Perseguição e julgamento de Nazistas.
Moderador: Conselho de Moderação
- FOXTROT
- Sênior
- Mensagens: 7715
- Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
- Localização: Caçapava do Sul/RS.
- Agradeceu: 267 vezes
- Agradeceram: 108 vezes
Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
terra.com.br
Guarda nazista condenado será libertado ainda hoje
12 de maio de 2011 • 11h26
John Demjanjuk, ex-guarda nazista do campo de extermínio nazista de Sobibor, 91 anos, condenado a cinco anos de prisão por sua participação no assassinato de 27,9 mil judeus, será libertado nesta quinta-feira, anunciou a Justiça alemã.
O presidente do tribunal de Munique explicou que tomou a decisão ao levar em consideração a idade de Demjanjuk, o fato de não ser mais perigoso e de não poder deixar o país por ser apátrida e carecer de documento de identidade.
Além disso, o veredicto definitivo pode demorar vários meses, já que o acusado pode apelar da decisão.
O tribunal alemão condenou mais cedo Demjanjuk, após um julgamento de 18 meses, concluiu que Demjanjuk, apátrida de origem ucraniana e que teve a nacionalidade americana cassada, foi guarda do campo de Sobibor, situado atualmente na Polônia, durante seis meses de 1943.
No total, 27,9 mil judeus, principalmente holandeses, foram exterminados durante o período no campo.
"Como guarda, participou nos assassinatos de quase 28.000 pessoas", declarou o presidente do tribunal, o juiz Ralphe Alt.
Em maio de 2009, Demjanjuk foi expulso dos Estados Unidos, onde morava desde 1952.
Ele já havia sido condenado à morte em Israel em 1988, acusado de ter trabalhado em Treblinka, outro campo de extermínio, mas depois foi absolvido por dúvidas sobre sua identidade.
Guarda nazista condenado será libertado ainda hoje
12 de maio de 2011 • 11h26
John Demjanjuk, ex-guarda nazista do campo de extermínio nazista de Sobibor, 91 anos, condenado a cinco anos de prisão por sua participação no assassinato de 27,9 mil judeus, será libertado nesta quinta-feira, anunciou a Justiça alemã.
O presidente do tribunal de Munique explicou que tomou a decisão ao levar em consideração a idade de Demjanjuk, o fato de não ser mais perigoso e de não poder deixar o país por ser apátrida e carecer de documento de identidade.
Além disso, o veredicto definitivo pode demorar vários meses, já que o acusado pode apelar da decisão.
O tribunal alemão condenou mais cedo Demjanjuk, após um julgamento de 18 meses, concluiu que Demjanjuk, apátrida de origem ucraniana e que teve a nacionalidade americana cassada, foi guarda do campo de Sobibor, situado atualmente na Polônia, durante seis meses de 1943.
No total, 27,9 mil judeus, principalmente holandeses, foram exterminados durante o período no campo.
"Como guarda, participou nos assassinatos de quase 28.000 pessoas", declarou o presidente do tribunal, o juiz Ralphe Alt.
Em maio de 2009, Demjanjuk foi expulso dos Estados Unidos, onde morava desde 1952.
Ele já havia sido condenado à morte em Israel em 1988, acusado de ter trabalhado em Treblinka, outro campo de extermínio, mas depois foi absolvido por dúvidas sobre sua identidade.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- FOXTROT
- Sênior
- Mensagens: 7715
- Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
- Localização: Caçapava do Sul/RS.
- Agradeceu: 267 vezes
- Agradeceram: 108 vezes
Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Por não ter um tópico mais apropriado posto aqui.
--------------------------------------------------------------------------------------
terra.com.br
Um terço dos argentinos não quer ter um vizinho judeu
13 de julho de 2011
Cerca de 30% dos argentinos não vê com bons olhos a ideia de ter um vizinho judeu, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Agência Judaica de Notícias (AJN) da Argentina, país que abriga a maior comunidade judaica da América Latina.
O relatório foi elaborado pela Universidade de Buenos Aires com a participação da Liga Anti-Difamação (ADL, na sigla em inglês) e a Delegação de Associações Israelitas Argentinas (Daia).
O titular da Daia, Aldo Donzis, confirmou em declarações à AJN que o estudo indicou que um terço dos argentinos não querem ter um vizinho judeu e antecipou que o relatório completo será apresentado em breve.
Por sua vez, o vice-presidente da Daia, Ángel Schindel, afirmou que a Argentina "provavelmente é o país onde o antissemitismo é o mais virulento dos países da América Latina".
"Este antissemitismo virulento, este antissemitismo solapado, não se exibe abertamente, mas existe e está incrustado na população e qualquer situação externa o traz à tona de repente", avaliou o dirigente.
Sem fornecer mais detalhes, Schindel garantiu que o relatório acadêmico é "muito sério" e foi realizado com base em uma amostra "representativa", não apenas da capital argentina e sua populosa região metropolitana, "mas também de importantes cidades do interior" do país.
--------------------------------------------------------------------------------------
terra.com.br
Um terço dos argentinos não quer ter um vizinho judeu
13 de julho de 2011
Cerca de 30% dos argentinos não vê com bons olhos a ideia de ter um vizinho judeu, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Agência Judaica de Notícias (AJN) da Argentina, país que abriga a maior comunidade judaica da América Latina.
O relatório foi elaborado pela Universidade de Buenos Aires com a participação da Liga Anti-Difamação (ADL, na sigla em inglês) e a Delegação de Associações Israelitas Argentinas (Daia).
O titular da Daia, Aldo Donzis, confirmou em declarações à AJN que o estudo indicou que um terço dos argentinos não querem ter um vizinho judeu e antecipou que o relatório completo será apresentado em breve.
Por sua vez, o vice-presidente da Daia, Ángel Schindel, afirmou que a Argentina "provavelmente é o país onde o antissemitismo é o mais virulento dos países da América Latina".
"Este antissemitismo virulento, este antissemitismo solapado, não se exibe abertamente, mas existe e está incrustado na população e qualquer situação externa o traz à tona de repente", avaliou o dirigente.
Sem fornecer mais detalhes, Schindel garantiu que o relatório acadêmico é "muito sério" e foi realizado com base em uma amostra "representativa", não apenas da capital argentina e sua populosa região metropolitana, "mas também de importantes cidades do interior" do país.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Agora, com semelhante antisemitismo é curioso a rapidez com que foi atribuído o atentado contra uma instituição judaica de Buenos Aires, ao governo iraniano. Tem quem diga que foi um ataque de alguns argentinos de extrema-direita que as autoridades locais preferiram acobertar e atribuir ao Irã.
Realmente, nunca consegui entender qual a lógica de o governo do Irã se preocupar em mandar arrebentar um prédio de judeus do outro lado do mundo.
Realmente, nunca consegui entender qual a lógica de o governo do Irã se preocupar em mandar arrebentar um prédio de judeus do outro lado do mundo.
- FOXTROT
- Sênior
- Mensagens: 7715
- Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
- Localização: Caçapava do Sul/RS.
- Agradeceu: 267 vezes
- Agradeceram: 108 vezes
Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
terra.com.br
Serviço secreto destruiu registros sobre nazista, diz revista
21 de julho de 2011
Os serviços de inteligência alemães (BND) destruíram os registros sobre o criminoso de guerra nazista Alois Brunner, suspeito de ter trabalhado para eles na Síria, afirmou nesta quinta-feira o semanário alemão Der Spiegel em seu site.
O BND confirmou à AFP que documentos relativos a Alois Brunner foram destruídos nos anos 1990, mas sem informar se foram todos os registros, como afirma o Der Spiegel.
Um grupo de trabalho interno, composto por historiadores e pequisadores e criado para esclarecer as relações entre o BND e criminosos de guerra nazistas foragidos, foi o responsável pela descoberta.
O BND assegurou que nos próximos meses serão dadas mais informações sobre este assunto em um relatório.
Segundo o semanário, 581 páginas sobre o ex-oficial SS foram destruídas entre 1994 e 1997, mas sem dar datas mais precisas.
Responsável pela deportação de 128.500 judeus originários de diferentes países ocupados pelas tropas de Hitler, Alois Brunner residia desde os anos 1950 na Síria, onde se encontrava esporadicamente com jornalistas, lembrou o Der Spiegel.
O governo sírio sempre desmentiu a presença em seu território de Alois Brunner, cuja morte não foi provada, embora seja considerada certa pelo Centro Simon Wiesenthal, que busca os ex-nazistas.
Alguns dos documentos restantes onde o criminoso é mencionado são contraditórios, em especial sobre a questão de saber se trabalhou ou não para o BND.
No início do ano, o Der Spiegel havia revelado que os serviços secretos alemães recorreram aos serviços do ex-chefe da Gestapo de Lyon (França) Klaus Barbie.
"O carniceiro de Lyon", condenado à prisão perpétua na França em 1987 por ter organizado a deportação de centenas de judeus, foi recrutado pelo BND no início de 1966, quando vivia sob o pseudônimo de Klaus Altmann na Bolívia.
Serviço secreto destruiu registros sobre nazista, diz revista
21 de julho de 2011
Os serviços de inteligência alemães (BND) destruíram os registros sobre o criminoso de guerra nazista Alois Brunner, suspeito de ter trabalhado para eles na Síria, afirmou nesta quinta-feira o semanário alemão Der Spiegel em seu site.
O BND confirmou à AFP que documentos relativos a Alois Brunner foram destruídos nos anos 1990, mas sem informar se foram todos os registros, como afirma o Der Spiegel.
Um grupo de trabalho interno, composto por historiadores e pequisadores e criado para esclarecer as relações entre o BND e criminosos de guerra nazistas foragidos, foi o responsável pela descoberta.
O BND assegurou que nos próximos meses serão dadas mais informações sobre este assunto em um relatório.
Segundo o semanário, 581 páginas sobre o ex-oficial SS foram destruídas entre 1994 e 1997, mas sem dar datas mais precisas.
Responsável pela deportação de 128.500 judeus originários de diferentes países ocupados pelas tropas de Hitler, Alois Brunner residia desde os anos 1950 na Síria, onde se encontrava esporadicamente com jornalistas, lembrou o Der Spiegel.
O governo sírio sempre desmentiu a presença em seu território de Alois Brunner, cuja morte não foi provada, embora seja considerada certa pelo Centro Simon Wiesenthal, que busca os ex-nazistas.
Alguns dos documentos restantes onde o criminoso é mencionado são contraditórios, em especial sobre a questão de saber se trabalhou ou não para o BND.
No início do ano, o Der Spiegel havia revelado que os serviços secretos alemães recorreram aos serviços do ex-chefe da Gestapo de Lyon (França) Klaus Barbie.
"O carniceiro de Lyon", condenado à prisão perpétua na França em 1987 por ter organizado a deportação de centenas de judeus, foi recrutado pelo BND no início de 1966, quando vivia sob o pseudônimo de Klaus Altmann na Bolívia.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- FOXTROT
- Sênior
- Mensagens: 7715
- Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
- Localização: Caçapava do Sul/RS.
- Agradeceu: 267 vezes
- Agradeceram: 108 vezes
Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Alguém acredita?
--------------------------------------------------------------------
terra.com.br
Pai da rainha Silvia da Suécia foi um herói, não um nazista
09 de agosto de 2011
ESTOCOLMO, Suécia, 9 Ago 2011 (AFP) -A investigação realizada a pedido da rainha Silvia da Suécia, alemã de nascimento, sobre os vínculos entre seu pai e o regime nazista conclui em um relatório publicado nesta terça-feira que ele pode ter sido um herói que ajudou um empresário judeu a fugir da Alemanha.
"Não tinha medo do que pudesse encontrar quando comecei a buscar nos arquivos. Sabia que não tinha motivo de preocupação", disse a rainha Silvia em uma entrevista ao jornal Goetheborgs-Posten, publicada nesta terça-feira, e que a coroa sueca postou em seu site.
A rainha anunciou há alguns meses ter solicitado um relatório sobre as atividades de seu pai, Walther Sommerlath, no Brasil e na Alemanha entre 1930 e 1940, depois de especulações sobre suas controversas relações com o regime nazista.
Embora se soubesse há tempos que Sommerlath se afiliou ao Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores em 1934, quando vivia com sua família no Brasil, a rainha insistiu que ele não estava envolvido politicamente e que havia sido forçado, assim como muitos outros, a se unir ao partido para salvar sua carreira.
Mas em maio deste ano, o canal privado TV4 revelou que Sommerlath havia se aproveitado do programa nazista a favor dos arianos para se apoderar de uma empresa que pertencia ao empresário judeu Efim Wechsler em 1939.
Segundo um relatório de 34 páginas publicado nesta terça-feira e redigido pelo historiador sueco Erik Norberg, os arquivos indicam que Sommerlath estava fazendo um favor a Wechsler. Havia trocado parte de uma plantação de café no Brasil por sua empresa em Berlim para permitir que o empresário judeu abandonasse a Alemanha.
Sommerlath saiu da Alemanha e se instalou no Brasil em 1920, aos 20 anos. Foi no país que conheceu e se casou com a mãe brasileira da rainha, Alicia, cuja família era proprietária de uma grande plantação de café.
Voltou com a família para a Alemanha e em 1939 tomou o controle da empresa de eletrodomésticos Wechsler em Berlim, mas logo foi pressionado para que a transformasse em uma empresa de suprimentos militares, segundo o informe de Norberg.
A fábrica foi destruída em um bombardeio em 1944 e a família retornou ao Brasil em 1947.
Silvia Sommerlath, que nasceu na Alemanha em 1943, conheceu o futuro rei da Suécia, Carlos XVI Gustavo, nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972, onde trabalhava como intérprete.
--------------------------------------------------------------------
terra.com.br
Pai da rainha Silvia da Suécia foi um herói, não um nazista
09 de agosto de 2011
ESTOCOLMO, Suécia, 9 Ago 2011 (AFP) -A investigação realizada a pedido da rainha Silvia da Suécia, alemã de nascimento, sobre os vínculos entre seu pai e o regime nazista conclui em um relatório publicado nesta terça-feira que ele pode ter sido um herói que ajudou um empresário judeu a fugir da Alemanha.
"Não tinha medo do que pudesse encontrar quando comecei a buscar nos arquivos. Sabia que não tinha motivo de preocupação", disse a rainha Silvia em uma entrevista ao jornal Goetheborgs-Posten, publicada nesta terça-feira, e que a coroa sueca postou em seu site.
A rainha anunciou há alguns meses ter solicitado um relatório sobre as atividades de seu pai, Walther Sommerlath, no Brasil e na Alemanha entre 1930 e 1940, depois de especulações sobre suas controversas relações com o regime nazista.
Embora se soubesse há tempos que Sommerlath se afiliou ao Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores em 1934, quando vivia com sua família no Brasil, a rainha insistiu que ele não estava envolvido politicamente e que havia sido forçado, assim como muitos outros, a se unir ao partido para salvar sua carreira.
Mas em maio deste ano, o canal privado TV4 revelou que Sommerlath havia se aproveitado do programa nazista a favor dos arianos para se apoderar de uma empresa que pertencia ao empresário judeu Efim Wechsler em 1939.
Segundo um relatório de 34 páginas publicado nesta terça-feira e redigido pelo historiador sueco Erik Norberg, os arquivos indicam que Sommerlath estava fazendo um favor a Wechsler. Havia trocado parte de uma plantação de café no Brasil por sua empresa em Berlim para permitir que o empresário judeu abandonasse a Alemanha.
Sommerlath saiu da Alemanha e se instalou no Brasil em 1920, aos 20 anos. Foi no país que conheceu e se casou com a mãe brasileira da rainha, Alicia, cuja família era proprietária de uma grande plantação de café.
Voltou com a família para a Alemanha e em 1939 tomou o controle da empresa de eletrodomésticos Wechsler em Berlim, mas logo foi pressionado para que a transformasse em uma empresa de suprimentos militares, segundo o informe de Norberg.
A fábrica foi destruída em um bombardeio em 1944 e a família retornou ao Brasil em 1947.
Silvia Sommerlath, que nasceu na Alemanha em 1943, conheceu o futuro rei da Suécia, Carlos XVI Gustavo, nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972, onde trabalhava como intérprete.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- FOXTROT
- Sênior
- Mensagens: 7715
- Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
- Localização: Caçapava do Sul/RS.
- Agradeceu: 267 vezes
- Agradeceram: 108 vezes
Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
terra.com.br
'O neonazismo nunca acabará', diz delegado que indiciou 35 no RS
09 de agosto de 2011 • 11h22 •
Direto de Porto Alegre
Uma briga envolvendo punks, skinheads e ao menos um neonazista no último sábado em um bar de Porto Alegre (RS) ligou o sinal de alerta da polícia para a atuação de grupos que pregam o ódio e a discriminação no Sul do País, inspirados pela ideologia de Adolf Hitler. Responsável pelo indiciamento de 35 neonazistas no Estado nos últimos dez anos, o delegado Paulo César Jardim, da 1ª DP, afirma que está "na gênese" do gaúcho a guarida para movimentos deste tipo.
"A origem do povo gaúcho é colonial e, além disso, a Argentina, que abrigou oficiais nazistas após a 2ª Guerra Mundial, está aqui do lado e preocupa. Para a consolidação dessa ideologia, deve existir um meio viável, caso do Rio Grande do Sul. O neonazismo é uma coisa que jamais vai acabar. É um sentimento, uma ideologia, e não se pode acabar com ideologias, mas evitar suas consequências e ações", acredita o delegado.
Segundo ele, na pancadaria do último sábado, que envolveu ao menos oito pessoas e deixou um homem negro esfaqueado, a motivação foi uma discussão entre punks e skinheads. Os envolvidos, porém, já possuem uma ficha criminal conhecida por crimes como agressão a homossexuais, judeus e negros, que configuram a ideologia nazista. "Eles seguem a ideia da instituição de uma raça pura através da eliminação dos que não se enquadram nela. No Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, os movimentos neonazistas escolheram pessoas que devem ser eliminadas por pertencerem a uma 'subespécie'", salientou Jardim.
Expansão neonazista
O delegado Paulo Jardim, que se especializou em investigar como esses grupos atuam, viaja constantemente a São Paulo e troca informações com as polícias de outros Estados. Ele está preocupado com a expansão do movimento neonazista no País. "O desafio é conseguir abortar os ataques, como foi feito em 2010, quando foram desmontadas cinco células neonazistas. Apreendemos bombas, munição, e armas, e evitamos a explosão de uma sinagoga e um ataque na Parada Livre de Porto Alegre. As mesmas bombas que nós apreendemos aqui foram usadas em São Paulo, o que comprova a ligação material entre os grupos", disse ele.
"Estamos trabalhando para prender essas pessoas. A situação deles nos últimos anos está complicada e alguns vão responder, em júri popular, por tentativa de homicídio, formação de quadrilha e corrupção de menores", garantiu o delegado, que também investiga a ligação material entre os grupos, como fornecimento de dinheiro e armas entre os Estados.
Agressividade e humilhação
No código de condutas de um neonazista, um dos requisitos é saber lutar e andar armado, estando sempre pronto para um combate. Além disso, eles costumam tatuar o corpo com diversos símbolos e desenhos que fazem apologia à doutrina de Hitler.
"Eles são de uma agressividade muito grande e seguem uma ideia de que não se deve apenas derrotar o inimigo, mas humilhá-lo, acabar com ele, impor o medo. O seu combustível é o ódio e eles já saem às ruas preparados para briga com soqueiras, facas e outros objetos cortantes. Se as pessoas identificá-los em algum local, é interessante sair de perto, pois eles são sinônimo de confusão", recomenda Jardim.
Histórico de agressões e apologia
Em 2010, um grupo de defesa dos direitos dos travestis no Rio Grande do Sul recebeu ameaças por telefone de um suposto neonazista, que disse preparar uma ação na 14ª Parada Livre. Em edição anterior do evento, cartazes que pregavam a morte de homossexuais foram afixados no bairro Bom Fim, onde ocorre a passeata.
Em novembro do mesmo ano, policiais civis apreenderam material de apologia ao nazismo em uma residência no centro de Porto Alegre. Foram recolhidos fotografias, CDs, camisetas, distintivos, facas, uma soqueira e um laptop, mas ninguém foi preso. Em 2009, apreensões semelhantes ocorreram em Cachoeirinha, Viamão, Porto Alegre e duas cidades da serra gaúcha.
Em 2009, o casal Bernardo Dayrell e Renata Ferreira foram assassinados após uma festa neonazista no Paraná. O crime foi cometido na BR-116, em Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, e teve motivações de disputa entre o grupo neonazista liderado por Dayrell e Ricardo Barollo, apontado pela polícia como o mandante do duplo homicídio. Além dele, Jairo Maciel Fischer, Rodrigo Motta, Gustavo Wendler, Rosana Almeida e João Guilherme Correa foram acusados de participar no crime.
No dia do assassinato do casal, vários membros do grupo neonazista foram a uma festa em comemoração ao aniversário de Adolf Hitler em uma chácara de Quatro Barras. Conforme a lei 7.716, de 1989, "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo" prevê pena de até três anos de reclusão.
'O neonazismo nunca acabará', diz delegado que indiciou 35 no RS
09 de agosto de 2011 • 11h22 •
Direto de Porto Alegre
Uma briga envolvendo punks, skinheads e ao menos um neonazista no último sábado em um bar de Porto Alegre (RS) ligou o sinal de alerta da polícia para a atuação de grupos que pregam o ódio e a discriminação no Sul do País, inspirados pela ideologia de Adolf Hitler. Responsável pelo indiciamento de 35 neonazistas no Estado nos últimos dez anos, o delegado Paulo César Jardim, da 1ª DP, afirma que está "na gênese" do gaúcho a guarida para movimentos deste tipo.
"A origem do povo gaúcho é colonial e, além disso, a Argentina, que abrigou oficiais nazistas após a 2ª Guerra Mundial, está aqui do lado e preocupa. Para a consolidação dessa ideologia, deve existir um meio viável, caso do Rio Grande do Sul. O neonazismo é uma coisa que jamais vai acabar. É um sentimento, uma ideologia, e não se pode acabar com ideologias, mas evitar suas consequências e ações", acredita o delegado.
Segundo ele, na pancadaria do último sábado, que envolveu ao menos oito pessoas e deixou um homem negro esfaqueado, a motivação foi uma discussão entre punks e skinheads. Os envolvidos, porém, já possuem uma ficha criminal conhecida por crimes como agressão a homossexuais, judeus e negros, que configuram a ideologia nazista. "Eles seguem a ideia da instituição de uma raça pura através da eliminação dos que não se enquadram nela. No Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, os movimentos neonazistas escolheram pessoas que devem ser eliminadas por pertencerem a uma 'subespécie'", salientou Jardim.
Expansão neonazista
O delegado Paulo Jardim, que se especializou em investigar como esses grupos atuam, viaja constantemente a São Paulo e troca informações com as polícias de outros Estados. Ele está preocupado com a expansão do movimento neonazista no País. "O desafio é conseguir abortar os ataques, como foi feito em 2010, quando foram desmontadas cinco células neonazistas. Apreendemos bombas, munição, e armas, e evitamos a explosão de uma sinagoga e um ataque na Parada Livre de Porto Alegre. As mesmas bombas que nós apreendemos aqui foram usadas em São Paulo, o que comprova a ligação material entre os grupos", disse ele.
"Estamos trabalhando para prender essas pessoas. A situação deles nos últimos anos está complicada e alguns vão responder, em júri popular, por tentativa de homicídio, formação de quadrilha e corrupção de menores", garantiu o delegado, que também investiga a ligação material entre os grupos, como fornecimento de dinheiro e armas entre os Estados.
Agressividade e humilhação
No código de condutas de um neonazista, um dos requisitos é saber lutar e andar armado, estando sempre pronto para um combate. Além disso, eles costumam tatuar o corpo com diversos símbolos e desenhos que fazem apologia à doutrina de Hitler.
"Eles são de uma agressividade muito grande e seguem uma ideia de que não se deve apenas derrotar o inimigo, mas humilhá-lo, acabar com ele, impor o medo. O seu combustível é o ódio e eles já saem às ruas preparados para briga com soqueiras, facas e outros objetos cortantes. Se as pessoas identificá-los em algum local, é interessante sair de perto, pois eles são sinônimo de confusão", recomenda Jardim.
Histórico de agressões e apologia
Em 2010, um grupo de defesa dos direitos dos travestis no Rio Grande do Sul recebeu ameaças por telefone de um suposto neonazista, que disse preparar uma ação na 14ª Parada Livre. Em edição anterior do evento, cartazes que pregavam a morte de homossexuais foram afixados no bairro Bom Fim, onde ocorre a passeata.
Em novembro do mesmo ano, policiais civis apreenderam material de apologia ao nazismo em uma residência no centro de Porto Alegre. Foram recolhidos fotografias, CDs, camisetas, distintivos, facas, uma soqueira e um laptop, mas ninguém foi preso. Em 2009, apreensões semelhantes ocorreram em Cachoeirinha, Viamão, Porto Alegre e duas cidades da serra gaúcha.
Em 2009, o casal Bernardo Dayrell e Renata Ferreira foram assassinados após uma festa neonazista no Paraná. O crime foi cometido na BR-116, em Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, e teve motivações de disputa entre o grupo neonazista liderado por Dayrell e Ricardo Barollo, apontado pela polícia como o mandante do duplo homicídio. Além dele, Jairo Maciel Fischer, Rodrigo Motta, Gustavo Wendler, Rosana Almeida e João Guilherme Correa foram acusados de participar no crime.
No dia do assassinato do casal, vários membros do grupo neonazista foram a uma festa em comemoração ao aniversário de Adolf Hitler em uma chácara de Quatro Barras. Conforme a lei 7.716, de 1989, "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo" prevê pena de até três anos de reclusão.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.