já cumpri minha missão. Fiquei meus quatro anos lá, e não tenho interesse nenhum. Já sofri, em épocas anteriores, insistentes convites. Dei o que eu podia dar em benefício do Clube, não tenho mais interesse. Torço para que o atual presidente e os que vierem sejam muito felizes na presidência.
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terra.com.br
General: Amorim é história negra da diplomacia brasileiraClaudio Leal e Eliano Jorge
Depois da publicação de um artigo com críticas ao ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, no site da Academia Brasileira de Defesa, o General-de-Exército reformado Luiz Gonzaga Schroeder Lessa relata ter recebido mensagens de apoio de militares da ativa e da reserva, solidários com a tese de que o demitido "já vai tarde".
Ex-presidente do Clube Militar, o general esclarece, em entrevista a Terra Magazine, a motivação do duro retrato de Jobim, criticado em sua "psicótica necessidade de se fantasiar de militar".
O ex-ministro da Defesa foi substituído no cargo por causa de declarações polêmicas à revista "piauí", desagradáveis para as colegas de ministério Ideli Salvatti ("fraquinha") e Gleisi Hoffmann ("nem conhece Brasília"). Após a queda de Jobim, o ex-chanceler Celso Amorim assumiu a Defesa. E já desagrada ao general reformado, por seus atos no ministério das Relações Exteriores do governo Lula:
- Na minha opinião, causa (apreensão). Porque o passado do ministro Amorim, na área diplomática, foi um passado triste para a diplomacia brasileira. É uma história negra da diplomacia brasileira (...) Além do mais, na época do ministro Amorim, ele deixou passar um ato que eu considero um crime de lesa-pátria. Ele deixou ser aprovada na ONU (Organização das Nações Unidas) a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, que afronta a soberania brasileira.
Lessa avalia que Nelson Jobim tentou "usurpar" o comando supremo das Forças Armadas, atribuído constitucionalmente ao presidente da República. Dilma, analisa o general, reverteu essa tentativa, demitindo-o.
- Desde o primeiro momento, ela está tendo uma postura de comandante. O que os militares desejam é isso. Postura de comandante. Pela Constituição, quem é o comandante das Forças Armadas é o presidente da República ou a presidente da República. Ela tem exercido esta função com muita competência e não tem aberto mão dela como o Lula fazia (...) O Jobim, mais de uma vez, quis quase que usurpar essa função. Não é dele!
Além de enfatizar que "fala por si mesmo", e não por militares das três armas, Luiz Gonzaga Schroeder Lessa prefere não listar casos de humilhação contra oficiais, que teriam sido praticados pelo ex-ministro. Na contra-corrente, contesta as análises de que Jobim conquistou aceitação militar e acalmou as Forças Armadas nos últimos anos.
- Eu me surpreendo e até me preocupo de ver um grande número de companheiros e camaradas, da ativa e da reserva, me mandando mensagens sobre esse senhor. Isso mostra que, supostamente, ele não tinha essa aceitação que a imprensa fala. Todos nós sabemos disso. Ninguém gosta de ver um ministro bazofiando, só falando bazófia e mais nada.
Na noite desta terça-feira (16), o ministério da Defesa foi procurado, por e-mail e telefone, para comentar as críticas a Celso Amorim, mas ainda não se pronunciou.
Confira a entrevista.
Terra Magazine - O que motivou seu artigo? A área militar estava ressentida com o ex-ministro Nelson Jobim?
General Luiz Gonzaga Schroeder Lessa - É preciso ficar bem claro que esse artigo é unicamente de minha autoria. Eu não quero, com esse artigo, dizer que estou falando pelo Exército, a minha origem, nem pela Marinha e nem pela Aeronáutica. Falo por mim mesmo. Tenho acompanhado, ao longo dos últimos anos, a trajetória do ex-ministro. E o que eu tenho visto é sempre um sinal de manifestações grandes de prepotência, de desprezo pelos camaradas que serviram com ele, pelas promessas feitas e não realizadas. Enfim, pela grande lacuna que ele deixa no ministério da Defesa em função daquilo que dele se esperava.
Como ex-presidente do Clube Militar, o senhor ouviu relatos de oficiais das Forças Armadas que se sentiram melindrados pelo tratamento dado por Jobim?
Isso não precisa. Você veja, converse com outras pessoas que tiveram contato com ele, e vai sentir a forma, eu não diria cavalheiresca, porque a gente não precisa disso nas Forças Armadas... A gente precisa é de camaradagem e de lealdade. Nisso aí, vejo a coisa mal no relacionamento. Fiz esse artigo de minha própria iniciativa, ninguém me pediu pra fazer nada. Quando eu era presidente do Clube, sempre escrevi, tive muitos escritos publicados pela imprensa, mas o que quero lhe dizer é o seguinte: me surpreendo com a quantidade de mensagens que eu tenho recebido de apoio e solidaridade. O que, até, me preocupa...
Por quê?
Porque mostra a grande lacuna que esse senhor deixou nas Forças Armadas. Em vez de ser um fator de união, ele produziu grandes dissensões dentro dos integrantes das Forças Armadas. A obra material é muito importante, mas a obra pessoal é aquela que congrega, que une todos em direção a um só objetivo. Sinto, pelas mensagens que eu tenho recebido da ativa e da reserva, de todos os postos, essa insatisfação grande com o ministro que se foi. Por isso que eu disse: "Já vai tarde!".
Mas não é curioso que, durante a presença dele no ministério e até na hora da saída, a mídia tenha enfatizado que ele conseguiu, supostamente, unificar as Forças Armadas e acalmá-las?
Não quero entrar nisso, companheiro. Não quero. Quero dizer que ele prometeu muito e fez muito pouco. Entra num aeroporto e viaja... Veja como estão os nossos aeroportos, veja como está a nossa infraestrutura aeroportuária... Isso tudo era promessa dele. Iria construir não sei quantos aeroportos, novas pistas... Onde está isso tudo? Ficou numa promessa vã. Na área militar, uma coisa é muito importante: "Fecha a boca, porque se você falar, tem que cumprir". O que você falar, cumpra. Nem que seja pouco, mas cumpra. Agora, falar como ele falou, vozes ao vento, baboseiras e mais baboseiras, discursos e mais discursos... Então, não quero entrar em satisfação ou insatisfação. Eu me surpreendo e até me preocupo de ver um grande número de companheiros e camaradas, da ativa e da reserva, me mandando mensagens sobre esse senhor. Isso mostra que, supostamente, ele não tinha essa aceitação que a imprensa fala. Todos nós sabemos disso. Ninguém gosta de ver um ministro bazofiando, só falando bazófia e mais nada. Pra que um ministro precisa vestir farda de general do Exército? Parece que ele tinha uma ideia fixa de que tinha que ser general, tinha que botar uma farda do Exército...
Ao usar a farda militar, ele fere os princípios da criação do ministério da Defesa?
Fere. Fere. Ele não é militar! Ele pode, esporadicamente, botar uma farda militar, quando for acompanhar um exercício... Mas, nem deve, né? Ele não é militar, ele é civil. Sabe quantos anos se leva pra ser um general de Exército? No mínimo, quarenta anos, companheiro. Não é concurso em que se cola aqui um distintivo. É isso que ele fez. Precisa ter méritos, precisa ter trabalho feito na Força pra ser aceito e respeitado como general. Ele inventou isso, outros ministros não inventaram isso. Houve uma época em que até se impetrou uma ação na Justiça contra ele usar o uniforme. A Justiça deu ganho de causa, mas não tem aceitação nas Forças Armadas. É preciso dizer.
A Comissão da Verdade incomodou os militares, o modo como ele conduziu essa questão?
Isso aí continua incomodando, pela posição dúbia. Uma hora diz uma coisa, outra hora diz outra. É uma posição dúbia. Vamos ver o que vem pela frente.
Como tem se portado a presidente Dilma com as Forças Armadas?
A presidente, desde o ínicio, diferentemente do Lula... Lula era até um pau-mandado por ele mesmo (Jobim)... Não quero aqui dizer que sou partidário da presidente. Não votei na presidente. Mas, desde o primeiro momento, ela está tendo uma postura de comandante. O que os militares desejam é isso. Postura de comandante. Pela Constituição, quem é o comandante das Forças Armadas é o presidente da República ou a presidente da República. Ela tem exercido esta função com muita competência e não tem aberto mão dela como o Lula fazia. Lula meio que inventou uma figura entre o presidente e as Forças, que era o ministro da Defesa. O Jobim, mais de uma vez, quis quase que usurpar essa função. Não é dele! A função de comandante das Forças Armadas é do presidente, a menos que uma nova Constituinte mude isso. O presidente traz atrás de si os milhões de votos do povo brasileiro. Ele tem a força dos milhões de votos. O ministro da Defesa é um funcionário demitível a uma canetada como a que Dilma deu nele. Uma canetada e, em cinco minutos, ele não era mais ministro. Por isso que ele não pode ter essa força de querer ser o comandante. Fazer sem dar satisfação para a presidente... Não é verdade com a Dilma. Desde o primeiro momento, ela disse: "Eu sou a comandante das Forças Armadas".
A indicação de Celso Amorim para a Defesa causa apreensão aos militares?
Olha, não sei se causa, estou dando a minha opinião. Na minha opinião, causa. Porque o passado do ministro Amorim, na área diplomática, foi um passado triste para a diplomacia brasileira. É uma história negra da diplomacia brasileira. Eu diria isso. O que foi feito nos oito anos do Amorim deslustra a diplomacia brasileira, que é uma diplomacia reconhecida no mundo inteiro. Além do mais, na época do ministro Amorim, ele deixou passar um ato que eu considero um crime de lesa-pátria. Ele deixou ser aprovada na ONU (Organização das Nações Unidas) a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, que afronta a soberania brasileira. Isso tem impacto direto nas Forças Armadas. É responsabilidade das Forças Armadas zelar pela soberania do País. Ele aprovou, digo o embaixador sob as suas ordens, na ONU, a Declaração dos povos indígenas. Já estamos cobrando medidas, consequências dessa aprovação. De uma hora para outra, o Brasil pode ter 216 nações, e não uma única nação, que é a brasileira, que nós fizemos com mais de 500 anos de luta. Esse é um crime que não se pode permitir a um ministro das Relações Exteriores. E, como ministro da Defesa, o compromete, sem dúvida alguma.
O senhor pretende retornar à presidência do Clube Militar?
Não, já fui convidado pra isso. Acho que já cumpri minha missão. Fiquei meus quatro anos lá, e não tenho interesse nenhum. Já sofri, em épocas anteriores, insistentes convites. Dei o que eu podia dar em benefício do Clube, não tenho mais interesse. Torço para que o atual presidente e os que vierem sejam muito felizes na presidência.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: Min.Defesa
Essa historia de reclamar da "ideologia" do Amorim é coisa de lambe botas da politica externa dos Eua. Não me surpeende vindo da galera do pijama, nunca passaram disso mesmo.
O Troll é sutil na busca por alimento.
- rodrigo
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Re: Min.Defesa
E assim caminha o MD: com as forças armadas sendo transformadas em defesa civil, construtora, vacinadora, segurança pública e etc. A atividade fim relegada ao emprego de armamento 50 anos defasado. Grandes projetos tocados com as lideranças pensando em quem paga a melhor comissão. Ontem ouvi uma boa: se o FX fosse condicionado à construção de bases aéreas, como estão fazendo com a base de construção do submarino, as grandes empreiteras já tinham batido o martelo, e já estaríamos para receber o novo caça.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
Re: Min.Defesa
Para esses que pensam assim, o único que serve para o MD seria o Costa e Silva que voltaria montado em um cavalo branco das profundezas do inferno...Slotrop escreveu:Essa historia de reclamar da "ideologia" do Amorim é coisa de lambe botas da politica externa dos Eua. Não me surpeende vindo da galera do pijama, nunca passaram disso mesmo.
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"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
Re: Min.Defesa
Essas viúvas desamparadas e suas crias!DELTA22 escreveu:Para esses que pensam assim, o único que serve para o MD seria o Costa e Silva que voltaria montado em um cavalo branco das profundezas do inferno...Slotrop escreveu:Essa historia de reclamar da "ideologia" do Amorim é coisa de lambe botas da politica externa dos Eua. Não me surpeende vindo da galera do pijama, nunca passaram disso mesmo.![]()
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[]'s.
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Re: Min.Defesa
Uai, já faz um tempinho que o Amorim assumiu e não vi trombetas tocarem nem anjos desfilando com rochas de tamanhos exagerados pelos céus...
Será que não teve verba pro Apocalipse ?![Gargalhada [003]](./images/smilies/003.gif)
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Será que não teve verba pro Apocalipse ?
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Re: Min.Defesa
Pois é, o Dr. Jobim, um civil, fez muito mais pela defesa do país que esse general que só abriu a boca na reserva, mas quando tava na ativa bateu continência para o civil sem piar.
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Re: Min.Defesa
Mas este general tem razão quando critica Amorim pela declaração dos povos indígenas. Realmente, foi uma grande besteira da política externa Brasileira sob o comando dele.
Eles estava indo bem e etc. Mas para mim isto jogou parte das ações dele na lata do lixo.
Eles estava indo bem e etc. Mas para mim isto jogou parte das ações dele na lata do lixo.