Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
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- faterra
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Se derem trela a esta divisão, aí que a Marina Silva vai se descabelar de vez!
Estes estados vão ficar carecas rapidinhos. Na velocidade de "seus crescimentos".
O devastamento será muito maior.
Estes estados vão ficar carecas rapidinhos. Na velocidade de "seus crescimentos".
O devastamento será muito maior.
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Antes continuasse um deserto...Túlio escreveu:Temos por exemplo Brasília: o que era aquilo lá antes de construírem a chamada NOVACAP? E como ficou hoje a ocupação da região? Começou com o pessoal das obras, depois os funcionários públicos e politiqueiros, depois o pessoal que lhes vendia e prestava serviços, depois gente em busca de novas oportunidades e hoje a região não é exatamente um DESERTO (exceto pela secura do ar.... ).
NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
- Centurião
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Concordo que a divisão do Pará é uma forma de administrar melhor esse grande território, principalmente quando se considera a precária infra-estrutura de transporte, que dificulta o desenvolvimento da região. Poderia servir também para acelerar o desenvolvimento e melhorar a presença do estado na região. No entanto, com ou sem divisão, diferentes áreas do Pará passam por uma modernização sem precedentes. Marabá cresce muito e se moderniza. Em menor escala Altamira e também Parauapebas.
Uma mudança nesse rearranjo geopolítico poderia resultar no aumento da infra-estrutura de transporte da região e o desenvolvimento e modernização de cidades pequenas e médias (20-100 mil habitantes).
Uma mudança nesse rearranjo geopolítico poderia resultar no aumento da infra-estrutura de transporte da região e o desenvolvimento e modernização de cidades pequenas e médias (20-100 mil habitantes).
- Sterrius
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Povo ta pegando a concepção que tenho na cabeça >D.
Eu tb sou receioso da corrupção que vai ter na região, mas se formos parar de tentar fazer as coisas com medo da corrupção o país para, literalmente.
E no final tem que se resolver o problema da falta de acesso ao poder público. Quando vc sai do pará isso praticamente morre. Quem é que vai andar 600km pra ir atrás de um tribunal federal em belém?
Quanto a alagoas e sergipes ambos nunca foram estados criados para serem viaveis. Eles foram recompensas a fazendeiros que se recusaram a se rebelar na epoca que pernambuco era um estado gigante. Foram criados como punição a pernambuco e não para melhor administrar a região.
Isso obviamente criou 2 "feudos" dentro do Brasil. Estigma dificil de tirar ainda hoje.
Eu tb sou receioso da corrupção que vai ter na região, mas se formos parar de tentar fazer as coisas com medo da corrupção o país para, literalmente.
E no final tem que se resolver o problema da falta de acesso ao poder público. Quando vc sai do pará isso praticamente morre. Quem é que vai andar 600km pra ir atrás de um tribunal federal em belém?
Quanto a alagoas e sergipes ambos nunca foram estados criados para serem viaveis. Eles foram recompensas a fazendeiros que se recusaram a se rebelar na epoca que pernambuco era um estado gigante. Foram criados como punição a pernambuco e não para melhor administrar a região.
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- Cunha
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
É mais ou menos isso. Mas Sergipe não foi perdido por Pernambuco, foi pela Bahia. Pernambuco perdeu Alagoas, Paraíba, acho que também o Rio Grande do Norte e, com certeza, o oeste da Bahia.Sterrius escreveu:Povo ta pegando a concepção que tenho na cabeça >D.
Eu tb sou receioso da corrupção que vai ter na região, mas se formos parar de tentar fazer as coisas com medo da corrupção o país para, literalmente.
E no final tem que se resolver o problema da falta de acesso ao poder público. Quando vc sai do pará isso praticamente morre. Quem é que vai andar 600km pra ir atrás de um tribunal federal em belém?
Quanto a alagoas e sergipes ambos nunca foram estados criados para serem viaveis. Eles foram recompensas a fazendeiros que se recusaram a se rebelar na epoca que pernambuco era um estado gigante. Foram criados como punição a pernambuco e não para melhor administrar a região.
Isso obviamente criou 2 "feudos" dentro do Brasil. Estigma dificil de tirar ainda hoje.
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Vitor escreveu:Antes continuasse um deserto...Túlio escreveu:Temos por exemplo Brasília: o que era aquilo lá antes de construírem a chamada NOVACAP? E como ficou hoje a ocupação da região? Começou com o pessoal das obras, depois os funcionários públicos e politiqueiros, depois o pessoal que lhes vendia e prestava serviços, depois gente em busca de novas oportunidades e hoje a região não é exatamente um DESERTO (exceto pela secura do ar.... ).
Peraí, não tem só politiqueiro lá! Tem Povo à beça, que de outro modo estaria superpovoando as terras próximas ao litoral. Eu sou pelo desmembramento do AMAZONAS também, iniciativas desse tipo num primeiro momento aumentariam o ônus administrativo mas também a presença do Estado e a população residente. Num segundo momento negócios e empresas seriam implementados, empregos criados e impostos recolhidos, o que compensaria o investimento. Como bônus, uma segurança (pela efetiva ocupação) na região que valeria por dezenas de Calhas-Norte: uma kôza é invadir um monte de árvores com uma palafita aqui, outra lá nos quintos e um quartel sei lá onde e outra é invadir território HABITADO e com BENFEITORIAS, não sei por que mas tem gente por aí que parece estar meio desanimada em invadir lugares desse segundo tipo...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Se os projetos vencerem o plebiscito, ainda terão que passar por aprovação da Câmara e do Senado. Então, eles ainda têm muitos inimigos até se consolidarem:
- Os paraenses que querem o "Não", que creio ser maioria, por Belém e a região que ficaria sendo o Pará pós-divisão ser mais populosa que o restante. Fora que acho que não é unanimidade nos territórios separatistas a questão da separação.
- Caso vençam o plebiscito, terão que enfrentar os políticos do Sudeste/Sul, que não querem peder representatividade na Câmara e no Senado. Todos sabem que tem um limite máximo de deputados federais, que não deve ser ultrapassado, porém, tem um limite mínimo de 8 por Unidade da Federação. Ou seja, os 2 novos estados teriam no mínimo 8 deputados, e , como não se pode adicionar mais 16 na Câmara, tem Estado que vai perder representatividade. E é um erro medíocre, pois a MESMA quantidade de população vai ter sua representatividade em Brasília aumentada de 17 deputados e 3 senadores para 24 deputados e 9 senadores.
Então, acho que seria mais importante primeiro revermos o pacto federativo, depois tratarmos de criar mais unidades na Federação. E nisso entraria não só a questão de representatividade no Congresso como também a ampliação da autonomia legislativa e fiscal dos Estados.
- Os paraenses que querem o "Não", que creio ser maioria, por Belém e a região que ficaria sendo o Pará pós-divisão ser mais populosa que o restante. Fora que acho que não é unanimidade nos territórios separatistas a questão da separação.
- Caso vençam o plebiscito, terão que enfrentar os políticos do Sudeste/Sul, que não querem peder representatividade na Câmara e no Senado. Todos sabem que tem um limite máximo de deputados federais, que não deve ser ultrapassado, porém, tem um limite mínimo de 8 por Unidade da Federação. Ou seja, os 2 novos estados teriam no mínimo 8 deputados, e , como não se pode adicionar mais 16 na Câmara, tem Estado que vai perder representatividade. E é um erro medíocre, pois a MESMA quantidade de população vai ter sua representatividade em Brasília aumentada de 17 deputados e 3 senadores para 24 deputados e 9 senadores.
Então, acho que seria mais importante primeiro revermos o pacto federativo, depois tratarmos de criar mais unidades na Federação. E nisso entraria não só a questão de representatividade no Congresso como também a ampliação da autonomia legislativa e fiscal dos Estados.
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Sou absurdamente contra a proposta.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
X2.
Tenho um orgulho imenso em ser mineiro e quero meu estado com todas as suas cidades e municípios. A soma deles é que fazem de Minas o grande e valioso estado que é hoje.
Acredito que, senão para todos, mas grande parte aqui também se sente orgulhosa com seus estados e com tudo que o constitui!
Tenho um orgulho imenso em ser mineiro e quero meu estado com todas as suas cidades e municípios. A soma deles é que fazem de Minas o grande e valioso estado que é hoje.
Acredito que, senão para todos, mas grande parte aqui também se sente orgulhosa com seus estados e com tudo que o constitui!
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Fernando Augusto Terra
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Nós aqui da parte pobre de Minas estamos querendo nos separar da parte rica, já que nada sobra pra ralé aqui.faterra escreveu:X2.
Tenho um orgulho imenso em ser mineiro e quero meu estado com todas as suas cidades e municípios. A soma deles é que fazem de Minas o grande e valioso estado que é hoje.
Acredito que, senão para todos, mas grande parte aqui também se sente orgulhosa com seus estados e com tudo que o constitui!
Já ouviu falar no estado do Sao Francisco?
E tem movimentos separatistas no sul do estado tambem.
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Além do São Francisco/Jequitinhonha tem também a do Triângulo e a do Sul de Minas. Estas últimas por motivos adversos: trata-se de regiões mais ricas.
Mas sou contra da mesma forma. Assim como sou contra a concentração desenvolvimentista em determinadas regiões em detrimento de outras.
Mas sou contra da mesma forma. Assim como sou contra a concentração desenvolvimentista em determinadas regiões em detrimento de outras.
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Bolovo escreveu:Sou absurdamente contra a proposta.
Excelentes razões.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Depois dou as minhas razões. Fiz até um trabalho sobre na USP. Não estou falando isso a toa.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
Não estou te queimando, cupincha, apenas gostaria mesmo de conhecer tuas razões, tri?
Porque as MINHAS estão aí.
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Re: Tapajós e Carajás: Mais 2 Estados na Federação?
O andar da carruagem sobre a divisão no Pará
Sugestão do Autor para o Plano Brasil
*por Paulo Vasconcellos
Faz tempo que o assunto divisão do Pará é discutido, não só pelas frentes separatistas, como também por grupos de pessoas que procuram entender como está o andamento do processo do plebiscito, forma com que os paraenses vão decidir se o Estado continua do jeito que está ou se vai ser desmembrado. Começou a campanha do SIM e do NÃO no rádio e na televisão, mas ainda há quem não entenda como será a votação. Acredito que, sejam necessárias melhores formas de divulgação, pois a população paraense menos esclarecida, padece diante do que se fala sobre o pleito e a palavra “plebiscito”, confunde muito mais ainda.
A Justiça Eleitoral está investindo R$ 28 milhões para realizar o plebiscito, mas precisa ser dada mais atenção para o esclarecimento do pleito, caso contrário, o índice de abstenção vai ser muito alto. Toda vez que encontramos palavras de difícil significado, esmiuçamos conteúdos de livros e cadernos, mas é no dicionário que encontramos o que queremos. A propósito, nosso manual de informações corretas, afirma que plebiscito é palavra originária do latim: ” plebiscitu” – (decreto dos plebeus).
Na Roma Antiga, os votos passados em comício eram obrigatórios para a classe dos plebeus. Esse é um pequeno exemplo que nos mostra a dificuldade da interpretação, pois tem quem chame o sistema de votação que vai acontecer no Pará, de eleição, o que não é a exatidão da prática.
O andar da carruagem, frase costumeira nas trocas de diálogos entre as pessoas, permite com que façamos mensurações para entendermos bem o que significa realmente o plebiscito. Voltando a consultar o dicionário, encontrei mais um item esclarecedor que confirma o que os romanos introduziram em sua literatura, sendo assim, chega-se ao ponto mais claro na concepção da palavra.
E então, plebiscito é:
a convocação dos cidadãos que, através do voto, podem aprovar ou rejeitar uma questão importante para o País. Ou seja, o plebiscito é um mecanismo democrático de consulta popular, antes de a lei ser promulgada (passar a valer). Não estou querendo confundir o leitor ao intercalar significados compostos de vários itens. Estou tentando dar clareza para que todos entendam o que vamos decidir no dia 11 de dezembro, quando digitarmos os números que vão definir o desmembramento ou não do território paraense. Sendo assim, Carajás e Tapajós aparecem como opções para serem criados como Estados e as condições de infra estrutura, estão sendo divulgadas na mídia, incluindo também as intenções do Pará remanescente. Continuando a insistir que a palavra plebiscito pode ser o elemento complicador na hora da decisão, me reporto a uma entrevista concedida pelo cantor paraense Beto Barbosa a um programa da BAND, onde ao falar sobre o movimento separatista, ele resumiu em poucas palavras, sugerindo que para não haver nenhum tipo de arrependimento por parte do eleitor, a melhor opção seria dividir o Pará, com o lado Norte e o lado Sul, a exemplo do que aconteceu com o Estado do Mato Grosso. Concordo com o cantor e aponto o erro cometido por quem defendeu as bandeiras para a criação dos novos Estados, pois deveriam ter atentado para a divisão simples, como sugeriu Beto Barbosa.
Quando comentamos sobre a divisão do Pará, fazemos várias indagações, se no caso o Estado for realmente separado. Uma delas é: – “qual será a naturalidade de quem nasceu no Pará em município que ficar no território do outro Estado”? Nesse caso, o elemento complicador aparece novamente, uma vez a pessoa que nasceu em Marabá, por exemplo, depois da emancipação, poderia ser chamada de ex-paraense? Podemos juntar todas as alternativas que mesmo assim ainda não se tem a certeza da aceitabilidade popular. Decidir através de plebiscito no Brasil, sempre gerou polêmicas e agora, quando o Pará é o centro das atenções, aqueles que moram no Estado vão ter que usar seu poder democrático e decidir: Separa ou não Separa?
No Brasil, o último plebiscito ocorreu em 21 de abril de 1993. Nesta ocasião, o povo foi consultado sobre a forma e o sistema de governo (Monarquia, República, Presidencialismo, Parlamentarismo). Através da consulta popular, o povo brasileiro decidiu manter a República Presidencialista. Voto a voto o povo vai decidir e até o dia do pleito, as frentes vão ter oportunidades de explicar de forma detalhada, sendo que o resultado será levado à apreciação do Congresso Nacional, para o procedimento de homologação. Em outras ocasiões já manifestei minha intenção sobre o movimento separatista e vou aguardar os acontecimentos. (PV).
*O autor é paraense e articulista do Jornal de Capanema.
http://i.imgur.com/cIx6C.png
http://planobrasil.com/2011/11/15/o-and ... o-no-para/
[]'s.
Sugestão do Autor para o Plano Brasil
*por Paulo Vasconcellos
Faz tempo que o assunto divisão do Pará é discutido, não só pelas frentes separatistas, como também por grupos de pessoas que procuram entender como está o andamento do processo do plebiscito, forma com que os paraenses vão decidir se o Estado continua do jeito que está ou se vai ser desmembrado. Começou a campanha do SIM e do NÃO no rádio e na televisão, mas ainda há quem não entenda como será a votação. Acredito que, sejam necessárias melhores formas de divulgação, pois a população paraense menos esclarecida, padece diante do que se fala sobre o pleito e a palavra “plebiscito”, confunde muito mais ainda.
A Justiça Eleitoral está investindo R$ 28 milhões para realizar o plebiscito, mas precisa ser dada mais atenção para o esclarecimento do pleito, caso contrário, o índice de abstenção vai ser muito alto. Toda vez que encontramos palavras de difícil significado, esmiuçamos conteúdos de livros e cadernos, mas é no dicionário que encontramos o que queremos. A propósito, nosso manual de informações corretas, afirma que plebiscito é palavra originária do latim: ” plebiscitu” – (decreto dos plebeus).
Na Roma Antiga, os votos passados em comício eram obrigatórios para a classe dos plebeus. Esse é um pequeno exemplo que nos mostra a dificuldade da interpretação, pois tem quem chame o sistema de votação que vai acontecer no Pará, de eleição, o que não é a exatidão da prática.
O andar da carruagem, frase costumeira nas trocas de diálogos entre as pessoas, permite com que façamos mensurações para entendermos bem o que significa realmente o plebiscito. Voltando a consultar o dicionário, encontrei mais um item esclarecedor que confirma o que os romanos introduziram em sua literatura, sendo assim, chega-se ao ponto mais claro na concepção da palavra.
E então, plebiscito é:
a convocação dos cidadãos que, através do voto, podem aprovar ou rejeitar uma questão importante para o País. Ou seja, o plebiscito é um mecanismo democrático de consulta popular, antes de a lei ser promulgada (passar a valer). Não estou querendo confundir o leitor ao intercalar significados compostos de vários itens. Estou tentando dar clareza para que todos entendam o que vamos decidir no dia 11 de dezembro, quando digitarmos os números que vão definir o desmembramento ou não do território paraense. Sendo assim, Carajás e Tapajós aparecem como opções para serem criados como Estados e as condições de infra estrutura, estão sendo divulgadas na mídia, incluindo também as intenções do Pará remanescente. Continuando a insistir que a palavra plebiscito pode ser o elemento complicador na hora da decisão, me reporto a uma entrevista concedida pelo cantor paraense Beto Barbosa a um programa da BAND, onde ao falar sobre o movimento separatista, ele resumiu em poucas palavras, sugerindo que para não haver nenhum tipo de arrependimento por parte do eleitor, a melhor opção seria dividir o Pará, com o lado Norte e o lado Sul, a exemplo do que aconteceu com o Estado do Mato Grosso. Concordo com o cantor e aponto o erro cometido por quem defendeu as bandeiras para a criação dos novos Estados, pois deveriam ter atentado para a divisão simples, como sugeriu Beto Barbosa.
Quando comentamos sobre a divisão do Pará, fazemos várias indagações, se no caso o Estado for realmente separado. Uma delas é: – “qual será a naturalidade de quem nasceu no Pará em município que ficar no território do outro Estado”? Nesse caso, o elemento complicador aparece novamente, uma vez a pessoa que nasceu em Marabá, por exemplo, depois da emancipação, poderia ser chamada de ex-paraense? Podemos juntar todas as alternativas que mesmo assim ainda não se tem a certeza da aceitabilidade popular. Decidir através de plebiscito no Brasil, sempre gerou polêmicas e agora, quando o Pará é o centro das atenções, aqueles que moram no Estado vão ter que usar seu poder democrático e decidir: Separa ou não Separa?
No Brasil, o último plebiscito ocorreu em 21 de abril de 1993. Nesta ocasião, o povo foi consultado sobre a forma e o sistema de governo (Monarquia, República, Presidencialismo, Parlamentarismo). Através da consulta popular, o povo brasileiro decidiu manter a República Presidencialista. Voto a voto o povo vai decidir e até o dia do pleito, as frentes vão ter oportunidades de explicar de forma detalhada, sendo que o resultado será levado à apreciação do Congresso Nacional, para o procedimento de homologação. Em outras ocasiões já manifestei minha intenção sobre o movimento separatista e vou aguardar os acontecimentos. (PV).
*O autor é paraense e articulista do Jornal de Capanema.
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[]'s.