Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#31 Mensagem por alcmartin » Dom Mai 01, 2011 2:34 am

joao fernando escreveu:Agora, em pleno 2011, vale a pena voltar com um avião dos anos 80, tendo na mesma casa, a Embraer e seus E-jets?

Não lhes cheiram a conversa fiada? Quem compraria o caixão voador? Quanto ele gasta (ou é mais economico, frente a um EMB-175, ou EMB 190, ou 195???)
João, na boa, o F100 não era um caixão voador. Foi(é) um bom avião, sendo usado por grandes cias. como a Air France e a America Airlines, sem problemas. Aqui no Brasil teve 3 acidentes. Todos por problemas mecanicos ou falhas de projeto, mas deve-se levar em conta que a fabrica fechou e o projeto parou seu desenvolvimento. O 737, o DC10, o 747 tambem tiveram(tem) falhas no projeto, mas com o aviao em linha, os melhoramentos não param.
Fala-se muito aqui no DB sobre imprensa, mas ninguem reparou que a Globo tem diferenças com uma certa cia. aérea aqui no Brasil, desde que há muito anos um Bandeirante da mesma cia. caiu com toda uma equipe de reportagem dela. Depois que o F100 saiu a bola da vez passou a ser o Airbus. Cai um Airbus na cochinchina do norte e a Globo lembra o acidente do F100 em SP.
Não estou defendendo a cia. aérea ou dizendo quem está certo ou errado, somente que o F100, dentro da idade do projeto, era bom. Mais moderno que um 737-300, ou 500. E bem mais economico. Se um 737 é modernizado e bem sucedido na forma de um 700, ou 800, não tem o porque de uma versào do F100 também não ser.
Agora, se é conveniente ou não criarmos uma concorrente para a EMBRAER , que pode vir a dividir encomendas, de certa forma enfraquecendo-a, é outra conversa. Mas não dando corda a papo de torcida, porque o noticiário, nesse caso, é tão parcial quanto os nossos colegas de torcida que temos aqui. :wink:

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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#32 Mensagem por pafuncio » Dom Mai 01, 2011 12:01 pm

Belo post, Martin véio. Em um primeiro momento, teria escrito o mesmo que o João (mas estrategicamente, acho um erro criar um concorrente interno para a Embraer, mormente se for uma mera linha de montagem).Reconheço que já fugi de determinada cia aérea, por operar o F-100 ( :mrgreen: Avianca, trecho interno colombiano, antes da chegada à Roma Moderna :shock: :lol: ).




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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#33 Mensagem por alcmartin » Dom Mai 01, 2011 1:05 pm

:lol: hehe..., normal...e até por isso que falei. A idéia é muito difundida. É o poder da mídia. Uma dos acidentes do F100 aqui, que não finalizou em queda, mas teve uma vítima, :( foi um despalhetamento da turbina RR(Rolls Royce), que furou a fuselagem. Nada a ver com o avião em si. Outro acidente, foi devido a vazamento de combustível e planejamento de procedimento de emergencia errado. De TODAS as fábricas. TODAS mudaram. Inclusive um A330 teve um acidente parecido e foi tema de um "Mayday desastres aéreos".
E o do reverso. Projeto do motor, RR. Mas, só para comparar, o 737 teve um erro de projeto fatal no mecanismo de atuação do leme, durante muitos anos e com exceção do "Survival in the Sky" e "Mayday Desastres Aéreos", não se fala nada na mídia. Aqui e lá fora, talvez porque é o mais bem sucedido projeto da aviação comercial, com todo o peso da industria e companias americanas e estrangeiras ( e seus lobbies e passagens gratuitas para a midia... :roll: ).

Lembro-me que quando fiz o curso inicial no simulador do 737, na United Airlines, em Denver, em 2001, o instrutor nos falou a respeito da pane(na época, ainda sem solução), explicando que ela provocava uma atuação inadvertida e total do leme para um dos lados. Era como chutar um parafuso. Sem volta. Remédio ou contramedida? Nenhuma... :shock: :shock: Houve uns 3 ou 4 acidentes do tipo. Mas o tempo e as pesquisas continuaram e foi encontrada a soluçào. Tudo na calma e no silencio :twisted: que a estatística(e o $$) permitem... :?

Aviação é projeto e desenvolvimento contínuo. Novidade e projeto parado tem seu preço. NG, seja F100 ou Gripen, tem seus méritos, mas tem seu preço também...

Abração, Alexandre! :D




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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#34 Mensagem por pafuncio » Dom Mai 01, 2011 1:28 pm

Todos têm esqueletos no armário, lembro desta frase do Bernie Ecclestone, boss supremo da Fórmula 1. Os grandes, com suas políticas de prevenção de dano$, conseguem escondê-los, ao mesmo tempo que quando surge uma gafe para o concorrente pequeno, são os primeiros a se aproveitar do butim.

Sabe, refleti comigo mesmo, daí o porquê da Embraer não querer invadir os nichos da Boeing e da Airbus, né ?????!!!

Abraço, Guerreiro !!! [009]




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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#35 Mensagem por joao fernando » Seg Mai 02, 2011 7:20 am

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Usei o termo caixão voador, porque no Brasil mesmo temos a Embraer (que acho com zero acidentes fatais no curriculo) fazendo concorrencia com o F100 atualizado

Pra mim é bater em bebado. Em aviação, o negocio é modernidade, e não retrofit de projeto velho. Pelo menos, é o que penso

Não tem logica...




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#36 Mensagem por alcmartin » Qua Mai 04, 2011 8:19 pm

Mais ou menos, João... Aviação comercial é... $$$$$$$$$$$ :mrgreen: evolução de projeto velho é conveniente no conceito custo. Para fabricas e cias. Já sabe onde tem problema, onde não tem...e as cias também sabem onde estão entrando. Alguem tem medo de voar 737, 747? Agora, se o projeto novo é atraente nesse sentido...:wink:

Quanto a fatalidades nos projetos novos da EMBRAER, infelizmente já tivemos: na China, com um 190: :(

http://aero-life.forums-actifs.com/t102 ... s-en-chine

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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#37 Mensagem por Frederico Vitor » Sáb Mai 14, 2011 3:12 pm

Novo dono dos aviões Fokker faz acordo para abrir fábrica em Goiás

Grupo holandês Rekkof assinou memorando com governo do Estado para abertura de uma unidade, que inicialmente vai produzir peças para os aviões, com um investimento estimado em R$ 1,2 bilhão; construção da planta deve começar em agosto.

(O Estado de S.Paulo) O Brasil pode se tornar o lar da nova geração dos aviões Fokker. A empresa holandesa Rekkof Aircraft, que comprou todas as licenças e projetos da antiga Fokker, declarada falida em 1996, já assinou com o governo de Goiás os termos do contrato da instalação, na cidade de Anápolis, de uma fábrica de peças para os aviões. A planta começa a ser construída em agosto e deve iniciar a produção até julho de 2014.

Num primeiro momento, os aviões serão produzidos na Holanda, com 35% das peças fabricadas no Brasil - entre elas s fuselagem, asas e outros componentes. No início da operação, essas peças vão fazer parte dos primeiros 60 aviões a serem fabricados na Europa. Em 2019, no entanto, a Rekkof pretende que o primeiro avião decole da fábrica brasileira, já com 75% de nacionalização de seus componentes.

As informações são do consultor-geral da empresa e responsável pela implantação da Rekkof do Brasil, Paulo Almada. O secretário de Indústria e Comércio de Goiás, Alexandre Baldy, que participou da assinatura do protocolo de instalação da empresa, também falou da importância do projeto para o Estado e para o País, e comemorou o investimento que a Rekkof Aircraft fará, da ordem de R$ 1,23 bilhão. Baldy disse que, de início, serão gerados 1,8 mil empregos diretos, que ele acredita que se transformarão em pelo menos 5 mil indiretos.

Paulo Almada disse que o Brasil foi escolhido para receber o projeto "pela segurança política, econômica e jurídica que o País oferece". Antes de se decidir pelo Brasil, foram feitas negociações com outros países, como China, Turquia e Argentina.

Não é a primeira vez, no entanto, que a Rekkof anuncia estar perto de retomar a produção dos aviões. Em 2006, o grupo indiano Cades Digitech informou estar discutindo com o grupo holandês a instalação de uma fábrica em Bangalore. O investimento estimado, à época, era de US$ 300 milhões. O acordo, porém, não foi à frente.

A Rekkof pertence à holding holandesa Panta, que já foi dona de duas empresas de aviação - a Denim Air, que parou de voar, e a VLM Airlines, que foi vendida à Air France-KLM. As duas empresas operavam com aviões Fokker 50.

Cronograma. O nome Rekkof que batiza a empresa que vai fabricar a nova geração dos Fokkers foi escolhido propositalmente, por significar Fokker ao contrário. Paulo Almada lembrou que o Fokker é um projeto de sucesso no mundo inteiro - mais de 600 aviões deste modelo continuam voando em empresas como, por exemplo, a Avianca, que tem 14 unidades - e que a nova empresa comprou todos os projetos e licenças para fabricar a nova geração de aeronaves. A licença para a fabricação do Fokker é estimada em US$ 7 bilhões. "Vamos fabricar a evolução de um projeto de sucesso. Será um avião com tecnologia completamente nova e evoluída", disse ele, ao esclarecer que não faz parte dos planos da empresa reformar ou revitalizar os Fokker 100 que estão em operação.

O primeiro Fokker F100NG deverá ficar pronto na unidade holandesa no final de 2015, e a primeira leva de 30 aeronaves - metade da produção do primeiro ano - será endereçada a países na Ásia. O dirigente da empresa no Brasil, porém, não disse quais países seriam esses.

De início, a fábrica da Rekkof em Anápolis vai produzir peças do NG 100 e enviá-las para a Holanda, onde será feita a montagem dos aviões. No primeiro ano, a nacionalização das peças começará com 35%, com transferência de tecnologia para o Brasil, e atingirá 75%, em oito anos, segundo informou Almada.

"Será um projeto binacional de cooperação", assegurou. "Vamos iniciar a geração de novos produtos que podem colocar o Brasil na vanguarda da aviação tecnológica mundial", disse o executivo, acrescentando que a Rekkof da Europa transferirá tecnologia para a Rekkof do Brasil. Para isso, lembrou, o governo de Goiás assegurou a instalação de um polo de ensino e capacitação de profissionais.

PARA LEMBRAR

No Brasil, os aviões Fokker 100 ficaram tristemente famosos pelo acidente da TAM, em outubro de 1996, que matou 99 pessoas. O avião ia do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para o Rio, e caiu menos de 30 segundos após a decolagem. Aquele foi um ano realmente difícil para a empresa holandesa. Em janeiro, a alemã Daimler, dona de 51% das ações, disse que não faria mais aportes financeiros na fabricante de aviões, após um prejuízo de US$ 4,1 bilhões em 1995. Em março, após um mês de concordata, a Fokker anunciou sua falência e a dispensa de 72% dos seus empregados. Em novembro, a Short Brothers, ligada à Bombardier, informou que não poderia mais fornecer as asas para os aviões da Fokker, pondo fim às aspirações da companhia de continuar produzindo.

Fonte: O Estado de S.Paulo

http://www.defesabrasil.com/portal/bras ... FeedBurner




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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#38 Mensagem por Léo Brito » Sex Mai 20, 2011 1:57 am

alcmartin escreveu:Mais ou menos, João... Aviação comercial é... $$$$$$$$$$$ :mrgreen: evolução de projeto velho é conveniente no conceito custo. Para fabricas e cias. Já sabe onde tem problema, onde não tem...e as cias também sabem onde estão entrando. Alguem tem medo de voar 737, 747? Agora, se o projeto novo é atraente nesse sentido...:wink:

Quanto a fatalidades nos projetos novos da EMBRAER, infelizmente já tivemos: na China, com um 190: :(

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Bem lembrado cmdte. , lembro de ter sido um mês atípico... "Nossa" mídia só faltou culpar a EMBRAER por todos os acidentes, desde as derrapagens dos PTB Emb145 na pista emborrachada do Leite Lopes até a queda do avião chinês, mas ninguém nem lembrou das condições de visibilidade e vento na hora do pouso.




"Falsa é a idéia de utilidade que sacrifica mil reais vantagens (...) As leis que proibem o porte de armas são leis de tal natureza. Elas desarmam somente aqueles que não estão nem dispostos a cometer crimes."(Cesare Beccaria)
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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#39 Mensagem por Frederico Vitor » Seg Ago 15, 2011 5:35 pm

Eu avisei, e teve gente que duvidou, então tomem:
[004] [004] [004]

Fábrica de jatos em Anápolis opera em 2013

A companhia holandesa Rekkof anunciou ontem que dará início à fabricação dos jatos regionais NG 100 (versão moderna do Fokker 100), em Anápolis, a partir de 2013. Com um investimento de R$ 1 bilhão, a empresa espera iniciar as obras de seu primeiro parque industrial latino americano dentro de três meses. "Estamos confiante na escolha de Anápolis para sediar esse projeto", frisou o diretor financeiro, Rubens Oliveira.

A unidade, que terá capacidade para produzir 60 aeronaves por ano, será instalada numa área próxima à nova pista de pouso e decolagem do Aeroporto Civil de Anápolis e deve gerar 2,8 mil empregos diretos. O diretor comercial da Rekkof, Carst Linderboom, disse que Goiás foi escolhido pela localização estratégica. "Avaliamos a possibilidade de vários Estados para nossa empresa. Mas Goiás se destacou por estar no centro do Brasil", evidenciou.

Financiamentos

Durante a solenidade de ontem, a Rekkof mostrou interesse em receber um financiamento do FCO de R$ 200 milhões. Também vai solicitar empréstimo do BNDES e bancar parte dos investimentos do projeto com recursos próprios. "Acreditamos que a produção poderá aumentar para 160 jatos dentro de pouco tempo", enfatizou.

O Fokker 100 ou Fokker F-100 é uma aeronave de porte médio, projetada e construída para atender mercados domésticos e regionais. Empresas aéreas como TAM e Gol utilizam o modelo em algumas rotas.

fonte:http: http//www.opopular.com.br/cmlink/o-popular/ed ... 13-1.28398




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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#40 Mensagem por DELTA22 » Seg Ago 15, 2011 5:50 pm

Com todo respeito, continuo duvidando.

Parece que estou torcendo contra Goias, mas muito pelo contrário, vejo ali na região CO boa parte do futuro do Brasil, mas empresa para fabricar aviões completos... Humm... Se vingar a empreitada, vai fabricar partes, levá-las para montar na Holanda que anda também "meio-lá-meio-cá" com a crise financeira mundial. Transferir postos de trabalho altamente qualificados para o Brasil assim tão facilmente numa hora dessa não vão, é fato. Isso sem mencionar tudo que já explanei em posts anteriores sobre esse assunto...

E, depois disso...: "Também vai solicitar empréstimo do BNDES..."

Em plena crise mundial o BNDES vai financiar empresa de alto risco e deixar as nacionais a ver navios? Não é tão fácil conseguir empréstimo no BNDES assim não. Se para as empresas nacionais é difícil, para as estrangeiras, vixe! Acho brabo! (by Tulio) :?

Não sei... É minha tentativa de ter uma visão da conjuntura de maneira mais ampla, e tendo agora subsídios mais graves (crise mundial) para adicionar no que eu já achava complicado. Fico com aquela frase famosa: "De boa intenção o inferno está cheio!" [049]

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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#41 Mensagem por Cassio » Seg Ago 15, 2011 6:51 pm

DELTA22 escreveu:Com todo respeito, continuo duvidando.

Parece que estou torcendo contra Goias, mas muito pelo contrário, vejo ali na região CO boa parte do futuro do Brasil, mas empresa para fabricar aviões completos... Humm... Se vingar a empreitada, vai fabricar partes, levá-las para montar na Holanda que anda também "meio-lá-meio-cá" com a crise financeira mundial. Transferir postos de trabalho altamente qualificados para o Brasil assim tão facilmente numa hora dessa não vão, é fato. Isso sem mencionar tudo que já explanei em posts anteriores sobre esse assunto...

E, depois disso...: "Também vai solicitar empréstimo do BNDES..."

Em plena crise mundial o BNDES vai financiar empresa de alto risco e deixar as nacionais a ver navios? Não é tão fácil conseguir empréstimo no BNDES assim não. Se para as empresas nacionais é difícil, para as estrangeiras, vixe! Acho brabo! (by Tulio) :?

Não sei... É minha tentativa de ter uma visão da conjuntura de maneira mais ampla, e tendo agora subsídios mais graves (crise mundial) para adicionar no que eu já achava complicado. Fico com aquela frase famosa: "De boa intenção o inferno está cheio!" [049]

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Também duvido... ainda mais sabendo quem está por trás do negócio.

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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#42 Mensagem por Túlio » Seg Ago 15, 2011 7:35 pm

WalterGaudério escreveu:
Antes de tudo, parabéns aos goianos. Mas ainda estou com pé atrás. Espero que este projeto frutifique.

Eu estou com CEM pés atrás:

:arrow: a dita empresa começou a se mexer mesmo graças a um empréstimo de quase 30 milhões de dólares da UE. Agora parece estar negociando outros US$ 720 milhões de empréstimo AQUI. Cheira a treta ou não?

Amsterdam-based Rekkof Aircraft – which trades as NG Aircraft – expects to involve Tier 1 aerostructures companies in its planned re-engined development of the Fokker 100 (F100) regional jet, says chief executive Maarten van Eeghen.

The company has enlisted the help of Fokker Technologies, the former Stork Aerospace group that includes Fokker Aircraft Services, which is responsible for worldwide F100 fleet support. The latter is seen very much as the "housekeeper" of all things F100 and provides a link with the original design.

Rekkof Aircraft has a strong relationship with Fokker Technologies, which has been involved in the project for some time. Indeed, former Fokker 100 chief engineer Rudi den Hertog has joined the company, having retired in 2009 from Fokker Technologies, where he oversaw Fokker airliner engineering and support, which Stork had taken over after manufacturer Fokker Aircraft collapsed in 1996.

Production of the F100, a re-engined development of the Fokker F.28 (ou seja, pegaram um antigo Fokker F28 e trocaram de motor), ceased with the Dutch manufacturer's bankruptcy. Production tooling and exclusive rights to manufacture new-build F100s were then obtained by Dutch entrepreneur Jaap Rosen Jacobson, who formed Rekkof ("Fokker" spelt backwards) in 1997.

In March this year, Rekkof Aircraft announced a Memorandum of Understanding with the Brazilian state of Goias. The local government, which wants to set up its own aerospace industry, will provide around US$720 million for the construction of a factory at Anapolis airport. Jacobson has now established Rekkof Industrial do Brasil (Rekkof Brasil) as a South American subsidiary that would own the plant, which will make F100NG sub-assemblies and parts. No other subsidiary companies are planned.

Rekkof is emphasising the extensive "green" credentials of the F100NG design, which benefits from the original aircraft's inherent low weight, which company sources claim will be "almost 3,000kg (6,600lb) less than an Embraer E-190". (peraí, é BEM mais antigo e mesmo assim MAIS LEVE???) With 110-passengers flying over a 500 nautical-mile sector, Rekkof says the F100NG will offer per-seat direct operating costs (DOCs) just 4 percent above those of a 156-seat Airbus A320, while trip DOCs are put at "more than 35-percent better" than the larger aircraft.

Plans for the revival received a boosted in November when the European Commission (EC) approved a US$27 million repayable Netherlands government loan toward the US$120 million cost of Phase 1 development. (Aí, ó, e dê-le pegar dinheiro emprestado) This work covers modification of the Rekkof-owned Fokker 100 prototype as a proof-of-concept (POC) flying testbed that will include new engines, modern avionics, higher fuel capacity and new winglets for enhanced cruise performance.

The POC airframe is scheduled to fly in about two years' time, following a 22-month development phase, and Rekkof is expecting the F100NG to enter service in mid-2016. The flight-test schedule incorporates three phases: initial flights with the new engine's full-authority digital engine control (FADEC) system linked to the F100 digital flight deck, will be followed by testing of a new auxiliary power unit before further flights are made with a modified avionics fit.

Ahead of any formal agreement with Rolls-Royce, Rekkof officials decline to comment on their preferred engine for the F100NG. The company is believed to have chosen the UK manufacturer's BR725 powerplant, which also powers the Gulfstream G650 business jet. Gulfstream is understood to have supplied two BR725s to Rekkof.

Van Eeghen says Fokker Technologies is "very active" in the Fokker 100NG design project and "quite heavily" involved in development of the proof-of-concept airframe as a leading third-party engineering contractor. He says the original aircraft's "straight" engine nacelles have been enlarged to accommodate a higher-diameter fan. It also may have been lengthened by about 500mm (20in) to decrease aerodynamic drag.

Seen from the front, the engine pylons have been canted upwards 15-20 degrees (relative to the aircraft centre-line) as Rekkof seeks minimum drag around the airframe/pylon interface at higher angles of attack. In March, NG had still to finalise winglet considerations, as it sought to trade additional range against airfield performance.

Introduction of smaller and lighter modern avionics means Rekkof can offer increased under-floor cargo space, equivalent to saving one avionics rack, van Eeghen says. Possible repositioning of avionics equipment in any related Rekkof development of the smaller Fokker 70 may permit that model to accommodate 85 seats.

Fokker had studied various stretched projects, such as the F100 Extended Capacity, Fokker 125 and Fokker 130. Van Eeghen acknowledges that such a variant could be "a lot lighter than a [Bombardier] CSeries 300", but no development is currently being considered. The initial planned model is seen as offering the F100's optimal wing/cabin capacity combination.

"We are putting all the [F100NG] pieces of the puzzle together [and] many are in place; there are some major [elements still] to be agreed," concludes the Rekkof chief executive.

http://www.asianaviation.com/articles/1 ... -suppliers
:arrow: A Holanda vai fazer e vender os aviões, nós só fazemos as peças - a menor custo, dando-lhes maior competitividade - e subconjuntos. Ao mesmo tempo, a Holanda investe US$ 27 MILHÕES e nós 720? Tá ou não tá esquisito?

Sei não, sei não, tem kôza aí que não bate... 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#43 Mensagem por LeandroGCard » Ter Ago 16, 2011 10:10 am

Túlio escreveu: :arrow: A Holanda vai fazer e vender os aviões, nós só fazemos as peças - a menor custo, dando-lhes maior competitividade - e subconjuntos. Ao mesmo tempo, a Holanda investe US$ 27 MILHÕES e nós 720? Tá ou não tá esquisito?

Sei não, sei não, tem kôza aí que não bate... 8-]
Soa de fato um pouco estranho, mas pode ser isso mesmo.

A fábrica da Fokker na Holanda já existe e funcionava até não muito tempo atrás, eles só precisarão revitalizá-la. Nós não temos nada, teremos que começar tudo do zero, desde a aquisição e a terraplanagem do terreno. Assim, seria apenas natural que gastássemos muito mais.

De qualquer forma não consigo entender porque eles estão querendo vir fazer as peças e conjuntos do avião justamente aqui no Brasil, com todos os problemas que temos de valorização da moeda e elevados custos internos. Poderiam perfeitamente ter procurado algum país do leste europeu como a república Tcheca e a Pólônia, ou a Coréia do Sul e mesmo a China. Será que querem vir para cá porque sabem que podem contar com o financiamento barato do BNDES, e este tipo de financiamento não está fácil de conseguir em outros lugares?


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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#44 Mensagem por Frederico Vitor » Ter Ago 16, 2011 1:08 pm

DELTA22 escreveu:Com todo respeito, continuo duvidando.

Parece que estou torcendo contra Goias, mas muito pelo contrário, vejo ali na região CO boa parte do futuro do Brasil, mas empresa para fabricar aviões completos... Humm... Se vingar a empreitada, vai fabricar partes, levá-las para montar na Holanda que anda também "meio-lá-meio-cá" com a crise financeira mundial. Transferir postos de trabalho altamente qualificados para o Brasil assim tão facilmente numa hora dessa não vão, é fato. Isso sem mencionar tudo que já explanei em posts anteriores sobre esse assunto...

E, depois disso...: "Também vai solicitar empréstimo do BNDES..."

Em plena crise mundial o BNDES vai financiar empresa de alto risco e deixar as nacionais a ver navios? Não é tão fácil conseguir empréstimo no BNDES assim não. Se para as empresas nacionais é difícil, para as estrangeiras, vixe! Acho brabo! (by Tulio) :?

Não sei... É minha tentativa de ter uma visão da conjuntura de maneira mais ampla, e tendo agora subsídios mais graves (crise mundial) para adicionar no que eu já achava complicado. Fico com aquela frase famosa: "De boa intenção o inferno está cheio!" [049]

[]'s.
Vc tem razão mesmo, o Centro-Oeste é uma região em franca expansão. Aqui está crescendo muito, mas como em qualquer lugar do Brasil tem seus problemas, como bem ilustrou essa reportagem bem feita pela jornalista goiana Lilia Teles:
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Re: Rekkof: investe em ressuscitar o Fokker em Goiás

#45 Mensagem por Túlio » Ter Ago 16, 2011 5:32 pm

LeandroGCard escreveu:
Túlio escreveu: :arrow: A Holanda vai fazer e vender os aviões, nós só fazemos as peças - a menor custo, dando-lhes maior competitividade - e subconjuntos. Ao mesmo tempo, a Holanda investe US$ 27 MILHÕES e nós 720? Tá ou não tá esquisito?

Sei não, sei não, tem kôza aí que não bate... 8-]
Soa de fato um pouco estranho, mas pode ser isso mesmo.

A fábrica da Fokker na Holanda já existe e funcionava até não muito tempo atrás, eles só precisarão revitalizá-la. Nós não temos nada, teremos que começar tudo do zero, desde a aquisição e a terraplanagem do terreno. Assim, seria apenas natural que gastássemos muito mais.

De qualquer forma não consigo entender porque eles estão querendo vir fazer as peças e conjuntos do avião justamente aqui no Brasil, com todos os problemas que temos de valorização da moeda e elevados custos internos. Poderiam perfeitamente ter procurado algum país do leste europeu como a república Tcheca e a Pólônia, ou a Coréia do Sul e mesmo a China. Será que querem vir para cá porque sabem que podem contar com o financiamento barato do BNDES, e este tipo de financiamento não está fácil de conseguir em outros lugares?


Leandro G. Card


Cupincha, o Engenheiro aqui és TU, não EU! Me dizes que uma fábrica de produtos de ponta como aviões de passageiros, parada FAZ ANOS tem competitividade, bastando REVITALIZAR? Quem vai emprestar dinheiro pra isso - parece que tudo ali é movido a dinheiro emprestado - funfar?

Brabo isso, cupincha...




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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